Facebook censura Fernando Moraes pela segunda vez

‘Você publicou algo recentemente que viola as políticas’ informou a rede sem determinar causas do bloqueio de 30 dias
 

Reprodução
 
Jornal GGN – O jornalista e escritor Fernando Moraes, responsável pelo Blog Nocaute, teve sua página no Facebook bloqueada pelo prazo de 30 dias. Os motivos não foram esclarecidos pela organização responsável pela principal rede social em atividade no mundo. 
 
Esta é a segunda vez que Moraes sofre a sanção sem receber do Facebook o motivo exato para o bloqueio. 
 
“No 16 de abril, véspera da votação do impeachment, minha página no Facebook atuava para tentar convencer parlamentares a votarem NÃO contra o golpe. De repente o Facebook me tirou do ar – no auge da campanha contra o impeachment – alegando que eu havia postado algo proibido pelas normas daquela rede. E eu NÃO havia postado nada que contrariasse as regras autoritárias e draconianas do Zuckerberg”, pontuou o jornalista em seu blog.
 
Os critérios utilizados pela rede para censurar publicações e páginas foram expostos pela primeira vez em maio de 2017, pelo jornal britânico The Guardian, que publicou uma série de slides e fluxogramas de treinamento interno do Facebook sobre as políticas que ditam a censura de materiais violentos ou ofensivos publicados.
 
Moraes salienta que em nenhuma de suas publicações sugeriu qualquer “atividade terrorista” não propagou o “ódio organizado, assassinatos em série ou em massa, tráfico humano, violência organizada ou atividade criminosa”.
 
“E também não expressei apoio ou exaltei grupos, líderes ou indivíduos envolvidos nessas atividades”, completou. O jornalista encaminhou uma mensagem de queixa para a empresa, mas não obteve até o momento resposta. 
 
“A quem me queixo? Ao Decon? Ao Procon? Ao bispo? Ao papa? Á delegacia de crimes cibernéticos? Afinal, censura é crime pela Constituição brasileira”, pontua.
 
Ainda, segunda divulgação do The Guardian, republicada na revista Galileu, os critérios do Facebook não são exatos. Xingamentos agressivos são considerados um ato para “expressar frustração e descontentamento” e não representando uma ameaça real. 
 
Dentro desse critério, passam frases como “para quebrar o pescoço de uma vadia, tenha certeza de pressionar direito no meio da garganta” e “vá se ferrar e morra”. Por outro lado, frases como “alguém deveria atirar no Trump” são deletadas por se tratar de uma ameaça à alguem de categoria protegida. Clique aqui para ler a postagem de Moraes diretamente no seu blog. 

 

Redação

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