Faturamento do Netflix no Brasil é maior que o da Band e RedeTV

Do Tecnoblog

Netflix já fatura mais que Band e RedeTV no Brasil
 
Crescimento do serviço no Brasil acende a questão da regulamentação
 
Estimativas apontam que a Netflix terá um faturamento maior que R$ 500 milhões até o final do ano, apenas no Brasil. O valor, segundo o UOL, é superior ao obtido por grandes emissoras de televisão, como Band e RedeTV.
 
Tais números se juntam à estimativa de 2,5 milhões de assinantes, feita pela Bloomberg, que o serviço tem no Brasil. Esse número chega a 65 milhões ao redor do mundo, sendo 42 milhões nos Estados Unidos.

 
Mas executivos de canais pagos chegam a estimar que o serviço, na verdade, tem mais de 4 milhões de assinaturas no país e pode faturar cerca de R$ 1 bilhão, próximo do que o SBT, a segunda maior emissora aberta do país, ganha. Só para você ter uma ideia, se a Netflix fosse uma operadora de TV paga, estaria abaixo apenas da NET e Sky.
 
Com o rápido crescimento da Netflix, questões de regulamentação também miram o serviço. Desde o começo do ano, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) quer estabelecer uma cota para mais filmes e séries produzidas no Brasil aparecerem por lá, mas a regulamentação não avançou. Enquanto isso, a empresa já confirmou a 3%, uma série original totalmente brasileira.
 
A falta de regulamentação gera reclamações entre as operadoras de TV paga, que reclamam que o serviço leva vantagem competitiva por não pagar os mesmos impostos. O ICMS, acréscimo de 10% sobre o valor da mensalidade, que tem valor estimado de R$ 50 a 100 milhões, não é pago pela Netflix. A empresa também é isenta da taxa Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), estimada em R$ 9 milhões.
 
A Ancine, além de planejar criar uma cota para produções nacionais, quer regulamentar a Netflix e outros serviços OTT (over the top), como o iTunes. Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), também declarou que a Netflix pode vir a ser uma ameaça à TV paga se continuar desregulamentada. “Não temos nada contra a Netflix. Mas apelamos ao governo para que haja uma isonomia tributária”, acrescentou.
 
A assessoria de imprensa da Netflix declarou que o serviço paga todos os impostos que lhe são devidos. Sobre a Condecine, a empresa informou que aguarda “para trabalhar com a Ancine enquanto eles discutem sobre os serviços de VOD [vídeo sob demanda] e OTT”.

 

Redação

23 Comentários

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  1. Graças a Deus…

    …isso é só o começo.

    Ainda vai chegar o streaming da Amazon.

    A Apple vai ser mais competitiva no OTT.

    Já temos a Claro TV, por dentro das telefônicas.

    Aproveite, reze seu terço também.

    Com um pouco de sorte se acelera (ainda mais) o processo

    de falência dessa mídia nojenta.

    Bora, 4g.

    Historinha do Dia:

    Genofreu é taxista.

    Em 2014 ele votou no Aécio (um moleque político, nas palavras do Nassifão). Ele criticava o bolsa família e a intervenção do Estado na economia: “eu defendo a livre competição. Quem for mais competente que se estabeleça. Nada de paternalismo.

    AÍ APARECEU O UBER!

     

  2. Mas o ICMS é imposto

    Mas o ICMS é imposto estadual, não federal. Devia ter uma lei indicando que o Netflix é para ser tratada como TV por assinatura, com algo como 70% de produção nacional e regional, dando espaço para a pluralidade e a diversidade. Não é porque é via Internet que deixa de ser difusão.

  3. Mais gente chorando a lá

    Mais gente chorando a lá taxistas…..

    Não enrtendem? 

    Esse processo é irreversível.

    Essa tal “regulamentação”, significa dizer: “Vamos encarecer o serviço Netflix com mais impostos” .

    Não vai rolar.

    As pessoas aqui já usam o Netflix americano, ingês ou etc por causa da maior oferta de programação . Já estão á frente da própria Netflix do Brasil.

    A própria plataforma da Netflix proporciona que qualquer produtora nacional possa disponibilizar suas produções, o que democratiza e facilita a divulgação desses produtos.

    Sinto muito tv aberta.

    Sinto muito tv à cabo.

    Os tempos mudaram.

  4. NETFLIX NELES

    Pago por duas telas R$19,90 (plano antigo). E acesso em qualquer lugar do Brasil sem qualquer frescura.

    Entretanto, se o serviço está sendo prestado no Brasil os encargos (impostos) devem ser cobrados. 

    Ainda assim vale pagar um pouco mais.

    A tendência do serviço é creser ainda mais.

    Vamo que vamo…

  5. “american way of life”

    Netflix e Uber são novas formas de colonização e dominação, assim como tem sido o Facebook e o Google. Se quisermos manter o mínimo de identidade nacional (seja isso o que for), não será pela via Netflix que nos livraremos do poder das Organizações Globo, muito menos abrindo o mercado publicitário para o Google e o Facebook tomarem toda a receita, ou canibalizando o mercado de transporte através de Uber e semelhantes (que nada diferem das vans bancadas pelas milícias e pelo tráfico). Trata-se de escolher entre ser consumidor ou ser cidadão de um país, com uma língua própria e uma identidade própria. Isso é uma besteira? Roliudi que o diga, afinal, há mais de um século vendem o “american way of life”

  6. Netflix é o Uber da TV
    Netflix é o Uber da TV paga… Mas é necessário regular esses serviços, do contrário cria-se um competição desigual. Mas qual seria a diferença entre os serviços do Netflix e o da TV paga!

  7. Qual o problema?

    Qual o problema se o Faturamento do NETFLIX é maior que o da BAND e da REDETV?

    Prefiro assistir os programas que eu quero a hora que eu quero ao invés de assistir a programação sofrível da TV aberta, inclusive com venda de horários nobres para programas de cunho religioso.

    Adeus concessões de TV! Adeus lobby para conseguir licença de rádio e televisão! 

    O Estado deve fomentar a concorrência em prol da sociedade e não proteger velhos interesses que só querem manter o “status quo”. Viva o NET FLIX, viva o UBER.

     

    1. Uber, além d concorrênc desleal, é risco p/ os passageiros

      Os motoristas nao sao obrigados a ter seguros para os passageiros e nao sao registrados na Prefeitura. A tarifa nao é controlada. É a própria empresa que lucra com os serviços que controla, vejam só, a raposa tomando conta do galinheiro. Por agora tá barato, porque querem inviabilizar os taxistas. Se a concorrência desses desaparece, coitados dos passageiros.

      Além do mais é preciso ter smartphone para chamar um carro, e é perigoso para gente mais velha (para gente mais jovem tb, mas menos) usar smartphone na rua. Viva os táxis!

  8. SENSE 8

    Deve ter sido o grande responsável pelo salto.

    A história escancara as liberdades mas parece que para os irmãos Watchovisky que retratam os cotidianos de forma natural, mas surpreendente pelo choque cultural.

    A semiótica fica por conta e nas críticas feitas na cultura e local de orígem de cada personagem.

    Recomendável ! 

    Sem falar do catálogo, que pra quem procura filmes é bastante suficiente.[video:https://www.youtube.com/watch?v=E9c_KSZ6zMk%5D

  9. Youtube

    Não é só o Netflix que está tornando obsoleto o modelo de negócios das TVs aberta e a cabo, o Youtube também está coalhado de conteúdo para todos os gostos INCLUSIVE filmes e documentários completos e SEM mensalidade! 

    As SMART-TVs em conjunto com os SMART-PHONES nos libertaram dessa gang. 

    Alguns exemplos de conteúdo disponível no Youtube:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=g721yKOLMYo%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ZKauYcaEo3U%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Qam7pjMIwI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=axosrbPaWcw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=RBnMt9iUwI0%5D

    1. Seria ótimo se nao houvesse um “senao”

      A maior parte desse conteúdo infringe direitos autorais. Isso em si nao me incomodaria, mas acontece que os proprietários descobrem, e volta e meia o filme que estava num site desaparece. E nao há um catálogo.

  10. Netflix

    Vc escolhe o que quer ver

    Na hora que quiser

    Não precisa esperar uma semana pelo próximo episódio 

    Não tem falha de gravação em programas agendados

    Não tem que aturar comerciais

    É mais barato que TV paga

     

    Para as empresas de comunicação em geral, o único serviço que irá restar no futuro é conexão de Internet. 

    O resto virá pela internet.

    Telefonia, mensagens,  vídeos,  notícias. …

     

    Ou se adaptam ou morrem.

    1. Concordo em parte

      É melhor que a TV paga, OK. Mas para haver igualdade de concorrência, tem que pagar os mesmos impostos, isso é justiça. Ainda assim continuaria melhor, acho.

      Até porque, auanto a ser mais parato que TV paga e nao ter comerciais, isso só continuaria enquanto tiver que concorrer com elas. Se as TVs pagas desaparecerem, provavelmente vao surgir comerciais e o preço vai aumentar. No início as TVs pagas tb nao tinham comerciais, lembram? Bastou se estabelecerem solidamente que os comerciais surgiram.

        1. Nao sei; mas se a firma for daqui, tem que pagar impostos aqui

          Se eu conseguir assistir via internet um canal de TV nos EUA, tb, ele nao pagaria impostos aqui, mas nao estaria fazendo concorrência às emissoras daqui, que tb poderiam, se quisessem, transmitir via a web. O que é importante para mim é que haja igualdade, que nao haja concorrência desleal.

          E prefiro que haja mais de uma forma de oferecer o mesmo produto do que uma só: diminui o poder da operadora, seja de TV seja de conteúdos do tipo NetFix.

          1. Seriam precisos uns 3 NetFix

            E a morte de 90% das pessoas de mais de 60 anos…

            A Globo infelizmente nao acaba tao cedo.

  11. Quanta coerência

    Donos de TVs pagas e abertas até aqui gritavam contra regulação de seus negócios, apesar dos fortes argumentos de interesse da sociedade. Diziam eles que era censura, o mercado tinha que ser livre. Agora, querem o estado regulando este “livre mercado”. Estão aí as OTTs (Over-The-Top), as telefônicas com o 4G ameaçando. Pois eu acho que é censura. Se ferraram. Pois que abracem as locadoras, as fábricas de vitrolinhas, a Olivetti. Perderam. 

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