Globo suspende publicação, no Brasil, de livro que trata de propina à Fifa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A editora Globo Livros comprou os direitos de publicação, no Brasil, do livro “Cartão Vermelho”, que narra corrupção da Fifa e cita pagamento de propina por parte da emissora para transmitir jogos. Segundo o autor, o jornalista Ken Besinger, a obra foi lançada no exterior mas, no Brasil, foi embargada pela editora.
 
“Recentemente meu agente ligou para um responsável da Globo Livros, e eles disseram que meu livro menciona a Globo, mas não muito, só um pouco no final. Mas eles disseram que não querem publicar até o caso criminal ser encerrado”, diz Bensinger.
 
O livro foi lançado nos Estados Unidos em junho de 2018, e há também edição em Portugal. O título original é “Cartão Vermelho: Como os EUA Revelaram o maior Escândalo Esportivo Mundial”. Na produção, o jornalista relata com detalhes o escândalo de corrupção da Fifa, revelado em 2015.
 
Segundo a Folha desta quinta (10), a Globo aparece 4 vezes no livro. Numa delas, “Bensinger informa o quanto a Globo pagou à Fifa pelos direitos de TV das Copas do Mundo de 2010 e 2014. Segundo o autor, a emissora desembolsou 340 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,4 bilhão).” 
 
O jornalista reproduz também o depoimento de Alejandro Buzarco, ex-homem forte da companhia de marketing argentina Torneos y Competencias, à Justiça dos Estados Unidos. Em novembro de 2017, ele afirmou que a Globo e a Televisa “pagaram propina a um dirigente da Fifa durante negociação para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo”, lembrou o diário.
 
Procurada, a Globo Livros ainda não se manifestou sobre o embargo.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Acho graça quando jornalistas

    Acho graça quando jornalistas falam em “liberdade de imprensa”. Defendem tanto essa tal liberdade de imprensa, que a priori todos defendemos, mas não têm nenhum apreço à democracia muito menos em transparência de suas empresas de midia. 

  2. A censura não se dá pelas

    A censura não se dá pelas leis e sim pelo poder econômico. E de onde vem a ideia de que o poder do dólar é menor, menos nefasto ou até menos letal do que o da bala? O poder do dólar em sociedades como está a nossa, está maior que o político-legal, até! Quem manda em Bolsonaro, Moro e gangue senão o dólar?

    “Mas a Globo não é banco, é firma privada de comunicação social!”

    O que seria dos crimes que Moro comete sem a Globo? O que seria do capital privado neoliberal sem a Globo? O que seria de Bolsonaro sem a Globo? Onde estariam Dilma e Lula se não fosse pela criminalização do PT feita pela… Globo?

    Tinha que por esse capital privado em rédeas curtas, não dá para deixar essa turma solta que eles arrebentam com a sociedade… Não é ironia privatistas, como a turma de Bolsonaro/Moro, estejam com poder sobre dinheiro e decisões públicas?

    “Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis.” Mayer Amschel (Bauer) Rothschild.

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