Joaquim Barbosa diz que Folha vende falsa neutralidade ao leitor

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Antes de fazer uma ressalva e dizer que a Folha de S. Paulo é um jornal que ajuda a sustentar a democracia brasileira, tendo sido um produto de referência política e social para sua geração, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fez uma análise crítica do papel do jornal hoje, a pedido da própria Folha.

Ombudsman por um dia, Barbosa cravou que a Folha erra ao tentar vender uma falsa neutralidade ao leitor, e disse ainda que o jornal cobre superficialmente temas como cultura e políticas sociais. Além disso, na visão de Barbosa, a Folha sempre escreve como se o poder público não tivesse nenhuma faceta boa a mostrar, supervalorizando a lógica do privado.

Para ele, o periódico deveria seguir o exemplo de outras publicações e dizer claramento ao leitor qual sua posição na política (pois ela existe, ainda que nas entrelinhas), principalmente em época de eleições.

Barbosa ainda criticou a cobertura de temas que envolvem minorias ou segmentos historicamente marginalizados, como os negros, e apontou falta de apuração jornalística em muitas reportagens, principalmente na editoria de política, onde os bastidores e o jornalismo declaratório ganhou muito espaço.

Ombudsman por um dia: Jornal erra ao tentar se mostrar neutro

Joaquim Barbosa, na Folha

De saída, vou ao que não me agrada na Folha: o deficit de sobriedade no tratamento da notícia em geral e a tentativa muito frequente de atrair o leitor pelo estardalhaço dos títulos, não raro em franco contraste com a banalidade e a pouca importância do que é exposto na matéria; a tendência a estigmatizar e debochar de certos grupos de pessoas, pela forma como a notícia é exposta; a antipatia a tudo que vem do setor público, a fazer crer que à esfera privada se deve tudo que aconteceu de positivo no nosso país, ignorando a parcela importantíssima de contribuição que a sociedade brasileira teve de extraordinários agentes públicos, como José Bonifácio, Pedro 2º, Rui Barbosa, Getúlio Vargas, Roberto Campos, Celso Furtado, Juscelino Kubitschek, Rubens Ricupero e vários outros; o caráter ralo e superficial do noticiário internacional; e, por último, um certo menosprezo por certos aspectos da cultura nacional, em oposição à desmesurada importância atribuída a alguns temas e atores da pauta, digamos, não nacional. Em suma, o velho complexo de vira-lata…

Sobre o último tópico, trago um exemplo bem ilustrativo, que me causou uma certa indignação na época. Em 2010, na mesma semana em que morrera o nosso inesquecível Paulo Moura, músico de indiscutível talento e talvez então a maior expressão da música instrumental brasileira, o jornal dedicou uma matéria de capa do seu caderno cultural não ao grande músico desaparecido, mas a uma obscura e inexpressiva cantora norte-americana! Moura foi relegado à antepenúltima ou penúltima página da “Ilustrada”, como se a sua carreira e a sua espetacular produção artística em nada se diferenciassem da de um artista de segunda ou terceira linha.

No domínio da política, o jornal erra redondamente no seu esforço de querer se mostrar neutro. Não é. Até admito que nos anos não coincidentes com o calendário eleitoral nacional e estadual o noticiário apresenta um pouco mais de equilíbrio. Mas tão logo se aproximam esses pleitos, o jornal começa a se agitar e a pauta, a esquentar artificialmente. Como muitos leitores e analistas, acho que seria mais transparente a direção do jornal pura e simplesmente declarar as suas “afinidades eletivas”, como fazem de tempos em tempos o “Le Monde”, o “New York Times”, a revista “The Economist”. O leitor entenderia e aplaudiria.

Mas o pior não é essa falsa neutralidade. Como outros periódicos brasileiros, o jornal não tem refletida em suas páginas a grande diversidade da sociedade brasileira. Choca-me, por exemplo, a ausência do olhar do negro, do mulato e de outros segmentos sociais culturalmente e socialmente identificados com essa relevante e majoritária parcela da nossa sociedade. É como se o jornal e os seus colunistas se dirigissem exclusivamente às classes média alta e alta, supostamente caucasiana, a que muitos jornalistas equivocadamente julgam pertencer. Nesse contexto, não são nada surpreendentes as campanhas que a Folha promoveu contra as ainda raquíticas políticas sociais implantadas no país nos últimos anos, como cotas em universidades, ProUni e outras. O jornal e alguns dos seus jornalistas e colunistas parecem ignorar por completo o que seja, de verdade, uma sociedade inclusiva e com amplo desenvolvimento econômico e social, que é o sonho da maioria dos brasileiros.

Há outras deficiências a lamentar: a natureza excessivamente opinativa do diário, em detrimento da apuração e da pesquisa jornalística em profundidade; a ausência de especialistas de peso em matérias altamente técnicas e fundamentais da nossa institucionalidade; o excesso de notícia sobre Brasília e os bastidores da política; a minguada cobertura de temas realmente interessantes sobre o país e o seu entorno, na perspectiva do leitor, como bem ressaltado recentemente por Nizan Guanaes; a quase ausência de cobertura relevante de assuntos da América Latina e Africa, o que leva à reprodução e ao enraizamento de vieses típicos das elites da nossa região, como o eurocentrismo e o norte-americanismo.

Erram porém os que pensam que a minha visão sobre a Folha é predominantemente negativa. Não é. A Folha foi a grande referência cultural e política dos jovens da minha geração, os que consolidaram ou formaram a sua consciência político-cultural e social já no ocaso da ditadura. Lembro-me da façanha que era obter um exemplar do jornal fora do eixo Rio-São Paulo-Brasília. E que deleite era consegui-lo! Naquela era pré-tecnologia da informação, em que o país era um deserto de ideias, repressivo, misógino e preconceituoso ao extremo, ler a Folha era como um bálsamo; os temas abordados pelo jornal eram objeto de análises e discussões acirradas pelos jovens de então; e o estupendo time de colunistas e correspondentes internacionais que o jornal ostentava, cada um mais instigante que o outro: Gerardo Mello Mourão, Osvaldo Peralva, Janio de Freitas, Paulo Francis, Tarso de Castro, Flavio Rangel, Clóvis Rossi.

Nos dias atuais, porém, penso que o papel mais importante cumprido pela Folha, ao lado de outras publicações igualmente importantes, é o de fazer o contraponto eficaz ao poder político em geral. E isso, como se sabe, é essencial a qualquer democracia digna desse nome. Pena que esse contraponto também não exista em relação a outros fatores reais de poder.  

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

57 Comentários

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  1. JB quer agora dá uma  de  bom

    JB quer agora dá uma  de  bom mocinho,  esta  queredo  agora   se chegar   mais   caima  foram esse homem nao é de confiança,  nao adianta ele  meter o pau na  folha  pois  quando  presidente do supremo podia  ter tomado providencias contra as  mutreitas da folha,  estadao  o globo,  a globo etc  e nunca fez nada  queria sim aparece em  manchetes dá  entrevista  aparecer 

  2. No meu ponto de vista ele

    No meu ponto de vista ele está certo em quase tudo o que escreveu. Apenas não acredito que o texto esteja coerente com as atitudes dele. Afinal papel aceita qualquier coisa. Ainda acho que ele seja um psicopata.

  3. Cada vez mais eu admiro o

    Cada vez mais eu admiro o Joaquinzão… Botou os meliantes em cana (apesar de já terem soltado) e ainda dá os pitos necessários no PIG. Não tem rabo preso com ele…

    1. Ele poderia ter ficado…

      Ele poderia ter continuado pra colocar o povo do Mensalão mineiro e, quem sabe, até o povo do Trensalão em cana, né?

      Mas foi embora com “dor nas costas” que acomete juízes, mas que pelo visto não acomete advogados, já que ele está tentando ter o registro na OAB.

      Porque ele não ficou para colocar na cadeia o povo do PSDB?

      Porque?!?!

       

    2. meliantes???

      meu caro proxeneta……………….meliantes porque no caso da AP470 eram petistas né???

      se fossem do psdb seriam vítimas de um mal entendido.

  4. Exemplo

    Os desafetos do jornal  dificilmente irão reconhecer explicitamente , mas a Folha está surpreendendo .Bem que os blogs “progressistas”  poderiam seguir o exemplo.Aqui é difícil porque numa tribo os brancos são vistos com desconfiança.

  5. Incluiu Pedro II (que teve o

    Incluiu Pedro II (que teve o mérito de garantir a unidade nacional, mas manteve o Brasil escravista até 1888, último país a promover a abolição) entre os grande agentes públicos, mas não incluiu Lula. No mais, ótimo texto!

    1. Pedro II sabia o vespeiro que

      Pedro II sabia o vespeiro que era mexer com a elite brasileira, já naquela época. No caso, os cafeicultores, que produziam a quase totalidade de toda a riqueza nacional. Conseguiram acabar com Mauá, o homem que tentou iniciar a industrialização no país.

      No mais, a abolição se deu em 1888. 

      Em 1889, Pedro II foi deposto. Você acha que é coincidência?

       

    1. Você só pode estar

      Você só pode estar brincando…

      É visível o 2 pesos e 2 medidas que nosso jornalismo que já é chacota pelas ruas…

      Exceto em suas pesquisas feitas pelo ibope, é claro!

      1. Calma gente, falo pelo os

        Calma gente, falo pelo os elogios aos programas sociais,não imaginava que voces ainda estão que esse ranço todo,

        do Joaquim Barbosa.

  6. Ministro do STF(“saído”),

    Ministro do STF(“saído”), palesntrante fracassado, advogado não aceito, e agora Ombudsman “por um dia”

    hahahahahahahahaha

  7. Incluiu Pedro II (que teve o

    Incluiu Pedro II (que teve o mérito de garantir a unidade nacional, mas manteve o Brasil escravista até 1888, último país a promover a abolição) entre os grandes agentes públicos, mas não incluiu Lula. No mais, ótimo texto!

    1. Surpresa!

      Realmente, não foi inadequada a análise de Barbosa sobre a Folha. Também fui fascinada por esse jornal e me senti meio órfã quando percebi sua mudança editorial. Toda a nossa geração se ressentiu disso, o que não constitui nenhuma novidade. Simplesmente, desisti de minha assinatura. A grande surpresa aqui é a clareza com que o Magistrdo se expressa. Nem parece aquele desorientado, tendencioso e injusto ‘Talião’ dos trópicos. O que será que está pretendendo? 

       

  8. A Folha merece crédito? Barbosa tb?

    Quando o Barbosa se refere a ineutralidade da Folha eu concordo com a crítica dele. Realmente a Folha foi uma referência para mim desde que eu tinha 12 anos (1982) de idade, mas agora eu não consigo dar a ela nenhuma credibilidade. Hoje em dia abrir os sites da Folha, UOL, Veja, Época, Isto É e vários outros midiáticos é como abrir o mundo do apocalipse. Eles não conseguem reconhecer nenhuma ação governamental boa para a sociedade em geral. Eles se mostram claramente detratores do PT. Ademais, o Barbosa não foi meu super herói no julgamento da AP 470, nunca consegui reconhecer que houve Justiça naquele julgamento. Por quê não julgaram o mensalão do governo do PSDB?

    1. Nenhum jornal tem obrigação

      Nenhum jornal tem obrigação de ser neutro. Quando a imprensa de jornal foi criada, desde o primeiro numero de um jornal impresso, a ideia é que o jornal era um portador de OPINIÕES, a partir desse conceito se criou a noção de LIBERDADE DE IMPRENSA, é liberdade para opinar, não para ser neutro. Jornal não é quadro de informações e noticias, JORNAL É OPINIÃO, de onde saiu a noção de que jornal tem que ser neutro?   Em um jornal tudo é seleção, escolha, pode dar maior ou menor espaço à noicia, pode dar maior ou menor enfase, pode até não dar a noticia que não queira dar,, o jornal é absolutamente livre para tratar a noticia, quem não gostar do jornal não compre e não leia, a manifestação do Ministro Barbosa sobre a Folha não ter neutralidade não tem logica, a FOLHA não tem que ter neutralidade, ora.

  9. Um juiz do STF que disse que

    Um juiz do STF que disse que agravou as penas dos réus da AP 470 para que ficassem em regime fechado, e isto está gravado para a posteridade, falar em neutralidade , isenção, etc…

  10. Começa com José Bonifácio e

    Começa com José Bonifácio e termina com Ruben Recúpero.Nada mais parecido do que a

    propria Folha.Ou não conhece história ou teme  declinar quem realmente mudou o país.

    Lembra  “compoziçõens infantis”  de Millor Fernandes,no Pif Paf. Agora entendo o descaso dos seus pares de STF

    com relação ao seus conhecimentos jurídicos e gerais. Barbosa  é um embuste até quando escreve textos descompromissados.

    Difícil mesmo  será convencer ,com textos de sua lavra  o direito ao ingresso na Ordem dos  Advogados do Brasil…

  11. Athos: perfeita tua

    Athos: perfeita tua colocação!  Esses oportunistas! Mas, no final, a indgnidade dele diante da mídia, é que estará registrada na sua história  de supremo. Os oportunistas SEMPRE se curvam ao $ e a história não os perdoa. Será mais um gilmar mendes, um fux, um engavetador de processos contra o $ e, apenas lhe sobrará o que realmente é: um desequilibrado, deslumbrado pela câmara de tv filmando-o. Mais um bobo que teve chance de se tornar grande, mas preferiu passar por cima das bases jurídicas da constituição para agradar os que nunca permitiriam que ele fosse um ministro do stf, muito menos presidente. Usufruiram dele e, agora, sem poder, tem que entrar na fila para conseguir carteirinha da oab(outro traste tupiniquim). Enquanto não ocorrer uma reforma no judiciário, seremos, sempre, órfãos desse poder que até hoje só se volta contra ppp e p.

  12. As semelhanças entre Joaquim

    As semelhanças entre Joaquim Barbosa e Marina Silva são incríveis:

    1) Ambos traidores do presidente Lula

    2) Ambos recorrentes na estratégia da auto-vitimização

    3) ambos embustes intelectuais

    4) ambos canastrões sem caráter

     

     

  13. Barbosa tem salvação!Tenho

    Barbosa tem salvação!

    Tenho simpatia pela visão progressiva nas questões sociais, manifestada por JB. Infelizmente, sua obstinação em condenar a qualquer preço, a revelia das provas em contrario, no caso do julgamento da ação 470, manchou e manchou muito sua passagem pelo STF.

    Sobre a Folha, e também sobre o Estadão, O Globo e todos os veículos do PIG, basta olhar as fotos de seus articulistas para se notar a natureza monocromática de suas etnias. Como se costumava dizer durante minha infância no Rio: Deveriam pegar um bronze (banho de sol). Quase não existem colunistas negros, mulatos, caboclos, ou representantes das vozes das muitas etnias que compõe o povo Brasileiro. So assim se entende o fato desses veículos defenderem apenas os interesses das classes A e B, composta em sua maioria por etnias essas que os nobres articulistas julgam pertencer.

    Boa essa posição de Barbosa. Por isso repito que ele ainda pode ser resgatado do lado escuro da força.

  14. Neutralidade

    Mas que cara de pau! Corretíssima e óbvio o apontamento de que a Folha  não tem nenhuma neutralidade, mas nao é ele, a pessoa mais adequada para dizê-lo, é evidente. Depois de tirar meticulosamente a terra e por o cadáver jurídico da Teoria do Domínio do Fato em pé, que moral tem o Sr. Barbosa?

  15. Uma justa chamada a um belo texto

     

    Luis Nassif,

    Gostei do gesto de dedicar um post a este artigo do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes na Folha de S. Paulo “Ombudsman por um dia: Jornal erra ao tentar se mostrar neutro”.

    E o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes me surpreendeu. Eu, que não gosto da ideologia do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes, não vi no texto pontos para discordar ou criticar.

    E os comentaristas que se manifestaram aqui neste post “Joaquim Barbosa diz que Folha vende falsa neutralidade ao leitor” de quinta-feira, 02/10/2014 às 10:33, de certo modo, tiveram surpresa semelhante a minha. O mais crítico, Luiz C. Benevides, em comentário enviado quinta-feira, 02/10/2014 às 10:55, chegou a dizer que o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes está certo em quase tudo o que escreveu. Infelizmente, Luiz C. Benevides se manifesta em relação à personalidade do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes de um modo um tanto inconsequente, acusando-o de psicopata. Imagino que ainda se poderia ser firme e duro como o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes mencionando que certos momentos do ministro no STF de um modo geral e também especificamente como relator da Ação Penal 470 e as acusações que pesam sobre ele no que diz respeito às ocorrências policiais ao término da relação conjugal dele configurariam na avaliação de Luiz C. Benevides como reveladores de traços ruins na personalidade do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes.

    Outro ponto em relação aos comentaristas é que muitos deles entenderam equivocadamente a crítica que ele faz a Folha de S. Paulo no tratamento dado ao setor público. Transcrevo o que disse o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes:

    “De saída, vou ao que não me agrada na Folha: . . . a antipatia a tudo que vem do setor público, a fazer crer que à esfera privada se deve tudo que aconteceu de positivo no nosso país, ignorando a parcela importantíssima de contribuição que a sociedade brasileira teve de extraordinários agentes públicos, como José Bonifácio, Pedro 2º, Rui Barbosa, Getúlio Vargas, Roberto Campos, Celso Furtado, Juscelino Kubitschek, Rubens Ricupero e vários outros”.

    Disse que alguns entenderam equivocadamente porque se percebe que eles criticaram a lista do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes por a considerarem uma lista de cidadãos brasileiros, esquecendo que o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes restringiu os cidadãos brasileiros a aqueles que vieram do serviço público. Um dos últimos comentaristas a se manifestar, por exemplo, o Gustavo Kern, em comentário enviado quinta-feira, 02/10/2014 às 11:23, criticou o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes por não ter incluído Lula.

    Esta questão do serviço público é importante, pois se faz apologia da iniciativa privada exatamente para não dar margem ao crescimento do setor público. Em países em desenvolvimento esta querela ganha muita importância, pois se a iniciativa privada for melhor que o setor público, quanto maior o setor público mais claudicante será o desenvolvimento da economia desses países mais atrasados. E se prescutar no mundo inteiro onde há o acesso via concursos públicos corretos vai-se verificar que na média o serviço público dispõe de pessoas mais capazes do que o setor privado. Aliás, a vantagem na média para o serviço público ainda é maior ou precisa ser maior quanto mais atrasado for o país. Não os há, salvo na área de pesquisa científica, genialidades como as que se encontram na iniciativa privada. Assim merece aplausos quem destaca os servidores públicos que excederam à própria média do serviço público. E não se pode esquecer que o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes não fez uma relação exaustiva e nem mencionou nomes na área de pesquisa.

    E vale aqui mencionar que não houve só a crítica equivocada ao ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes. O comentarista Zanchetta em comentário enviado quinta-feira, 02/10/2014 às 11:00, também fez o elogio equivocado ao dizer que admira o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes porque ele “botou os meliantes em cana”. Em relação aos réus da Ação Penal 470, eles foram em cana em razão de decisão do STF. E para dar juridicidade a decisão foi importante a participação do ministro Enrique Ricardo Lewandowski, que lapidou as decisões um tanto toscas do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes o que facilitou a que outros ministros do STF manifestassem na mesma direção.

    Agora se Zanchetta se referiu à atuação do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes na vara de execução penal, os elogios seriam equivocados, pois se trata de momento em que o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes apenas manifestou os traços ruins da personalidade dele. É claro que eu digo que os elogios foram equivocados em minha avaliação. Se Zanchetta considera que a atuação do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes como juiz de execução penal foi correta talvez isso revela ou o desconhecimento dos aspectos legais na execução penal ou traços da personalidade de Zanchetta que não o difere muito dos traços da personalidade do relator da Ação Penal 470 no STF. Muito provavelmente ficará como nódoa indelével na carreira do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes a atuação dele como juiz de execução penal para o cumprimento das sentenças da Ação Penal 470.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 02/10/2014

  16. FOLHA é o jornal pomba-gira

    FOLHA é o jornal pomba-gira da imprensa brasileira, não tem linha coerente, a opinião é difusa e confusa, um dia é socialista, outro dia é neoliberal, o que significa convidar essa assombração para ser Ombudsman por um dia? O homem é um problema ambulante, por onde passa deixa sequelas, a Folha não tem do que se queixar, uma coisa que o Ministro tem a seu favor é que ele nunca surpreendeu, ele faz o que sempre fez e faz com todos, que ninguem se queixe.

  17. Sério, Barbosa?

    JB está tão atualizado que daqui a pouco ele descobre que o debate presidencial da rede globo em 1989 foi manipulado para derrotar Lula.

  18. O velho complexo de vira-lata…

    De certa forma, o texto é bem positivo por trazer exatamente as criticas que geralmente são discutidos há tempos na blogsfera. Por outro lado, expõe o comple de “vira-lata” do JB ao não citar a revista “CartaCapital” entre os meios de comunicação que expõem em períodos eletorais colocam suas “afinidades eletivas” – prática aplicada há pelo menos nas 3 últimas eleições presidenciais. Podemos até citar o Estadão que fez o mesmo em 2010…

  19. Pequenos anúncios

    VENDO. Apartamento em Miami, bem localizado, ótima vista, novo, pouquíssimo usado, amplo, andar alto, vizinhança discreta e tranquila. OU TROCO por uma carteira da OAB válida. ACEITO PERMUTA com licença para jornalista free-lance baseado em Brasília. Tratar fone 2474-2474 com “JB Assas”.

  20. Até parece o antigo Paulo

    A diferença é que não é santo, não! Um dia sai em busca de uma caça para descer a paulada, outro dia critica os seus amigos e colegas e até a imprensa que o ajuda ele destrói, faz pose de bonzinho como se estivesse ao lado do povo, mas odeia as ações sociais, diz que defende a sua raça, mas não tem dó do pobre. Como dizia Billy Blanco:

    Não fala com pobre, não dá mão a preto 

    Não carrega embrulho 

    Pra que tanta pose, doutor  

    Pra que esse orgulho 

    A bruxa que é cega esbarra na gente 

    E a vida estanca 

    O enfarte lhe pega, doutor 

    E acaba essa banca 

    A vaidade é assim, põe o bobo no alto 

    E retira a escada 

    Mas fica por perto esperando sentada 

    Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão 

    Mais alto o coqueiro, maior é o tombo

    Do coco afinal 

    Todo mundo é igual quando a vida termina 

    Com terra em cima e na horizontal

        

     

  21. Um surra de 5 parragrafos!

    “Erram porém os que pensam que a minha visão sobre a Folha é predominantemente negativa. Não é.”

    Depois de um espancamento de 5 paragráfos ele solta essa!

    A verdade é que JB traçou um limite de tolerância bem restrito e qualquer um ultrapasse essa linha imaginária mas bem real porque encarna os seus valores leva porretada.

    Pena que no final legitimou a Mídia como “oposição’ sem ver que tal postura é a raiz dos problemas apontados por ele mesmo.

    Mas nunca a Forja, quer dizer Falha…Melhor a Folha convida ele nem para comentar no rodapé.

  22. Por que será que eu acho que

    Por que será que eu acho que tem alguma intenção oculta nessa matéria da FSP? Estarei ficando velha de vez ou isso faz algum sentido?

    Se Aécio estiver encostando em Marina, não seria hora de sair do armário e jogar todas as fichas no tucano? Não seria JB a figura de maior credibilidade, na visão da FSP,  para liderar uma virada dessas? E se houver chances reais de Aécio ir para o segundo turno, como continuar em cima do muro até a definição da eleição em 26 de outubro?

    São apenas elocubrações de uma aposentada… 

    1. ”Por que será que eu acho

      ”Por que será que eu acho que tem alguma intenção oculta nessa matéria da FSP? Estarei ficando velha de vez ou isso faz algum sentido?”

         Essa é fácil de responder:

               Porque vc é um idiota completo que enxerga cosnspiração em tudo. Em tudo que não concorda.

                 Mas conspiração que vá de encontro ao seu pensar ou interesse, aí vc valida.

                     ”Intenção oculta”: Recomendo terapia duas  x por semana .

                        Não recomendo 3 x  ou diariamente,porque foi considerado improdutivo.

                         Mas no seu caso…..

  23. Por mim, esse homem já nem

    Por mim, esse homem já nem merece ser xingado. O menospreso seria o melhor para quem tem sede de holofotes e de agradar os poderosos. Cai fora ! Maiame te espera de braços abertos.

    Jair, não fique bravo, por favor . hahaha

     

  24. Tá se desmascarando… é um mero bajulador.

    Se Dilma levar já no dia 5/10 (torço e me esforço full-time pra que isso ocorra) ele vai escrever um artigo no Globo já na segunda feira exortando principalmente e enfaticamente o “republicanismo” durante o mandato dela onde em diversas oportunidades, quando JB dava uma de justiceiro implacável pra cima de Dirceu e Genoíno, ela nos lembrava da independência dos 3 poderes da república… tá querendo se achegar de novo o dito cujo; o ostracismo, após uma carreira vapt-vupt de pop-star global, é phoda, tem gente que entra em parafuso.

    Vade Retro… Bangalô 13 Vezes!!!

  25. Como é inconstante !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Bom, pode tentar, e talvez até consiga convencer alguns, ingênuos,  mas………………..

    A mancha que foi praticada por ele, contra nosso arcabouço juridico, ficará para sempre na história deste País, e não será com este artigo meloso, que irá se redimir !!!

    Os que o considera “herói”, continuarão a merecê-lo, pois são, como diz o provérbio “farinha do mesmo saco”

    Mas a mim, não engana !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Chega da farsa  …… “Domínio do Fato” !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  26. Dr Jeckyll & Mr Hyde

    Lendo esta critica equilibrada e sóbria do barbosão à falha de SP , me veio em mente a novela do médico e o monstro. O cidadão Barbosa, desprovido de poderes , é capaz de nobreza e equilibrio inimagináveis, quem diria. 

  27. O grande barato seria se este

    O grande barato seria se este blog ou jornal,sei lá eu, convidasse alguns comentaristas pra ser Ombusdman por um dia.

             De preferência todos aqueles que adoram o blog ,mas opinam contra,

                 Não vale chupa ovo .E muito menos convidar um cara  que escreveu assim; ”SE 30 por cento que considera Dulma regular ,votarem nela, ela ganha bo primeiro turno.”

                  E isso se tornou post. Não é Weden?

                 E se 30 por cento que me achar regular E VOTAR em mim, eu posso ser presidente da Nasa,da Onu,do Corinthians, de todas escolas  de samba e aré gan har vários Oscar.

                  Que conste nos anais do blog:

                     Isso se tornou post.

  28. Ausência de cobertura relevante da América Latina e Africa

    Muito boa analise de Joaquim Barbosa sobre a Folha. Equilibrada, ainda que do meu ponto de vista, acho que ele não (quis) andentrar nas questões sobre as falsas matérias que o jornal produziu nas eleições de 2010, do editorial historico, assinado por Otavio Frias filho, ” A ditabranda”, o que evidenciou a participação da Folha durance certo periodo da Ditadura e da parceria do jornal com os outros grandes veiculos, dando autenticidade a falsos escândalos .

    No mais, quando ele citou os anos em que a Folha fez historia como o melhor jornal do Pais, fiquei esperando o nome de Luis Nassif. Ta magoadissimo  🙂 

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