O besteirol do espião que saiu do frio, por Luís Nassif

É surreal! Toda embaixada tem adidos militares, pessoas do serviço de inteligência, visando colher informações sobre o país.

No festival de besteirol que assola o país, a reportagem “Abin identifica espião da Rüssia em embaixada” ganhou o prêmio de campeã do mês. 

É surreal! Toda embaixada tem adidos militares, pessoas do serviço de inteligência, visando colher informações sobre o país. O jornal trata o cidadão como “espião”. Quais as atividades do “espiäo”? Montar eventos e oferecer bolsas de estudo a estudantes brasileiros, que poderão se tornar espiões também, segundo o besteirol.

“Seu objetivo era angariar informações sobre determinados setores ou temas do Brasil de interesse do serviço de inteligência da Rússia. Na prática, o russo estava legalmente no Brasil, mas se valia da condição de diplomata para desempenhar a função de espião.

A Abin, como órgão central do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), informou ao Itamaraty como se dava essa atuação e quais eram os alvos preferenciais. A Folha confirmou as tentativas de criar uma rede de informantes e de cooptar brasileiros como “fontes humanas”.

“Entre os métodos empregados estava o uso de bolsa de estudos e programas de intercâmbio na Rússia, como forma de atrair estudantes e acadêmicos de determinadas áreas”.

A matéria se auto destrói no seguinte parágrafo:

”De acordo com funcionários do Itamaraty, a atuação de espiões utilizando cargos diplomáticos é comum em todo mundo e não se trata de uma exclusividade da Rússia”.

No entanto, tornou-se manchete principal em um dos maiores diários brasileiros. É assim que se pretende competir com as redes?

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Luis Nassif

6 Comentários

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  1. Quando vi a manchete no UOL, minha vontade foi rir, pensei no boimate da veja, reproduzindo como verdadeira notícia de 1 de abril da imprensa alemã anunciando uma invenção em que o boi já era criado com molho de tomate, de forma que o bife já vinha temperado

  2. Pior que surreal! A folga e seus similares, são piores que espiões. Estão a serviço e subordinada ao império o que é muito pior!

  3. O pois ‘é da coisa’ não é a Folha perpetrar mais uma folhice, mas, ainda hoje, inacreditavelmente, termos a esquerda, mídia dita progressista e progressistas, leitores, ouvintes e espectadores, em geral e numeradas, com tudo, sem nada, escancarar permanecerem reféns da cuja que dita a agenda dessa nossa inteligente progressista gente que, pretendendo mudar o Brasil, insistentemente não consegue mudar e perceber que não conseguem deixar de entrar nessa velha arapuca armada para fazermos da política, a cada nova 72 horas, o eterno contradito dessa gente medíocre do tango de uma nota só.

    Perceba-se, atentando-se a exemplos às pencas, como de um supremo peruquento guitarrista, que ao solitáriamente pronunciar qualquer consideração favóravel aos mesmos de sempre e desfavorável a nós progressistas, logo vem a corporativa mídia amiga a transformar o antes, solitária consideração, em amplíssima, contundente e densa manchete, “STF CONSIDERA QUE…”, e nem assim aprendemos, pois quando sapecam uma liminar: “Elon Musk X Alexandre de Moraes”, mugindo vamos nós literalmente desembestados à frente, reproduzindo-os.
    Tenha-se ao menos a santa paciêncinha de aprender-se com os captores: “ELON MUSK X STF e a SOBERANIA BRASILEIRA”. Taoquei!

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