O caso Crivella e o jogo político do denuncismo, por Luis Nassif

Vamos a uma análise das denúncias contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), a partir de uma entrevista dada hoje ao Globo pelo ex-Secretário de Educação, César Benjamin.

O episódio é a comprovação cabal dos prejuízos trazidos ao país pela prática do denuncismo desregrado e pelo “direito penal do inimigo”, praticado pela mídia e pela Justiça.

Genericamente falando, uma administração não é algo homogêneo. A necessidade de apoio político torna inevitável o atendimento às demandas fisiológicas, mesmo aquelas que se pretendem modernas. Há também a corrupção dos contratos ou para enriquecimento pessoal ou para financiamento de campanha.

Mas em muitas existem grupos internos que tentam implementar políticas positivas e duradouras. Um dos papéis centrais da mídia deveria ser o de identificar essas iniciativas positivas e fortalece-las nos embates internos contra os grupos fisiológicos.

Não é o que ocorre. Há a prevalência absoluta do “direito penal do inimigo” na cobertura jornalística. Escondem-se as boas iniciativas, superdimensionam as notícias negativas, dá-se ênfase excessiva a denúncias fundamentadas ou meros factoides. E, quando se recorre ao jornalismo de guerra, não há mais respeito pelos fatos.

Com esse estilo, fragilizam politicamente o Executivo. Fragilizados, ficam à mercê do legislativo. A consequência imediata é o fortalecimento dos setores fisiológicos e o enfraquecimento das políticas públicas.

Foi o que ocorreu com os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, alvos de denúncias que os obrigaram a cair no colo do PMDB. E, agora, de Crivella e do governador mineiro Fernando Pimentel, obrigados a entregar anéis para não perder os dedos.

O caso Marcelo Crivella é significativo desses malefícios e fica bem explicitado na entrevista do ex-Secretário de Educação ao Globo (aliás, ultimamente o jornal tem brindado seus leitores com alguns respiros de jornalismo, embora a manipulação política continue preponderante).

Peça 1 – a denúncia de O Globo.

A denúncia foi publicada no dia 5 de julho. Houve uma reunião na prefeitura com 250 pastores, batizada de “Café da Comunhão”. Por não constar da agenda oficial da prefeitura, foi tratada como reunião secreta. Só no Brasil reunião com 250 pessoas é tratada como secreta. A única implicação política foi a presença de um pré-candidato a deputado federal pelo PRB – que, pelo teor da reportagem, nada mais fez do que estar presente.

Na reunião, o prefeito teria passado as seguintes informações aos pastores:

·      Informou que a Prefeitura está realizando o “mutirão da catarata”, com 15 mil cirurgias contratadas até o final do ano. E solicita aos “irmãos” que, se tiverem algum fiel nessa condição, informarem à Márcia, que ela encaminhará para cirurgia.

·      Informou também sobre um mutirão para operação de varizes e outro de vasectomia para homens.

·      Falou de pastores com problemas no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As igrejas são isentas. Deu o nome do dr. Milton para os processos andarem. “Temos que dar um fim nisso”, declarou, segundo O Globo.

·      Ofereceu também para remanejar pontos de ônibus próximos a igrejas, nos casos em que a posição do ponto seja muito distante ou o passageiro corra o risco de ser atropelado ao atravessar a rua.

·      Passou também o nome de assessores que poderiam informar sobre programas antidrogas. “Se as Igrejas estiverem crescendo, quantas tragédias nós vamos evitar?”.

Não há nenhuma informação sobre recursos da Prefeitura disponibilizados para a Igreja, sobre empregos oferecidos, sobre favores ilícitos.

O caso foi tratado como “escândalo”, alimentando uma CPI e medidas judiciais contra o prefeito. Imediatamente o Ministério Público Estadual se apresentou para investigar o ocorrido. Segundo o jornal, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, informou que o MPE irá apurar se houve improbidade administrativa e abuso de poder político, o que configuraria também crime eleitoral. E a hipótese se transformou em manchete.

O que é verdade, o que é pós-verdade, o que é espuma nesse episódio?

Peça 2 – os argumentos de César Benjamin

Hoje, em O Globo, o ex-secretário de Educação César Benjamin, que foi demitido como decorrência do episódio, dá uma entrevista por escrito. A manchete é enviesada: “O prefeito se omite com frequência, diz César Benjamin, ex-secretário de Crivella”.

Demitido em função do episódio, Benjamin o analisa da seguinte forma:

O senhor recebeu, em algum momento da gestão, qualquer ordem, pressão ou orientação (mesmo que não tenha acatado) para beneficiar grupos evangélicos em sua gestão?
Não, isso não existe. Tenho muitas críticas ao prefeito, mas acho que no episódio da reunião com evangélicos, que O Globo noticiou, ele está sendo crucificado injustamente. O mutirão de cirurgias de cataratas existe há alguns meses, sob controle da Secretaria de Saúde, dirigida por gente séria. Os evangélicos trabalham com pessoas muito pobres e pouco informadas. Imagino que a tal Márcia poderia ajudar no encaminhamento de demandas, mas isso não significa furar fila. Houve, sim, afirmações infelizes na tal reunião, que permitem dupla interpretação. Mas também há má vontade com o prefeito.

Peça 3 – a mídia e o boicote à rede municipal de ensino

Ainda segundo Benjamin, a mídia jogou sempre contra o projeto de educação que se tentava implantar. O jogo político não diferencia bons e maus projetos. Se a mídia é contra o governante, tudo é motivo para desqualificações.

Manipulação 1 – ignorou os indicadores de desempenho

A SME é uma rede heroica e muito injustiçada, principalmente por vocês, jornalistas, sempre ávidos por denúncias.(…) Uma rede privada pode escolher livremente quantas escolas quer ter, quantas vagas quer ofertar e onde quer localizar suas unidades. Além disso, dispõe de um poderoso filtro para fazer uma seleção socioeconômica e cultural de sua clientela: as mensalidades. A oferta que ela quer fazer determina a demanda que ela vai atender, tudo de acordo com um projeto pedagógico e empresarial fixado de antemão. Não é difícil gerenciar um empreendimento com essas características.

A rede pública funciona ao contrário. É a demanda da sociedade que determina a oferta que a rede precisa fazer. Ela não seleciona quantas vagas quer oferecer, não escolhe os locais onde instala suas escolas, que estão em toda a cidade, e não filtra a sua clientela. Oferece um serviço universal e gratuito. Tem diante de si uma demanda crescente, incontrolável, virtualmente infinita.
Há enorme número de famílias desestruturadas, que não podem cuidar minimamente de seus filhos. Regiões inteiras da cidade estão sob controle do crime, sujeitas a violência endêmica. Tudo isso recai pesadamente sobre a rede pública de educação. Se levarmos em conta esse contexto tão desfavorável, podemos dizer que, sim, ela é muito boa. A maioria das 650 mil crianças que abriga só tem a escola como espaço de esperança. Boa parte delas realiza nas escolas suas únicas refeições completas. A SME é, de longe, o mais importante ativo social do povo do Rio de Janeiro. Precisa ser respeitada e preservada.

Manipulação 2 – os avanços não divulgados

Sistemas de avaliação

Com apoio da Universidade de Durham, que é referência na avaliação do sistema inglês, a SME está fazendo a primeira pesquisa longitudinal realizada no Brasil: 2.700 crianças nossas, distribuídas por 46 escolas, foram acompanhadas passo a passo no último ano da pré-escola e serão acompanhadas até o final do segundo ano do ensino fundamental, num total de três anos, período que inclui o desafio crítico da alfabetização na idade certa. Passamos a conhecer assim, em minúcias, o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo de uma amostra representativa de nossas crianças, obtendo resultados que a esta altura – tendo finalizado o primeiro ano da pesquisa – já são muito relevantes. Identificamos um subconjunto de escolas que apresentam resultados muito acima da média da rede, sem que haja diferença de meios, e agora a equipe de pesquisadores está tentando entender o que as torna tão diferentes das outras, para que possamos replicar suas práticas, com as adaptações pertinentes. Este é só um exemplo.

Tecnologia de educação

Um deles são as provas bimestrais. Sofisticamos muito a maneira de lidar com elas. Hoje, graças a um uso intensivo da informática, os resultados dessas provas e dos conselhos de classe, lançados no sistema, são recolhidos, processados e analisados em poucos dias, o que criou uma poderosa ferramenta de trabalho pedagógico. Pois, graças a isso, nos tornamos capazes de identificar, praticamente em tempo real, como está o aprendizado em cada turma e, dentro de cada turma, quais alunos estão se atrasando. Não precisamos esperar o final do ano para decidir se aprovamos ou reprovamos uma criança. Já no final do primeiro bimestre as equipes de supervisão, criadas em 2017, começam a buscar, juntos com as escolas, as correções necessárias. A aplicação desse método no segundo semestre de 2017, ainda em caráter experimental, fez cair a reprovação de alunos no terceiro ano do ensino fundamental, da média histórica superior a 20%, para 14%.

Formação de quadros

Esse time foi formado e treinado no segundo semestre de 2017, tornando-se plenamente operacional no início de 2018. Hoje, 1.956 professores, divididos em 56 esquipes, têm a missão de garantir que algo próximo a 100% dos alunos adquiram proficiência na leitura, na escrita e no manejo dos números até o final do segundo ano do ensino fundamental. Se, trabalhando nas primeiras séries, conseguirmos erradicar o analfabetismo funcional, isso mudará a qualidade de toda a rede em médio prazo.

Revisões curriculares

As revisões curriculares estão bem avançadas em todas as disciplinas, com participação dos professores. Começamos 2018 com 25 escolas bilíngues, oferecendo aos alunos inglês, francês, espanhol e alemão, e o planejamento está pronto para que elas sejam 56 no próximo ano, no caminho de termos uma rede pública bilingue em médio prazo. Acabamos de eleger quase 900 grêmios estudantis, como parte do programa de protagonismo juvenil, que se desdobrará no programa de protagonismo das famílias. O xadrez entrou na grade curricular de 120 escolas, com 43 mil estudantes. Implantamos o maior programa de ensino de música do Brasil contemporâneo, que formará 80 mil instrumentistas até 2020. Estabelecemos parcerias com as universidades de Stanford, Harvard e Durham, no exterior, com a UFRJ, aqui, com o Museu do Amanhã, com o Jardim Botânico, e por aí afora. Muita coisa está acontecendo. Mas educação, por sua natureza, é um processo lento e silencioso. Por isso, aliás, os políticos não a valorizam.

Peça 4 – o jogo político anacrônico

Benjamin é uma pessoa controvertida. Seu penúltimo grande feito público foi a entrevista que concedeu à Folha acusando Lula de ter estuprado um colega de cela, acusação tão extravagante que o marcou definitivamente. O último foram os conflitos com Paulo Messina, Secretário da Casa Civil de Crivella, espécie de eminência parda da Câmara de Vereadores, defensor das demandas menores junto à administração. Ambos pediram demissão e voltaram atrás no mesmo dia.

Qual o efeito concreto das denúncias de O Globo? O mesmo das denúncias contra o governador mineiro Fernando Pimentel.

Criam-se factoides, explodem as denúncias. O resultado imediato é o enfraquecimento do prefeito ou governador. Enfraquecidos, ficam expostos mais ainda às demandas do legislativo. Consequentemente, há um fortalecimento brutal dos representantes do fisiologismo. E, como a mídia boicotou todas as boas iniciativas da gestão, elas se mantêm invisíveis, não se tornam ativos públicos e, portanto, fica muito mais fácil descarta-las.

As dúvidas que ficam desse episódio são quanto aos resultados efetivos da política educacional implementada por Benjamin. Uma coisa é o planejamento; outra, os resultados efetivos.

1.Se metade do que Benjamin informou for efetivo, estava-se a caminho de uma revolução na educação que foi ignorada pela mídia, por se tratar de um trabalho do “inimigo”. E, ao não lhe dar visibilidade, enfraqueceu-a completamente. Benjamin só se tornou fonte amiga quando foi demitido.

2.Se o que Benjamin informou não bater com a realidade, o jornal passou uma informação falsa.

A mistura de religião com política é um risco e há um conjunto criticável de práticas de Crivella. Mas mau jornalismo não é antídoto contra as mazelas da política. Especialmente quando o grupo jornalístico tem interesses explícitos com a prefeitura.

Peça 5 – Globo e Eduardo Paes

Na gestão anterior, de Eduardo Paes, a Infoglobo e a Fundação Roberto Marinho receberam mais de R$ 130 milhões da prefeitura.

Inclusive, a parte mais substancial de R$ 112,3 milhões que Eduardo Paes desviou de obras de infraestrutura no Morro do Pinto, da Previdência e de revitalização no centro da cidade, para a construção do Museu do Amanhã. R$ 56 milhões foram destinados à Fundação Roberto Marinho, para gestão dos museus da cidade. Hoje em dia, só para complementar os gastos do Museu, a prefeitura gasta de R$ 15 a 20 milhões por ano.

De 2010 a 2016 – 8 anos de gestão Paes e 2 de Crivella – o Sistema Globo de Televisão, mais Globo Online, revista Época, a parte impressa (jornal O Globo, Extra, Expresso, compras da Secretaria de Educação e da Riotur receberam um total de R$ 156,5 milhões. Muito mais do que os R$ 17 milhões do Grupo Bandeirantes, os R$ 20 milhões de O Dia, os R$ 26,6 milhões da Tupi.

Segundo levantamento feito pela equipe de Crivella, sempre que se aproximam períodos eleitorais, a Globo aumenta a fuzilaria contra os adversários.

Candidato ao Senado em 2002, ele foi alvo de 52 matérias negativas em O Globo. Em 2003, o número caiu para 5 matérias negativas. Em 2004, ano de eleições municipais, as matérias negativas saltaram para 151. Caíram para 8 em 2005. O recorde foi batido na candidatura para prefeito, em 2008, com 330 matérias negativas. Nas eleições para governador, em 2014, o número saltou para 114.

Agora, aproximam-se as eleições, Eduardo Paes concorre e repete-se o jogo.

Peça 6 – a importância da diversidade de opinião

A Globo ajuda a fiscalizar o país, com seu apoio à Lava Jato. Mas quem fiscaliza a Globo? Seu poder de coerção é enorme. Ontem mesmo, um juiz federal de Brasil reavivou um inquérito da CGU (Controladoria Geral da República) sobre um contrato de Crivella, enquanto Ministro da Pesca, para troca de janelas no Ministério e ordenou o bloqueio de R$ 3,1 milhões nas contas de Crivella e outros funcionários do Ministério na época. Crivella alega que houve um inquérito na CGU e ele foi absolvido pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Qual o fundamento da decisão do juiz e da iniciativa do Ministério Público? Não se sabe. Pode ser que tenha fundamento, pode ser que não. A partir da politização da cúpula do Judiciário e do MPF, tudo é possível. Ontem mesmo, a Procuradoria Geral da República vazou um inquérito baseado em “indícios” contra o senador Lindbergh Farias, o mais crítico dos parlamentares petistas.

Independentemente das ressalvas que se tenha contra Crivella – e são muitas -, episódios como este, sem transparência, sem clareza, ajudam a demonizar mais ainda a política, o Judiciário e a mídia perante o cidadão comum.
E abrir mais um pouco a porta da jaula da besta que se aproxima vorazmente, aguardando a contagem regressiva para as eleições. Os que celebram o massacre midiático contra Crivella poderão ser as vítimas de amanhã. E sem dispor da Record para se defender.

Luis Nassif

33 Comentários

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  1. O PSOL comete um grande erro
    O PSOL comete um grande erro ao embarcar nos interesses da Globo e pedir o impeachment do prefeito Crivell. Tenho minhas restrições ao prefeito, mas a esquerda tem que parar de cair no canto da Sereia Plateada. Hoje o maior inimigo do Rio, e também do Brasil, é o sistema Globo. Não podemos ficar até à mercê de grupo de comunicação. É necessário vencer o Crivella, mas pelo voto, o país não aguenta mas esse jogo de bastidores. Acorda PSOL, Acorda Esquerda, Acorda Brasil. Nas palavras de Euclides da Cunha “Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos”.

    1. psol e a moralidade

      O partido segue seu caminho de dfensor da moralidade. Tem a Globo e a midia hegemônica como parceiros, assim segue em sua ascenção no legislativo. Quando se tomar o executivo então verá que a tal moralidade que defende será a sua destruição, mesmo enchendo o cofrinho da Globo de dinheiro.

    2. Amigo você disse tudo…Na

      Amigo você disse tudo…Na verdade o PSOL FERROU muito o PT nos holofotes da Globo quando havia interesse da mesma, a esquerda tem que se unir acordar e dar uma banana para Globo.

    3. Lembrando que a Globo apoiou

      Lembrando que a Globo apoiou o Freixo. A Globo é a pedra no sapato do Psol. Se bem que até que, noves fora a “moralidade que passa na telinha”, o partido tem tido postura bem distante dos Marinho, na defesa enfática à Lula, por exemplo.

      Talvez tenha dois tipos de Psol. O do Boulus em São Paulo anti-globo e o do Freixo aqui no Rio que tem ambíguas relações com a venus platinada. Não sei, posso estar errado, é uma especulação

  2. Não é porque o Crivella é

    Não é porque o Crivella é inimigo da Globo, que ele vai passar a ser meu amigo.

    O fato é que as cirurgias que, falando com a Márcia sai em no máximo duas semanas,  para o cidadão comum – o “não irmão”-, demora meses senão anos.

    Para resolver problemas com processos sobre o IPTU, você, cidadão comum – o “não irmão”-, tem que enfrentar todo um aparato burocrático e aguardar meses senão anos pela solução. Não basta falar com o Sr. Milton, até porque ele vai te tratar como um simples cidadão que tem que respeitar a fila e, não vai te tratar como um “irmão”.

    Isso está errado! O Estado é laico!

     

     

  3. O veneno do país é a dupla

    O veneno do país é a dupla Globo-PMDB. A Globo entra  com sua blitzkrieg de aumentar os escândalos do seus inimigos – e nem mostrar os dos amigos. Aí o governante enfraquece e é obrigado a atender, pra não ser tirado do cargo, aos vereadores ou deputados – que em quase todos os municipios têm como partido mais forte o PMDB. Estou na casa dos 40 e espero ver algum líder polítco neste país que consiga dar um fim a esses dois males. Está provado que alimentá-los na esperança de que não irão atacar num momento de fraqueza dum governo é o caminho pra tragédia. O PT é o exemplo acabado do erro desta estratégia. 

  4. César Benjamin e o viralatismo de sempre

    Com apoio da Universidade de Durham, que é referência na avaliação do sistema inglês,

    Não tem uma única universidade no Brasil, do Oiapoque ao Chuí, que possa atuar nessa avaliação, tem que ser uma da Inglaterra?

    Tá, digamos que a Universidade de Durham seja dona de um saber único universal que só ela detém, ainda assim não dava para condicionar o convênio à “transferência de tecnologia” para alguma das universidades públicas do Rio de Janeiro?

    Esse viralatismo de ter que buscar soluções sempre no exterior me incomoda profundamente.

  5. O Psol

    gosta de ser buxa de canhão nas mãos da Organização Mafiosa Globo. Lembra do episódio do dito “mensalão”? Lá estava o Chico Alencar, no seu momento de glória no Plim Plim, deitando o porrete no governo Lula. Depois que foi usado, foi chutado como um cachorro pela Organização Mafiosa Globo. Quanto ao Freixo, ele não tem dimensão política, mais parece um líder estudantil e adora a alta roda.

    Em tempo: Vamos Dilma, denuncia o paple centra da Globo no golpe que resultou na sua queda!

  6. Chega de intermediários!
    Já que a Globo pauta a “justiça” nessa república bananeira, chega de intermediários! Que o STF seja transferido para o Jardim Botânico com Merval na presidência sob a tutoria do Sérgio Moron (sic).

  7. Crivela prova do próprio veneno

    Ele e sua Igreja ajudaram a destilar esse veneno. Agora aguente … como canalha que é, vai dar um jeito de “comprar” a Globo, como Temer fez. Não concordo com denuncismos nem ativismo político do Judiciário. Acho que ele deve cumprir seu mandato e que a população do Rio avalie sua gestão. 

  8. Vamos ao que interessa!

    Eu ia analisar o texto mais profundamente, mas como sempre, são os detalhes que desmoronam tudo, vejam:

    “(…)A Globo ajuda a fiscalizar o país, com seu apoio à Lava Jato. Mas quem fiscaliza a Globo(…)”

    Ora bolas, um jornalista do calibre de Luis Nassif não deveria fazer uma pergunta dessas, e se fizesse (no modo retórico) deveria logo dar a resposta:

    A globo ajuda a fiscalizar o país?

    Bem, a natureza de sua “fiscalização”, e a identidade de seus cúmplices (a lava jato) são as respostas para a questão que segue: a globo e o judiciário não buscam fiscalização, porque fiscalização se presta a algo, mas fazem apenas um jogo destinado a pairar como instituições acima de tudo, inclusive de qualquer controle social.

    Os resultados já sabemos quais são.

     

    Agora vamos a Crivella.

     

    Crivella foi um dos mais fieis aliados de Lula e Dilma.

    Se o PT não disputou ideologicamente essa enorme base que se escancarava a sua frente, problema do PT, e como vemos, foi um enorme problema, porque essa enorme massa pentecostal-coxinha classe “c” oscila hoje entre o bovino, resignado e inerte apoio eleitoral a um Lula preso, e o voto no discurso bolsopata, e pior, rumo a ausência nas urnas.

    Então, o pessoal do piçol que voa como moscas por aqui deveria ter mais cuidado.

    Outro aspecto eu vou repetir no comentário que respondi ao Jus Ad Rem no outro posto sobre o assunto:

    Tem que acabar com a influência das igrejas sobre o Estado?

    Claro, então vamos começar:

    – Fim dos feriados “santos”;

    – Fim das escolas católicas e de outras igrejas;

    – Demolição do Cristo Redentor;

    – Fim da renúncia (não confundir com isenção fiscal) fiscal para igrejas;

    – Retirada das imagens religiosas de TODAS as repartições públicas, como aquela cruz no stf;

    – Retirada do preâmbulo religioso na CRFB.

    – Fim da criminalização do aborto e do uso e venda de drogas, notoriamente leis com vies relgioso!

     

    E sim, o fato de ser inimigo da globo não nos torna amigos, mas o fato é que não há inimigo maior dessa país que a globo, então, a questão é escolher o inimigo menor, ou pelo menos, aquele com quem se pode conversar…

    crivella é horrível, mas está no mundo tangível da política, ainda que atravessada com religião (e quem nesse estado de merda não está, não é a lava jato a nova religião?).

    Querem ganhar dele, ganhem no voto, na política.

  9. A esquerda tem que ser

    A esquerda tem que ser pragmática. Se não existe Lei no Brasil (e não existe mesmo), ser inocente ou culpado não importa muito.

    Crivella é de direita e da bancada da Bíblia, um explorador baixo que só liga para dinheiro. Se ele se ferrou, ótimo para a esquerda. Não existe sequer conflito ético por parte da esquerda nesse caso, pois se pudesse, Crivella e compania destruiriam a esquerda e seus membros sem nenhum pudor.

    Lembremos: não existem regras na guerra de classe.

  10. Um reparo

    Conheço alguém que trabalha na SME. O processo descrito pelo Benjamin não é de iniciativa do Crivella, vem de antes mesmo do Eduardo Paes e custou muito sangue, suor e lágrimas dos servidores da SME para começar e deslanchar. E ainda vai custar outro tanto, porque implica em desafiar as políticas imbecilizantes da direita (a esquerda aqui ainda não teve a chance de ser provada) e modificar hábitos arraigados de “profissionais” da educação que se acomodaram em cumprir um roteiro mambembe todos os anos, sem qualquer avaliação dos resultados e pouco ou nenhum planejamento.

     

  11. Bom, nessa luta entre satanás

    Bom, nessa luta entre satanás e belzebu, bem que satanás, no caso a Globo, poderia não apenas atacar a promiscuidade entre Igreja e poder público, o que é importante. 

    Poderia aproveitar e defender o pessoal das religiões afro-brasileira e o povo do samba. Eles estão precisando. Não é só usar no carnaval e depois deixar para lá.

    Joguem fora o livro do Kamel e dêem espaço para o movimento negro que defende as tradições africanas no Brasil. Não deixa de ser uma forma de diminuir o poder da Record/Igreja Universal.

  12. O caso Crivella e o jogo político do denuncismo

    -> E, agora, de Crivella e do governador mineiro Fernando Pimentel, obrigados a entregar anéis para não perder os dedos.

    -> Se metade do que Benjamin informou for efetivo, estava-se a caminho de uma revolução na educação que foi ignorada pela mídia, por se tratar de um trabalho do “inimigo”.

    -> Independentemente das ressalvas que se tenha contra Crivella – e são muitas -, episódios como este, sem transparência, sem clareza, ajudam a demonizar mais ainda a política, o Judiciário e a mídia perante o cidadão comum.

    César Benjamin poderia ter sido uma das mais brilhantes, e precoces, mentes de sua geração. mas como todos nós já deveríamos estar mortos de saber: “É preferível morrer jovem!”.

    o mesmo vale para Fernando Pimentécio, embora não tão brilhante e nem um pouco precoce.

    ele que amaram tanto a revolução, hoje envelhecem impenitentes mal convertidos ao neo-pentecostalismo do Capitalismo como religião. quando não inteiramente entregues a luxúria do fundamentalismo de mercado.

    é curioso, e sintomático, como um artigo sobre os perigos do punitivismo do direito penal do inimigo traga oculto em suas vísceras a tragédia de uma geração.

    cooptados pelo sistema a quem combateram com armas na juventude, incrustados na burocracia oficial, apaziguados com as benesses dos cargos e a reverência dos subordinados.

    por isto mesmo, fazem de um currículo de realizações jamais levadas a cabo o Rivotril de sua má consciência. mas não há como fugir da traição a si mesmo escondendo-se atrás daquilo que nunca foi e que jamais poderia ter sido.

    se o tempo passou e não é mais possível morrer jovem, ainda assim sempre é melhor ser ninguém.

    como diria um andarilho de beira de estrada: “A grandeza, talvez a maior de todas, é a grandeza de se permanecer anônimo.”

    p.s.: de como o “Feliz é a nação cujo deus é o senhor” se tornou “Que Deus tenha misericórdia desta nação”

    .

    1. Telegramas de Pasárgada…

       

       

      Como dizem os uruguaios: Ola, que tal?

      Então, convivi com césinha, assim chamávamos o irmão mais novo de cid beijamin, ambos próceres da então articulação de esquerda.

      césinha era uma das lendas de nossa geração, a então recém formada Juventude Petista, célula inédita na estrutura do PT fluminense, sem considerar os núcleos de juventude.

      césinha era arredio, ao contrário do bonachão cid, e havia um torno dele (césinha) todo um culto ao seu martírio e compreensão com suas idiossincrasias, porque, afinal, seu sofrimento transformava sua já latente perturbação mental um ar cool. Um tipo de maturidade precoce. Nada, era só velhice cretina mesmo!

       

      Claro que estávamos ligados aos “capas” (como o angolano Zé Luis Fevereiro, Adilson Pires, mais ligado as CEBs, Ernani Coelho, Gilberto Palmeres, etc), mas tínhamos nossa agenda e receio dizer, sem falsa modéstia que aquele geração estava pronta para a passagem do bastão, mas ele caiu, ou começou a cair com a passada de rodo da convenção que nos fez engolir a aliança com garotinho para cimentar a então política de alianças de zé dirceu-lula, que depois ia desembocar na carta aos brasileiros.

      Nenhum problema nessa dinâmica, onde se preferiu a costura por cima a merecer a democracia interna, que também, pode-se argumentar, vinha a reboque da contagem de garrafinhas, mas o fato é que até para contar as garrafinhas, tinha que SE FAZER POLÍTICA!

      Depois veio a eleição direta, ou PED, e aí a merda transbordou.

      E porque estamos todos falando isso?

      césinha, símbolo que foi torturado pelos gorilas de verde aos 15 anos, senão me engano, foi forjado no fogo na peia, e parece não ter resistido.

      Caiu césinha, caiu o PT, caímos todos nós nas aarmadilhas do pragmatismo, que afinal, como toda droga em si, não faz nem bem nem mal, a depender da dose que se toma.  Remédio ou veneno?

      Vai ver que até essa dicotomia é falsa, quem sabe?

       

      E claro, não foram só esses eventos marcados que detonaram o processo de transmissão do PT à sua geração mais jovem. 

      O PT não morreu jovem, mas está morto desde jovem e se nega a deitar-se. Aliás, toda nossa geração, enganada, seduzia e estuprada pela “democracia digital” da NSA e do PRISM.

      Eu repito:

      Não torço o nariz ao pragmatismo, a necessidade de alianças, a defesa de acordos que tragam urticárias “morais”, desde que não se abra mãod e disputar a base política e ideológica de quem está se trazendo para o barco.

      Não desejo subsituir uma inquisição por outra, e concordando com Brizola, parte de nós, a UDN de macacão deu na lava-jato.

      Só não abro mão de fazer política.

      Como eu disse, Crivella foi uma das maiores figuras de apoio a Dilma, até o fim, leal.

      Eu não debato sua  (a dele) visão de mundo, até que ela esteja em debate, e ele ofereceu essa enorme base para a disputa, e imaginamos que dar conforto econômico fosse trazer corações e mentes.

      Agora temos uma classe mérdia de merda, e uma classe “c” coxinha-pentecostal.

      Se o bolsopata tiver uma assessoria mais inteligente daqui por diante, o gueto do ódio vai virar movimento autoritário de massas, alimentado pela violência hipócrita e covarde que nos é cultural desde 1500.

      Como dizia Jim Carrey no seu personagem perturbador do filme Show de Truman: Bom dia, boa tarde, boa noite e boa sorte!

       

      Lhe escrevo entre Araxá e New Orleans, perdi o Mardi Gras esse ano, mas vou ao túmulo de Billy e Wyatt do filme Easy Rider. Morreram jovens, sorte a deles. Pior para Denis Hooper e Peter Fonda.

      Sweet home Alabama, where’s the sky is so blue!

      E claro, não foram só esses eventos marcados que detonaram o processo de transmissão do PT à sua geração mais

      1. O caso Crivella e o jogo político do denuncismo

        vc criou um excelente personagem na web, tanto pela caracterização quanto pelo texto.

        é claro não se tratar de um pueril personagem em busca de algum autor. ou seja, não lhe falta autenticidade, nem como personagem tampouco como autor.

        o personagem, o avatar, logrou existência própria justo por ser complexo e calcado em experiência vivida.

        -> césinha era uma das lendas de nossa geração

        ele e os todos os exilados. Prestes, Brizola, Dirceu (o que voltou sem nunca ter ido).

        só posso dizer que apesar de nunca nutrir nenhuma tendência à idolatria, minha decepção com o retorno dos “exilados” foi enorme. ainda maior com os de “baixo escalão”. já imaginava que os caras fossem ruins, mas eram além de minha pior imaginação.

        estive no Galeão na volta de Prestes. filmei em Super-8.

        qualquer dia faço a postagem no YouTube, junto com as filmagens da campanha pela “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita”. e também as Eleições de 1978, no Rio, quando tive certeza que se votar nulo é insuficiente, também pouco adianta eleger parlamentares alijados de qualquer controle das bases.

        a fundação do PT, em 1980, pretendia superar esta disfuncionalidade. poucos anos bastaram para constatar: uma vanguarda hierárquica e centralizadora jamais abre mão de manter as bases como massa de manobra.

        com se vê, “nossas gerações” não são exatamente as mesmas. o tempo passa. e geralmente corre em círculos.

        -> Caiu césinha, caiu o PT, caímos todos nós nas aarmadilhas do pragmatismo, que afinal, como toda droga em si, não faz nem bem nem mal, a depender da dose que se toma.  Remédio ou veneno? Vai ver que até essa dicotomia é falsa, quem sabe?

        -> e ele [Crivella] ofereceu essa enorme base para a disputa,

        -> Se o bolsopata tiver uma assessoria mais inteligente daqui por diante, o gueto do ódio vai virar movimento autoritário de massas,

        é por estas, e também as outras demais, que seu personagem é excelente. ao contrário da horda demente de Lulistas fanáticos majoritária neste e em outros blogs.

        assume o risco de pensar com a própria cabeça. em vez de infinitamente repetir tagarelando clichês e bordões de propaganda política. criação de marqueteiros remunerados com as doações de campanha daqueles mesmos grandes empresários que nunca antes ganharam tanto dinheiro.

        o PT “caiu” muito antes. toda esta História precisa ser revista, pois como toda história não passa da narrativa dos vencedores.

        entre 1979 e 1989, a centralidade, e portanto a hegemonia, foi calcada em torno de Lula e dos metalúrgicos do ABCD. afinal, para os dogmas da Esquerda, ali estavam os operários, a vanguarda do proletariado.

        mas e os bancários? categoria de abrangência nacional  (ao contrário dos metalúrgicos)  e trabalhadores do cerne do sistema financeiro e âmago do Capitalismo (muito mais do que a indústria automotiva).

        e os petroleiros? afinal, o “Petróleo é  nosso” ou não? uma categoria diretamente vinculada a mais vital disputa geopolítica global contemporânea.

        o que dizer dos trabalhadores em educação? não teria sido através deles a construção do alicerce de uma Nação e um Povo – e longe aqui do conceito “reformista” do arcaico e seboso PCBão “Nacional e Popular”.

        mais uma vez o Brasil perdeu seu rumo numa centralidade em SP. com o Lulismo desde o nascedouro progressivamente asfixiando todas as demais lideranças e movimentos.

        abraços

        .

  13. Esse jogo já dura muitas
    Esse jogo já dura muitas décadas pra ficarem achando que se trata somente de mau jornalismo; ou, pior, pra ainda acharem que se trata de alguma coisa parecida com jornalismo, com um efeito colateral aqui ou ali.

    Tal equívoco se dá por uma negligência atavica das ciencias sociais em incorporar os meios de comunicaçao nos modelos de analise; e por uma vacilação tremenda em utilizar o conceito já velho de ideologia.

    Repetindo: não se trata de “mau jornalismo”, mas de uma maquina de propaganda comercial, politica e ideológica; empregada conscientemente para fins economicos, poder politico e hegemonia ideologica; pra perseguir inimigos e proteger amigos.

    Quando falam mal de governos, do Estado e da Política, é porque querem os governos, o Estado e a política para si, ou à seu serviço.

    Negar isso é fazer questão de permanecer um ou mais passos atrás sempre

  14. Boa Luiz!
    É verdade, Luiz. Meus parabéns!

    Um dos poucos que está vendo as coisas de forma isenta e imparcial. As Organizações Globo estão perseguindo o Crivella desde o primeiro dia de seu mandato e enveredaram numa perseguição político-religiosa sem precedentes na história da política carioca!

  15. Deitam e rolam

    Jornalismo de birra e mau-humor. Ao invés de investigar e fazer uma denúncia concreta, criam vilões e indispõe o público até o impitiman para “melhorar” a história, imprensa no padrão globo de novelismo, se completam com o MP super podérico e apático formado com a visão de concurseiros. A mídia aponta e correm violar sigilos para morder, investigação padrão revista de fofocas. Provavelmente tiraram aquele apresentador do jornal da noite em parte também por que o público pateta não estava acreditando na fada da “recuperação” econômica.

  16. Diversionismo

    Sr. Nassif, que tipo de diversionismo argumentativo é esse?

    “Na reunião, o prefeito teria passado as seguintes informações aos pastores:”.

    Há um áudio de muitos minutos, quase da reunião toda, com a voz do prefeito dizendo tudo que você afirma que ele “teria” falado.

  17. Crivella é cobra criada da

    Crivella é cobra criada da Globo.

    Ora, ora. E não é que agora a Rede Esgoto de Sonegação começa a fazer campanha contra justamente aquele que ela ajudou a eleger.

    Com as abstenções dos eleitores odiosos contra a esquerda, que esse lixo que é a Globo tanto fez questão de condenar e crucificar por tanto tempo, tanto João Doria e Crivella (o primeiro, um outsider com pouquíssimas chances de ganhar e o segundo um representante da Igreja Universal e da Record, a nêmesis da Globosta) obtiveram votos úteis suficientes para se elegerem, pois o não-voto foi preponderante (tato os nulos quanto as abstenções e os brancos) nas duas eleições; Freixo teve menos votos que esses não-votos e Doria, ainda pior, teve um total de menos votos válidos do que os inválidos.

    Bom, tava mais que na cara que a Globosta não estaria satisfeita com a cagada que ela mesma fez durante esse tempo todo, ou seja, criminalizaram como puderam a esquerda e o PT que conseguiram eleger um fundamentalista evangélico da emissora concorrente.

    Agora, a Globosta faz o que melhor sabe fazer: campanha midiática condenatória. Igualzinho fizeram com Dilma, com os ataques diários, com o inchaço das denúncias (fossem infundadas ou não), da exacerbação e manutenção do clima antipático ao seu alvo (na época era Dilma, hoje é Crivella). Todo essa atmoosfera denuncista contou inclusive com a divulgação do áudio entre Lula e Dilma vazada por Sérgio Moro e que ajudou derradeiramente para o clima de derrubada da ex-presidente.

    Se morro de amores por Crivella? Pra mim esse crápula é mais do mesmo: mais um chupim que usa a máquina pública para seus interesses pessoais. Nem de longe essa é uma defesa de Crivella; é apenas uma constatação do fato que uma campanha de um veículo da magnitude da rede Globo pode impactar, ou seja, novamente uma campanha contra quem a Globo considera seu inimigo, e tem sido assim desde as eleições de 1989.

      1. E, de fato, era. Acontece

        E, de fato, era. Acontece que, no meu entendimento, a Globo contribuiu para criar essa condição em que o Crivella fosse eleito. As abstenções, votos nulos e brancos superaram numericamente os votos válidos do Freixo. Eu atribuo esse fator à propaganda que a Globo fez contra a esquerda esse tempo todo. Aqui em São Paulo aconteceu a mesma coisa: Doria era considerado um azarão. Só que de tanto a imprensa (Globo) fazer a caveira de Haddad e do PT, os mesmos votos que o elegeram quatro anos antes das eleições de 2016, viraram votos nulos ou abstenções naquele ano. Isso se verificou inclusive nas periferias, onde Haddad tinha se consagrado em 2012 e que fizeram a diferença no segundo turno.

    1. Oi????

      Do que vc ta falando? Crivella cria da Globo?? mas ele e da Universal que e dona da Record e eles ODEIAM a Globo e a Globo Odeia tudo q vem da Universal…na boa..esse odio contra a Globo faz de vcs loucos que vivem fora da realidade…

      1. Presta atenção, cidadão,

        Presta atenção, cidadão, antes de bostejar qualquer coisa. Você se atentou ao meu comentário? Leia com mais atenção o restante. Eu não disse que Crivella foi eleito pela Globo, mas sim, que ele foi eleito pelo vácuo que os votos inválidos causaram, porque, no meu entendimento, a Globo contribuiu e muito para que a esquerda fosse hostilizada e, conseguentemente fosse criada essa condição em que Crivella fosse eleito.

        “mas ele e da Universal que e dona da Record e eles ODEIAM a Globo e a Globo Odeia tudo q vem da Universal”

        Nossa, jura?!?!? Que novidade. Novamente, leia TODO o meu comentário antes de dizer o óbvio.

        “na boa..esse odio contra a Globo faz de vcs loucos que vivem fora da realidade…”

        Você já ouviu falar em profecia autorrealizável? Pois bem: foi esse o jogo que a Globo jogou antes, durante e depois do impeachment de Dilma. Todo e qualquer movimento pró-impeachment era continuamente publicado pela imprensa e toda manobra nesse sentido era inflada pela mesma Globo. Desde a chegada de Eduardo Cunha à presidência da Câmara, passando pela aprovação relâmpago das contas dos governos anteriores e a reprovação justamente do governo dela, juntamente com a reprovação pelo TCU, etc, todos esses movimentos foram bem sucedidos pela propaganda diuturna da Globo e os demais veículos nesse sentido.

        Então, cidadão, uma dica: antes de falar bobagem, acusar outrem de viver fora da realidade, tente concatenar os fatos e analisar o entorno. Fora da realidade é seu comentário.

    2. Viaja não cara! Não adianta

      Viaja não cara! Não adianta tentar responder aos comentários que te refutam, dizendo um monte de coisas que servem para confirmar o viés de que você está certo… não delira e cai na real. Apenas reconheça que está falando bobagem!

      1. Tá se doendo por quê,

        Tá se doendo por quê, sabichona? Alguém te chamou na conversa?

        “Não adianta tentar responder aos comentários que te refutam, dizendo um monte de coisas que servem para confirmar o viés de que você está certo”

        Bom, então, sabichona, apresenta ao menos um ponto em que eu estou falando bobagem e partimos daí. Demonstrar ignorância e reduzir tudo a um simples e idiota comentário de que “você é bobo e não sabe de nada, tô de mal”, como você fez não serve de nada além de passar recibo de ofendidinho.

        “não delira e cai na real. Apenas reconheça que está falando bobagem!”

        Tá bom, beleza. Aponta aí então (novamente) onde eu falei bobagem. De qual parte você discorda?

        Olha, tem cada idiota que vem debater aqui e não apresenta nada além de bravatinhas de recalcadinho. Se você, João, tiver mais alguma coisa além de raivinha, volte aqui depois.

        Mas, como acho que você é incapaz, vai ser seu último comentário. Previsível.

  18. O que está acontecendo com o

    O que está acontecendo com o Crivela ( que pra mim é uma figura nefasta, pois promove deslavadamente a mistura explosiva de religião, política e meios de comunicação )  é mais uma das desgraças que a caixa de Pândora do impeachment de Dilma abriu. É como analisou o Gilberto Marcondes = que a esquerda use do impeachment da qual foi a primeira vítima. E aí as instituições entram numa espiral que só será interrompida por um governo central forte – algo no estilo Erdogan, da Turquia. E no caso do Rio, é uma situação surreal = a Globo com sua implacável perseguição a qualquer política que se pareça de esquerda ajudou, sem querer, óbvio,  Crivella a se eleger. Agora, ela lança seu estilo de inflar os escândalos e com isso desestablizar Crivella. E quem está na linha de frente é o Psol do Freixo, que vê nisso uma oportunidade de Crivela sofrer impeachment nesse ano e assim haver novas eleições, na qual Freixo crê que teria chances de vitória. Mas a Globo não quer isso. Eu acho é que o golpe pesado contra Crivella se dará a partir de 2019, pois a partir dessa data caindo Crivella assume o presidente da câmera de vereadores que é, oh, que surpresa, do PMDB. E assim a Globo conserta o erro feito pelo Eduardo Paes de ter apoiado para prefeito um candidato do PMBD sem a menor chance de vitória, Pedro Paulo.  A Globo queria desde o início alguém do PMDB. 

  19. O governo é de todos.
    É claro que a Globo manilupa os fatos de acordo com os seus interesses, mas não considerar grave o fato do cidadão comum ter que esperar na fila catarata, por nao pertencer ao grupo religioso do prefeito é muito doentio. Pelo menos é isso que esta sendo apurado..ou será que todos ouviram errado no audio…Sinceramente não sei mais o pensar da imprensa brasileira.

  20. O caso Crivella e o jogo político do denuncismo

    de todo o besteirol farsesco cunhado pelo Lulismo para se auto-justificar, primeiro em sua estratégia conciliação permanente e depois para sua capitulação voluntária, nada é mais nefasto do que o mito da Globo como “quem manda no Brasil”.

    a Globo manda tanto no Brasil quanto Janot e Raquel Dodge mandam na Lava Jato & Associados.

    {o vício em se apoiar na muleta de apontar a Globo como quem manda no Brasil, nunca passou de um ardil hipócrita do Lulismo, pois nomear banqueiros, rentistas  e exportadores de commodities como o núcleo da lumpenburguesia brasileira, seria também inviabilizar sua principal fonte de recursos de financiamento de campanhas.}

    enquanto a Esquerda não por abaixo a ideologia do Lulismo, com suas farsas e mitologias, não enxergará um palmo na frente do nariz e será impossível avançar sequer um passo à frente.

    e segue o novelão Lula Livre, com o próximo capítulo adiado para a posse de Toffoli no STF…

    .

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