PM de SP chama de “deprimente e reprovável” matéria do Estadão

Em nota, corporação aponta que veículo manobrou “tendenciosamente” falas usadas na posse do Coronel Nivaldo Restivo 

 
Jornal GGN – A corporação da Polícia Militar do Estado de São Paulo divulgou nesse sábado (18) uma nota de repúdio a uma matéria do jornal “O Estado de São Paulo”, apontando que o veículo manobrou “tendenciosamente” trechos das falas do Coronel Nivaldo Restivo, durante coletiva que concedeu na última sexta-feira (17), na sua posse como novo Comandante Geral da instituição. 
 
Na matéria com o título “Novo Chefe da PM diz que Carandiru ‘foi necessário’”, o jornal dá a entender que Restivo concordou com o resultado final da operação que deixou, pelo menos, segundo fontes oficiais 111 presos mortos. 
 
A PM de São Paulo, chamou de “deprimente e reprovável”, o título por induzir o leitor na interpretação de que o Comandante Geral aprovou e defendeu a chacina. 
 
“Sobre sua opinião, sem entrar em detalhes sobre o episódio em respeito ao trâmite do processo na Justiça, [o Comandante] disse que a ação, no campo da intervenção policial, foi “necessária e legítima”, isso em razão da chamada da PM diante de quebra da ordem, e a expressão foi distorcida no próprio título que registrou indevidamente: “Carandiru foi necessário””.
 
A PM destacou também que, ao ser perguntado pelos jornalistas da Coletiva sobre sua atuação no caso Carandiru, em 1992, Restivo respondeu que não teve “participação ou responsabilidade no episódio, pois não comandava efetivo policial-militar em atuação operacional e, como tenente à época dos fatos, era responsável apenas pelo suprimento de logística, tendo o caso já sido resolvido na Justiça no tocante à denúncia que envolveu o seu nome”.
 
A corporação apontou que durante boa parte do discurso de posse o novo Comandante ressaltou o compromisso da PM “com a preservação da vida”, incluindo vítimas e infratores da lei.
 
Veja a íntegra da nota: 
 
 
NOTA DE REPÚDIO À PUBLICAÇÃO DO JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO”
 
O jornal “O Estado de São Paulo”, edição de 18/03/2017 publicou matéria sob o lastimável título “Novo Chefe da PM diz que Carandiru ‘foi necessário’”.
 
Lamentavelmente, o título e a matéria nesse contexto não reproduzem com fidelidade a fala do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Nivaldo Restivo, que assumiu o cargo em 17/03/2017 e, em respeito aos jornalistas presentes e à transparência de suas ações, atendeu a imprensa em coletiva na mesma oportunidade.
 
Ao ser perguntado, o Comandante respondeu que não teve participação ou responsabilidade no episódio, pois não comandava efetivo policial-militar em atuação operacional e, como tenente à época dos fatos, era responsável apenas pelo suprimento de logística, tendo o caso já sido resolvido na Justiça no tocante à denúncia que envolveu o seu nome. 
 
Sobre sua opinião, sem entrar em detalhes sobre o episódio em respeito ao trâmite do processo na Justiça, disse que a ação, no campo da intervenção policial, foi “necessária e legítima”, isso em razão da chamada da PM diante de quebra da ordem, e a expressão foi distorcida no próprio título que registrou indevidamente: “Carandiru foi necessário”.
 
Sob esse deprimente e reprovável título, ainda, a matéria destacou as mortes dos presos que ocorreram no episódio de 1992, induzindo o leitor ao equívoco na interpretação de que o Comandante as aprovaria ou as defenderia.
 
Ao contrário, o Coronel PM Nivaldo Restivo destacou já em seu discurso de posse, e também durante a coletiva, o compromisso da Polícia Militar com a preservação da vida, como uma missão perene, o que inclui vítimas, infratores da lei e o próprio policial militar. Além disso, ao responder todas as outras perguntas formuladas, apresentou suas propostas e estratégias para o enfrentamento da criminalidade, para a manutenção dos índices criminais sobre controle, a exemplo do índice de homicídios de São Paulo que é, de longe, hoje o mais baixo do Brasil. 
 
A matéria, tendenciosamente, não trouxe todas informações que interessam ao leitor e, ao contrário, procurou induzi-lo à falsa interpretação sobre uma única questão entre as várias respondidas.  
 
Como não poderia ser diferente, independente das reprováveis distorções de matérias jornalísticas, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, Instituição com 185 anos de história de proteção ao cidadão, prossegue honrando o seu compromisso de proteger a sociedade. Para tanto, seus integrantes cumprem um juramento sério de doar a própria vida, se necessário for, para a segurança de quem sequer o conhece enquanto indivíduo, mas que o reconhece de imediato nas horas de aflição, pelo uniforme cinza-bandeirante protetor.
 
#podeconfiarpmesp
 
COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP
Redação

3 Comentários

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  1. Perguntas, perguntas…

    !!!!!!!!!!!!!!

    “Sobre sua opinião, sem entrar em detalhes sobre o episódio em respeito ao trâmite do processo na Justiça, [o Comandante] disse que a ação, no campo da intervenção policial, foi “necessária e legítima”, isso em razão da chamada da PM diante de quebra da ordem, e a expressão foi distorcida no próprio título que registrou indevidamente: “Carandiru foi necessário””:

    Assinale a resposta correta:

    A ACAO da policia foi

    1-intervencao policial no presidio

    2-111 corpos

    3-Ambas as respostas

    Entao o que ele esta falando que foi “necessario e legitimo”??????

  2. VERSUS: Estadão x PM, Tio Metrolha x Bolsonaro, Datena x Maluf..

    VERSUS: Estadão x PM, Tio Metrolha x Bolsonaro, Datena x Maluf, Panunzio x Holiday, …

    Interessante.

  3. estritamente Necessário

    A ação da PM foi estritamente necessária. Defendeu a sociedade paulista de uma facção que já estava sendo criada naquela época, inspirada no comando vermelho! Conseguiu atrasar a tomada do poder pelo pcc em pelo menos 20 anos. Pena que os jornalistas e sindicalistas conseguiram distorcer a opinião sociedade colocando sempre a PM como bandida. Heróis são jogados no lixo todos os dias só por vingança de uma militancia doentia! A PM nunca deu causa ao problema, mas é massacrada diariamente na mídia. Pegam um discurso primoroso e distorcem as suas linhas. É muito pra cabeça. O Coronel não defendeu massacre algum, apenas discursou sobre essa infeliz passagem na sua carreira e a destruição de imagem a que foi submetido, mesmo não tendo disparado nem um tiro ou comandado tropa naquele dia. Era Tenente e responsável pelo material. Não era comandante operacional. PMs fazem prisões fantásticas todos os dias. Arriscam suas vidas. Socorrem pessoas por livre e expontânea vontade, coisa que não é a sua obrigação, já que a SAMU não existe. Orientam juridicamente em conflitos. Em 2016 fizeram aproximadamente 40 MI-LHÕ-ES de atendimentos no estado. Nenhuma organização trabalha tanto em nenhum outro lugar do mundo! Todo esse trabalho hercúleo é proposital e sistematicamente ignorado pelo próprio jornal Estadão. Não é sem querer, é de propósito. É uma campanha promovida contra a PM, de longa data! E ainda vem um editor ficar pegando filigranas pra jogar excrementos na cara do comandante. Isso chega a ser um escárnio sem tamanho. Chego quase a ouvir hienas rosnando e gargalhando por mais um pouco de carniça e pelo sangue daqueles que lutam tanto e por tanto tempo.

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