Sobre Ninjas e Fora do Eixo

Re: A desconstrução das Casas Fora do Eixo

Há muito ainda que ser analisado nesta questão. Como alguém já citou aqui, toda a inovação criada pelo Fora do Eixo ainda sequer foi citada nos debates. Esta semana a presidente Dilma sancionou lei que vai garantir aprofundamento da  gestão dos direitos autorais no país. Eu soube que tal debate estava ocorrendo em Brasília e que estava ocorrendo no Congresso porque o Pablo agitou, foi lá várias vezes e comunicou sobre todos os artistas, entidades etc. que estavam juntas nesta luta. Estes esforços vingaram frutos.

Falta falar de economia solidária, de mobilização da juventude, do Existe Amor em SP, quando ninguém acreditava que o jogo podia virar deste tanto, com tanto debate em praça pública. Não sou nada do Fora do Eixo, mas acompanho muito e tudo que vi até agora foi correto. Tive a chance de, em férias, estar em Fortaleza participando de uma roda com a secretaria Claudia Leitão e várias outras pessoas, como o pessoal do Campo Limpo, de São Paulo, a Agencia Solano Trindade, sobre a diferença entre economia criativa, solidária etc. O maior legado deste debate é discutir tudo isso: aprendizado com a experiência, conteúdo novo e fresco. Alternativas a este jeito rançoso que tanto combatemos.

 

Por Plínio J. V. Lins

Mais uma vez, bingo.

Nassif está cumprindo o papel de provocador intelectual que ajuda o organismo a metabolizar uma substância nova que está sendo provada, e sugere ao paladar sabores que precisam ser experimentados.

Todos nós já fomos, um dia, testemunhas da reação de pessoas a comidas que nunca experimentaram. Tem gente que nunca experimentou, não gosta e se recusa a experimentar porque o novo lhe dá medo ou nojo. Inversamente, tem aquele que, sem nunca ter provado, já acha a comida um barato, porque o novo excita.

Acho mais interessante, e mais útil, a atitude do curioso que está mastigando, saboreando, descobrindo o que está por trás de cada sabor e de repente arregala os olhos com ar de grata surpresa. Ou, ao contrário, a expressão sinceramente apreensiva de quem provou, comeu e não gostou.

Nassif está ajudando a descomplicar nossa digestão. 

 

Na ausência de contraposição, com base na verdade e na eficiência, a mídia jurássica se apoia na questão genial, se é ou não jornalismo.

Bobagem.

Não vou me perguntar se Euclides da Cunha, Orwell, Reed, Norman Mailer e Truman Capote, por exemplo, fizeram ou não jornalismo (no Brasil, perguntariam se eles têm diploma). Porém, sejam como pessoas oculares ou pesquisadores (divisao arficicial, admito), o que importa é o caráter realista, baseado em acontecimentos e não em torções verbais ou em confusão entre opinião e narrativa. Também não seria “crime” um jornalismo que fosse “parcial”, no sentido de que sua narrativa fosse uma determinada perspectiva dos fatos, mas que admitisse isso, o que não tem nada a ver com venalidade. Análises são plausíveis desde que apoiadas em fatos e não na visão do patrão ou da influência da publicidade.

Parte dessas discussões levam ao mesmo ponto: jornalismo tem lado. Além disso, não parece mais viável a “grande mídia”, com dezenas de jornalistas, articulistas etc. As demissões recentes não dizem respeito, necessariamente, à ausência de capacidade empresarial dos jornais, mas que o modelo “jornalão” se esgota aos poucos. A digitalização dos processos de produção da mídia implodiu a estrutura “industrial”, viabilizando o jornalismo “pequeno” (saudade dos jornais nanicos), das pequenas agências, que podem, inclusive, segmentar mais o seu público.

Se blogueiros “recortam e colam” notícias da internet, frise-se, significa o óbvio: as pessoas ainda leem jornais. Dgitais (ou não), mas leem.

Retornou, em formato digital, aquela mídia que o Claudio Abramo descrevia, do jornalista que ficava na empresa e sabia trabalhar, inclusive, no maquinário. Mas a empresa, a bem dizer, se reduziu a um tablet. A se ver.

 

Crítica acertadíssima de Ivana Bentes a mais uma bala no fuzilamento político-moralista  da Mídia Ninja e do Fora do Eixo, em sua difamação. Dessa vez, pelo Gabeira, no Estadão de ontem: “O Gabeira prefere uma subjetividade lixo bem embalada, do que o luxo de outras linguagens e visões de mundo! E o midianinjismo e a midia livre continuam afrontando o “padrão de qualidade”. Fernando Gabeira não entendeu nada no seu texto do Estadão de hoje, “Midia Ninja e o futuro desfocado”. Como diria Glauber “a revolução é uma estética”. Ou seja a urgência cria uma estética nova, inventa vidas-linguagens e linguagens da vida nas ruas! Enquanto isso o Gabeira quer imagens em alta: “É a alta qualidade do material produzido, o que a Mídia Ninja não pode oferecer, pelas circunstâncias da cobertura e pelo precário domínio técnico. Viver disso significa preocupar-se com detalhes: ângulo, luminosidade, enquadramento, composição – enfim, as técnicas que permitem transmitir a informação com nitidez. Se tudo isso é considerado secundário, o que é o principal? Estar presente e tomar o partido dos oprimidos, ainda que a mensagem seja um lixo técnico.” https://www.facebook.com/ivana.bentes?fref=ts

 

Por Ricardo L de Lacerda

12.00

O óbvio

O Novo quando surge é em razão da demanda de novas balizas e como tudo que é novidade necessita de ajustes e aperfeiçoamento.

O velho, como tudo que é velho necessita de reforma para atualizar, e a referencia para a atualização será sempre as novas  balizas criadas pelo novo.

Não existe reforma do velho sem o surgimento do novo.

 

 

Luis Nassif

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