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Jornal GGN – “O Youtube se tornou a plataforma de rede social da direita brasileira”, afirmou um jovem de 17 anos, que se tornou fã de Jair Bolsonaro graças a uma recomendação do Youtube a partir de um video de rock no ano passado. Hoje, esse jovem quer ser político. É o que narra a reportagem “Como o Youtube radicalizou o Brasil”, publicado pelo The New York Times.
“Os membros da nova direita da nação – de organizadores de base a legisladores federais – dizem que seu movimento não teria aumentado tanto, tão rápido, sem o mecanismo de recomendação do YouTube”, escreveram os correspondentes Max Fisher e Amanda Taub, que descobriram ainda que essa “recomendação” não é necessariamente por afinidades ou gostos naturais, como os mecanismos de busca do Google.
Segundo os jornalistas, uma pesquisa feita pelo NYT mostra que “o sistema de pesquisa e recomendação do YouTube parece ter desviado sistematicamente os usuários para canais de extrema-direita e de conspiração no Brasil” e que “repetidamente, os vídeos promovidos pelo site se sobressaem a elementos centrais da vida cotidiana”.
Os riscos destes vídeos viralizados vão além das expressões da extrema direita, como também atingem ameaças de morte em todos os níveis, como os defensores da saúde publica. Parte dos youtubers ou políticos da direita do partido de Bolsonaro ganharam as eleições graças a essa ferramenta da internet e “ainda usa a plataforma, governando a quarta maior democracia do mundo por meio de trollagem e provocação na Internet”, pontuaram os correspondentes.
A explicação das recomendações do Youtube para Fake News, videos que provocam raiva, extremismo e trolls está no fato de que os videos mais provocativos são os que mantêm usuários por mais tempo assistindo. Por isso, o sistema criado pelo Youtube para recomendar vídeos foi desenvolvido com base nessa premissa e, ainda, foi projetado a levar usuários para novos interesses, característica que se diferencia por exemplo do sistema de busca do Google, que tende a oferecer e sugerir links com base predominante no histórico de pesquisa e aproximação.
Como resultado, esse sistema de recomendações extremistas é responsável por cerca de 70% do tempo total de uso na plataforma, o que chega a garantir parte da audiência global do Youtube, estimada em US$ 1 bilhão por mês. E esse mecanismo foi descrito por Zeynep Tufekci como “um dos mais poderosos instrumentos de radicalização do século 21”.
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Depois do Facebook brasileiro de extrema direita, o YouTube de extrema direita…
Perdoem me por nao acreditar que agentes da CIA NAO estao manipulando esses algoritmos… A quem mais isso interessaria?
Porque eles nao vao enterrar seus mortos mais rapido?????
E é por aí mesmo.
Eu que só acesso o youtube para ouvir músicas, e tenho o costume de apagar meu histórico de pesquisas regularmente, sempre recebo estas “sugestões”.
Lembro-me que na época da campanha eleitoral isso era mais forte.
Acho que os russos estão certos…
Se bem que não precisa muito esforco para prender atenção de um segmento da população completamente imbecilizado.
Quem usa o youtube com frequência já havia percebido isso. Os comentários em vídeos em maioria é de direita e extrema-direita.
Prezado Nassif,
como já apontei aqui, o problema não é de semântica. A matéria fala da “extrema-direita” brasileira. Já no título você fala em “direita”. Conceitualmente, está errado; historicamente, é impreciso. Você está seguindo o mesmo erro da FSP, da Piauí e de outros órgãos de imprensa. O problema é que isso cria ou reforça a narrativa de que “agora a direita está no poder”, de que o “PT é a esquerda”, de que é a direita contra esquerda etc. Não é isso o que estamos vivendo. O poder foi tomado pela extrema-direta no país e uma parte da direita foi a reboque. Não é educativo e não esclarece a realidade política que estamos vivendo.
Neste caso, o problema é que você está suavizando a matéria original, que caracteriza corretamente o bolsonarismo como um fenômeno de extrema-direita.
um abraço, Marlon.
Os argumentos são ridículos. Algoritmos de inteligência artificial procuram identificar padrões de interesse para direcionar o conteúdo conforme o interesse de cada indivíduo. Se aplica à qualquer coisa. Adiantaria, por exemplo, direcionar muito conteúdo sobre futebol para quem não acompanha ou não gosta? É assim com política também. Este padrão faz mais sentido até por questões financeiras – no caso dos patrocinadores.
Da mesma forma, simpatizantes da esquerda são bombardeados pelo conteúdo de esquerda também. Bastou eu ler uma matéria ridícula do Brasil 247 (nitidamente de esquerda), para o Google entender que poderia direcionar mais uma enxurrada de porcaria deste portal para meu perfil de pesquisa.
O resultado das eleições não se deve ao direcionamento de conteúdo do Youtube, mas sim a insatisfação que boa parte da população tem quanto a situação do país. Depois de 16 anos sob o MESMO GOVERNO (apenas PT), com uma crise se enraizando, é normal que boa parte da população queira uma mudança efetiva. Vimos nossa vizinha, Venezuela, afundar em sua mais profunda crise – apoiada pela esquerda brasileira, através do Foro de São Paulo.
Infelizmente, canais do Youtube como do Nando Moura e Bernardo P Küster estão prestes a deixar o Youtube. Sei não, vejo tempos de grandes censuras! Eu mesmo, estou moderado pelo Facebook, novamente, até o dia 16. Então fica a pergunta, a liberdade de expressão é relativa?
Cidadão Brasileiro: Você mostrou ser absolutamente desinformado, o que é mais um ponto negativo de quem acessa o You Tube. Pt não ficou 16 anos no poder. Ficou 13. Você ignorou completamente o impeachment, onde a presidente foi deposta e assumiu um partido e um presidente traidor, que tentou por quase 3 anos implantar a política da oposição, liberal e de direita, e só conseguiu piorar toda a economia e arrastar o Brasil ladeira abaixo.
O pensamento da direita estava represado, pois não era repercutido pela mídia tradicional. Por isso o crescimento vertiginoso – a barragem foi rompida, o véu foi removido.
Agora tentam inventar desculpas esfarrapadas para justificar porque uma nação conservadora encontrou representatividade.
Em “defensores da saúde pública” se lê: defensores do assassinato de seres humanos em seu estágio mais vulnerável. Valeu, falou!