Polícia reprime protesto pacífico contra corte no Minha Casa, Minha Vida

Jornal GGN – Contrários à suspensão de parte significativa do programa Minha Casa, Minha Vida, manifestantes da Frente Povo Sem Medo ocuparam na última quarta-feira (1º) o prédio do gabinete da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo.

O ato seguia pacífico, por volta das 15h, um grupo de cerca de 300 pessoas forçou a entrada no prédio com cuidado e gritando uns para os outros “sem quebrar”. Eles conseguiram acesso ao escritório enquanto o restante dos manifestantes fechava a avenida no sentido Consolação.

Às 16h, a Polícia Militar foi acionada e partiu para cima dos manifestantes. Em alguns minutos eles liberaram a pista utilizando cassetetes e bombas de efeito moral. Cinco pessoas foram detidas, entre elas uma mulher.

“O acampamento está aqui. Vamos ficar até que o governo reveja a questão das moradias. Se quiserem nos tirar, que venham com a força. Eles chegam em uma manifestação pacífica e prendem pessoas. E fazem a 500 metros da turma da Fiesp. Enquanto apanhamos, eles ficam lá com filé e tirando fotos com a polícia”, disse o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, integrante da Frente Povo Sem Medo.

Da Rede Brasil Atual

Frente Povo Sem Medo ocupa gabinete da Presidência; PM inicia ação

Manifestantes protestam contra cortes promovidos no programa Minha Casa, Minha Vida e querem saída de Temer da Presidência

São Paulo – Manifestantes convocados pela Frente Povo Sem Medo ocuparam na tarde de hoje (1º) o prédio do gabinete da Presidência da República em São Paulo depois de caminhar do Masp, na Avenida Paulista, até o local da ocupação, próximo ao metrô Consolação, em uma distância de quatro quadras. Cerca de 4 mil pessoas protestam contra a suspensão de parte do programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo interino de Michel Temer.

Por volta das 15h, ao encontrar as portas do escritório fechadas, um grupo de 300 pessoas forçou a entrada. “Sem quebrar”, alertavam os primeiros que entraram. Em coro, os presentes gritam palavras de ordem como: “Não tem arrego, ou tira o Temer, ou não vai ter sossego”.

O restante dos manifestantes fechou a avenida no sentido Consolação. Já por volta das 16h, a Polícia Militar foi acionada e liberou a pista utilizando cassetetes e bombas de efeito moral. Cinco pessoas foram detidas, entre elas uma mulher. O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, integrante da Frente Povo Sem Medo, classificou a ação de “covarde”.

Boulos afirmou que os trabalhadores sem-teto e da periferia de São Paulo, que ocuparam o escritório da Presidência, montaram acampamento na avenida contra os cortes na moradia feito pelo governo ilegítimo de Michel Temer. “O acampamento está aqui. Vamos ficar até que o governo reveja a questão das moradias. Se quiserem nos tirar, que venham com a força. Eles chegam em uma manifestação pacífica e prendem pessoas. E fazem a 500 metros da turma da Fiesp. Enquanto apanhamos, eles ficam lá com filé e tirando fotos com a polícia”, disse.

O governo interino anunciou no último dia 17, por meio do Ministério das Cidades, a revogação de portaria de contratação da modalidade Entidades do Minha Casa, Minha Vida. “Estamos aqui contra o cancelamento de contratações já feitas e também contra a repressão da Polícia Militar ao acampamento da Frente Povo Sem Medo na frente da casa do Temer. Este é o objetivo do ato de hoje”, afirmou Boulos.

“Não é com porrada, não é com polícia que vão fazer o povo recuar”, disse o ativista. No último dia 22, manifestantes da Frente e do MTST montaram acampamento nas proximidades da casa do presidente interino, na região de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Na madrugada seguinte, a Polícia Militar dispersou os ativistas com bombas de efeito moral e jatos de água.

Para Simone Silva, uma das coordenadoras do movimento, as famílias presentes estão dispostas a resistir. “As famílias vieram aqui hoje e estão dispostas a acampar e a permanecer aqui até ele devolver o que é nosso por direito. São lutas que estamos fazendo há 11 anos e, em uma semana, Temer acabou com tudo e com o sonho dessas famílias. Já tinha sido assinado (os contratos do Minha Casa, Minha Vida), estava tudo correto com relação às moradias que já estavam com projeto e, uma semana após o golpe, o presidente interino revogou tudo isso”, afirmou.

Redação

4 Comentários

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  1. Conforme planejado, os militares reprimem as manifestações.

    O golpe, indo, conforme planejado, enquanto o pode judiciário, a mídia e os políticos corruptos implementam o golpe-impeachment jurídico, os militares irão reprimindo as manifestações populares, a fim de calar o povo.

    1. E para te poupar tempo já

      E para te poupar tempo já digo: eu estou nas ruas, nasruas, nas ruas. Muitas e muitas vezes. E olha que já sou vovó…Então se não estás na rua, vai! E se estás que bom!

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