‘Ontem ao Luar’, nós dois em plena solidão

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

‘Ontem ao Luar’ é composição de 1907, do flautista Pedro de Alcântara, e inicialmente o titulo era ‘Choro e Poesia’, mais tarde recebeu a letra de Catulo da Paixão Cearense e passou a ser conhecida como ‘Ontem ao Luar’ na voz de Vicente Celestino em 1918. Marisa Monte gravou a canção no primeiro álbum de vídeo ‘Memórias, Crônicas e Declarações de Amor – Ao Vivo’.

Ontem, ao luar / Nós dois em plena solidão / Tu me perguntaste o que era a dor / De uma paixão / Nada respondi! / Calmo assim fiquei! / Mas, fitando o azul do azul do céu / A lua azul eu te mostrei… / Mostrando-a a ti / Dos olhos meus correr / Senti / Uma nivea lágrima / E, assim, te respondi! / Fiquei a sorrir / Por ter o prazer / De ver / A lágrima nos olhos a sofrer / A dor da paixão / Não tem explicação! / Como definir / O que só sei sentir! / É mister sofrer / Para se saber / O que no peito / O coração / Não quer dizer / Pergunta ao luar / Travesso e tão taful / De noite a chorar / Na onda toda azul! / Pergunta, ao luar / Do mar à canção / Qual o mistério / Que há na dor de uma paixão / Se tu desejas saber o que é o amor / E sentir o seu calor / O amaríssimo travor / Do seu dulçor / Sobe um monte á beira mar / Ao luar / Ouve a onda sobre a areia / A lacrimar! / Ouve o silêncio a falar / Na solidão / Do calado coração, / A penar, / A derramar / Os prantos seus! / Ouve o choro perenal, / A dor silente, universal / E a dor maior, / Que é a dor de Deus. / Se tu queres mais / Saber a fonte dos meus ais, / Põe o ouvido aqui / Na rósea flor do coração, / Ouve a inquietação / Da merencória pulsação… / Busca saber qual a razão / Por que ele vive, assim, tão triste / A suspirar, / A palpitar, / Desesperação, / A teimar, / De amar / Um insensível coração, / Que a ninguém dirá / No peito ingrato em que ele / Está, / Mas que ao sepúlcro, / Fatalmente, o levará

 

http://www.youtube.com/watch?v=wDyPF2u4NMo
http://www.youtube.com/watch?v=l2tE0V0BDKM

Redação

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