Porque muitas dicas pra lidar com e-mails não funcionam

Acabou de ser publicada no site Arstechnica uma pesquisa impressionante sobre o uso de e-mails nos EUA. Uma psicóloga, um estatístico e um professor de ciência da computação estudaram a maneira pela qual 177 profissionais norte-americanos lidam com e-mails no trabalho.

Só 38% do grupo acha que convive bem com a quantidade de mensagens que recebe diariamente. O resto se declara pressionado ou estressado. Mais detalhes aqui. Outra pesquisa da América OnLine detecta uma crescente tendência ao vício de checar e-mails.

Com um fenômeno desses apenas começando a se revelar, começam a surgir as tentativas de encontrar saídas milagrosas. Recentemente, diversas revistas e sites no Brasil e nos EUA publicaram matérias ensinando a lidar com e-mails.

As dicas que considero mais úteis estão no site 43Folders. Mas há métodos para todos os gostos. Há até mesmo um site que propõe que você limite seus e-mails a, no máximo, 5 sentenças.

A verdade é que poucas delas funcionam porque, na hora de implementá-las, você vai ter que enfrentar seus costumes e padrões comportamentais. E aí tudo se complica.

Lidar com computadores é mais do que dar dicas técnicas. É mexer com emoções. Coisas muito pouco tecnológicas como preguiça, insegurança, carência, vontade de agradar a todos, medo da rejeição etc. Esses são os reais motivos por trás das nossas caixas de e-mails cheias. Não somente o trabalho, os softwares ou os spamers.

Podemos seguir técnicas de “inbox zero”, claro. Algumas com bom resultado. Mas não podemos ser simplistas. Se limitar a dar dicas é como dizer “emagreça em duas semanas”. Parece útil, divertido e inteligente, mas nem sempre funciona. Você diminui suas medidas agora, mas engorda novamente em pouquíssimo tempo.

Não há milagres. Ou você enfrenta as causas ou vai se ocupar mais ainda mais com as conseqüências.

De qualquer forma, amanhã eu conto algumas práticas que me ajudam a lidar com meus e-mails.

Luis Nassif

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