Inadimplência começa o ano com avanço generalizado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O número de consumidores brasileiros com contas em atraso e registrados em cadastros de inadimplentes começou o ano com crescimento em todas as regiões pesquisadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O indicador mostra que, em janeiro, o ganho mais expressivo em relação a igual período de 2015 foi apurado na região Nordeste, onde foi verificado um aumento de 6,86% na quantidade de consumidores com dívidas em atraso. Em seguida aparecem a região Sul (4,77%), Centro-Oeste (4,59%) e Norte (3,71%). O estudo não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, que dificulta a negativação de inadimplentes no Estado de São Paulo.

Na comparação com dezembro do ano passado, o crescimento do número de consumidores inadimplentes mostrou aceleração nas quatro regiões, influenciado por fatores sazonais: 0,93% na região Sul, 0,92% no Norte, 0,59% no Nordeste e 0,26% no Centro-Oeste.

A abertura das dívidas não pagas por segmento da economia revela que não são apenas as dívidas que dependem da concessão de crédito que apresentam crescimentos expressivos. As pendências com contas básicas, como água e luz, registraram o crescimento mais elevado em duas das quatro regiões estudadas: alta de 17,01% na região Sul e de 13,30% no Centro-Oeste, em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2015. “Esse fato demonstra que o aperto financeiro já impactou a capacidade de pagamento até mesmo das contas do dia a dia”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

De acordo com o indicador, os atrasos no setor de comunicação, que englobam as pendências com telefonia, TV por assinatura e internet se destacaram nas regiões Nordeste (12,39%) e Norte (9,89%), ao passo que as dívidas no comércio apresentaram a alta mais expressiva no Centro-Oeste, com alta de 7,77% ante janeiro de 2015. As dívidas bancárias, que englobam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros, subiram principalmente no Nordeste (9,50%).

Considerando somente o número de dívidas em atraso, com exceção da região Norte, cuja alta oscilou de 6,69% em janeiro de 2015 para 6,53% em janeiro de 2016, todas as demais regiões registraram aceleração na comparação de um ano com o outro. No Nordeste, a variação positiva passou de 4,45% em janeiro de 2015 para 8,43% em janeiro último, no Centro-Oeste, a alta foi de 4,66% para 6,69% e no Sul, houve um salto de 2,61% para 6,66% na quantidade de dívidas não pagas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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