Micro e pequenos empresários mostram-se menos confiantes

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) de varejo e de serviços, registrou 36,70 pontos em agosto, segundo levantamento elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Ao ficar abaixo do patamar de 50 pontos, o resultado demostra um pessimismo ainda maior com o presente e futuro próximo da economia e dos negócios, em relação ao mês passado (37,06 pontos). Entretanto, houve melhora na avaliação das expectativas dos MPE em relação aos seus negócios para os próximos seis meses (56,30 pontos) e à economia (41,89 pontos).

O Indicador de Condições Gerais, que mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu negócio nos últimos seis meses, registrou 20,17 pontos em agosto, indicando piora também em relação aos 23,39 pontos de maio, primeiro mês da série histórica. Os dados mostram que, na percepção dos micro e pequenos empresários, houve piora na conjuntura econômica nos últimos seis meses, o que afeta o desempenho dos negócios. A avaliação tem respaldo nas estatísticas oficiais: de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o volume de vendas do varejo acumula queda de 2,2% nos seis primeiros anos do ano.

Quando analisada as Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 14,49 pontos em agosto, contra 14,79 pontos de julho. Cerca de 87,5% dos MPEs acreditam que a situação econômica piorou muito nos últimos seis meses. Já o indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses também é negativo, ainda que mais moderado, com 25,85 pontos ante 27,85 no mês anterior. “Ambos os dados estão bem distantes dos 50 pontos, ou seja, da situação em que entrevistados não sentem mudança alguma do quadro econômico”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Cada vez mais, a percepção sobre a situação econômica contamina a percepção sobre a situação do pequeno varejista e prestador de serviços.”

Em agosto, o Indicador de Expectativas registrou 49,10 pontos, ante os 48,87 pontos de julho. Segundo Kawauti, o resultado próximo dos 50 pontos indica que, na média, os entrevistados estão perto de considerar que o ambiente de negócios não deverá piorar nem melhorar nos próximos seis meses. Sete em cada dez MPEs não contam com queda no seu faturamento e acreditam numa estabilização ou crescimento. “Porém, a avaliação é favorecida pelo fato da maioria dos empresários estar confiante com a melhora de seu negócio.”

Ao se analisar as Expectativas para a Economia, o indicador registrou 41,89 pontos em agosto – um resultado acima dos 41,76 pontos analisados em julho. Cerca de 48,7% dos micro e pequenos empresários dizem estar pessimistas com relação ao futuro da conjuntura econômica, enquanto 30,0% estão confiantes.

Único indicador a obter resultados acima dos 50 pontos, as Expectativas para os Negócios registraram 56,30 pontos, acima dos 55,98 pontos de julho. “Apesar do ambiente econômico adverso, pouco mais da metade dos empresários entrevistados (50,1%) está confiante em relação aos seus negócios”, diz a economista.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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