Sobre os empréstimos do BNDES para as empresas de Eike, com atualização

Atualizado às 18:55

Em nome da pluralidade, publiquei o comentário do Almeida com o artigo da Mirian Leitão.

Conferindo os dados, eles estão errados:

1. O BNDES aprovou R$ 10 bilhões para Eike. Apenas R$ 6 bi foram liberados e para empresas com garantias. As empresas foram vendidas a grupos multinacionais que assumiram toda a dívida. Além das garantias, os empréstimos contaram com fiança bancária – isto é, com a garantia de outros bancos, em caso de inadimplência.

2. A participação do BNDESpar nas empresas de Eike é irrisória, conforme nota do banco.

3. Também os empréstimos da Caixa Econômica Federal contavam com fiança bancária do banco Santander.

4. Quando chamados a acudir Eike, para evitar a perda total dos empréstimos, os bancos privados correram, os bancos públicos, não, devido a mitigação do risco e aos empecilhos normais no setor público.

Portanto, a exposição de Eike é junto aos bancos privados, não aos bancos públicos

 

Por Almeida

“Nunca antes na história desse país” …  tão rico em feitos faraônicos, construiu-se pirâmide igual: R$ 74 bilhões.

Sabe-se que o BNDES – o melhor banco do mundo, segundo Eike – vai perder na faraônica picaretagem, mais de R$ 10 bi; resta saber, em quanto marchou os fundos de pensão e outros apêndices governamentais. Está caindo de podre a hora de uma CPI dos “campeões nacionais”, para saber por que o governo queria mais “eikes” no país:

“Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado.” – Dilma Roussef.

Faltou dinheiro para o transporte público, para a educação, para a reforma agrária, para a saúde, enfim, esqueceram o “S” de Social, do BNDES, mas para os “campeões nacionais” sobrou farraonicamente.

Para “alegria” e a (pouca) reflexão dos petistas, segue abaixo, um excelente e divertido artigo da Míriam “PIG” Leitão, mostrando como sua turma vai deitar e rolar.
Desejo para a companheirada, um feliz Natal, boas festas de Ano Novo, aproveitem bastante, porque 2014 promete; e, quando o incêndio chegar, lembrem-se, façam como a Luma: chamem o bombeiro.

Do O Globo

História da derrocada

Míriam Leitão

A maior hecatombe empresarial do país não é uma boa notícia para ninguém, mas seria bom aprender com o desastre. O empresário Eike Batista conduziu mal seus negócios por ter se alavancado demais e fomentado especulação que inflou de forma artificial o valor de mercado de projetos que não haviam maturado. O governo e o mercado erraram por terem acreditado no delírio.

Em 2010, o valor de mercado da OGX era R$ 74 bilhões. Três anos depois, está em situação pré-falimentar. Desde 2005, o BNDES aprovou R$ 9,1 bilhões em operações com as empresas do grupo EBX e em abril deste ano — quando elas já estavam em apuros e o valor da OGX havia caído para R$ 4 bi — foram aprovadas novas operações no valor de R$ 935 milhões para a MMX. Outros bancos estatais, como a Caixa, também emprestaram para o grupo quando já se sabia das dificuldades.

O BNDES usa como escudo o sigilo bancário para não prestar informações. Ofende a lógica quando diz que não perdeu nenhum tostão com o grupo. Ora, se o valor das ações desmoronou, se os empréstimos não foram pagos a tempo, é impossível o banco não ter perdido. O truque é, na época do vencimento, rolar o empréstimo. Uma das rolagens foi no último dia 15: R$ 518 milhões para a OSX. É assim que um credor não registra a perda com um grupo que desmorona: dá mais prazo.

Houve um tempo em que o governo dizia que queria mais “eikes” no país, e Eike dizia que o BNDES era o melhor banco do mundo. Em abril de 2012, em solenidade de início da extração de petróleo pela OGX, a presidente Dilma afirmou: “Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado.”

Hoje, é fácil ver os erros do empresário. Mas antes também era. Ele sempre exagerou sobre as potencialidades das empresas e, assim, valorizava as ações. Antes que o empreendimento maturasse, criava outra, dependente do sucesso da primeira. Foi construindo um castelo de cartas. Ele se alavancou com dinheiro dos bancos públicos, privados, de investidores. Sempre com dinheiro alheio. Alguns tubarões fugiram a tempo, investidores menores micaram e o governo tenta encobrir as perdas. Mesmo quando os sinais da falta de consistência dos seus negócios eram visíveis, o governo incentivou a Petrobras a fazer parceria com o grupo X. No ano passado, a presidente Dilma declarou, ao lado do empresário, que “ambas podem ganhar muito com uma parceria entre elas”. A ideia de Eike era de que Petrobras e OGX juntas criassem uma terceira empresa.

Quando as câmeras foram desligadas, ao fim de uma tensa entrevista que fiz com ele em 2008, em que perguntei sobre várias contradições dos seus negócios, inclusive ambientais, Eike reclamou de eu ter sido muito dura. Eu disse que não tinha perguntado tudo, por falta de tempo, e falei da proposta que ele havia feito de vender energia para o governo por um preço e recomprar por um terço do valor. A proposta fora recusada pela Aneel. Ele me disse: “todos fazem, por que não posso fazer?” Respondi que ele, supostamente, era para ser a renovação do capitalismo brasileiro.

Ele nunca foi o novo, sempre se cercou do Estado para se alavancar através de empréstimos ou tratamento diferenciado. As áreas nas quais entrou eram preponderantemente da velha economia. Mas tudo isso seria mais do mesmo. O principal erro foi declarar ter o que não tinha, para assim iludir o investidor.

Em maio de 2012, fez declaração de comercialidade de Tubarão Azul. Previu produção de 50 mil/dia e disse que poderia extrair até 150 milhões de barris. Depois, disse: “meus projetos são à prova de idiotas”. Em julho passado, Eike admitiu não haver “tecnologia capaz” de extrair petróleo desse campo. Depois, fechou Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Ao garantir que tinha o que não poderia entregar, Eike enganou credores e investidores. Essa é a história da derrocada.

Redação

42 Comentários

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  1. Me desculpe o Almeida mas…

    não tenho estómago para ler a M. Leitão.

    Agora concordo que o presidente do BNDES deve explicações ao senado. Mas qual senador tem preparo para discutir esses empréstimos?

    1. Também não está entre minhas leituras favoritas…

      mas um velho amigo jornalista me ensinava, que lia sempre o editorial do estadão, para se precaver do momento em que vinha o golpe … portanto, haja estômagos, são deveres de ofício. Nesse artigo, existe munição bastante para quem quer retrocessos, mas diga-se que quem forneceu não é autora, mas quem financiou, quem alavancou o “campeão” em sua aventura.

      Numa outra postagem o Nassif menciona: “Eike teve dois pais: o mercado e o Estado”. O estado vem sendo governado, por um conjunto de forças que implementou entre suas metas, a política de “campeões nacionais” do BNDES. Ela é uma coisa minimamente questionável: é dever do estado promover, com o meu, o seu, o nosso, a concentração da propriedae e a fusão de oligopólios? Cartas para a redação.

  2. Grande Miriam

    Excelente coluna. Rasga um véu sobre figuras mediáticas. A Miriam pela inteligência, cultura e fluência é um exemplo a ser seguido por nossos repórteres. Não que seja perfeita, mas entendo sua posição, louvar os patrões faz bem ao emprego, mas isto não a impede de produzir valiosas peças de reportagem, como esta.

    O prejuízo que o Eike causou ao Brasil não é trivial.

    O Itaú e o Bradesco estão quebrados quando lançarem a prejuízo os empréstimos concedidos.As contas governamentais também sofrerão um baque de grande monta.

    Não precisava ser assim. 

    Aqui no blog, eu mesmo sempre questionei o sucesso empreendedor do Eike, que nunca foi unanimidade mesmo.

    Agora é bola para a frente que atrás vem gente.

     

    1. De onde tirou que os dois

      De onde tirou que os dois maiores bancos privados do Brasil vão quebrar por causa do Eike ? Lucram 10, 12 bi por ano. O itau lucrou 4 bi no ultimo trimestre.

      É claro que não vão quebrar por causa do Eike Batista.

      1. Você ressuscitou o PROER?

        Caro Daniel, você não parece estar afeito aos caminhos que a economia brasileira vem passando, mas a queda da  arrecadação dos tributos dá uma pista da tragédia que foi o trimestre. Na contra mão os bancos lucraram como nunca, milagre? Duvido.

        Já vimos este filme antes aqui no Brasil, Unibanco, Banco Nacional e muitos outros, que aparentavam lucros e depois nada…

        Olho vivo, que cavalo não desce escada.

         

          1. Ouro

            Não dá chabu . Mas não sou consultor, assim, aconselho a seguir  o seu coração, ele é intuitivo e não erra nunca.

        1. Re:
          Caro Alexandre, O seu “acorda, dilma” e o “absolutamente nada a ver” do Motta Araújo já são bastante conhecidos aqui no blog. Como eu não entendo nada de economia, eu apenas leio e rezo para que comentários como os seus não passem de puro pessimismo.Vamos lá: em 08/08/2011 você disse que o Brasil estava “falido”. Confirmou isto em 01/12/2012 sugerindo que a falência do Brasil seria questão de meses. Pediu para que lhe cobrassem isto em Março de 2013 (estou lhe cobrando – estamos no final de outubro). Você se referia ao pleno emprego, mas eu creio que a “falência” fazia parte – agora são os bancos e a arrecadação de tributos. Não que eu duvide, mas a pergunta é: quando é que vamos de fato despencar na escada com cavalo e tudo e finalmente ir à falência?  https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/para-entender-o-jogo-da-economia?page=1https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-contradicoes-com-o-resultado-do-pib?page=1

          1. O Brasil está falido e afundando

            Economia 101:

            Regra UM: Primeiro ganha, depois gasta.

            Por enquanto o deficit público está aumentando, ou seja, estamos falidos.

          2. Adeus Déficit Nominal Zero!

            Adeus Déficit Nominal Zero!

            by mansueto

             

            Do Estado de São Paulo, 26 de junho de 2013 (clique aqui): “O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira, 26, que a economia brasileira pode, nos próximos anos, ter déficit nominal zero, ou seja, zerar a diferença entre receitas e despesas públicas, incluindo os gastos com pagamento de juros da dívida pública.”

             O que aconteceu? Os dados divulgados hoje mostram que o déficit nominal em 12 meses está em 3,33% do PIB, e não há perspectiva de melhora. Pode melhorar no próximo mês com a receita do leilão de Libra, mas a tendência é de piora.

            Alguns economistas do governo esperavam que, em 2014, a taxa de juros real no Brasil fosse de 2%, uma Selic entre 7% e 8% ao ano. Essa expectativa é cada vez mais distante e a tão esperada economia com os juros que traria da despesa com juros da divida pública para um valor inferior a 4% do PIB não ocorrerá, dado o crescimento da divida bruta e a alta da Selic.

            Adicionalmente, a piora do primário mata a esperança de, no futuro próximo, alcançarmos um déficit nominal zero, a não ser que haja um forte crescimento da carga tributaria. Assim, falar em déficit nominal zero é “wishful thinking” ou coisa de mágico. A dura realidade é que o resultado fiscal piorou. Ponto.

            No mais, o resultado fiscal só não foi pior porque o governo federal deu uma boa segurada no pagamento das contas de custeio de orçamentos anteriores, contas inscritas em restos a pagar que estão com o pagamento atrasado. É possível provar isso? Sim!

            Olhem a tabela abaixo. Em setembro do ano passado, apenas para gastos de custeio, o governo tinha ainda a pagar nos últimos três meses do ano R$ 18,8 bilhões. Este ano, restam ainda R$ 31 bilhões. A maior parte dessa conta é em cima de “subvenções econômicas”, a conta onde aparece os subsídios ao PSI do BNDES e do crédito agrícola. (Olhem na tabela do Tesouro divulgada hoje e vejam como a despesas dessas contas, que jé eram pagas com atraso no passado caíram ainda mais). 

            Execução de Restos a Pagar Não Processados de Custeio – JAN-SET 2012 e 2013

            RAP

            Fonte: SIAFI.

            No mais, o resultado primário piorou muito. Apesar do crescimento real do salário mínimo este ano de apenas 2,7% ante 7,5% no ano passado, a despesa da previdência continua crescendo ao mesmo ritmo (13%) e a taxa de crescimento da despesa de pessoal e FAT cresceu. No total, a despesa primária cresceu R$ 79 bilhões (13,5%) de janeiro a setembro deste ano e o investimento público apenas 1,3 bilhão (2,9%).

            E o resultado do investimento público só não foi pior porque houve uma capitalização na Infraero de mais de R$ 1 bilhão que aparece como investimento público da Presidência da República.  Sem essa capitalização, teríamos até mesmo uma queda nominal.

            Outra conta que “salvou” o investimento foi o crescimento dos pagamentos do ministério da integração via transferência a estados e municípios. Aqui, não é certo que vai se beneficiar mais desse investimento: se o ex-ministro da integração, Fernando Coelho, coordenador do programa da dupla Eduardo Campos/Marina ou a sua ex-chefe: a presidente da república.

             

  3. “Eu te disse, mas eu te disse…”

    Engraçado a mais prestigiada jornalista econômica do maior grupo de mídia do Brasil já saber que o os negócios do maior empresário do país tinham inconsistências e não conseguir convencer jornal/televisão/rádio/site a fazer reportagens mais detalhadas e esclarecedoras.

    Jornalistas que não gostam de reportagens…

  4. Conversa mole.
    Se era óbvio

    Conversa mole.

    Se era óbvio por que a Leitão não disse antes que iria desmoronar ?

    Engenheiro de obra feita  e previsor de passado é fácil.

    Uma coisa é dizer que os negócios dele eram de alto risco. Outra, dizer que era previsível que não iriam dar certo. Isso não era.

      1. Ivan, no meu caso é “logo

        Ivan, no meu caso é “imediatamente acima”, pois prefiro ler os comentários na ordem cronológica, e, graças a alguém (obrigado!), o blog agora permite configurar os comentários desta forma. Abs

  5. O quanto que a GLOBO

    O quanto que a GLOBO contribuiu para esta derrocada, após o entrevero com a revista VALOR??? Lembram da enxurrada de notícias negativas que saíram sobre ele, as empresas e a família??? Um recado? Não enfrentem a GLOBO?????

      1. Eike, seu mulherengo…

        Gosto muito do Nelson Rodrigues, ele foi um grande tricolor… mas o que não prestava, para ele, era o que mesmo Aliança?

  6. O BNDES e seus empréstimos

    Ué, o BNDES financia transporte público, educação, reforma agrária, saúde? Transporte, em parte, pode ser, mas os outros itens? Outra coisa: por ora, a OGX está em recuperação judicial, logo não quer dizer necessariamente que o BDNES vá perder tudo o que emprestou. Diz o Coutinho que as garantias cobrem a grana. Aguardemos.

    Espero que esse desastre leve o BDNES e o gov. em geral a rever a sua política de criação de supercampeões nacionais.

    1. Ah, ah, ah, esssa recuperação

      Ah, ah, ah, esssa recuperação é baseada em papel, chance zero. E o verdadeiro milagre é o Coutinho continuar lá com sua cara de conteudo, depois de Bertin, Marfrig, Eike, Grupo Rede, cartel do Leite (nem sei o nome) e outros campeões nacinais da Escola Unicamp, não teve prejuizo porque NÃO LANÇOU, um genio.

    2. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

      O “S”, de Social, é tão esquecido, que quase ninguém o percebe. Se ele financiou a transferência do patrimônio público para mãos privadas, vulgo privatizações, por que impedi-lo, por exemplo, de financiar projetos dos estados e município, para equipar escolas e hospitais? Por que impedi-lo de financiar assentamentos da reforma agrária? Será que ele somente serve, para concentrar propriedade nas mãos dos “campeões nacionais”? Ele também pode financiar a renovação de frota do transporte público.

      Quando lhe acrescentaram o “S”, imaginaram uma nova dimensão para o banco, mas, com excessões de praxe, raramente a exerceu.

  7. “Hoje, é fácil ver os erros

    “Hoje, é fácil ver os erros do empresário. Mas antes também era.”

    E onde estava a Sra, cara pálida, que não os apontou?

    Agora além de urubóloga, é como um médico de IML sem ética: depois de morto, descobre a causa obscura de um caso complexo (podendo abrir o cadáver e enxergar tudo que quiser) e põe a culpa na equipe médica que atendeu o doente. Mas onde estava ele para colaborar quando o paciente estava vivo?

  8. O Almeida parece ser membro

    O Almeida parece ser membro da “massa cheirosa”, da turma dos “cansados” e da torcida do “quanto pior, melhor”. Está na expectativa de o incêndio chegar, para gritar: “eu sabia, eu sabia…”. Só falta perguntar à dona Miriam Leitão se a Globo ja pagou o que deve à Receita Federal.

    1. Não.

      Apena faço parte da turma que não acha que o “Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado”. Nunca achei e agora vejo tristemente comprovada minha opinião.

      Acho que quanto pior, mais pior é ainda. Se sou crítico do capitalismo, vejo no capitalismo ultramonopolizado e ultra-aventureiro, uma coisa mais terrível de suportar. Sei que para sanar os rombos da aventura eikeana, muitos trabalhadores perderão seus empregos, outros verão suas poupanças evaporadas e o país perderá confiança na sua economia. Nada disso me alegra.

      Sei também que o poder público deveria ter sido mais diligente e responsável no episódio; entendo, que não é função de um estado republicano promover a concentração de capital e propriedade em tão poucas mãos privadas.

      1. Tudo bem. Tem sua própria

        Tudo bem. Tem sua própria opinião. OK.

        Mas, se basear na miriam leitão (pior, o blog publicar)?

        Não dá.

        Tente com o sadenberg…

         

  9. Não é só o EIKE. Tem o Silvio Santos também . . . . .

    Coloque nessa conta os R$4,5 bilhões para socorrer o banco Panamericano do Silvio Santos , dinheiro que veio do Fundo Garantidor de Crédito , que dizem não ser dinheiro público , mas que é formado por um recolhimento compulsório dos bancos. Se é compulsório , então por quê não direciona para a  Saúde , ao invés de formar um fundo para salvar banqueiro ?

    E mais o quê a Caixa Econômica Federal já havia gasto para comprar uma parte do banco anteriormente ………….

     

    1. Nada a ver. O Fundo

      Nada a ver. O Fundo Garantidor de Credito é privado, não é do Governo, é uma especie de seguradora dos bancos e visa dar garantia aos depositantes, o total dos recursos é contribuição dos bancos. Como o dinheiro é deles , eles podem fazer do dinheiro o que quiserem.

  10. Nunca na história deste país

    Nunca na história deste país tivemos um governo tao incopetente. Agora diz que não levou prejuizo e fica escondendo, quando começar a aparecer os resultados das açoes deste governo o Brasil irá sofrer muito.

    Défit primário

    BNDES individado e subsidiado pelo Tesouro

    Energia sendo subsidiada as escondidas

    Petrobrás individada

     

    AAAhhhh vcs vao ver o que vai dar……

    1. Amigo, será que dá de tempo

      Amigo, será que dá de tempo de ir tomar um cafézinho. Afinal estou a 12 anos esperando estes e outros desastres propagados pelos tucanos e até agora, nadica de nada.

  11. O PT tem mesmo muito a

    O PT tem mesmo muito a aprender.

    Megaemresário de sucesso mesmo é o criado pelos tucanos: Daniel Dantas.

    Este é intocável, um DEUS, um gênio.

    Tmabém levou fortunas do governo, mas parece que nem existe.

    1. Há  muito mais de 500 bons

      Há  muito mais de 500 bons empresarios de sucesso no Brasil que não são Daniel Dantas e nunca dependeram de governos.

  12. O certo seria analisar os

    O certo seria analisar os 10bi emprestados para Eike e comparar com o montate de empréstimos.

    A taxa de inadimplência no BNDES é inferior a 1%, tem que saber o qto esses 10bi pesará. Sem essa comparação não tem como fazer análise alguma.

  13. Caro Nassif
    essa gente

    Caro Nassif

    essa gente investe na falta de memória e inteligência do outrem com a confiança de quem está a mirar-se no espelho e sabe exatamente o que espera ver: chovam críticas hidrófobas sobre uma informação tão consistente quanto a fortuna do outrora festejado eike batista, ou a seriedade dos próprios críticos, afinal, “os melhores mordedores são os animais rasteiros” ….

    … foram 10 bilhões, mas de dólares americanos, que fernando henrique cardoso, numa ‘canetada’, tranferiu, a fundo perdido, do tesouro nacional para ‘sanear’ o banco da família da nora dele.

    todavia, não poucos ‘bons mordedores’ viram, nesta pilhagem do erário, um ‘ato de coragem que salvou a economia brasileira’ … e estão muito satisfeitos com a própria ‘argúcia’.

    essa gernte vota! essa gente elege!

    rir ou chorar, eis a questão.

    1. Marabilha, de tambem um

      Marabilha, de tambem um abraço ao executivo de Eike,  Rodolfo Landim que dele recebeu de bonus de bom desempenho 200 milhões de reais e achou pouco, vc não fica feliz? Ele distribuiu à vontade bonus de 50 e 100 milhões para executivos, não é lindo? Isso é que é competencia.

  14. no mato sem

    O Almeida afoito leu a biblia versão Leitão e acreditou sem dar um descontinho, está pendurado na brocha tarde para arrependimento. A Leitão em cuja previsões os marinhos acrediraram falindo o grupo agora está mais experiente para ….. falar m…

  15. Barão de Mauá?

    Todo sistema capitalista mundial sempre utilizou um ícone(ou vários) para simbolizar a ideia de sucesso, de empreendedorismo, de superação, de vinculação da empresa com uma nacionalidade, etc.

    Nas estruturas democráticas de representação, estas figuras funcionavam também como fiadores da escala de importância dos países dentro do cenário mundial, e não raro, suas atividades significavam o próprio capitalismo em suas diversas fases: Rotschild, Ford, Morgan, Trump, Lehman, Sal Walton, Ferdinand Porsche, Rockfeller, etc, etc, etc. e deste jeito, acabavam por colar em eras de poder político: Nos EEUU, os republicanos têm os seu “campeões”, assim como os democratas. Até Hitler teve os seus. 

    São vários exemplos de fortunas pessoais, que mesmo depois de diversificadas em grandes holdings imperiais e multisocietárias, ainda guardavam íntima relação com o personalismo imprimido por seus pioneiros, como uma “tag”.

    Em um momento ou outro, cada fortuna capitalista esteve promiscuamente vinculada a subsídios, incentivos, favores fiscais e até conflitos geopolíticos bancados por Estados Nacionais.

    Hollywood está apinhada de exemplos de como a indústria do cinema bebeu nas fontes e chancelas governamentais.

    Hoje em dia, com a poderosa indústria da internet, Google, Yahoo, Microsoft, Facebook, etc, são o exemplo acabado de mistura de interesses: O PRISM “invadiu” os arquivos destas empresas por régia remuneração!!!

    No Brasil não foi diferente, é claro, com as peculiariedades do nosso patrimonialismo associado a cordialidade descrita por Hollanda.

    Mauá foi o primeiro, mas Vargas teve os seus campeões (que me fogem agora a memória), como Juscelino, e também os generais.

    Não é segredo para ninguém que Lula bebeu, ideologicamente falando, nos modelos de desenvolvimentismo associado (Estado-grandes corporações, ou nos termos marxistas: Estado-finanças).

    Ele, politicamente falando, é fruto destes modelos de favorecimento de conglomerados (automobilístico) empresariais apoiados por orçamentos públicos (favores fiscais, regimes diferenciados, compras, etc).

    Alguns imaginam que com a brecha aberta durante a reciclagem dos fluxos de capitais, onde novas fronteiras territorais de expansão (e de acumulação) poderiam ser abertas, com o colpaso de 98, que se repetiu em 2008, com a incorporação de novas facilidades estruturais e de logística, o consequente enfraquecimento dos eixos hegemônicos na hierarquia competitiva, e a permanente necessidade de novas fontes de energia (petróleo), junto com a renovação da indústria de base e de bens de capital, o governo poderia ter enxergado no falastrão Eike uma possibilidade de dotar o país de um “campeão”, que passasse a disputar terreno com os gigantes do setor.

    Outros argumentam que Eike foi uma aposta diversionista do governo, na medida que o falastrão foi a distração suficiente para possibilitar a transferência de enormes faixas de terras, e uma estrutura semi-pronta para competidores internacionais, diluindo os impactos de implantação, e a rejeição ou especulação contra os investidores estrangeiros, e funcionando na sua melhor função: corretor de luxo, remunerado com boas comissões!

    Pode ter sido as duas coisas, mas o fato é que em algum ponto as coisas desandaram, talvez pelo excesso de interação com autoridades públicas locais (governador, prefeitos, etc).

    Talvez pelo papel tacanho e nefasto da mídia, que sorveu uma boa quantia para dourar a pílula, e foi além do que recomendava a prudência (se é que a mídia nacional consegue ser prudente frente a grana fácil).

    De verdade, a transformação de um exportador de minério e “bookmaker de ações” em um controlador de um grupo que deteria a exploração de petróleo e minério, siderurgia, transporte e exportação, logística, etc, não é manobra para amadores.

    Dinheiro não faltou. Apoio político também não.

    Muitos dizem que Eike seria a reedição do Barão de Mauá, outro esforço nacional de criação de um conglomerado nacional, baseado na figura do “campeão”, e que teria sido traído pela inveja e as disputas mesquinhas da corte imperial do Segundo Reinado. 

    Pode até ser que tenham existido estas intrigas (afinal, elas sempre existem, desde o salão de cabelereiro da esquina até nas grandes corporações) e na política nacional.

    Barão de Mauá não foi só vítima ou culpado pela sua derrocada, mas sofreu o processo de sabotagem e solapamento de um modelo representado por elites que já tinham escolhido sua face de dependência e papel secundário.

    No caso de Eike, é justamente o contrário. Com erros e acertos, o governo atual tem se esforçado para construir um modelo de desenvolvimento nacional.

    O problema de Eike foi…Eike.

    Bom que o BNDES e o governo não tenham perdido dinheiro…e…azar o dele.

     

     

  16. Também, queria o quê?

    Também, queria o quê?

    Publicar um comentário baseado em uma matéria de Miriam Leitão não poderia dar outra coisa.

    Parabéns pela atualização do post que veio desmascarar a trama.

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