A América Latina caminha para a África, por Paulo Gala

Os países da América Latina são conhecidos por sua longa tradição de populismo econômico que traz em seu bojo descontroles orçamentários, inflação e ciclos de apreciação cambial

A América Latina caminha para a África

por Paulo Gala

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A partir da crise da dívida no início dos anos 80, o padrão de crescimento dos países latino – americanos se distanciou de seu registro histórico. Países como Brasil e México que exibiam altas taxas de crescimento per capita até então entram num ciclo de “stop and go ” que persiste até hoje. Com a exceção do Chile e possivelmente Colômbia, o desempenho dos países da região nos 80 e 90 ficou muito aquém de seu desempenho histórico. Nesse período de crescimento cíclico e inflação fora de controle dos 80 e 90, dois elementos são comuns à maioria dos países- latino americanos: populismo e sobrevalorizações cambiais que se mostraram desastrosos para o desenvolvimento da indústria local. Os países da América Latina são conhecidos por sua longa tradição de populismo econômico que traz em seu bojo descontroles orçamentários, inflação e ciclos de apreciação cambial. Crises no balanço de pagamentos e processos inflacionários crônicos são constantes latino-americanas. A sobrevalorização cambial e a indisciplina fiscal foram dois ingredientes básicos em sua história recente, especialmente quando comparados com países do leste e sudeste asiático. Os ciclos de apreciação cambial decorrentes dos episódios populistas e de estabilização tiveram graves conseqüências no desenvolvimento do setor de bens comercializáveis não tradicional da região.


Redação

1 Comentário

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  1. Malu Aires
    O general boliviano Williams Kaliman, aquele que apareceu na TV “recomendando” que Evo Morales renunciasse, pediu aposentadoria, entregou seu cargo pra golpista monstra e está de malas prontas pros Estados Unidos, com 1 milhão de dólares no bolso.
    Outros generais teriam recebido a mesma quantia.
    Os EUA não querem informar onde estes generais irão residir no país e o conluio com Washington parece tentar evitar julgamento desses criminosos, por tribunais internacionais ou bolivianos.
    O que já está ruim, esperam piorar.

    Os chefes de polícia que aderiram ao golpe, teriam aceitado 500 mil dólares cada, para se tornarem assassinos do seu próprio povo.

    Mais de 600 mil perfis falsos foram criados para mascarar um “apoio popular” ao golpe e aos massacres que estão sendo efetuados na Bolívia.
    Em veículos como o TeleSur, vi alguns desses perfis que compartilhavam notícias falsas, fotos adulteradas e se referiam a Evo como “aquele índio”, já empregando tom racista, dias antes da “renúncia” do governo.

    Há indícios de que Macri ajudou a orquestrar os acordos dos generais entreguistas e Washington, organizando as reuniões em solo argentino.

    Também foi fotografado um carro da embaixada norte-americana, servindo de “viatura” para sequestros de médicos cubanos, que trabalhavam na Bolívia, em acordo de cooperação (como o masi Médicos brasileiro).

    A população boliviana massacrada, nos últimos dias, vem denunciando a presença de paramilitares com sotaques não bolivianos e com características (altura, tom de pele claro) que não seriam da Bolívia – grupos de extermínio estrangeiros?

    Cinicamente tentam esconder o óbvio: EUA invadiram a Bolívia. Trazendo armas, um fundamentalismo fascista, agentes externos e mercenários, dólares, mídia passiva e instituições e organismos internacionais que raptaram a democracia boliviana para a instalação do terror, na região.
    O que estamos chamando de golpe, é guerra. Mascarada com cinismo e muita mentira, para que o mundo não perceba o perigo chegando a outros países latino-americanos, não veja a dimensão do massacre e nem entenda a capacidade de força do inimigo, nem a estrutura bélica que o povo boliviano está enfrentando em seu solo.

    Numa guerra declarada, ainda é esperada a mínima capacidade de um país se defender do ataque inimigo. Com o Estado boliviano tomado por exércitos estrangeiros, nem o número de feridos, sequestrados e mortos, é declarado.

    Por alguns milhões de dólares, os EUA descobriram que comprar generais, policiais, juízes e agentes públicos, sai mais barato que enviar tropas, navios, tanques, aviões… Basta “presentear” o país a ser tomado, com alguns tanques, entrar com arsenal contrabandeado e mandar o cheque pros covardes.

    O que está acontecendo na Bolívia hoje, foi planejado por etapas que já foram cumpridas no Brasil. Aqui, os covardes parecem que só esperar as ordens, pra começarem o massacre.

    A esquerda brasileira tem que ficar mais esperta e menos palanqueira. Não haverá 2022, com todo o quadro de traição nacional, no comando deste pais.
    A “direita” já foi comprada por milhões de dólares. Nossa disputa política é só fachada. Nossa “democracia” é a naturalização da invasão estrangeira. Nossos opositores, nessa democracia de araque, já são inimigos que nem são mais brasileiros, há muito tempo. Inimigos que invadem países para matar, destruir e tomar, mas nunca para disputar, pacificamente, eleição alguma

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