As incompreensões sobre o artigo de Haddad na Folha, por Luis Nassif

Um dos aspectos mais curiosos desses tempos de redes sociais é o chamado conflito de narrativas. Nem me refiro aos embates entre tribos, mas à dificuldade da chamada narrativa universal, ou seja, um mesmo discurso valendo para os diversos público que compõem o caos informacional, dos meios tradicionais e às diversas bolhas da Internet.

Especificamente, refiro-me às críticas que Fernando Haddad tem sofrido em alguns bolsões das redes sociais, por seu artigo de hoje na Folha.

O PT tem dois públicos para atingir. Um, a militância, que se comunica basicamente pelas redes sociais, trabalho feito pela presidente do partido Gleise Hoffman. Outro, o público refratário ao PT, mas essencial para alargar o pacto político contra a selvageria. Esse público se informa basicamente pelos jornais e programas de debates na TV. Sem alargar as alianças, o PT ficará condenado a ser um partido de gueto, especialmente porque não se vive um período democrático, no qual o poder do voto é soberano.

Este é o público que está sendo bombardeado há anos pela desconstrução das políticas públicas da era Lula. A ultradireita – com o auxílio luxuoso da mídia – atribui todos os males do país à herança maldita do PT, colocando no mesmo balaio os erros de Dilma e as políticas públicas que modificaram a face do país, por sua eficácia e inovação.

Separar o joio do trigo é tarefa essencial no atual estágio do jogo político.

No artigo, Haddad contrapõe as principais mudanças institucionais e políticas públicas do governo Lula com as propostas vazias do Pacto para o Futuro dos governos FHC, Temer e Bolsonaro.

Menciona a crise das contas externas em fins de 1998, a imposição do tripé econômico – políticas fiscal, monetária e cambial – e a maneira como cada governo enfrentou o dilema: FHC aumentando impostos, e não conseguindo controlar a inflação; Lula ampliando as reservas cambiais e implantando políticas compensatórias; e Dilma com o afrouxamento fiscal.

Ao admitir os erros do governo Dilma, Haddad cumpre dois objetivos legítimos na polêmica. A primeira, de mostrar isenção. Nenhuma analise séria da crise poderá passar ao largo dos erros cometidos por Dilma. O que Haddad faz é mencioná-los dentro de um contexto maior, de boicote do PSDB, que impediu todas as medidas de ajuste posteriores, para poder acelerar o golpe.

Escorrega ao passar ao largo do maior dos erros de Dilma, o pacote Joaquim Levy, que promoveu um choque de preços, de tarifas e de câmbio e um arrocho fiscal e creditício responsáveis pela queda recorde do PIB naquele ano.

Mas o boicote do PSDB-PMDB levou à tragédia final, o golpe do impeachment, a consolidação de um diagnóstico incorreto sobre a crise brasileira, as políticas econômicas deletérias de Temer-Meirelles, Bolsonaro-Guedes. Finalmente, o desfecho trágico, a destruição da economia pela Lava Jato.

Para o público Folha, e para quem pretende avançar na alianças que permitam ao PT sair do gueto em que foi jogado, é um discurso eficaz. A admissão dos erros de Dilma, por ser analiticamente honesta, fortalece a crítica contra a estratégia atual de enfrentamento da crise. Enfrenta da armadilha maliciosa da direita, de incluir todas as políticas virtuosas do governo Lula, e início do governo Dilma, na conta da crise econômica posterior.

Aborda os erros gerais para enfatizar o erro central, o impeachment e as políticas econômicas pós-impeachment.
Para parte da militância, é traição, por admitir os erros de Dilma. É uma balança complicada, na qual o PT ainda não logrou uma estratégia eficaz para se equilibrar.

A libertação de Lula, e sua volta do jogo público, poderá resolver esses dilemas e acelerar a recomposição do centro democrático, que têm em Haddad e nos governadores do Nordeste os grandes protagonistas.

Luis Nassif

65 Comentários

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    1. O Estado Caudilhista Absolutista Assassino Ditatorial Esquerdopata Fascista lança olhares para seu maior pilar: O Coronelato Nordestino. Não à toa que Mortadelas e Coxinhas, ao invés de se apoiarem mutuamente como toda ‘Humanidade’ pensava que fariam, se conectaram ao Coronelato que esperava a divisão dos despojos. ACM, Agripino Maia, Barbalho, Marco Maciel,… do lado do Tucanato. Seguidos por Jucá, Sarney’s, Bezerra’s, Renan Calheiros do lado do ‘Socialismo Petista’. Este mesmo Coronelato, que este Veículo começa a propagandear como Novo Nordeste. Pode?!! Um passeio por Roma por uma semana, para ver a canonização da ‘Mãe dos Pobres’. Com tudo incluído. Estado Brasileiro e Cartões Corporativos como de praxe. Afinal ninguém é de ferro, não é mesmo? O problema todo deve ser que não conseguimos ainda acabar com as saúvas, como outra matéria afirma. Bipolaridade tem cura? Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  1. Por favor NASSIF!!!!

    Vocês paulistas , filhotes da USP, não admitem que prderam a revolução de 1930..que mordenizou esse País, uma acampamento portguês e que vocês ainda tem saudades…..HADDAD deveria ler a bilbiografia de GETULIO VARGAS… que fo NACIONALISTA…

    Com esse pensamento de colonizado se aproxima dos entreguistas…HADDAD tem que tirar o TUCANO DENTRO DELE..

    1. A Economia dos tempos de Dilma tem dados que falam por si. Em janeiro de 2015 tivemos o menor desemprego da História, o maior poder de compra do salário do trabalhador, batemos todos os recordes sociais e econômicos, tivemos a menor dívida pública em percentual do PIB e de quebra atingimos mais de 400 Bilhões de dólares de reserva. Quem critica a política econômica de Dilma mostra que o golpismo no crítico é tão forte que o faz ignorar os dados como um minion analfabeto.
      Nassif aproveita para tirar sua máscara junto com Haddad. Assim como Haddad, Nassif é um golpista de marca maior, combateu Dilma como poucos, embora agisse com falsidade dando uma de contra o golpe. Tempo de cair as máscaras mesmo.

      1. Foi Dilma, e não Haddad, quem tentou neutralizar a oposição dos empresários com um pacote de “bondades” (isenções fiscais) que não deu certo.

        Agora, é evidente que o conjunto de políticas que o PT implementou durante os seus treze anos de governo deu errado – não atraiu nem neutralizou o empresariado, alienou a classe média, e desmobilizou os trabalhadores. Se não entendermos e corrigirmos isso, vamos ganhar em 2022 e repetir exatamente a mesma trajetória até o desastre – embora provavelmente em menos tempo e sem conseguir montar um conjunto de “policies” que pelo menos sejam lembradas pela população de forma positiva.

        Não sei se o artigo do Haddad vai no caminho certo, mas, por favor! endeusar as políticas de Dilma, como se o ajuste fiscal e as desonerações não fossem, antes de mais nada, concessões recuadas ao inimigo principal? Chamar de “traidor” qualquer um que ouse discordar desses equívocos?

      2. O PT não é e nunca foi um “partido de gueto” e sim o partido preferido dos brasileiros em todas as últimas enquetes sobre preferência partidária. Como seria se venceu quatro eleições presidenciais seguidas e teria vencido em 2018 se não tivesse que enfrentar a eleição mais fraudulenta da história republicana, com o impedimento ILEGAL do seu candidato e o uso intensivo de “fake news”, já admitido pelo próprio Whatsapp:

        https://www.revistaforum.com.br/ibope-pt-e-o-partido-preferido-dos-brasileiros-e-supera-a-soma-de-todos-os-outros/

        https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pesquisa-mostra-que-pt-continua-sendo-o-partido-de-maior-preferencia-entre-os-eleitores/

    2. O Estado Caudilhista Absolutista Assassino Ditatorial Esquerdopata Fascista lança olhares para seu maior pilar: O Coronelato Nordestino. Não à toa que Mortadelas e Coxinhas, ao invés de se apoiarem mutuamente como toda ‘Humanidade’ pensava que fariam, se conectaram ao Coronelato que esperava a divisão dos despojos. ACM, Agripino Maia, Barbalho, Marco Maciel,… do lado do Tucanato. Seguidos por Jucá, Sarney’s, Bezerra’s, Renan Calheiros do lado do ‘Socialismo Petista’. Este mesmo Coronelato, que este Veículo começa a propagandear como Novo Nordeste. Pode?!! Um passeio por Roma por uma semana, para ver a canonização da ‘Mãe dos Pobres’. Com tudo incluído. Estado Brasileiro e Cartões Corporativos como de praxe. Afinal ninguém é de ferro, não é mesmo? O problema todo deve ser que não conseguimos ainda acabar com as saúvas, como outra matéria afirma. Bipolaridade tem cura? Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

    3. CEZARPERIN : Estado Caudilhista Absolutista Assassino Ditatorial Esquerdopata Fascista. A USP é um dos primeiros projetos do Caudilho Ditador Assassino. Pouco depois da OAB. Outro bastião do Fascista, que veio para “proteger” a Democracia. Realmente Getúlio Vargas vem para modernizar o Brasil. É mais ou menos a história da Privataria da EMBRAER. Veio para modernizar, tornando-se agora um apêndice da Boeing. A ‘Visão da Elite Tupiniquim’ quanto à Embraer é tão significativa quanto a de GV. Até 1930, Navios carregados de desesperados, famintos, pulguentos, sarnentos, doentes, miseráveis, desempregados, vindos da Alemanha, Japão, França, Russia, Ucrânia, EUA, Suíça, Italia China,…chegavam ao Brasil à procura de Liberdade, Vanguarda, Progresso, Trabalho e Democracia, fugidos que estavam de toda especie de perseguição, atraso, Totalitarismos como Stalinismo, Fascismo, Nazismo…Depois da “modernização da Ditadura de Getúlio Vargas tornam-se num tal 1.o Mundo, Democrata, Industrializado, Rico, Vanguardista, Próspero, Cultural,…O Brasil segue nestas 9 décadas, a cada dia mais fundo, sem encontrar o fundo da latrina num insuperável quintomundismo. Já abriu hoje, a janela da sua casa? Modernização de GV? Somos um caso psiquiátrico. E seguimos. Será que Bipolaridade tem cura? Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

    4. Como assim Haddad com pensamento de colonizado? Quem perdeu a revolução de 30 foi a Elite Cafeeira Paulista, e não os paulistas, que nada se beneficiavam dessa política agrário-exportadora e concentradora de renda. A USP só se organiza nas décadas de 30 e 40, para, aí sim, influenciar e formar os líderes que vieram influenciar toda a sociedade brasileira. Getúlio Vargas foi o MELHOR Presidente q esse país já teve.

  2. O 247 em artigo de Leonardo Atuch é dos que descem o cacete. Como não lí o artigo do Haddad, fiquei com um pé atrás com ambos, meio que esperando por esse, pois de economia entendo zero.
    Agora já posso dar um pé adiante em relação ao companheiro.

  3. Haddad tem lado, Nassif; não tem de ficar dando uma de “isentao” pra agradar quem não gosta dele. O papel de sopesar erros e acertos no debate público é do eleitor, com auxílio ou não da critica mais especializada de cientistas e analistas.

    Dito de outro modo: a oposição critica, a situação se defende, critica a oposição, que se defende. E por ai vai… Nao tem essa de “autocrítica”, sobretudo quando o outro lado não a faz, e, ainda por cima, mente e assaca descaradamente, incluindo aí os tais cientistas e analistas politicos.

    Falam mal da tal conciliação que o PT, PT, PT buscou, mas estão cometendo exatamente o que chamam de erro; ou até pior, pois aquele visava a governabilidade, não mentiu pra ninguém. Este, faz concessões sobre a verdade, que é o que estrutura o campo acadêmico. Nessa contradição, entre o politico e o acadêmico, o Haddad acaba não sendo nem um nem outro. FH e Roberto Campos cometeram esse erro. Um deixou de ser Sociólogo e foi ser politico. O outro era mais “espertinho”, como politico dizia-se economista, como economista falava como politico.

  4. Nassif, roupa suja se lava em casa

    No momento em que se fala em união das esquerdas, não é o momento de tecer criticas intestinas.
    Faltando 3 anos para uma eleição presidencial não é momento de criticas internas para gaudio dos antipetistas.
    O momento é de valorizar o que o PT fez de positivo, contrapondo com o atual desastre e existe um enorme campo para isso.
    Que ele se espelhe em como o LULA se fez palatavel para o publico da folha que no passado votou no sapo barbudo

    Meu voto o haddad perdeu.

    Esse haddad mais parece o palocci que o LULA

  5. Nassif, o que eu me pergunto é: em quê esse artigo avança a situação política em uma perspectiva popular e nacionalista?

    Do ponto de vista da economia, o artigo é covarde. A velha cantilena monetarista, do “tripé macroeconômico” e do “equilíbrio fiscal”. Fico me perguntando se não haveria, por acaso, uma crise sistêmica do capitalismo mundial. É muito covarde dizer que “a culpa é da Dilma”, primeiro porque isso é um lugar-comum direitista, segundo porque não é verdade. O Brasil se desindustrializa desde 1985, e o governo mais deletério nesse sentido foi do senhor Fernando Henrique Cardoso, que estraçalhou uma parcela imensa da economia nacional com suas privatizações e maxidesvalorização cambial. Ou seja, Fernando Haddad, ao escrever um artigo ao gosto da burguesia paulista, escreveu uma peça de ficção. Que saudade de Celso Furtado.

    Do ponto de vista político, o artigo fica entre covarde e deletério. Inicialmente, porque trata o governo Bolsonaro como se fosse um governo “normal”, que estivesse aí para “administrar” o país, e não um governo de crise e fraude, um governo de desespero, um governo fascista, um governo que é reflexo do acirramento da luta econômica e social. Isto é, estabelece uma “paridade de legitimidade” entre o governo Lula e o governo Bolsonaro. Haddad despolitiza a situação nacional com seu artigo. Não tem luta, somente “equívocos”. Não tem golpe, somente “equívocos”. Embarca na lenda da “ilha Brasil”: tudo o que ocorre é um processo endógeno, não existe imperialismo, capital transnacional, conflito geopolítico e geoeconômico, crise nuclear do sistema de poder mundial.

    Ao fim: em que medida as posições do artigo ajudam a libertar o Lula da prisão? Ajudam o povo a se mobilizar? Ajudam a esquerda e seu próprio partido, o PT, a tornarem-se um campo político independente? Barra as privatizações? Porque parece que efeito do artigo é puxar a esquerda para a direita, e não a direita para a esquerda. Afinal, Haddad quer realmente convencer a burguesia brasileira de algo? Ou ele quer convencer a esquerda brasileira de algo?

    Resultado, a impressão que fica ao fim é que Haddad propõe uma política direitista e neoliberal. Não por acaso, está sendo rechaçado pela esquerda e foi rapidamente escondido pela Folha, que retirou o link da home. Haddad não convenceu nenhum burguês direitista de nada e no fim se queimou.

    1. Calma porque não foi um livro para tratar de tudo, foi só um artigo a um jornal de natureza anti-petista com a mensagem principal “é patente a ausência de formuladores de política na atual equipe econômica”.

      Tem muita coisa positiva no artigo, e o site do PT o publicou na íntegra com destaque, porque está em linha com a posição do PT no conjunto da obra.

      No parágrafo da auotcrítica, ele critica a agenda da FIESP de desonerações e barateamento da energia que “revelaram-se equivocadas”. Pode ser lido como o empresariado da FIESP não respondeu aos estímulos econômicos esperados que eles mesmos pediram (essa crítica às desonerações e alguns subsídios à indústria eu também faço – da energia não – mesmo achando compreensível as decisão de Dilma na época e que não podem ser chamadas de erro no contexto daquele momento). E Haddad defende a agenda de cobrar impostos necessários dos mais ricos, em vez de abrir mão (uma pauta de esquerda).

      Critica o PSDB citando a autocrítica de Tasso Jereissati, dizendo que o golpe foi um erro.

      Cobrou a destruição econômica pela Lava Jato. Criticou a cobertura da imprensa. E chamou o golpe de golpe, citando as admissões de Temer, Rorigo Maia e Aloysio Nunes. Por fim comparou o início do governo Lula com o do Bozo. Transcrevo esses trechos que falam por si:

      “Por fim, um fato sempre negligenciado pela imprensa tradicional. A destruição, pela Lava Jato, de cadeias produtivas inteiras.
      (…)
      Veio o golpe parlamentar de 2016, hoje admitido por Michel Temer (…), Rodrigo Maia (…) e Aloysio Nunes (…)
      Em 2003, a essa altura, o governo já gestava uma consistente pauta de inovações institucionais (…)
      Hoje, temos um governo desastroso em várias áreas — política externa, meio ambiente, ciência e tecnologia, educação etc.—, que pode comprometer a recuperação e nos condenar, por anos, a um desempenho econômico medíocre.”

    2. Excelente! O melhor comentário. Ademais, se o “PT atual” (que cada vez mais se parece com o MDB antigo) apoia o texto é porque esta ala do partido não quer nada com a luta e muito menos com o Lula livre.
      Pelo que tenho acompanhado, Haddad está se tornando uma espécie de versão piorada do Ulisses. E sem experiência ainda por cima…

  6. Nassif, escrever coluna na foia, nesse momento e se rebaixando é BURRICE

    existe uma maquina de robos e fake news montada e hibernado.

    E o que o haddad tem feito para combater isso. o que o haddad tem feito para colocar o tse na parede e tomar uma atitude para frear essa maquina que no momento que voltar a funcionar, vai destruir o haddad e essa politica de conciliação.

    Não é adulando os eleitores da folha quantos são 50.000 ? que ele vai se livrar dos milhões de robos do miliciano que em duas fake news vão destruir a candidatura dele. Bastou um kit gay

  7. Os erros da Dilma, os erros do Lula, os erros do PT. E foram muitos nestes anos de governo. Quem não os reconhece não ajuda em nada, ao contrário. Crítica e autocrítica fazem parte do legado petista. Haddad foi humilde. O PT não tem nenhuma responsabilidade pela catástrofe atual? O inferno sempre esteve nos outros?

    1. Não foi autocrítica. Foi crítica. Seria autocrítica se Haddad pedisse desculpas por abandonar, enquanto prefeito, a periferia em favor de uma política elitista de uma esquerda antipovo e falsa (mais preocupada em gastar capital político para criar ciclofaixas do que para fazer politicas publicas eficientes para a periferia), sem base e sem projeto para os mais pobres. Até a Marta foi muito mais eficiente no cuidado com os mais pobres. Vá a periferia e pergunte o que acham do Fernando “nao foi golpe” Haddad. Haddad é a nossa Tabata Amaral.

  8. Muito barulho por nada, pois Haddad sequer contextualizou as críticas. E o problema é justamente esse (lançar críticas sem contextualizar), pois aí dá margem para ver endosso ao discurso golpista.

    E o “pacote Joaquim Levy” foi o certo a fazer na época: “fazer o mal de uma só vez…”, como ensina a cartilha do poder desde Maquiavel. Não fosse o “pacote de Levy” ser sabotado em grande parte, antes do fim de 2015 os desequilíbrios estariam sanados e o Brasil já estaria crescendo de novo desde 2016.

    A maior queda do PIB em 2015 foi justamente pela incerteza política se o “pacote Levy” iria ser aprovado (campanha pelo impeachment e pautas bomba) e insegurança jurídica (lava jato), que paralisou investimentos e consumo. A incerteza e insegurança continuou em 2016 e segue até hoje, com o Brasil tendo um quadro institucional muito incerto para confiar na economia.

  9. O que irrita em alguns – petistas raiz ou mesmo só simpatizantes – é a assimetria com que a imprensa corporativa e os antipetistas em geral tratam essa questão relativa à admissão de erros que, de resto, são inerentes à condição humana. Máxime quando envolve a Política e a gestão pública onde tantos interesses e variáveis complexas concorrem.
    A exigência de contrições é rara, se não mesmo inexistente, quando se trata de outras instâncias.
    O que se observa é que muitas lideranças petistas foram acometidas por uma espécie de “Síndrome de Estocolmo” adquirida após confrontadas com os erros – reais, superestimados ou somente impingidos – por seus adversários políticos e nas mídias.
    Não raro, espontaneamente já saem “chicoteando as costas” e murmurando os “mea culpa” pelas páginas de jornais e programas de mídias.
    Claro que reconhecer erros é uma exigência de caráter ético e uma demonstração de honestidade intelectual. Agora, quando se está na seara da Política nem sempre prevalece tal postura. Mesmo porque ela sempre será apreendida como fraqueza e certamente será usada contra o contrito.

  10. Democracia, para mim, significa isso.
    Os governos do PT avançaram muito nas políticas sociais, mas devido ao pouco tempo de governança, muitas situações tiveram que adequar-se ao momento histórico. E avançamos.
    Várias medidas foram tomadas para que o PT pudesse ir implantando os ajustes sociais sobre os quais embasaram-se suas plataformas eleitorais.
    Os abutres, infelizmente, aproveitaram-se de brechas existentes, e jogou a esquerda de volta ao isolamento, à masmorra.
    E será desse lugar que teremos de nos reerguer.

  11. Sério isso?
    Vamos seguir criminalizando a vítima?
    Naquele contexto de golpe tocado a base de disparos da Cambridge Analitics, desde 2013, Dilma acertaria algo?
    Uai ela caiu com 5% de desemprego.
    Agora tá em 13%.
    E aí, onde está a economia, estúpidos?

  12. Haddad e cia. pertencem a um Brasil que já não existe. e não voltará a existir.

    vivemos num outro tempo, aceitemos ou não. são as circunstâncias que a História nos impôs. são em muito resultado de opções erradas. erros ainda agora repetidos.

    aquele Brasil dos anos dourados do Lulismo está morto. não de morte matada, mas de suicídio.

    ou alguém se nega a constatar a epidemia de suicídios que nos assola? quantos companheiros e conhecidos não se suicidaram nos últimos tempos? quantos não adoeceram?

    olhai para o Equador. lá estão as respostas a nosso mal. pouco importa o resultado do atual levante.

    aprendamos com os indígenas sul-americanos o sumak kawsay.

    “Nós, o povo soberano do Equador, reconhecendo as nossas raízes milenares, forjadas por mulheres e homens de distintos povos, celebrando a natureza, a Pacha Mãe, da qual fazemos parte e que é vital para a nossa existência,
    […] decidimos construir uma nova forma de convivência cidadã, em diversidade e harmonia com a natureza, para alcançar o bem viver, o sumak kawsay; uma sociedade que respeita, em todas as suas dimensões, a dignidade das pessoas e das coletividades; um país democrático, comprometido com a integração latino-americana – sonho de Bolivar e Alfaro -, com a paz e a solidariedade para com todos os povos da terra; e, no exercício da nossa soberania, na Cidade Alfaro, Montecristi, província de Manabí, assumimos a presente Constituição”
    Preâmbulo, Constituição Equatoriana
    .

      1. -> A golpeada poderia discordar de você:

        cara pálida,

        Dilma “golpeada”??? golpeados fomos nosotros.

        Dilma cavou com os próprios pés o precipício em nos atirou a todos. mal as urnas se fecharam, perpetrou o estelionato eleitoral do Pacotaço Levy. depois descee espontâneamente a rampa do Planalto, sem jamais ter oposto resistência e muito menos convocado o povo à luta.

        e quanto a CONAIE, o cacelorazo deu prá ouvir aqui neste Brasil, de tão eloquente o atual silêncio da Ex-querda.

        afinal, o que Lula, Dilma, Haddad e cia. tem a dizer sobre a insurreição no Equador?
        .

  13. O profexô está dando muita aula naquele instituto que abona todas as políticas rescessivas e contra o trabalhador desse governo miliciano….

    Deveria começar a autocrítica por aí….. espero que o PT, ou escolha outro candidato, ou apóie um melhor….

  14. O Haddad parece o Ciro que bate na esquerda e elogia os adversários. Não consegue aglutinar nada a esquerda ou a direita com esse discurso. Outro ponto fundamental nestas análises econômicas é que são feitas sem levar em conta a geopolítica e a sabotagem sistemática principalmente depois de Getúlio que os americanos promovem contra qualquer progresso industrial e tecnológico do Brasil.

    1. Vocë não leu o artigo. Porque Haddad bateu em quase todo mundo da direita: Lava jato, PSDB, FIESP, imprensa tradicional, Temer, Bozo. Elogiou Lula e fez uma crítica pontual a Dilma em um parágrado de 3 ou 4 linhas: desonerações (redução de impostos) e subsídios (em tarifas). A crítica à redução de impostos para os mais ricos é pauta da esquerda.
      Em tempo: ainda assim achei errado a forma que a crítica foi feita sem contextualizar. As desonerações foram em tempos em que podiam ser feitas (havia superavit primário e queda na despesa com juros em 2012). E o objetivo era correto: tentativa de aumentar a taxa de investimento, para aumentar a produção e manter o consumo das famílias sem impactar a inflação. Sem aumento da oferta na produção, não havia como o Brasil crescer sem inflação e sem déficit na balança comercial.
      Além disso nas próprias desonerações – antes de 2014 – houve mini pautas bombas. Dilma mandava uma coisa para o Congresso e Eduardo Cunha e outros acrescentavam em emendas de contrabando setores que não justificava desonerar.
      Se era para criticar deveria explicar tudo isso.

    2. O pessoal acredita que só por ser petistas ou simpatizantes o pessoal engole qualquer coisa…..no próprio PT está cheio de quinta-colunas, como o Zé traisoro…..
      O que, pelo menos eu desejo, é um candidato que promova a distribuição de renda, não seja capacho do mercado e das grandes nações, que veja o povo e o trabalhador brasileiro como prioridade, dando-lhe condições dignas de vida, com saúde, educação, emprego, renda, segurança, etc…..
      Não é qualquer, só por que é do PT, que vou engolir, esse mesmo aí, não é dos piores, mas dá aulas num instituto nefasto…..e tem umas ideias que não batem….espero que não insistam com ele para a presidência ….

  15. Ficar repisando o que Dilma fez de errado é coisa de derrotista ou de quem , ainda não escolheu uma posição, um lado, Tudo se deu num momento extremamente delicado do governo de Dilma. Perseguida e acuada como estava, com Eduardo Cunha, presidente da Cãmara, aprontando todas para ela, que é que se queria? Lembro bem que na época eu andava muito angustiada pela situação e sofrimento de Dilma, torcia para que ela viesse à imprensa e despejasse toda a situação a quem ela devia seu cargo: ao povo, há mais ninguém. Tenho absoluta certeza da sua solidão naqueles dias terríveis que precederam o golpe, o impeachment. Chega de dar explicações, chega de cair de joelhos à escrotice que nos governa. Ou se é PT ou não se é PT. Haddad! Abrace a causa e chega de pedir desculpas a quem nos chutou como cachorro morto.

  16. O PT, depois do maior bombardeio que nenhum partido experimentou igual, conseguiu não apenas se mostrar como uma poderosíssima fortaleza como também ser possuidor de uma fabulosa resistência, que o livrou de sofrer um estrago bem trágico e, talvez, até fatal. Mas que raios de fortaleza e resistência são estas de que tanto se fala? De onde vem e onde estão hoje? Eu particularmente avalio como sendo os bons e saudáveis frutos que o PT tão bem soube conquistar, desde o fabuloso trabalho feito casa a casa, cidadão a cidadão e cidadã a cidadã que foram contatados através de um eficiente e competente trabalho de formiguinha que criou raízes tão transformadoras e revolucionárias, que espalharam por todo o país uma nova e emocionante esperança totalmente associada a imensa flora democrática e produtora dos resistentes e saudáveis frutos que hoje, após tantas e potentes agressões, mantém o partido de pé e em condições de ainda ser temido e respeitado. Para isso se manter e evoluir plenamente, o PT tem que descer do trono ilusório que o levou a jogar infantilmente a perder boa parte de suas conquistas e de seu prestígio. Precisa fazer a lição de que tanto foge e que poderá ser o seu inimigo letal mais a frente, que é a lição de resgatar a humildade que existia desde a sua pré-fundação e cortar, na própria carne, sem anestesia, todas as parasitas que lhe fazem mal e também confessar publicamente todos os seus erros, todos os seus pecados livrando-se urgentemente daqueles que ainda insistem em fazer parte de seu corpo, de suas vestes, de suas falas e de grande parte de seu tosco e incompetente comportamento nas ruas, nos lares e no cara a cara como se fazia antigamente.

  17. O PT, depois do maior bombardeio que nenhum partido experimentou igual, conseguiu não apenas se mostrar como uma poderosíssima fortaleza como também ser possuidor de uma fabulosa resistência, que o livrou de sofrer um estrago bem trágico e, talvez, até fatal. Mas que raios de fortaleza e resistência são estas de que tanto se fala? De onde vem e onde estão hoje? Eu particularmente avalio como sendo os bons e saudáveis frutos que o PT tão bem soube conquistar, desde o fabuloso trabalho feito casa a casa, cidadão e cidadã a cada cidadão e cidadã contatados e um eficiente e competente trabalho de formiguinha, que criou as raízes, transformadoras que espalharam por todo o país uma nova e emocionante esperança associada a imensa flora democrática que gerou os resistentes e saudáveis frutos que hoje mantém o partido de pé, que o faz ainda ser temido e em condições de recuperar na vitória, o poder infantilmente jogado fora. Para isso acontecer plenamente o PT tem que descer de um trono ilusório que já não lhe pertence e fazer a lição de tanto foge e que poderá ser o seu inimigo letal, que é a de resgatar a humildade que existia desde a sua pré-fundação e cortar a própria carne, sem anestesia, ao confessar publicamente todos os seus erros e todos os seus pecados livrando-se urgentemente daqueles que ainda insistem em fazer parte de seu corpo, de suas vestes, de suas falas e de grande parte de seu tosco comportamento nas ruas, nos lares e no cara a cara.

  18. Que prazer mórbido é este de atacar a Dilma? Nem o bozo faz tanto.
    Enquanto destroem o país, destroem e vendem o país, vamos ficar fazendo esta crítica falsa e covarde como a Dilma que o Nassif vem fazendo e o Haddad copia?
    Destroem o país e o Haddad acha que tem uma parcela de culpa?
    Que coisa!
    A Dilma fez quatro Itaipús, só para exemplificar com um setor da economia: Usinas do Rio Madeira, Belo Monte, Usinas do Rio Teles Pires e usinas heólicas.

  19. Cheguei a duvidar, boa noite, que fosse um texto realmente do Haddad, pois o tenho em alta conta. Anódino, sem foco, mesmo mostrando alguém à cata de uma narrativa. Se alguém do receituário do Mother Fucker´s International tivesse subscrito pareceria crível! Com um detalhe. Não mostra qualquer alternativa ao receituário que nos é quase sempre imposto. Se esta colcha de retalhos tem uma serventia, quiçá seja de mostrar o enorme fosso Lula X o resto.

  20. Não há incompreensão alguma. Haddad apenas demonstra o que ele sempre foi e sempre será: um liberal de esquerda que deveria estar filiado ao PSDB. Há muito tempo que tenho esta visão dele e não apenas por este artigo. O artigo é apenas reflexo do que ele pensa. Os tempos são de radicalização e demarcação de campo e não para insistência numa estratégia que não é mais viável: a da conciliação de classes.

  21. Os petistas estão cansados de tomar porrada. A reação normal é de se fechar e responder a toda a crítica com socos e pontapés. Porém deve-se ter claro que a nossa volta ao poder vai depender de quanto nós possamos identificar os nossos erros e acertos, a fim de corrigir aqueles e aprofundar estes. Haddad está certo em formular críticas, não concordo com todas, mas é óbvio que erramos pontualmente e não devemos ter medo de assumir. Até porque nossos acertos foram imensamente maiores.

  22. Nassif tem um cheiro estranho no ar, não sei bem o q é,agora Haddad é por mais q tenha MUITOS defeitos uma excelente liderança na questão administrativa/técnica e um dos últimos e escassos Paulistanos com algum futuro,só q Lula precisa ter uma conversa séria com ele,olho no olho e ver “qualéqé”dele,Sé não for feito isso o PT vai se queimar e a Globo/Bolso/EUA estão doidos pra enterrar os políticos e a elite paulista !!

  23. Dilma foi a desgraça do PT: despreparada, autoritária, auto-suficiente, de uma arrogante provervial, autora de falas folclóricas e ridículas. Em 2014, traiu Lula e sequer discutiu com ele sua candidatura presidencial: recandidatou-se, enchendo os bolsos de João Santana, quase perdendo para Aécio e – através de Joaquim Levy, colaborador demitido até por Bolsonaro! – no entanto, assumindo o programa econômico recessivo e neo-liberal de quem? De Aécio Neves! Com seu republicanismo idiota, louvou a Lava Jato – coadjuvado por gente como o lastimável José Eduardo Cardozo, infiel a seus companheiros, reconduziu o ébrio Janot e permitiu a destruição da engenharia, da indústria naval, o início da marcha para o caos. Dilma foi até muito poupada por Haddad em seu artigo. O de Luis Nassif é bem mais substancioso. A ex-presidente deveria ser expurgada pelo PT, como nós mineiros já fizemos com ela: perdeu até para os votos brancos e nulos. Dilma não existe.

  24. Vim participar do debate mesmo sabendo que aqui é o pior lugar pra fazer isso.
    Concordei com o Haddad pois o que a Dilma fez foi imperdoável . Se cercou de incompetentes , achou que a vontade era maior que ma realidade e deu no que deu.
    Sobre o PT o problema maior hoje não é o Lula preso mas a Gleisi solta e fazendo do antigo Partido dos Trabalhadores um partido de burocratas classe média.
    Precisa muita coisa pra avançar não. O PT devia em 1º lugar se reencontrar com seu passado e por um Sindicalista com “S” maiúsculo na Presidencia e voltar pra rua e largar o gabinete
    O resto afinal não faz tanta diferença assim

  25. Vim participar do debate mesmo sabendo que aqui é o pior lugar pra fazer isso.
    Concordei com o Haddad pois o que a Dilma fez foi imperdoável . Se cercou de incompetentes , achou que a vontade era maior que ma realidade e deu no que deu.
    Sobre o PT o problema maior hoje não é o Lula preso mas a Gleisi solta e fazendo do antigo Partido dos Trabalhadores um partido de burocratas classe média.
    Precisa muita coisa pra avançar não. O PT devia em 1º lugar se reencontrar com seu passado e por um Sindicalista com “S” maiúsculo na Presidencia e voltar pra rua e largar o gabinete
    O resto afinal não faz tanta diferença assim

  26. Correta a análise de Nassif. A verdade crua, é que Dilma errou mas que quando tentou corrigir seus erros o BOICOTE parlamentar impediu a tomada de medidas corretivas

  27. Não consegui entender o por quê de não ter sido mencionado nenhuma vez a palavra “corrupção”, fonte de todas as desgraças do PT. Vale lembrar que, qualquer programa social desenvolvido pela sigla ou aprovado pelo GOVERNO, de qualquer instância e da mesma forma QUALQUER OBRA, era implementada se e somente se, houvesse a possibilidade de obter um percentual financeiro que pudesse ser desviado para o grupo político “dono” do projeto e outro percentual para a sigla, conforme vem sendo demonstrado nos processos em curso no judiciário. Qual partido pode sobreviver com um fardo desses escancarado a toda sociedade?

  28. No fundo, a discussão não é econômica mas política. Há os que acham que se deve fazer concessões à direita para ampliar o arco de oposição à ultradireita e há os que acham que se deve preservar a base da esquerda. Parece que a ultradireita tem cerca de 15% do eleitorado e a esquerda cerca de 30%. É possível dizer que a o restante é a direita? Não acho. O restante é amorfo. Pode tanto ir para a ultradireita como para a esquerda. As ultimas eleições mostraram isso. De outro lado, a tentativa de ampliar foi a política adotada o tempo todo pelo PT. Será que podemos dizer que foi vitoriosa? Tendo a achar que não. Talvez seja a hora de radicalizar pois é essa política que nunca foi tentada.

  29. Não se trata de radicalismo as críticas proferidas sobre o artigo do ex-ministro prefeito de São Paulo.
    Se trata de diferença de 180 gráus de visão política.
    Neste momento não é o PT que tem que fazer autocrítica para o “centro” e direita.
    São eles,que golpearam a democracia,veja bem, a democracia, e não somente o governo legitimamente eleito da presidenta Dilma ,que tem que ajoelhar-se e desculpar-se pelo golpismo .
    Sem essa autocrítica nunca haverá democracia. O golpismo será sempre uma arma a disposição dessa gente.

  30. O conflito de narrativas faz parte de um grande concerto. Desconfio que, no fundo, toda autoridade envolvida na prisão de Lula, antes e depois, é movida inconscientemente por um coercivo sentimento, que late na ‘alma coletiva’ como veneno da trama sempre vitoriosa da dominação social: “Que perdure a prisão como advertência a cada indivíduo da patuleia – não ouse subverter a hierarquia natural outra vez…”

  31. Resumindo, o erro de Dilma, foi dar asa pra cobra. joaquim Levy, pmdb, foi o agente sabotador do pmdb.
    foi substituído por nelson barbosa que aparentremente foi leal ao governo e o defendeu até o final.
    e em falando de erros, um outro, mas do brasil, país que insiste em dar errado, o alto custo da democracia é sua eterna vigilância. a qual não houve.

  32. Nassif foi preciso e esclarece a disputa de narrativas. O discurso petista nas redes sociais e em jornais tipo 247, é como um pião que gira em torno de si mesmo. Pouco acrescenta ou agrega, inclusive, para o próprio partido ou para a esquerda. No máximo, reforça um sentimento de solidariedade mecânica. Basicamente, repete à exaustão as mesmas palavras de ordem: Lula foi o melhor presidente, Dilma foi a injustiçada, os governos de ambos foram ótimos, olhem a taxa de desemprego, etc. A “resposta” de Attuch ao artigo de Haddad é típica do uso não contextualizado de dados e repleta de erros básicos de análise econômica (como a avaliação que faz a respeito do efeito do acúmulo de reservas no governo Lula, segundo ele para impedir a desvalorização do real [sic]).
    Já o discurso presente nos grandes jornais e na literatura mais especializada é dominado pelo neoliberalismo. Não é a toa que perdemos todas as disputas: previdência, razões da crise, ajuste fiscal, privatizações, etc. Lembro-me que aqui mesmo no GGN alguns diziam que a Dilma tinha sido “sabotada” quando tentou o ajuste proposto pelo Levy! Alguns têm tentado se contrapor a essa hegemonia: a Valsa Brasileira, da Laura Carvalho, o artigo na Folha da Esther Dwerck et ali, e outros. Encontram pouca repercussão na própria esquerda, pois passam por uma reflexão a respeito das opções feitas a partir dos anos noventa (FHC, Lula, Dilma, etc.). Essa reflexão desagrada, pois mostra que a questão crucial da construção de um modelo de desenvolvimento alternativo ao do neoliberalismo não foi enfrentada a contento.

  33. De forma isenta, racional e sem paixões, precisamos assumir que estamos ladeira abaixo desde 2014. E só piora. Dilma, Temer e Bolsonaro foram e são tragédias. E essa presidente do PT outra ruína.
    Desanima ver o país com tantas lideranças ruins e medíocres, focadas somente em fazer marketing pessoal e de como chegar ao poder.
    A sensação que tenho é que idealistas e sonhadores não existem mais, foram erradicados.
    E se falarmos de políticos com visão de estado e algum conhecimento social para fazer transformação, penso que o último foi o Lula.
    Tristes tempos …

  34. Vejo que Fernando Haddad é um politico muito sofisticado para o estilo de se fazer politica no Brasil. No meio da militância nem se fale… Vejo também que Lula tem um faro fino e sabe que tal qual Haddad não tem muito por ai… Ou apenas um.
    As criticas ao governo Dilma em nenhum momento são pelo golpe, a favor do golpe ou justificando o golpe. Basta ler com atenção o artigo dele.

  35. Gostaria de saber se em qualquer tempo é possível governar sem aliar -se ao pmdb. Acho que não. E como financiar campanha sem caixa 2. E isso é em qualquer parte do mundo. A verdade é que os governos do pt incomodaram Tio Sam. O resto ficou por conta dos entreguistas e mal caráter.

  36. Regra número zero da análise do discurso:

    O significado de um texto deve ser analisado junto com:
    – quem está enunciando o texto
    – por que está enunciando
    – para quê está enunciando
    – quais as consequências desse enunciado

    Se nem isso a esquerda brasileira consegue equacionar, tamo muito fudido mermo, viu?

  37. Pois eu, já não sei se gostaria que Haddad fosse o candidato das esquerdas.
    Seu nome não ajuda, a conjunção de letras está desarmoniosa, no momento.
    Falar de erros também de nada adianta;quem quer saber se DILMA errou ou não, AGORA? MAS TODOS SABEM QUE ELA SOFREU UM GOLPE DESCOMUNAL VINDO DA BANCA ANGLOZIONIANQUE!
    Gostaria que DINO fosse o candidato, sua conformação astral está perfeita; mas para tanto, ele precisa de um partido que os brasileiros aceitem.
    Essas pestes que governam o brasil estragaram o BRASIL QUE VINHA GIGANTE.

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