As notícias que aqueceram o coração em 2020 (post colaborativo)

Em um ano inusitadamente caótico, algumas notícias foram um sopro de resistência e esperança, flores nascendo no asfalto. O que você incluiria na lista?

O ano de 2020 foi inusitadamente caótico, para dizer o mínimo, mas algumas notícias foram um sopro de resistência e esperança, como flores nascendo no asfalto.

Aqui está a lista de algumas dessas notícias que aqueceram os corações da redação. O que você, leitor/leitora, incluiria nela? Deixe sua seleção nos comentários. Este é um post colaborativo e está em construção.

Que 2021 seja muito melhor.

 

NOTÍCIAS QUE AQUECERAM O CORAÇÃO EM 2020:

 

  • A ciência desenvolve a vacina contra a Covid-19 e a imunização já está emandamento em diversos países. Aqui no Brasil, o calendário de vacinação ainda não está pronto. A Fiocruz e o Instituto Butantan pretendem apresentar o pedido de registro das vacinas de Oxford e da Sinovac, respectivamente, nas próximas duas semanas. Nesta quarta (30/12), o Ministério da Saúde informou que pode começar a campanha no final de janeiro, se a Anvisa liberar o registro até lá.

 

  • Donald Trump perde a reeleição nos Estados Unidos. A derrota do presidente norte-americano para Joe Biden é um golpe na onda de extrema-direita que varreu nações – incluindo o Brasil – nos últimos anos. De quebra, Biden não promete vida fácil a Jair Bolsonaro na questão ambiental.

 

  • Corte de Haia analisa denúncias contra Bolsonaro. O Tribunal Penal Internacional discute previamente se o presidente deve responder a processo por incitação ao genocídio e ataques sistemáticos de seu governo aos povos indígenas.

 

  • Eleições 2020 marca derrota de Jair Bolsonaro. Os candidatos apoiados pelo presidente da República perderam nas urnas. O discurso de ódio, o extremismo de direita e a polarização que marcaram a eleição presidencial de 2018 não converteram votos. Ao mesmo tempo, o Brasil teve recorde de candidaturas negras, apesar da subrepresentação.

 

  • Argentina legaliza o aborto eletivo até a 14ª semana de gestação. A aprovação do projeto enviado pelo governo Fernandez ao Congresso é uma reviravolta em relação ao que ocorreu sob Maurício Macri, quando o Senado barrou a lei. A decisão é histórica e uma grande vitória do movimento feminista.

 

  • Supremo Tribunal Federal reconhece que Sergio Moro é um juiz parcial. Em ação relacionada ao Banestado, Moro teve sentença anulada por ter atuado como um juiz acusador. O julgamento que marcou o ano é o de um doleiro denunciado por Alberto Yousseff em meados dos anos 2000. Moro ajudou o Ministério Público Federal a levantar provas contra o réu. O STF pode julgar a suspeição de Moro nos processos de Lula em fevereiro de 2021.

 

  • Países taxam grandes fortunas. Na América Latina, Argentina e Bolívia deram passos nesse sentido. O imposto sobre grandes fortunas tem sido defendido no Brasil por uma série de economistas, sobretudo no contexto da crise econômica acentuada pela pandemia do novo coronavírus.

 

  • Chile aprova nova Constituição. O plebiscito histórico em 2020 enterrou a Constituição instaurada na ditadura Pinochet, que há mais de 40 anos implementou o modelo neoliberal na região. No ano passado, a população foi às ruas clamar por dignidade. Dignidade para chegar ao final do mês pagando o preço do transporte municipal, da cesta básica para além do pão como o único alimento garantido pelo salário mínimo, os caros planos de saúde que sequer cobrem necessidades básicas e, para as famílias que ousassem, creches ou universidades privadas. Em votação histórica e recorde de presença, no dia 25 de outubro deste ano, os chilenos aprovaram uma nova legislação.

 

  • Brasil entra para o mapa mundial dos estudos genômicos. Ministério da Saúde anunciou em agosto o financiamento de estudos sobre a ancestralidade do brasileiro e pesquisas voltadas para a medicina baseada na genética – o que deve gerar um impacto no SUS no médio e longo prazo. Talvez, um dos poucos programas bons para o País que veremos até 2022.

 

  • Povos indígenas acionam a Suprema Corte por seus direitos e contra Bolsonaro. Pela primeira vez na história do País, o Supremo foi provocado por advogados indígenas que exigiram ações para assegurar a vida dos povos isolados e outras medidas de segurança na pandemia.

 

 

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