Associação de Pós-Graduandos defende revogação de portaria do CAPES

Entidade se posiciona contra Portaria 34, que aborda fomento aos cursos de pós-graduação no Brasil – que, na prática, implica em um modelo de distribuição de bolsas

Jornal GGN – A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) lançou nessa sexta-feira (20/03) seu posicionamento pela imediata revogação da Portaria 34 da CAPES, que dispõe sobre as condições para o fomento aos cursos de pós-graduação no Brasil, o qual na prática implica um modelo de distribuição de bolsas.

Em nota, a entidade responsável pela representação dos pós-graduandos não só pede a revogação da Portaria 34, como também pede a liberação do sistema de bolsas para indicação dos novos bolsistas e renovação das já vigentes, e a recomposição de todas as bolsas perdidas em 2019 e o seu reajuste em valor integral.

A entidade também publicou um abaixo assinado sobre o tema, que pode ser acessado clicando aqui.

“A entidade representativa dos pós-graduandos externa sua preocupação com um alerta que a medida prolongará o clima de pânico e desesperança que já existe entre os pós-graduandos e todos que integram o sistema nacional de pós-graduação brasileiro”, afirma a ANPG. “E adiciona que ela aprofundará as desigualdades já existentes entre programas de pós-graduação, áreas de conhecimentos e regiões brasileiras”.

A ANPG ressalta que a portaria também vai agravar um cenário que já apresenta considerável defasagem no orçamento da CAPES e quantitativo de bolsas, que já somam quase 8 mil bolsas perdidas em consequência dos cortes, associado ao fato de menos de 50% de bolsistas no sistema nacional de pós-graduação.

Redação

2 Comentários

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  1. Isso não vai dar na Globo: o uso do coronavirus para destruir o que resta de estado. Quanto às bolsas, sempre é bom lembrar que FHC, quando senador, engavetou projeto de Florestan Fernandes que vinculava o valor das bolsas ao salário dos professores das universidades federais, além de garantir direitos previdenciários aos bolsistas. Lula e Dilma praticamente mantiveram congelados os valores das bolsas, mas expandiram o número de bolsas para o maior valor histórico, com o aumento do tamanho do sistema nacional de pós-graduação. Para além disso, muitos, e muitos mesmos, dos bolsistas desse período lulista-dilmista desenvolveram o bolsovirus na sua cepa morista. Deu no que deu. Não serão panelaços ou palmas que resolverão a situação em que estamos.

  2. Calma, que o Vahan Agopyan, da USP, tem uma solução péssima. Aguardem!
    Não é questão de apoio, é questão da prática que adota. Todos da mesma sopa.

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