Em entrevista exclusiva ao canal do GGN no Youtube (inscreva-se aqui), o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse que inexistem obras em Minas Gerais realizadas por Jair Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo). De acordo com Kalil, em conjunto, Zema e Bolsonaro “não fizeram nem um quebra-molas” no Estado e, por isso, levam a corrida presidencial contra Lula (PT) ao campo religioso.
“Se alguém subir em um quebra-molas que o governador [Zema] fez na região metropolitana de Minas Gerais, eu mudo meu voto”, provocou.
Ativo na campanha de Lula desde o primeiro turno, Kalil ressalta que Bolsonaro se apoia em templos religiosos para fazer a campanha, e se aproveita de pastores que politizam a espiritualidade em busca de votos para Bolsonaro. Isso, tendo em vista que a campanha de Bolsonaro carece de realizações no estado para fazer campanha.
“Eles não têm em Minas Gerais, nem um e nem outro, um quebra-mola pra subir.”
Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País e reelegeu Zema no primeiro turno. Bolsonaro, que recebeu apoio do governador, ficou atrás de Lula no Estado. O petista tirou quase 600 mil votos de vantagem sobre Bolsonaro no primeiro turno.
No plano nacional, a vantagem de Lula no primeiro turno foi de 6 milhões de votos. Enquanto Bolsonaro tem os governadores dos maiores colégios eleitorais, Lula ficou com apoio dos ex-presidenciáveis.
Em busca dos indecisos
Para ampliar a votação do primeiro turno, Kalil expôs a importância de dialogar com os indecisos. Para ele, é preciso esclarecer a parte econômica de Lula, lembrando do Auxílio Brasil e Casa Verde Amarela, projetos iniciados no governo Lula que tiveram seus nomes alterados pelo atual governo.
“O prefeito de Belo Horizonte [Fuad Noman] foi muito feliz de dizer que a Casa Verde Amarela [antigo Minha Casa Minha Vida] é aquela casa do Toquinho e do Vinícius, não tinha teto, não tinha nada, na rua dos bobos nº 0″, ironizou Kalil, sobre a pequenez do programa atualmente.
O ex-prefeito afirmou que as alianças de Lula em Minas Gerais são muito incisivas e que as promessas do petista são de “gente séria”. E reforçou a promessa de Lula de “arrumar a BR-381, conhecida durante 40 anos como a rodovia da morte”.
Democracia em risco
Kalil vê como necessidade a eleição de Lula para a manutenção da democracia brasileira, e apela para os indecisos prestarem atenção como antigos opositores se aliaram a Lula para derrotar Bolsonaro.
Para exemplificar, ele utiliza dois nomes de espectros políticos opostos que apoiam Lula, o fundador do partido Novo, João Amoedo, e o rapper Emicida.
“Nós estamos do lado que o Amoedo e o Emicida estão votando no mesmo candidato, isso deve ter um motivo, gente”.
Assista a entrevista:
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