Exigências de Bolsonaro para reconhecer derrota podem ser crime

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Em entrevista, professor afirma que não é preciso esperar qual a conduta do presidente diante de eventual derrota na disputa de 02 de outubro

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) em impor exigências para aceitar o resultado das eleições presidenciais pode ser suficiente para uma investigação por eventual enquadramento no Código Penal.

“A integridade do processo eleitoral é um bem essencial ao Estado de Direito. Uma das cláusulas pétreas da Constituição é a periodicidade do voto”, explica Alaor Leite, professor de direito penal da Universidade Humboldt, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

“Os novos crimes contra o Estado de Direito também tutelam a integridade do processo eleitoral, e, assim, quando essa narrativa mentirosa industrialmente produzida atinge esse bem caro ao Estado de Direito, é possível que tenhamos um ilícito”, ressalta Leite.

“Se essa campanha contra a integridade do processo eleitoral vier acompanhada de uma condição, ou seja, “se o meu capricho não for atendido as eleições não ocorrerão”, pode ser que esteja realizado o delito de tentativa de abolição violenta do Estado de Direito”, afirma o professor.

O artigo 359-L da legislação que substituiu a Lei de Segurança Nacional estabelece uma pena de quatro a oito anos de prisão para quem “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais”.

Leia Também

Lula lidera pesquisa Ipec em 13 estados; Bolsonaro em sete

“Mentiras de Bolsonaro matam”, diz Jamil Chade

Bolsonaro “vara curta” e “não trabalha, anda de jet ski”: Soraya e Tebet voltam a protagonizar debate eleitoral

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador