Área total utilizada para cultivo da coca diminuiu 28%, no período 2000-2009, segundo Relatório Mundial sobre Drogas (WDR 2010), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Entre 2008 e 2009, o espaço utilizado para cultivo caiu 5% no mundo, passando de 167.600 hectares para 158.800 hectares em 2009. O país que mais contribuiu com a retração foi a Colômbia, que viu sua área de cultivo de coca diminuir em 58%, entre 2000 e 2009.
Em contrapartida, no mesmo período, a área de produção da planta base da cocaína aumento em 38% na Peru, e mais que dobrou na Bolívia (112%).
Os três países são os maiores cultivadores de coca no mundo. A Colômbia é responsável por 43% da produção, Peru por 38% e a Bolívia 19%.
Equador, Brasil e Venezuela são apresentados como os mais importantes para o trânsito dessa droga. Desses países a droga parte para África Ocidental, Europa e Estados Unidos. Antes, a maior parte da cocaína originária da Colômbia deixava o país via Golfo do México ou Oceano Pacífico. O aumento de pressões para coibir o tráfico e mudanças na demanda de mercado, alteraram a rota do transporte para os países vizinhos à Colômbia.
Consumo
Segundo a UNODC, entre 0,9% e 1% da população da América do Sul, entre 15 e 64 anos, consome cocaína. Proporção comparável a observada na Europa. Brasil e Argentina são os maiores mercados da região em termos absolutos – 900 mil e 600 mil usuários, respectivamente.
Cerca de 99% dos laboratórios de processo de coca estão concentrados na Bolívia, Colômbia e Peru. Em 2008, os governos desses países relataram a descoberta de 9.730 dessas instalações.
O número de apreensões na região também atingiu níveis recordes em 2008, totalizando 418 toneladas, frente 322 toneladas registradas um ano antes.
O Brasil apresentou, entre 2007 e 2008, aumento de 21% nas apreensões, Argentina de 62% e Equador, 12%. O Chile foi o único país que registrou diminuição de 12% do total apreendido.
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