Cerveja é champanhe do futebol, por João Sucata

A Câmara Municipal de Sampa está discutindo a liberação de cerveja nos estádios. Esperemos que a proibição seja suspensa.

Cerveja é champanhe do futebol,  tem tudo a ver. Se futebol é a alegria do povo, a cerveja é a coroação desse prazer. É uma bebida leve, alegre, refrescante, apropriada para se comemorar ou choramingar a atuação do time do coração.

Justifica-se, isso sim, a venda de bebidas alcoólicas de alto teor alcoólico ou em garrafas. Os irresponsáveis não precisam de estímulos para serem irresponsáveis, mas colocar-lhes uma garrafa de cachaça na mão já seria provocação.

Como cerveja tem baixo teor alcoólico, é muito difícil que uma pessoa se embebede em um jogo de 90 minutos,  especialmente se for servida em copos de papel. Para ficar alto o sujeito teria que começar a tomar cerveja bem antes do jogo iniciar e ficar pelo bar até ele terminar. Mas poderia ficar insuportavelmente encharcado, antes de ficar alcoolizado. No limite, a bebida poderia ser vendida apenas nos 15 minutos antes do início, no intervalo e nos 15 minutos após o apito final, e tomada apenas no bar ou imediações. Impossível alguém ficar bêbado de cerva em 30 minutos.

Mais interessante e eficiente seria proibir que o sujeito entrasse no estádio embriagado. Bebaço mesmo, para valer e não com os índices ridículos da lei seca em vigor, que tacha todo mundo de pau d’água. Seria interessante, na portaria, todo mundo em fila para fazer o bafômetro. Teríamos então uma nova norma: entrar encachaçado não pode, sair pode.

Senhores vereadores, mostrem que vocês servem para algo mais que aumentar as próprias mordomias (da última vez, aumentaram em 12 o número de auxiliares para cada um): liberem a alegria do povo, para valer, liberem a cervejinha da torcida.

João Sucata

Redação

2 Comentários

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  1. hipocrisia

    Na arena Corinthians só o Corinthians não fatura com a venda de cerveja. Desde a descida do trem até a porta do estadio tem ambulante vendendo cerveja de 10 em 10 metros.

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