Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas. 

Redação

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  1. Amigo secreto e o cheque pré-datado

    Estava na cara  que com a oneração das compras pelo custo financeiro da intermediação dos cartões de crédito e suas pornográficas taxas de juros, faltaria dinheiro para movimentar o comércio no final do ano.

    Não têm mágica, se você têm 100 para comprar de mercadorias e gasta os 100 nelas, o dinheiro fica no comércio, mas se você continua tendo 100 para comprar, mas nas compras deixa 10 para os bancos e cartões de crédito, você ira fazer o comércio vender menos, afinal, o dinheiro para na banca e não nos produtos que você leva para casa.

    O cheque pré-datado era o instrumento de crédito que os que lucram na intermediação financeira com taxas pornográficas não queriam no mercado, era crédito barato e fácil para o consumidor.

    Com a explosão dos pagamentos por cartões eletrônicos, o crédito para o povão ficou caríssimo e o dinheiro que girava a economia real, indústrias e comércio, irá ser esterelizado nas mãos dos bancos, que vivem da mentira de  escasses de dinheiro para cobrarem suas taxas.

    O Ministério da Fazenda, junto com o Banco Central, sabiam muito bem deste efeito recessivo do fim do pré-datado e sua substituição pelo cartão de crédito, mas fizeram vista grossa, a indústria e o comércio, por suas representações de classe também conheciam os efeitos adversos, mas os que podiam denunciar a recessão não o fizeram por motivos que me escapam.

    Dilma, revoaga a licença das operadoras de cartão no Brasil e assume esta operação no Tesouro Nacional, não existe motivo para que espertalhões lucrem com um imposto de captação sobre o povo e a nação sem contrapartida nenhuma.

    Dilma, acorda!

    Ps: perceberam que não existem mais amigos secretos nas empresas e similares.

    O Natal da moderação e das lembrancinhas

    O consumidor se mostra mais cauteloso e atento aos sinais de que 2014 não vai ser igual – nem tão fácil – quanto 2013

    por Claudio Carneiro

    Todo mundo sabe que o período das festas de fim do ano é a época mais esperada pelo comércio. Às vésperas do Natal, o comércio investe em luzes, vitrines, papai noéis, estoques e pessoal em busca do lucro. O consumo é o motor da economia neste período. Este fim de ano, no entanto, mostra um consumidor mais preocupado em guardar dinheiro e pagar suas contas do que em se endividar para presentear parentes e amigos.

    Sábia decisão do consumidor. Prevendo dias piores em 2014, ele já sinaliza que –se depender dele- as compras de Natal em 2013 não serão iguais às de 2012. Isso mesmo, pela primeira vez em muitos anos, as vendas podem retrair de um ano para outro.

    Os resultados do quesito especial da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas estão mais modestos este ano do que no ano passado. O levantamento mostra que o ânimo do consumidor para compras natalinas caiu 3,9% em relação a 2012, ao passar de 81,2 para 78 pontos.

    O estudo apresentado pela pesquisadora Viviane Seda Bittencourt, que busca mapear as expectativas do consumidor brasileiro em relação às compras de Natal, aponta os sintomas: crédito mais caro, inflação alta, expectativa de menor crescimento da massa salarial para 2014 e preocupação com o mercado de trabalho.

    O cenário é de queda e baixa confiança do consumidor influenciado pela preocupação com o ambiente econômico.Na comparação com 2012, a parcela dos consumidores que pretendem gastar menos com presentes diminuiu, ainda que modestamente, de 35,9% para 34,2%.

    Além dos efeitos reais da economia, ainda existe o efeito psicológico do cenário econômico. E parece que esse componente de incerteza esteve mais presente para os consumidores em 2013, afetando suas decisões, revela Viviane.

    Este será o Natal da moderação e das lembrancinhas.

  2. BC estende, com ajustes, programa de leilões de câmbio

    Banco Central do Brasil—18/12/2013 20:26
    Tendo em vista que a necessidade de proteção cambial (“hedge”) demandada pelos agentes econômicos vem sendo atendida pelo programa de leilões de swap e venda de dólares implementado pelo Banco Central do Brasil (BC), desde 22 de agosto de 2013, e ainda com o objetivo de continuar provendo “hedge” cambial e liquidez ao mercado de câmbio, o  BC comunica que, a partir de 2 de janeiro de 2014, estenderá o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, pelo menos até 30 de junho de 2014, nas seguintes condições:
    1 – haverá leilões de swap de segunda a sexta-feira, quando serão ofertados US$ 200 milhões por dia;
    2 – os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra serão realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio; e
    3 – sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá realizar operações adicionais de venda de dólares através dos instrumentos ao seu alcance.
     

    URL:
    http://www.bcb.gov.br/pt-br/Paginas/bc-estende-programa-de-leiloes-de-cambio.aspx

  3. “AI-5 foi luz verde para a tortura”
    Do Brasil de Fato: “AI-5 foi luz verde para a tortura” 

    45 anos depois, jornalista Cid Benjamin, autor do livro Gracias a la vida: Memórias de um militante, descreve o contexto e analisa as consequências do AI-5

     

    17/12/2013

    Vivian Virissimo,

     

    do Rio de Janeiro

    No dia 13 de dezembro, completou- se 45 anos de um dos capítulos mais sombrios da recente história do país: a edição do Ato Institucional número 5, o AI-5, que vigorou por uma década durante a ditadura militar.

    Para analisar o instrumento que deu amplos poderes aos militares, o Brasil de Fato entrevistou o jornalista Cid Benjamin, autor do livro Gracias a la vida: Memórias de um militante. Cid lutou contra a ditadura e foi barbaramente torturado enquanto esteve preso em 1970.

    Brasil de Fato – No livro, você fala que o AI-5 tornou a repressão escancarada. Onde você estava e como era o contexto da época quando esse ato passou a vigorar?

    Cid Benjamin – O AI-5 foi editado em dezembro de 1968. O endurecimento da ditadura era um processo que já se previa. Em um dado momento, foi votado na Câmara o pedido que a ditadura tinha feito para que houvesse licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves. Ele tinha feito um discurso bobo, perto do 7 de setembro, conclamando as mocinhas a não dançarem com os cadetes, por conta da ditadura militar. Como a Câmara não deu licença para que o deputado fosse processado, isso foi tomado como pretexto para a edição do AI- 5 que já vinha sendo preparado e aconteceria de qualquer forma. Eu estava na rua, semiclandestino, ainda não tinha começado a fazer ações armadas. Nossas primeiras ações foram em fevereiro do ano seguinte, mas já estava fazendo treinamento com armas quando houve a confirmação do AI-5. Não foi surpresa, era algo que já vinha se delineando, já era esperado esse fechamento maior da ditadura. Mas os termos não eram conhecidos.

    O que mudou com o AI-5?

    Diferentemente dos quatro atos anteriores, ele não tinha prazo para acabar. Os outros duravam 30, 60 dias etc. Eles permitiam uma série de medidas como a censura à imprensa, cassação de mandatos, demissão de funcionários públicos… Já o AI-5 ampliou o leque de arbitrariedades. Ele permitiu uma limpa no Judiciário, que até então estava sendo poupado, e proibiu a concessão de habeas corpus para acusados de crimes políticos. Isso significava, na verdade, a luz verde para a tortura. Porque a pessoa era presa e ficava incomunicável na mão dos carcereiros pelo tempo que eles quisessem. Quando fui preso, por exemplo, em abril de 1970, a minha prisão só foi legalizada 20 dias depois. Eu poderia ter morrido e desaparecido nesse período inicial de torturas e não havia nenhum registro oficial. Esse contexto permaneceu até o último dia do governo Geisel, 31 de setembro de 1978.

     

          O jornalista Cid em foto atual. Foto: Divulgação

    O que o AI-5 revela sobre governos militares?

    Ele instrumentalizou a ditadura para o ápice do autoritarismo. Ele deu todos os poderes. Nada poderia ser contestado. Como o Judiciário, a imprensa e o Congresso estavam cada vez mais castrados, o clima de medo se instituiu de forma muito grande. Qualquer denúncia de um vizinho, de um professor ou de um aluno poderia levar à prisão do denunciado com as consequências mais variadas. Garantias legais foram inteiramente suprimidas. Quando entrei pela primeira vez na principal sala de torturas

    do Doi-Codi no Rio, haviam dois cartazes rústicos, feitos a mão com os dizeres: “Aqui advogado só entra preso” e “Aqui é o lugar que filho chora e a mãe não vê”. As torturas que já aconteciam ganharam outro patamar. O AI-5 significou, entre outras coisas, o sinal verde para que a tortura se transformasse em uma política de Estado.

    Quarenta e cinco anos depois qual é a herança do AI-5 para a sociedade brasileira?

    É a pior possível. Regimes autoritários tendem a embrutecer o país. Em todos os sentidos, não só no plano intelectual, como no plano das relações sociais e políticas. Estou convencido de que se não tivesse havido o AI-5 e, portanto, a tortura não tivesse sido uma política de Estado desenvolvida tão amplamente, casos como o pedreiro Amarildo não acontecessem tanto no país.

    Você acha que a tendência é que a Comissão da Verdade seja encerrada sem ter acesso aos arquivos da ditadura?

    Acho um risco grave. Mas mesmo assim se pode avançar muito. Embora o avanço substancial fosse com o acesso a esses arquivos. Falta disposição para criar um barulho com as Forças Armadas. Afinal, a presidência da República é a comandante das Forças Armadas. Não vejo a presidenta peitando os militares e exigindo esses arquivos dando um soco na mesa.

    Foto: Reprodução

     

  4. Mandela, por Miguel Urbano Rodrigues:

     

    Africano, revolucionário, humanista

     

    A morte de Nelson Mandela comoveu a humanidade. A emoção se justifica

    18/12/2013

    Miguel Urbano Rodrigues

    A história registra poucos casos de uma fusão tão harmoniosa de um homem com as aspirações e o combate do seu povo pela liberdade e a independência. Mandela foi o iniciador e o guia da luta revolucionária dos negros sul-africanos contra a engrenagem monstruosa que os oprimia. A sua palavra e o seu exemplo foram decisivos para conduzir à vitória a luta de classes que tornou possível a  destruição do apartheid que durante décadas contou com a cumplicidade do imperialismo anglo-americano e o apoio de poderosas transnacionais mineiras.

    O seu gigantesco funeral e a atmosfera que o envolveu não surpreendem. Mas a unanimidade dos elogios ao homem e ao estadista não ajudam a compreender nem a sua personalidade, nem a sua complexa intervenção na História. O coro dos elogios agora entoado por aqueles que durante anos identificaram nele um perigoso terrorista quase abafou opiniões críticas sobre decisões polêmicas tomadas por Mandela quando assumiu a presidência.

    Mas para os historiadores essas críticas existiram e devem ser tema de reflexão. O herói quase mítico da independência tem sido censurado porque, eleito, não cumpriu parte do programa do Congresso Nacional Africano (CNA) . Críticas, a meu ver, improcedentes. Se Mandela tivesse levado avante a prometida Reforma Agrária, nomeadamente a expropriação dos grandes fazendeiros de origem europeia, proprietários das melhores terras do país, a esmagadora maioria dos 5 milhões de brancos teria abandonado massivamente a África do Sul num gigantesco êxodo. A economia do país teria ruído. É um fato que o rumo da África do Sul desiludiu os que esperavam que ela se encaminhasse para o socialismo. Essa era, porém, uma aspiração romântica apos a desagregação da URSS, num contexto histórico hegemonizado pelo imperialismo estadunidense.

    Transcorridos 18 anos sobre a vitória eleitoral do CNA e o fim do apartheid, a África do Sul continua a ser uma sociedade capitalista marcada por profundas e chocantes desigualdades. Nela se formou uma próspera arrogante e corrupta burguesia negra. Essa realidade facilita a compreensão dos entusiásticos elogios póstumos a Mandela vindos dos governantes e dirigentes políticos dos EUA e da União Europeia. A admiração que hoje manifestam pelo herói africano é tardia e profundamente hipócrita. Durante os 28 anos em que permaneceu no cárcere da Ilha de Robben apoiaram o apartheid e a repressão.

    É oportuno recordar que em 1987, quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução exigindo a libertação imediata de Mandela, somente três países votaram contra, Os EUA de Ronald Reagan, o Reino Unido de Thatcher e, para vergonha nossa, o Portugal de Cavaco Silva.

    Hoje, os sacerdotes do capital simulam esquecer que o humanista Mandela foi um revolucionário consequente, omitem que o Mandela dialogante não foi um Gandhi africano. Iluminam a imagem do estadista da concórdia entre negros  e brancos, mas ocultam a do defensor da luta armada contra o apartheid.

    Seria incômodo para Obama (que pronunciou em Joanesburgo um discurso farisaico) Cameron, Hollande e outros dirigentes imperialistas reconhecer que Mandela foi membro do Partido Comunista da África do Sul e, tal como Marx, não ignorava que a violência tem sido a parteira da história.

    A mídia do capital que enaltece em 2013 a grandeza do humanista Mandela apagou dos seus arquivos as fotos da visita que o apologista da luta armada contra o apartheid fez em l962 à Argélia de Bem Bella, do abraço fraterno a Fidel Castro e da solidariedade ao palestino Yasser Arafat e ao líbio Muamar Kadhafi .

    A grandeza de Nelson Mandela não é minimamente afetada por ter erigido a luta armada em pilar do seu combate contra a opressão racista. Essa opção é inseparável do seu humanismo revolucionário.

    Miguel Urbano Rodrigues é jornalista e escritor português.

     

  5. Novas políticas operacionais do BNDES

    —-BNDES PSI – O principal eixo do apoio do BNDES à realização de investimentos continua sendo o programa BNDES PSI, que foi renovado e teve seu prazo de validade ampliado até o final de 2014. As melhores taxas do programa continuam sendo para inovação, de 4% ao ano.
    A prioridade dada pelo programa às micro, pequenas e médias empresas fica clara nas condições oferecidas para a aquisição de máquinas e equipamentos: taxa de 4,5% e nível de participação de até 100%. Para grandes empresas, a taxa sobe para 6% e o nível de participação máximo é de 80%.—-

    Novas políticas operacionais do BNDES mantêm impulso ao investimento
    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)….18/12/2013

    • Mudanças devem estimular parceria com o mercado de crédito privado
    Veja aqui(pdf) apresentação do presidente Luciano Coutinho.


    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revisou as condições oferecidas em seus financiamentos. Combinadas com a renovação do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), as novas regras estão em linha com a principal diretriz do Banco, que é impulsionar o investimento, mas vão permitir que isso seja feito em sintonia com as prioridades do governo e de maneira mais simplificada e ágil.

    O BNDES redefiniu suas políticas operacionais, que são o conjunto de regras que regem as condições de apoio a projetos, tais como taxas de juros e nível de participação. O detalhamento completo das novas regras deve ser feito no início de janeiro.

    De maneira geral, os setores considerados mais prioritários contam com os menores custos financeiros e maior nível de participação do Banco. O BNDES também calibrou seu nível máximo de participação em financiamentos para fomentar o ingresso de outras fontes de recursos, ampliou o uso de recursos de mercado em seus financiamentos e abriu mais possibilidades de cofinanciamento de projetos com o sistema financeiro privado por meio de debêntures.
    Na área de infraestrutura, as melhores condições são oferecidas para infraestrutura logística e energética, com custos financeiros reduzidos e maior nível de participação. Condições similares estão disponíveis para as áreas de saneamento e mobilidade urbana, assim como para projetos de modernização da gestão pública.
    Na área industrial, as prioridades serão a produção de bens de capital, os setores intensivos em engenharia e conhecimento e a economia criativa. Além disso, terão prioridade ações na área de inovação, serviços técnicos e tecnológicos e operações de apoio à exportação. Projetos ligados a meio ambiente, inclusão produtiva e social e ações sociais de empresas também contam com as melhores condições oferecidas pelo Banco.

    Outro destaque das políticas operacionais é que os empreendedores poderão contar com condições mais favoráveis desde que adotem em seus projetos padrões de sustentabilidade (como certificações de eficiência energética) ou os empreendimentos sejam realizados em regiões menos desenvolvidas.
    Finalmente, as novas regras de financiamento ampliaram a prioridade dada pelo BNDES às micro, pequenas e médias empresas. Para as MPMEs, o nível máximo de participação do BNDES será sempre maior do que para as grandes empresas, podendo chegar a 90%, e até a 100% no BNDES PSI.

    BNDES PSI – O principal eixo do apoio do BNDES à realização de investimentos continua sendo o programa BNDES PSI, que foi renovado e teve seu prazo de validade ampliado até o final de 2014. As melhores taxas do programa continuam sendo para inovação, de 4% ao ano.
    A prioridade dada pelo programa às micro, pequenas e médias empresas fica clara nas condições oferecidas para a aquisição de máquinas e equipamentos: taxa de 4,5% e nível de participação de até 100%. Para grandes empresas, a taxa sobe para 6% e o nível de participação máximo é de 80%.

    Veja aqui(pdf) apresentação do presidente Luciano Coutinho.

    URL:

    http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_I

  6. Haddad e a emissora que recebeu R$ 900 mi do governo federal em

    Haddad e a emissora que recebeu R$ 900 mi do governo federal em 12 anos

    publicado em 17 de dezembro de 2013 às 21:08

    ENTREVISTA

    Com IPTU, Haddad descobre lado obscuro dos ‘donos da cidade’

    Prefeito relata declaração de guerra feita por dono de um grupo de comunicação por causa da cobrança progressiva do imposto

    por Redação RBA publicado 17/12/2013 12:55, última modificação 17/12/2013 15:14

    sugerido pelo Silvio Dutra, via Facebook

    ‘Recebi um telefonema de um dono de muitos meios de comunicação dizendo que não daria trégua à prefeitura’

    São Paulo – Fernando Haddad não precisou chegar ao fim de seu primeiro ano de mandato à frente da maior cidade do país para concluir que nem só de boas intenções e competência técnica se faz uma gestão. Queira ou não, o prefeito petista de São Paulo tem de conviver com estratégias jogadas em cenas obscuras protagonizadas por aqueles que se consideram donos de São Paulo.

    “Recebi um telefonema de um dono de muitos meios de comunicação dizendo que não daria trégua à prefeitura e que colocaria todos seus veículos contra o IPTU progressivo. Isso não me foi contado. Isso foi dito”, relata, durante uma conversa com jornalistas, realizada ontem (16) à noite na sede da administração municipal. O prefeito não revelou o nome do barão midiático que declarou guerra abertamente. Segundo o site Conversa Afiada, o empresário seria Johnny Saad, dono do Grupo Bandeirantes e “proprietário de muitos imóveis urbanos em São Paulo”.

    Questionado se já não sabia que seria assim, dado o histórico de governos do PT no Palácio do Planalto e na própria prefeitura, Haddad parece indicar que conhecia o problema, mas desconhecia seu tamanho, e admite a necessidade de repensar sua política de comunicação para evitar distorções.

    O caso do IPTU resume bem o problema. Após quatro anos sem reajuste, o prefeito conseguiu aprovar na Câmara Municipal um projeto de lei para aplicar um aumento maior nos bairros mais valorizados, e baixar o valor do tributo em regiões que gozam de menor infraestrutura urbana. Mas a medida se tornou impopular devido à dificuldade da gestão de explicar justamente isso à população e à resistência de parte da mídia tradicional, que, em parceria com a Fiesp e o PSDB, conseguiu que o Tribunal de Justiça concedesse liminar congelando a aplicação dos novos níveis de cobrança.

    A gestão promete apresentar recurso à decisão. “Quando discute IPTU progressivo, cobrando mais de quem pode mais, cobrando menos de quem pode menos, você está discutindo a fonte de financiamento de um Estado de bem-estar social que ainda está muito no começo no Brasil. Tem muito para avançar”, defende o prefeito, que parece manter uma característica que ajudou a levá-lo ao cargo: a clareza de ideias, a intenção de enxergar os macroproblemas a partir das microsituações, a transferência das ideias do acadêmico ao mundo da execução política e a consciência de que, na macropolítica, a filosofia de gestão é um espaço demarcado de disputa de projetos.

    “Está em discussão no Brasil o modelo de Estado que nós queremos. Queremos o Estado mínimo, acreditando que o mercado vai resolver os problemas da população mais pobre, ou queremos um Estado com protagonismo, que tenha condições de dar resposta às questões sociais?”

    Questionado se não gosta de fazer política, como se tem ouvido em bastidores até no meio petista, ele afirma que apenas vê sentido em que as pessoas se dediquem a algo voltado ao interesse comum, visão que tem de ser resgatada no país. Na conversa, Haddad volta a cravar que não tem problemas em sacrificar sua reeleição e reitera que entende a política como uma prática voltada à construção de soluções para o cidadão. Considera que o fundamental é pensar projetos de longo prazo e garantir a máxima execução possível nos quatro anos a que tem direito, sem que se deva preocupar se as futuras administrações darão sequência a isso ou não.

    Ao traçar um balanço da gestão, Haddad parece satisfeito com aquilo que prometeu pouco mais de um ano atrás: Bilhete Único Mensal e eficiência no transporte público, Arco do Futuro, revisão do Plano Diretor Estratégico, melhoria dos serviços de saúde. Se terá tempo para fazer tudo, não sabe, mas entende que uma região da cidade estará transformada rapidamente. “A zona leste vai mudar. Vou dar alguns exemplos. Ficando pronto o Rodoanel Leste, os caminhões saem da Jacu-Pêssego. A Jacu-Pêssego, juntando com o polo de Itaquera, é a zona incentivada da prefeitura. O que queremos é geração de emprego. Você vai ver uma grande transformação física. Conglomerados econômicos, dois ou três, vão investir ali para geração de emprego. Talvez tenhamos uns 100 mil empregos.”

    A principal fonte de preocupação do petista continua a ser a mesma, e nada indica que será outra quando encerrar o mandato: a baixa capacidade de investimento da prefeitura de São Paulo. R$ 18 bilhões de pagamento de precatórios, R$ 55 bilhões de dívida, R$ 2 bilhões a menos graças ao congelamento da tarifa de transporte público e R$ 1 bilhão da decisão judicial do IPTU somam um montante muito superior ao orçamento anual de R$ 40 bilhões. A esperança reside agora no sinal verde do Ministério da Fazenda para que o Senado vote a renegociação da dívida de estados e municípios com a União, o que, espera, virá até fevereiro.

    Na conversa, o prefeito afirmou ainda que a mudança de modelo de gestão das subprefeituras entra agora numa segunda etapa. Neste primeiro ano de mandato, Haddad apostou na desmilitarização das estruturas, legado de Gilberto Kassab (PSD). Agora, com a eleição dos integrantes dos conselhos participativos municipais, o petista imagina ser possível aproximar representantes populares eleitos da administração da cidade.

    Confira aqui trechos da entrevista conduzida por Eduardo Maretti, da RBA, Renato Rovai, da revista Fórum, Maria Inês Nassif, da Carta Maior, Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, e Eduardo Guimarães, doBlog da Cidadania.

    PS do Viomundo: Vamos pedir à Prefeitura — e também ao governo estadual paulista — a lista completa dos gastos com publicidade oficial em 2012. Os que pagam a conta certamente merecem saber.

    http://www.viomundo.com.br/politica/haddad-a-emissora-que-recebeu-r-900-mi-do-governo-federal-em-12-anos.html

  7. Elegia à autonomia

    Elegia à autonomia

    O Apanhador no Campo de Centeio mostra que, se o mundo perdeu o senso, o caminho errado pode ser o certo

    Por Roberto Taddei

    O Apanhador no Campo de Centeio é sucesso há seis décadas. O livro mais famoso de J.D. Salinger ultrapassou os 65 milhões de exemplares vendidos desde o seu lançamento, em 1951, e continua sendo passado de pais para filhos e entre amigos referendado como uma narrativa contemporânea de construção de identidade e defesa da liberdade.

    O livro conta a história do adolescente Holden Caulfield, estudante de classe média de 16 anos, reincidente na expulsão de escolas, às vésperas do feriado de Natal. Nele, Salinger reproduz com tanta eficiência o efeito da linguagem adolescente que a leitura sugere um livro de escrita fácil. No entanto, é preciso lembrar que levou dez anos para ficar pronto, que o livro tinha o dobro de páginas antes de sua versão final e que no meio do processo de escrita Salinger foi enviado ao front para lutar na Segunda Guerra Mundial. Além disso, apesar de seus 32 anos de idade à época do lançamento, vinha de uma carreira bem-sucedida na publicação de contos em revistas de peso como a New Yorker. O ­efeito coloquial, portanto, é intencional e revela um autor no controle do texto.

    Para notar como Salinger reforça o uso estilístico da linguagem adolescente, convém reparar nos encontros de Holden com outros personagens: com os de mesma idade, os diálogos são inconclusivos ou vagos; já com os professores e adultos, revelam personagens articulados e pensamentos elaborados que Holden supostamente não seria capaz de entender. Para reforçar esse contraste, Salinger cria um narrador que fala abertamente com o leitor e demonstra consciência sobre o próprio discurso.

    Holden está distante apenas alguns dias ou meses dos fatos ocorridos no livro quando decide escrever a obra. Não se distanciou o suficiente da história, não tem uma “moral” para revelar ao leitor. Ainda assim, quer narrar o acontecido. Mesmo que seja preciso avisar que, “para ser franco, não sei o que eu acho disso tudo”. Mais uma dica de que a forma de contar, aqui, é tão importante quanto a história que se conta. Vejamos alguns exemplos.

    No início do livro, o professor de História que o reprova, provocando a nova expulsão, diz: “A vida é um jogo, meu filho. A vida é um jogo que se tem de disputar de acordo com as regras”. Holden pensa, em silêncio: “Jogo uma ova. Bom jogo esse. Se a gente está do lado dos bacanas, aí sim é um jogo – concordo plenamente. Mas se a gente está do outro lado, onde não tem nenhum cobrão, então que jogo é esse? Qual jogo, que nada”. No entanto, ele apenas responde: “Sim, senhor, sei que é. Eu sei”.

    Em outro momento, pensa: “Sou o maior mentiroso do mundo. É bárbaro. Se vou até a esquina comprar uma revista e alguém me pergunta onde é que estou indo, sou capaz de dizer que vou a uma ópera”. Em todas as vezes que mente, porém, não há a intenção de enganar o leitor.

    É um Holden que se desespera contra o mundo o que vemos no início do livro. Chega a se identificar com Legião, o personagem do evangelho de Marcos (5:1-20) que cortava a própria carne com pedras e tinha esse nome “porque somos muitos”.

    Assim como na imagem bíblica, Holden procura compreensão e reconhecimento. Parece buscar o momento autêntico, a experiência significativa.

    Personagens previsíveis provocam ataques de raiva. Gestos de atenção esvaziados de significado o deprimem. Ele desconfia de ações controladas: “Se vejo um ator representando, mal consigo escutar direito. Fico preocupado, achando que ele vai fazer um troço cretino e falso a qualquer instante”.

    Holden não está em busca de respostas filosóficas ou de conforto espiritual. Procura apenas as experiências autênticas. Mas se deprime ao perceber que quase tudo ao seu redor – um universo que na sua expectativa adolescente deveria ser potencialmente pleno, intenso e autêntico – acaba se revelando contaminado por experiências falsas e controladas, cuja expressão maior é a indústria cinematográfica de Hollywood.

    “Você sabe o que eu quero ser?” Pergunta Holden à irmã, citando um poema de Robert Burns. “Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto – quer dizer, ninguém grande – a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o que que eu tenho de fazer? Tenho de agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está indo, eu tenho de aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo. Sei que é maluquice, mas é a única coisa que eu queria fazer.”

    Mas é Holden quem está caindo no precipício; o precipício da vida adulta. Um antigo professor dá o alerta: “Este é um tipo especial de queda. (…) A coisa toda se aplica aos homens que, num momento ou outro de suas vidas, procuram alguma coisa que seu próprio meio não lhes podia proporcionar. Por isso, abandonam a busca. Abandonam a busca antes mesmo de começá-la de verdade”.

    Após três dias de busca desesperada, Holden decide fugir de casa. Idealiza um futuro neutro em que não precisasse falar, quando se casaria com uma mulher também muda e teria filhos mudos; a esperança da vida plena se recolhe diante da incapacidade de articular o pensamento e vencer a inevitabilidade do mundo adulto.

    O mesmo professor provoca Holden a estudar. Os homens cultos, diz, “­tendem a se expressar com mais clareza e, geralmente, têm a paixão de desenvolver seu pensamento até o fim. E – o que é mais importante – na grande maioria dos casos têm mais humildade do que o pensador menos culto”.

    A deixa é simbólica. Holden não é capaz de organizar o pensamento a ponto de escapar do precipício para onde caminha, mas tem outro tipo de sabedoria que escapa ao professor: ele reconstrói narrativamente a experiência pela qual está passando. Aos poucos, percebemos que essa é a intenção de Salinger. Não quer apenas contar a história de um personagem adolescente que caminha para a vida adulta e desperdiça as lições e todos os bons conselhos de seus professores ao longo do caminho. Quer antes um livro sobre um personagem que mostra que nem todos os conselhos podem livrá-lo da inautenticidade do mundo contemporâneo. Os conselhos, afinal, reforçariam o mesmo arranjo mal construído das coisas e serviriam apenas como caminho de aceitação das falsidades do mundo.

    Holden é talvez um dos primeiros personagens da literatura norte-americana a mostrar que, se o mundo perdeu o senso, o caminho errado pode ser o certo. Não se trata de encontrar a teo­ria correta, a “moral da história”, mas sim de mostrar o que acontece com um personagem que decide viver com integridade, buscando autenticidade nas interações com o mundo.

    O Apanhador no Campo de Centeio é uma espécie de elegia à autonomia do indivíduo, à possibilidade de se viver com liberdade e o custo de se respeitar esse ideal. A causa não é nova e tem antepassados religiosos, sonhadores ou aventureiros de peso. Mas Holden é um dos primeiros a mostrar que errar, e errar sem juízo final, também pode ser um caminho.
    Publicado na edição 82, de dezembro de 2013

    http://www.cartanaescola.com.br/single/show/270/elegia-a-autonomia

    1. Mel Gibson

      Excelente post, Assis, me lembrou o filme com o Mel Gibson paranoico que defende a filha do sujeito que ele assassinou.

      Por outro lado, se o Salinger fosse mais esperto um pouquinho, quem sabe ele não responderia à questão filosófica: Você sabe o que eu quero ser? com a afirmação: Um exímio operador na Arte e na Técnica da Astrologia, Tarot e Geometria rsrsrs,,,

  8. O Brasil vai retaliar os EUA

    Brasil vai abrir consulta para preparar retaliação aos Estados Unidos no caso do algodão

    Mariana Branco
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aprovou hoje (18) a abertura de consulta sobre retaliação aos Estados Unidos pelo fato de o país ter suspendido os pagamentos mensais de indenização ao Brasil por subsídios ilegais concedidos ao algodão.

    Segundo nota divulgada pelo ministério, as consultas são um ato preparatório para uma eventual retaliação, que se daria no âmbito da propriedade intelectual. Ou seja, o Brasil, amparado pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), deixaria de pagar royalties de direito autoral aos Estados Unidos. 

    A abertura das consultas ocorrerá no dia 2 de janeiro e as partes interessadas poderão se pronunciar até o final do mês. A Camex determinou, ainda, a continuidade dos trabalhos, até 28 de fevereiro do próximo ano, de um grupo criado para identificar e formular propostas de retaliação.

    Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, que falou à imprensa ao sair da reunião da Camex , só haverá decisão final sobre a retaliação ao fim das atividades desse grupo. “É natural a demora [da decisão]. Não podemos retaliar sem ter todos os estudos em mãos”, declarou. 

    O contencioso do algodão durou quase oito anos e o valor da retaliação autorizado ao Brasil e determinado pelos árbitros da OMC foi o segundo maior da história. A OMC concedeu ao Brasil, em 2009, o direito de retaliar os Estados Unidos no valor total de US$ 829 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão).

    Em 2010, às vésperas do início da retaliação pelo Brasil, os EUA propuseram acordo provisório. Foi suspensa a aplicação da retaliação e o governo norte-americano passou a fazer pagamentos anuais de US$ 147,3 milhões ao Instituto Brasileiro do Algodão. Os repasses deveriam durar até a aprovação da nova lei agrícola dos EUA. No entanto, a legislação não foi aprovada e, em setembro deste ano, os norte-americanos suspenderam os pagamentos. 

    A suspensão dos pagamentos foi anunciada em agosto passado pelo secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, que justificou a decisão alegando os cortes automáticos de gastos no governo. Em outubro, o ministro da Agricultura brasileiro informou que o país enviaria, por meio do Itamaraty, comunicado aos Estados Unidos “demonstrando indignação” pelo fato de o país ter suspendido os pagamentos mensais ao Brasil.

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-18/brasil-vai-abrir-consulta-para-preparar-retaliacao-aos-estados-unidos-no-caso-do-algodao

  9. Em novembro, taxa de desocupação foi de 4,6%

    IBGE–Comunicação Social 19 de dezembro de 2013

    A taxa de desocupação em novembro de 2013 foi estimada em 4,6% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, diminuindo 0,6 ponto percentual em relação a outubro (5,2%), mas não apresentou variação estatística frente a novembro do ano passado (4,9%).

    A taxa de desocupação de novembro de 2013 (4,6%) atingiu o menor valor da série histórica da pesquisa que foi iniciada em março de 2002, percentual igual ao que foi verificado em dezembro de 2012. A população desocupada (1,1 milhão de pessoas) apresentou queda de 10,9% frente a outubro. Em relação a novembro do ano passado, essa população manteve comportamento estável. A população ocupada (23,3 milhões de pessoas) mostrou estabilidade em ambas as comparações. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,8 milhões) não se modificou frente a outubro e aumentou 3,1% em relação a novembro de 2012. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.965,20) foi 2,0% maior do que o apurado em outubro (R$ 1.927,48) e 3,0% em relação a novembro de 2012 (R$ 1.908,41). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 46,2 bilhões em novembro de 2013, crescendo 2,0% em relação a outubro último e 2,3% em relação a novembro do ano passado. Já a massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 46,2 bilhões em outubro último) subiu 2,1% frente a setembro de 2013 (R$ 45,3 bilhões) e 2,4% comparada a outubro de 2012 (R$ 45,1 bilhões). A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sua publicação completa pode ser acessada em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.

    Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação caiu 0,9 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo e manteve a estabilidade nas demais regiões pesquisadas.

    Em relação a novembro de 2012, a taxa aumentou 1,7 ponto percentual em Salvador (de 6,5% para 8,2%), em São Paulo caiu 0,8 ponto percentual (de 5,5% para 4,7%) e em Porto Alegre caiu 0,9 ponto percentual (de 3,5% para 2,6%). A taxa de desocupação em novembro de 2013 atingiu os menores valores da série em Porto Alegre (2,6%) e no Rio de Janeiro (3,8%). Em São Paulo (4,7%) também foi considerado o menor valor da série, repetindo a taxa estimada em dezembro de 2011.

    População ocupada ficou estável em todas as regiões investigadas

    Regionalmente, a análise mensal mostrou que de outubro para novembro de 2013, a população ocupada não assinalou variação estatisticamente significativa em nenhuma das regiões investigadas, mesmo comportamento foi observado na comparação com novembro do ano anterior.

    Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, para o conjunto das seis regiões, de outubro para novembro de 2013, não foi observada nenhuma variação significativa. Na comparação com novembro de 2012, ocorreu declínio nos Serviços domésticos (12,2%), na Indústria (3,9%) e estabilidade nos demais grupamentos.

    O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em novembro último em 54,2% para o total das seis regiões investigadas, mesmo percentual verificado em outubro. No confronto com novembro de 2012 (55,3%), esse indicador teve redução de 1,1 ponto percentual. Regionalmente, na comparação mensal o quadro foi de estabilidade e no confronto com novembro do ano passado, quatro regiões apresentaram queda: Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, de 1,3 ponto percentual, respectivamente, e Belo Horizonte de 1,2 ponto percentual.

    Rendimento cresceu em quatro regiões em relação a outubro de 2013

    Regionalmente, em relação a outubro último, o rendimento dos trabalhadores subiu nas Regiões Metropolitanas de Recife (4,8%), Rio de Janeiro (4,1%), Porto Alegre (1,8%) e São Paulo (1,5%). Apresentou retração em Salvador (2,6%) e ficou estável em Belo Horizonte. Na comparação com novembro de 2012, houve alta em Porto Alegre (8,9%), Rio de Janeiro (6,1%) e em São Paulo (3,1%). Declinou em Salvador (8,3%) e em Belo Horizonte (0,8%) e não variou em Recife.

    Quanto ao rendimento por grupamentos de atividade, a maior alta na comparação mensal foi na Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,7%) e a maior queda, na Construção (-1,4%). Na comparação anual, Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água teve a maior alta (9,7%).

    Já na classificação por categorias de posição na ocupação, em relação ao mês anterior o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido foi entre os trabalhadores por conta própria (3,8%). Na comparação anual, o maior aumento se deu entre os empregados sem carteira no setor privado (7,2%).

    Na tabela abaixo, as variações do rendimento domiciliar per capita nas seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE:

    Comunicação Social
    19 de dezembro de 2013

    URL:

    http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2552

  10. IPCA-15 de dezembro fica em 0,75% e IPCA-E fecha o ano em 5,85%

    IBGE–Comunicação Social 19 de dezembro de 2013
    —Em dezembro, o maior impacto individual foi exercido pelas passagens aéreas, cujo aumento de 20,15% gerou 0,11 ponto percentual de impacto. A gasolina veio em seguida, com preços 2,15% mais caros e impacto de 0,08 ponto percentual. Juntas, com 0,19 p.p., passagens aéreas e gasolina dominaram o índice do mês, respondendo por um quarto dele. Com isso, o grupo Transporte foi para 1,17%, após ter saído de novembro com 0,39%. Em dezembro, houve pressão, ainda, do etanol, com alta de 2,42%, e do item conserto de automóvel, que aumentou 1,06%. Mesmo com forte aceleração de novembro para dezembro, Transportes fechou o ano com 2,65%, a segunda menor posição nos resultados dos grupos, acima apenas de Comunicação, que ficou com variação anual de 1,63%, apesar dos serviços de telefonia com internet terem subido 4,39% de novembro para dezembro.

    IPCA-15 de dezembro fica em 0,75% e IPCA-E fecha o ano em 5,85%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,75% em dezembro e ficou 0,18 ponto percentual acima da taxa de 0,57% registrada em novembro. Com isso o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado, ficou em 1,81% no último trimestre e fechou o ano em 5,85%, acima do ano de 2012 (5,78%). Em dezembro de 2012, a taxa foi de 0,69%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

    A seguir, os resultados por grupos de produtos e serviços pesquisados:

    Em dezembro, o maior impacto individual foi exercido pelas passagens aéreas, cujo aumento de 20,15% gerou 0,11 ponto percentual de impacto. A gasolina veio em seguida, com preços 2,15% mais caros e impacto de 0,08 ponto percentual. Juntas, com 0,19 p.p., passagens aéreas e gasolina dominaram o índice do mês, respondendo por um quarto dele. Com isso, o grupo Transporte foi para 1,17%, após ter saído de novembro com 0,39%. Em dezembro, houve pressão, ainda, do etanol, com alta de 2,42%, e do item conserto de automóvel, que aumentou 1,06%. Mesmo com forte aceleração de novembro para dezembro, Transportes fechou o ano com 2,65%, a segunda menor posição nos resultados dos grupos, acima apenas de Comunicação, que ficou com variação anual de 1,63%, apesar dos serviços de telefonia com internet terem subido 4,39% de novembro para dezembro.

    O índice do mês também foi influenciado pelo item empregado doméstico, cuja variação foi de 0,86% e, junto com outros itens em alta, como excursão (9,39%), cigarro (2,47%), manicure (1,28%) e cabeleireiro (1,22%) levaram as Despesas Pessoais ao maior resultado de grupo, com 1,18% ante 0,68% registrado em novembro. Considerando o ano de 2013, as Despesas Pessoais também ficaram com o maior resultado, atingindo alta de 9,19%.

    Nas despesas com Habitação, que passou de 0,50% em novembro para 0,59% em dezembro, os destaques ficaram com os itens aluguel (0,75%), energia elétrica (0,63%), condomínio (0,60%), gás de botijão (0,57%) e taxa de água e esgoto (0,42%). Assim, o ano fechou com o grupo em 3,28%, abaixo, portanto, do índice geral, embora o aluguel, que aumentou 12,01%, seja destaque por ter exercido o principal impacto no ano, 0,45 ponto percentual. Isso ocorreu porque, em contraposição, a energia elétrica, cujas contas ficaram 15,74% mais baratas, constituiu-se no mais forte impacto para baixo, com -0,53 ponto percentual.

    De novembro para dezembro, além dos grupos anteriores, Saúde e Cuidados Pessoais mostrou aceleração na taxa, indo de 0,39% para 0,46%, situando-se em 7,08% no ano.

    Enquanto isto, os Artigos de Residência apresentaram taxas próximas, com 0,55% em novembro e 0,57% em dezembro, fechando com 6,24%, ao passo que os demais três grupos recuaram em relação ao mês anterior. Foram eles: Vestuário (de 0,96% para 0,78%), Alimentação e Bebidas (de 0,84% para 0,59%) e Educação (de 0,09% para zero), fechando o ano, respectivamente, com 5,36%, 8,50% e 7,90%.

    Com relação aos alimentos, alguns se mostraram mais baratos de novembro para dezembro, a exemplo do feijão carioca (-8,83%), óleo de soja (-1,42%) e leite longa vida (-2,84%), este o principal impacto para baixo no mês, com -0,03 ponto percentual. Considerando o ano, óleo de soja (-18,11%) e o feijão carioca (-12,07%) fecharam em queda também, incluindo produtos como açúcar refinado (-14,60%) e arroz (-5,40%). Outros itens se destacaram do lado das altas, a exemplo do leite longa vida (21,69%), pão francês (15,04%), lanche (12,69%) e refeição fora de casa (9,19%).

    Dentre os índices regionais, o maior foi o registrado em Fortaleza (1,01%), onde os preços dos alimentos subiram 1,04%, bem acima da média de 0,59%, que considera todas as regiões pesquisadas. Já o mais baixo ocorreu em Goiânia (0,64%), onde os alimentos (0,19%), ao contrário, ficaram abaixo da média nacional.

    Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de novembro a 12 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 11 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.

    Comunicação Social

    19 de dezembro de 2013

    URL:

    http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2551

  11. Franco, no pré-sal, tem potencial igual a Libra

     

    Autor: Sabrina Vatte

    O Estado de S. Paulo – 19/12/2013

    A Petrobrás vai declarar nas próximas duas semanas a comercialidade do que pode ser seu maior campo de petróleo explorado individualmente. O secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, confirmou que a área de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, tem potencial igual ou quase tão bom quanto o pros-pecto vizinho de Libra, o maior já descoberto no País e que foi leiloado em novembro com estimativa de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo.

    Segundo Almeida, a Petrobrás deve declarar ainda neste mês como comercial para exploração, além de Franco, também a área de Sul de Tupi. As duas áreas estão entre as seis repassadas à Petrobrás em 2010 pela União, em troca de ações da companhia, durante a mega capitalização de R$ 120 bilhões. Ficam na chamada área da cessão onerosa.

    A Petrobrás tem direito de explorar 5 bilhões de barris nas seis áreas, mas apenas Franco deve mostrar mais do que isso. A Petrobrás está em renegociação do contrato com o governo, o que inclui o preço do barril acordado, as áreas onde haverá produção e os porcentuais de conteúdo local exigidos.

    Segundo fontes ouvidos pelo Broadcasty serviço em tempo real da Agência Estado, a Petrobrás quer reduzir as exigências de conteúdo local, de forma a não retardar a exploração por causa das limitações da indústria nacional. A negociação está em andamento e ganhará mais exposição depois que a Petrobrás revelar o volume que espera produzir em Franco. Ao contrário de Libra, onde a Petrobrás terá 40% e dividirá o pros-pecto com sócios, Franco será desenvolvida com exclusividade pela Petrobrás.

    Metas. O desafio da indústria nacional para acompanhar o crescimento da demanda por causa de descobertas de petróleo feitas nos últimos anos foi um dos principais assuntos levantados durante evento de 10 anos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).

    A presidente da Petrobrás, Graça Foster, defendeu em seu discurso metas que sejam competitivas e sigam parâmetros internacionais. Já Almeida disse que a indústria nacional precisa de metas de conteúdo local para se tornar competitiva. “A indústria brasileira vai ser competitiva se comprarmos da indústria brasileira”, disse.

    Segundo ele, o ritmo de oferta de blocos de petróleo no pré-sal dependerá da capacidade da indústria nacional de atender à demanda. Para Almeida, ainda neste ano deve ser aprovada a contratação de um estudo para avaliar a capacidade da indústria e o ritmo de oferta das áreas do pré-sal para leilão.

     

  12. O Brasil não cabe na agenda de Aécio Neves

    Carta Maior

     

    18/12/2013 

    O Brasil não cabe na agenda de Aécio Neves

    Em oito mil e 17 palavras, a agenda eleitoral do presidenciável Aécio Neves não menciona uma única vez o trunfo que mudou o perfil geopolítico do país: pré-sal

    por: Saul Leblon

     

    Arquivo
     

     

    Pode-se discordar – por razões ideológicas – da regulação soberana instituída em dezembro de 2010 para a exploração do pré-sal.

    Pode-se conceber, não sem razão, que a energia fóssil é uma fonte crepuscular de abastecimento da civilização.

    Da transição dessa dependência para uma matriz menos poluente depende uma parte importante  do futuro da sociedade humana.

    Pode-se associar as duas coisas e disso extrair uma visão estratégica do passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.

    Mas, objetivamente, nenhuma agenda relevante de debate sobre os desafios brasileiros pode negligenciar aquela que  é a principal fronteira crível do seu desenvolvimento  nas próximas décadas.

    Foi exatamente esse sugestivo lapso que cometeu um dos candidatos a candidato do dinheiro grosso em 2014.

    O pré-sal brasileiro, a maior descoberta de petróleo registrada no planeta neste século, não cabe na agenda eleitoral de Aécio Neves, divulgada com o alarido previsível nesta 3ª feira.

    Em oito mil e 17 palavras encadeadas em um jorro espumoso do qual se extrai ralo sumo, o presidenciável do PSDB não menciona uma única vez –repita-se-, uma única vez–   o trunfo que mudou o perfil geopolítico do país: o pré-sal. Não é um simples tropeço da memória.A mais concreta possibilidade de emancipação econômica do país, não se encaixa na concepção de futuro do conservadorismo.

    Em outras palavras: a omissão  fala mais do que consegue esconder.

    O pré-sal, sobretudo, avulta como o fiador das linhas de resistência do governo em trazer a crise   global para dentro do Brasil, como anseia o conservadorismo.

    Um dado resume todos os demais: estima-se em algo como 60 bilhões de barris os depósitos acumulados na plataforma oceânica. A US$ 100 o barril, basta fazer as contas para concluir:  o Brasil não quebra porque passou a dispor de um cinturão financeiro altamente líquido expresso em uma fonte de riqueza sobre a qual o Estado detém controle soberano.

    A agenda mercadista não disfarça o mal estar diante dessa blindagem, que  esfarela a credibilidade do seu diagnóstico de um Brasil aos cacos.

    Seu diagnóstico e a purga curativa preconizada a partir dele são incompatíveis com a existência desse  incômodo cinturão estratégico.

    Ao abstrair o pré-sal  em  oito mil e 17 palavras a agenda tucana mais se assemelha a uma viagem de férias à Disneylândia do imaginário conservador, do que à análise do Brasil realmente existente –com seus gargalos e trunfos.

    Fatos: desde o início da crise mundial, em 2007, o Brasil  criou 10 milhões de novos empregos.

    Para efeito de comparação, a União Europeia  fechou 30 milhões de vagas no mesmo período.

    E condenou outros tantos milhões de jovens ao limbo, negando-lhes a oportunidade de uma primeira inserção no mercado de trabalho.

    A Espanha, a título de  exemplo, fez e faz, desde 2007, aquilo que o conservadorismo apregoa como panacéia para os males do Brasil hoje.

    Com que desdobramentos palpáveis?

     ‘A Espanha levará 20 anos para recuperar os 3 milhões de empregos perdidos durante a crise global iniciada em 2008. A economia espanhola só conseguirá alcançar a taxa de desemprego de 6,8% – média na zona do euro, à exceção dos países do sul do continente–  a partir de 2033’ (PricewaterhouseCoopers (PwC); estudo  divulgado pela consultoria nesta terça-feira, 3/12).

    A ênfase sobressaltada  e seletiva da  agenda tucana, insista-se, não decorre de escorregões da lógica.

    Ela atende a interesses de bolso, ideologia e palanque.

    A prostração inoculada diuturnamente pelo noticiário econômico  é um dente dessa engrenagem, não um recorte isento do país.

    A escolha menospreza singularidades que podem subverter a dinâmica da crise, entre elas a maior de todas: o impulso industrializante  representado pelo pré-sal, uma oportunidade ímpar –talvez a última da história–  de regenerar uma base fabril asfixiada  por décadas de esmagamento cambial e competitivo.

    Só se concebe desdenhar dessa fresta –como faz a agenda do PSDB— se a concepção de país aí embutida menosprezar o papel de um parque manufatureiro  próprio.

    Mais que isso:  se a alavanca acalentada para devolver dinamismo à economia for o chamado ‘choque de competitividade’,  tão a gosto da Casa das Garças tucana.

    Do que consta?

    Daquilo que a emissão conservadora embarcada na mesma agenda alardeia dia sim, o outro também.

    Uma abrupta redução de tarifas que mataria um punhado de coelhos ao mesmo tempo: dizimaria o parque industrial ‘ineficiente’ –como fez Pinochet no Chile; como fizeram Ernesto  Zedillo e Vicente Fox no México, com as maquiladoras; reduziria de imediato a inflação e despejaria boa parcela do operariado industrial na rua, barateando o ‘custo Brasil’ e aleijando os sindicatos e o PT.

    É esse o recheio que pulsa  na omissão ao pré-sal na agenda tucana.

    O velho  recheio  feito de ingredientes tão excludentes que se recomenda dissimular em um texto eleitoral propagandístico: ajuste fiscal drástico; ampla abertura comercial;  livre movimento de capitais; intensa privatização das empresas estatais (quando Aécio fala em ‘estatizar’ a Petrobrás é a novilíngua, em ação beligerante contra o PT);  eliminação dos subsídios e incentivos a diferentes segmentos produtivos; cortes de direitos trabalhistas e de poder aquisitivo real dos salários.

    Ou seja, o ideário neoliberal que jogou o planeta na crise na qual se arrasta há cinco anos.

    Por último, ressuscitar o espírito  da Alca e atrelar a diplomacia do Itamaraty  aos interesses  norte-americanos.

    Reconheça-se, não é fácil pavimentar o percurso oposto, como vem tentando o Brasil desde 2008.

    O dinamismo industrial  que o Brasil perdeu nas últimas décadas, por exemplo –sob cerco da importação barata da Ásia e do Real valorizado–   teria que ser substituído por um gigantesco esforço de inovação e redesenho fabril, a um custo que uma nação em desenvolvimento dificilmente poderia arcar.

    O atraso da inserção brasileira nas grandes cadeias globais de fornecimento e tecnologia seria praticamente  irreparável.Exceto se tivesse em seu horizonte a exploração soberana, e o refino, das maiores jazidas de petróleo descobertas no século 21.
     
    Que a maior fábrica farão do país o maior fabricante  de plataformas de petróleo do século XXI. E que já erguem na ilha do Fundão , na Universidade Federal do RJ, um dos maiores centros de pesquisa tecnológica do planeta associado à energia.

    É esse bilhete premiado que a agenda de Aécio omite olimpicamente: o trunfo que avaliza a possibilidade da reindustrialização como resposta brasileira à crise.

    O pré-sal não é uma panacéia, mas uma realidade.

    Que já  produz  400 mil barris/dia.

    Em quatro anos, a Petrobras estará extraindo 1 milhão de barris/dia da Bacia de Campos.

    Em menos de sete anos serão 2,1 milhões de barris/dia.

    Praticamente dobrando da produção atual.

    Isso mudou o tamanho geopolítico do Brasil.

    E pode mudar o destino do seu desenvolvimento.

    Não é uma certeza, mas uma possibilidade histórica.

    Os efeitos virtuosos desse salto no conjunto da economia brasileira exigem uma costura de determinação política.

    Que a agenda eleitoral do PSDB omite, renega e descarta.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/O-Brasil-nao-cabe-na-agenda-de-Aecio-Neves/29840

     

  13. Marco Aurélio será relator do inquérito do cartel da CPTM

    http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-12-19/marco-aurelio-mello-sera-relator-de-inquerito-sobre-cartel-de-trens-em-sao-paulo.html

    O inquérito sobre o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo foi redistribuído para o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 12 de dezembro, o processo foi remetido da Justiça Federal ao STF e a relatoria ficou com a ministra Rosa Weber. No entanto, a ministra rejeitou o processo.

    Leia mais, no link

    No blog do PHA, o Burburinho previa pressões sobre Rosa Weber.

    http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/12/15/trensalao-tucano-globo-pressiona-rosa-weber/

  14. Lindberg Farias ajuda a enterrar projeto que criminalizava homof

    publicado em 19 de dezembro de 2013 às 17:38

    HOMOFOBIA

    18/DEC/2013 ÀS 17:45

    Silas Malafaia celebra sepultamento do PLC 122

    do Pragmatismo Político

    Após o apensamento do projeto de lei 122/2006 ao projeto do Novo Código Penal por parte dos senadores, o consenso geral entre favoráveis e contrários é de que a proposta da ex-deputada federal Iara Bernardi [Nota do Viomundo: Leitor informa que ela ainda é deputada] foi “sepultada”.

    Através do Twitter, o pastor Silas Malafaia – um dos líderes evangélicos que mais se opôs ao PL 122 – comemorou abertamente a conquista e agradeceu o empenho dos parlamentares da bancada evangélica, como o senador Magno Malta (PR-ES), que influenciou a tomada de decisões dos demais parlamentares.

    “PLC 122 acaba de ser enterrado no Senado. A Deus seja a glória. Parabéns aos senadores Renan Calheiros, Magno Malta, Lindberg Farias e outros. Não adianta chorar ou xingar o PLC 122 foi para o ‘espaço’. Nada de privilégios para ninguém. Homo, hetero, religioso ou não, lei é pra todos […] Vitória do povo de Deus que esta aprendendo a usar os direitos da cidadania.Valeu o bombardeio de emails para os senadores. Ainda tem mais […] 7 anos de lutas incluindo processos, calúnias, difamação e etc. Vitória da família, bons costumes e da criação pela qual Deus fez o homem. Ainda tem muita coisa que precisamos estar atentos. São mais de 800 projetos no Congresso para destruir os valores cristãos. Não vão nos calar”, escreveu o pastor em seu perfil.

    O “sepultamento” do PL 122 se deu através de um requerimento apresentado pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), que diante da falta de consenso a respeito do projeto, propôs que o debate sobre as propostas do texto fossem incluídas nas discussões do Novo Código Penal, que o Senado vem elaborando com a consultoria de juristas renomados.

    Entretanto, as propostas mais radicais do PL 122, que eram consideradas privilégios aos ativistas gays – tiveram um destino definitivo com a aprovação de um requerimento de Magno Malta que exclui os termos “gênero”, “identidade de gênero”, “identidade sexual” ou “orientação sexual” do Novo Código Penal e dos parágrafos relativos ao preconceito.

    No Twitter, o ativista gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) queixou-se do final que o PL 122 teve no Senado, e atacou as lideranças evangélicas que lutaram pela reprovação do projeto enquanto ele tramitou.

    “Lamento a aprovação do requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) que apensa o PLC 122 ao projeto de reforma do Código Penal. Apesar do pedido de votação nominal feito pelos senadores Suplicy e Randolfe, não foi suficiente para superar os votos favoráveis. Na prática, isto significa o enterro definitivo de uma luta de 12 anos desde que o PLC 122 começou a tramitar no Congresso. As minhas críticas e questionamentos ao PLC são públicas, mas sempre defendi sua aprovação, mesmo achando necessário um debate mais amplo. Defendo porque a derrota desse projeto seria uma vitória do preconceito e dos discursos de ódio. Contudo, infelizmente, o que aconteceu hoje é o final de uma ‘crônica de uma morte anunciada’. Longe de promover um debate sério, a bancada governista cedeu à chantagem dos fundamentalistas, como o gov. Dilma tem feito desde o início. Cada novo substitutivo do projeto, cada nova alteração, cada novo adiamento significou um retrocesso. Foi tanto o que cederam (para garantir o ‘direito’ dos fundamentalistas a pregar o ódio) que do PLC-122 original só restava o título. E foi esse título que enterraram hoje!”, disse Wyllys.

    O deputado afirmou que, na Câmara, tentará mudar o texto do Novo Código Penal para incluir novamente as propostas “sepultadas” com o PL 122 e com o requerimento de Magno Malta: “A comissão responsável pelo projeto do Código Penal aprovou o relatório do senador Pedro Taques, relatório que exclui as referências a “gênero”, “identidade de gênero”, “identidade sexual” ou “orientação sexual”, acatando as emendas de Magno Malta, senador publicamente conhecido por se opor ao reconhecimento da cidadania para a população LGBT. Estamos atentos e alertas para quando o projeto do Código Penal chegar à Câmara, já estudamos a apresentação de uma proposta mais ampla. Proposta esta que enfrente de maneira sistêmica os crimes discriminatórios! Proposta esta que garanta políticas públicas e ferramentas legais de proteção contra todas as formas de discriminação! Proposta esta que também promova a educação para o respeito à diversidade!”, escreveu o deputado federal.

    A lista

    O apensamento do PL 122 ao projeto do Novo Código Penal não foi aprovado por unanimidade. O então relator do projeto na Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS) emitiu parecer contrário à proposta de Eduardo Lopes, e pediu votação nominal como forma de pressionar os colegas a votarem contra.

    No entanto, a proposta do senador Eduardo Lopes foi aprovada por 29 votos favoráveis, 12 contrários e 2 abstenções – entre elas, a do senador Walter Pinheiro (PT-BA), evangélico, e apontado por Jean Wyllys como um dos que mobilizaram grande influência contra o PL 122.

    PS do Viomundo: Os senadores Walter Pinheiro (PT-BA)  e Aécio Neves (PSDB-MG) teriam se retirado do plenário na hora da votação.

     

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