Com o caso Santiago, Freixo deveria aprender: o jogo é a vera -

Todos os santos, elfos, anjos, entidades, etc, que tem a propriedade de intermediar nossos anseios aos diretores, sabem de cabo a rabo o estatuto para não cairmos na danação. Suas réguas são precisas, mais do que milimétricas. Obviamente que em ocasião de conflito há de se existir uma régua mestra onde os pecados possam ser comparados e assim gerar o fato solucionador: punição. Certa vez, o filósofo Nitchsze escreveu que ambas as ações do ser humano, a má e a boa, tem medo da luz. A primeira tem medo da luz porque com ela vem o castigo, e assim a dor. A segunda porque, com a luz, vem a vaidade, as dúvidas sobre as reais boas intenções. Nesse Brasil atual, compartilhado por grupos ostentando réguas tão dissimilares para a medição dos pecados alheios, todas as ações humanas estão se tornando alvo de questionamento tão logo a luz incida sobre elas. Estamos acompanhando o desenrolar da morte do cinegrafista Santiago, e as acusações contra Marcelo Freixo. Tão prontamente ele fora acusado, seus simpatizantes puseram-se à defende-lo. Atitude louvável em tempos de assassinato de reputações antes do devido tempo para investigar. Freixo sente na pele que não há como escapar da luz no jogo a vera, intensificada pelos tempos de internet. A mesma luz que hoje faz Freixo estar no olho do furacão, já incidiu e ainda incide sobre os principais atores do jogo político brasileiro. Ele e seus simpatizantes deveriam agora refletir sobre como as réguas atuaram para medir as ações de grupos os quais eles não tem ligação e afinidade política. E ainda, lembrar de como usaram suas réguas para o juízo de valor, seja publica ou privadamente. Perceberá a chamada esquerda ingênua, que as réguas estão aí e não existe lugar seguro contra a luz em um país tão compartimentalizado ideologicamente. O PT já fora como o PSOL, muitos dizem com nostalgia. O problema é quando sobrevém a luz, coisa que só acontece com que se torna de fato homem público, independente de que lado do espectro estiver.