Como seria um governo Michel Temer?

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “Uma ponte para o futuro” é a proposta de mudanças econômicas e políticas defendidas por Michel Temer e pelo PMDB para o Brasil. Entre as medidas, mudar a Constituição brasileira para que ela não obrigue os gastos com saúde e educação, o fim de todas as indexações, incluindo os de salário mínimo e previdência social, fazer uma reforma na previdência que garanta o trabalho até não menos que 65 para homens e 60 para mulheres, a independência do Brasil frente ao Mercosul para negociar com Estados Unidos, Europa e Ásia e a liberação do mercado e privatização do que for necessário. Todos esses pontos estão na cartilha do PMDB para a gestão do país.
 
O arquivo gravado no próprio site do PMDB como “Release Temer”, ainda que sem a assinatura do atual vice-presidente, foi defendido por ele em viagens por todo o país, desde o último ano, divulgando a proposta sob o lema de “pacificação” e “unificação”, termos de fácil compreensão e adesão popular, antes de seguir os discursos propondo o fim de um “Estado mínimo ou máximo” e o início do que ele chama de um “Estado eficiente”. 
 
O documento é uma crítica direta à gestão do PT de programas sociais. A “ponte para o futuro” afirma que o governo cometeu “excessos”, ao “criar novos programas” e ao “ampliar os antigos”, ou mesmo admitindo novos servidores ou assumindo investimentos acima da capacidade fiscal da União.
 
Se, por um lado, Temer apresenta-se publicamente como um defensor da Constituição, por outro, ele contraditoriamente propõe a mudança de legislações que garantem direitos em forma de “despesas constitucionais obrigatórias”, como a saúde e a educação. 
 
 
A cartilha é um resumo do que é a proposta política do governo Michel Temer.
 
O documento inicia admitindo que vai “submeter” a população brasileira “a um novo e decisivo teste”. Após apresentar um cenário de crise econômica que vive o país, o PMDB volta à questão de que não adianta os avanços sociais, garantias de empregos e outros benefícios para o país se o Estado não for “funcional”, ou seja, não poder pagar por esses investimentos. Na visão do partido, para que o governo seja “funcional”, “ele deve distribuir os incentivos corretos para a iniciativa privada”.
 
A gestão de um governante, continua o documento, ocorre por meio “dos tributos, dos gastos públicos e das regras que emite”. Em outras palavras, o partido impõe que para superar a crise econômica, são necessárias mudanças na questão fiscal, nos investimentos públicos e na legislação do país, que é a Constituição brasileira de 1988.
 
 
Questão Fiscal
 
A solução para a crise fiscal, com o aumento da inflação, juros e impostos elevados, pressão cambial e retração do investimento privado é, segundo a cartilha de Temer, “muito dura para o conjunto da população, que terá que conter medidas de emergência, mas principalmente reformas estruturais”. 
 
Nesse ponto, o vice-presidente destaca qual será o papel de Eduardo Cunha e de Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, em seu possível governo. “Para superá-la [a crise] será necessário um amplo esforço legislativo”, aponta.
 
 
Saúde, Educação e Serviços Sociais
 
Em seguida, o documento de Michel Temer afirma que “a situação hoje poderia certamente estar menos crítica”, não fossem os “excessos” do Governo Federal com a criação e ampliação de programas sociais e que a gestão de Dilma Rousseff não tem “comedimento e responsabilidade”.
 
Sobre os impostos, Temer não acredita que a saída seja “taxar mais as famílias e as empresas”. Mas na alteração de “despesas públicas primárias” que têm “crescido sistematicamente acima do PIB” desde a Constituição de 1988 – a saúde, a educação e a assistência social, que aponta como “escolha política correta”, mas “difícil” de administrar, contribuindo “para a desastrosa situação em que hoje vivemos”.
 
“O crescimento automático das despesas não pode continuar entronizado na lei e na Constituição”, justifica Temer. Somado aos itens saúde, educação e assistência social, o PMDB também aponta a previdência social como problemas “estruturais e de longo prazo”, sendo “os principais ingredientes da crise fiscal”.
 
 
Os direitos trabalhistas e sociais estão garantidos pela nossa Constituição. É ela que assegura que, independentemente da política econômica, não haja retrocessos básicos, como direito à moradia, saúde e educação. Por isso, a solução de um governo Temer é que, “na ausência de uma ação forte e articulada, que conduza a um conjunto de reformas nas leis e na constituição, a crise fiscal não será resolvida e, ao contrário, tende a tornar-se cada vez mais grave”.
 
Em seguida, o PMDB faz uma referência direta às chamadas “pedaladas fiscais”, que foram as dívidas criadas pela União com bancos públicos para não interromper o pagamento de programas como o Minha Casa, Minha Vida:
 
 
O protagonismo do Congresso e o fim do salário mínimo
 
Nesse ponto, Temer recupera a necessidade de “autonomia” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para aprovar o orçamento da União, “sem ressalvas arbitrárias”. Em outras palavras, Eduardo Cunha e Renan Calheiros atuariam como um braço do Executivo, definindo “os reajustes que serão concedidos”, mas sem a limitação de “indexações, seja para salários, benefícios previdenciários e tudo o mais”.
 
Para justificar a medida, assim explica o documento de Temer:
 
 
“Em contrapartida a este novo regime, novas legislações procurarão exterminar de vez os resíduos de indexação de contratos no mundo privado e no setor financeiro”, ainda segue o arquivo.
 
Junto a esse protagonismo do Congresso, será estabelecido um “orçamento com base zero”, que “significa que a cada ano todos os programas estatais serão avaliados por um comitê independente, que poderá sugerir a continuação ou o fim do programa, de acordo com os seus custos e benefícios”. A explicação é a que segue:
 
 
Aposentadoria
 
Além de acabar com os indexadores, como o fim do salário mínimo, que na visão de Temer “não é um indexador de rendas, mas um instrumento próprio do mercado de trabalho”, a “solução” para o problema da previdência nas contas públicas é “simples”, aponta o artigo, e tem relação com dados demográficos:
 
 
Dívida Pública, Privatizações e Mercado Livre
 
Após apresentar dados da dívida pública brasileira e os juros que atingem o país, a cartilha do PMDB aponta a necessidade de uma reforma fiscal. Para isso, “nas atuais circunstâncias seria imprudente alterar as regras de gestão da dívida pública”, apesar de que “este não pode deixar de ser um objetivo de médio prazo”. 
 
Segundo a proposta defendida por Michel Temer, a saída agora seria atuar em três bases: “Para o Brasil, o tripé de qualquer ajuste duradouro consiste na redução estrutural das despesas públicas, na diminuição do custo da dívida pública e no crescimento do PIB”.
 
“Mas, voltar a crescer não é um processo automático nem depende apenas de um gesto de vontade. Nos últimos anos o crescimento foi movido por ganhos extraordinários do setor externo e o aumento do consumo das famílias, alimentado pelo crescimento da renda pessoal e pela expansão do crédito ao consumo”, mas, apontam os peemedebista, “esses motores esgotaram-se e um novo ciclo de crescimento deverá apoiar-se no investimento privado e nos ganhos de competitividade do setor externo, tanto do agronegócio, quanto do setor industrial”, acreditam.
 
De forma objetiva, o modelo é:
 
 
Após o investimento nas privatizações generalizadas, o PMDB propõe que o Brasil coopere com a abertura dos mercados externos, investindo no “setor produtivo mais competitivo”, como o agronegócio e o setor industrial. E finalizou:
 
 
“Faremos esse programa em nome da paz, da harmonia e da esperança, que ainda resta
entre nós”, disse a cartilha de Temer, convidando “a nação a integrar-se a esse sonho de unidade”.
 
Leia, abaixo, o documento na íntegra.
 
Leia também: O xadrez do nó econômico com Michel Temer, por Luis Nassif
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

46 Comentários

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  1. Michel Temer não foi eleito

    Michel Temer não foi eleito Presidente pelo povo brasileiro.

    Ele chegará ao poder através de um golpe de estado.

    O vicio na origem de seu poder impede que ele constitua um “governo”.

    De fato, Temer será apenas um “tirano”.

    E a esquerda cometerá um erro crasso se referindo ao “governo Temer” ao invez de usar a expressão correta “tirania Temer”.

  2. “Sonho de unidade”

    “Sonho de unidade” da plutocracia. Só haveria unidade em torno deste “programa” se todos os brasileiros que não são plutocratas fossem totalmente ignorantes, o que não é o caso. Quem não é plutocrata será altamente lesado, no caso de sua implementação.

  3. e a culpa é do…

    …pobre. Como sempre os discursos estouram na costa do mais pobre. Ajuda-los significa desperdício, pois onera o mercado que não pode sofrer danos em sua pretensão financeira. Mas o mais engraçado é que tanto no comunismo como no capitalismo ( sim , voltou-se a este tema sem a menor necessidade) hoje representado pela esquerda moderada e pelo neoliberalismo raivoso, o objetivo final é o mesmo: O fim do Estado, seja por uma evolução social que dispensa a sua existência ( comunismo) ou por uma invencível ojeriza a ele ( neoliberalismo).

  4. Exageraram nas tramóias

    Exageraram nas tramóias golpistas,  que não cessam e estão cada vez mais escancaradas, sem qq pudor. O espetáculo absurdamente grotesco da votação na Câmara envergonhou, assustou. E os problemas decorrentes desse porre de insensatez, de vilania já começam a incomodar o tal novo governo. Dois nomes de mercado recusaram o convite para compor a equipe econômica,  alegando que um governo sem voto não tem força para aprovar as reformas necessárias. É óbvio que não foi isso que inibiu os convidados, pois sabem que temos hoje um congresso topa tudo. Mas, diante da postura da imprensa estrangeira, que descobriu e divulgou as “façanhas” da dupla Temer/Cunha e de seus aliados parlamentares,   os tais homens de mercado querem mais é distância dessas figuras para preservar suas reputações. 

     

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/227351/Governo-Temer-pode-acabar-antes-de-come%C3%A7ar.htm

  5. Programa de governo com

    Programa de governo com orelha de neoliberal, rabo de neoliberal, barriga de neoliberal, costela de neoliberal, mas, para seus formuladores, não é neoliberal. 

    Poderia ser nominado como “A volta para o passado que já se foi”(pleonasmo intencional). Arguir que o “Estado funcional” é o que melhor atende aos anseios da população,  é incidir em truísmo. Mesma coisa que água escorre porque é líquida; ou que a morte é o fim de tudo. 

    Funcional, sim, mas para quem mesmo? A funcionalidade em si não quer dizer absolutamente nada se não operar para o bem estar da população e a minoração do conflito distributivo. Para isso, tangenciar a questão do aumento de tributos significa apenas que a conta, em termos proporcionais, será paga – como sempre, como sempre – pelo lado mais frágil do nosso (ainda) nada belo quadro social. 

    Impossível negar que alguns ajustes podem, e devem,  ser efetuados: alguns de natureza estrutural, outros conjunturais. O risco de colapso na área previdenciária realmente é inegável, portanto preocupante. A própria eficácia na alocação dos recursos públicos merece ser questionada nas três esferas da Federação. Perde-se mais dinheiro pela incompetência e desleixo na execução de orçamentos já precários que mesmo pelos desvios da corrupção. Gestores incompetentes, nesse sentido, são tão danosos como seus aparentados, os corruptos. 

  6.  
    A ponte para o futuro é a

     

    A ponte para o futuro é a volta ao passado neoliberal, muito piorado.

     

    Debaixo dessa ponte vai passar uma lama que fará a da Samarco parecer água pura.

     

    Estamos vivendo um reality show de terror.

     

     

  7. O que está por trás do golpe

    Caro Nassif, acho que o golpe não é tanto contra Dilma&PT, mas sim pelo FINANCIAMENTO PRIVADO DAS ELEIÇÕES! Isso vale esta loucura vergonhosa que estão fazendo! 

    P.S. Na véspera do aniversário do Brasil, descobrimos sermos um outro país, a Canalha…

  8. Caro Nassif
    O golpista Judas

    Caro Nassif

    O golpista Judas Temer, terá que implantar um regime de terror.

    Terá que tratorar os movimentos sociais.

    Terá que censurar os blogues ditos sujos, versão atual do Pasquim.

    Doará a Petrobrás, bem como rateará outras riquezas como os quase R$ 500 bi da reserva.

    Haverá uma anistia dos corruptos.

    As mega obras dos governos Lula e Dilma, será dada como dos golpistas.

    Haverá muito desemprego, devidamente mascarados.

    Entre outras coisitas más.

    Os radicais do Exército Islamicos virão fazer curso com os neopentecostais brasileiros.

    Saudações

     

    1. Datena já está ensaiando na

      Datena já está ensaiando na BAND uma ataque aos blogues com um jornalista que entra do Rio no programa dele.

  9. Discurso de posse de Temer:

    Senhoras e senhores reacionários, fascistas, golpistas e coxinhas do Brasil.

    Neste momento solene, encoberto pelo manto da mídia golpista nativa, dirijo-me a todos vocês para dizer que, podem confiar neste presidente.

    Não os trairei, assim como traí a presidente Dilma.

    Tampouco trairei os meus apoiadores de agora, assim como traí meus apoiadores de antes.

    É preciso entender que traições exigem momentos apropriados ou propícios.

    Saberei muito bem a quem trair, no momento certo.

    A ex-presidente Dilma cometeu erros imperdoáveis! O primeiro erro foi aliar-se a mim e ao meu partido canalhista juramentado.

    O segundo erro foi conferir a mim, funesta pessoa, o papel de articulador de apoios contra seu impeachment, ou, se preferirem, contra o golpe.

    O terceiro erro, gravíssimo, foi ter uma postura tão republicana, neste mundo de imundos, safados e canalhas, onde me sinto tão bem.

    Quero dizer, que não obstante o fato de eu ser reconhecidamente um mordomo de filme hollywoodiano de terror, aquele que espera à espreita o momento certo de apunhalar sua vítima, o faço pelas costas, que é mais inerente ao meu gênero.

    Como um verdadeiro capitalista canibal que sou, apresentei à sociedade o meu plano de governo Mata-Burro Para o Futuro, que entre outras providências, flexibiliza, ou, em outras palavras, dilapida, tolhe, surrupia os direitos dos trabalhadores, respeitáveis idiotas que alavancam a Economia deste país.

    O povo brasileiro há de reconhecer em mim, aquele que, em parceria com Eduardo Cunha, célebre punguista impune desta nação, possibilitou a inovação “constitucional” do Golpe de Estado Midiático-Parlamentar.

    As composições dos meus ministérios, presidências de bancos e estatais e importantes cargos públicos já estão sendo negociados com os novos aliados do PSDB, DEM, PPS e outros partidos direitistas canibais.

    Não devo esquecer, é evidente, de agradecer as grandes empresas jornalísticas e de mídia em geral, que arrebanharam miríades de mentes parvas, que me ajudaram a percorrer os tortuosos caminhos até aqui. Pelo seu grandioso serviço de desinformação, pela distorção de notícias e fatos e principalmente, pela omissão ou ocultação de informações.

    Agradeço também ao MPF e especialmente ao juiz Sérgio Toro, que me permitiu galgar os obscuros e temerários passos para o poder, enquanto divulgava seletivamente, com ares de escândalo, parte das informações de suas investigações político-partidárias e ao mesmo tempo prevaricava em não caçar criminosos dos partidos de oposição ao ingênuo governo de Dilma Rousseff.

    Com vários nomes de políticos da oposição em várias delações, ele heroicamente prevaricou, não investigou, não indiciou, não vazou, e possibilitou que este momento histórico se concretizasse.

    Quero agradecer também à FIESP, ao seu presidente Paulo Pato – que usa dinheiro cobrado dos trabalhadores da Indústria Brasileira, para enganar os patos -, e a todos os que foram comer filé mignon pelo menos uma vez na vida.

    É assim que se muda não só a presidência mas também o regime de governo de um país de bananas!!

    É assim que a rede globo se perpetua com seu império de comunicações!!

    Futebol, novelas, música da pior qualidade, zero de Cultura, zero de História e, chega-se onde se quer chegar: Um povo inculto e incauto!!

    Muito obrigado, fiquem com deus, e não percam as esperanças, o Brasil precisa do trabalho de todos vocês!!  

     

  10. Governo paralelo

    Acabei de sugerir a um companheiro que atua junto ao Planalto, a articulação de um Governo Paralelo, caso Dilma seja afastada, para denunciar ao mundo e aos brasileiros a usurpação do poder pela Canalha Golpista.

    O Governo Paralelo é uma tradição inglesa –  Shadow Gabinet – criado pela oposição para acompanhar a gestão do governo eleito. No Brasil foi criado em 1989, após a derrota do Lula, nacendo aí a histórica Caravana da Cidadania, em que o Lula percorria o país apresentado as propostas de governo e que nos possibilitou criar musculatura para a vitória em 2002.

    Um Governo Paraleo chefiado por Dilma e Lula percorrendo o Brasil e o mundo para denunciar os golpistas dos dois poderes mais a mídia  PGR, vai criar sérios embaraços para os usurpadores.

    Se eles pensam que vão encontrar aqui a leniencia e covardia do Fernado Lugo quando deposto no Paraguai, se enganaram redondamente.  Vai ter muita luta e resistencia.

  11. Esse Silvério dos Reis do


    Esse Silvério dos Reis do século XXI está achando que vai conseguir matar, queimar e salgar o PT e os movimentos sociais, mas não passará!

  12. Ótimo artigo, deveria ser replicado e divulgado nas manifestaçõe

    Temos que desmascarar todo este programa do governo Temer, devemos ter mais artigos como este.

  13. Vou tentar exemplificar a

    Vou tentar exemplificar a votação pelo impeachment da presidenta Dilma.

    Procure uma penitenciária com presos de alta periculosidade.

    Abra as portas da penitenciária, retire todos os presos, coloquem-nos em jatinhos e os leve até a Câmara Federal.

    – Agora vocês irão votar a favor do impeachment, falando sobre suas famílias e Deus.

    Após isso, vocês estarão todos livres e poderão continuar suas vidas criminosas.

     

  14. “Uma ponte para o

    Segue uma aulinha para a gang da ciência da economia.

    “Uma ponte para o futuro”

    Depende de quem é a ponte para o futuro.

    Se considerarmos a relação da divida pública no futuro, como algo somado no prazo de 10 anos do PIB, este futuro pertence ao espaço externo dos rentistas do mercado financeiro. E claro que a taxa de juros a 14.25% a.a X 10 anos apresentará uma unidade suficiente para engolir a grandeza de toda riqueza correspondente ao dinheiro emprestado ao país para realidade do próprio conceito da sua grandeza potencial. 

    Ou seja, o investimento devorou antecipadamente o futuro do crescimento interno.

    Se a unidade do dinheiro corresponder a um projeto da ciência da economia medido em 10 anos (projeto significa projeção do futuro); digamos, porém, que o futuro do projeto pertencerá ao valor do trabalho como medida da gestão das relações concretas, através do Estado, por objetivos livres e infinitos, ou seja; medida de unidade = a própria riqueza crescente, ano a ano, + valor do trabalho. Esta nova unidade do dinheiro será uma receita da fazenda que se deixa ocupar perante o conceito de si fazer realizada. 

    A gestão do Estado não pagará o preço da riqueza pela emissão de dinheiro. Isto é: o futuro do governo acumula uma nova unidade com a riqueza no eixo absoluto do tempo de espaço em que se cria, além da riqueza, o modelo positivo dos valores em formação do PIB que não seria mais valorizado para a soma dos juros.

     

  15. Que programa

    Que programa hipócrita…

    Como vai fechar a conta de juro? As despesas com juros explodem, e o plano apresentado irá reduzir, abruptamente, as Receitas… As agencias de riscos liquidarão os papéis com suas avaliações… 

    O défice será enorme,pois, quanto mais cortes de despesas, constitucionalmente, previstas,isto é, mais queda acentuada com as Receitas.

    A conta não fecha,isto é, é obvio que temos despesas para serem cortadas…

    O receituário neoliberal é falho, pois, a aritmética nos revela que o produto do superávite  não depende só da despesa, ou seja, para o Estado a variável Receita é mais importante do que a despesa, a Receita é ,infinitivamente, maior que as despesas que eles sempre destacam…

    A despesa com juro é o problema em definitivo,pois, consome metade do orçamento e não controla a inflação, bem como não gera Receita…

    A divida pública e seus juros são os verdadeiros vilões da perenidade do Estado Constituído,isto é, caso as taxas de juros permaneçam elevadas, ou seja: a divida pública será maior que o PIB!

     

    Quanto mais tempo se demora de resolver o problema, mais difícil será de resolvê-lo,pois, maior o estoque da dívida, maior será a quantidade monetária paga em forma de juro!

     

    Chegará um momento que o gráfico de pizza(orçamento da união) será totalizado por juros e amortizações…

     

    A forma de arrecadação do Estado recai sobre o consumo e trabalho, portanto, o receituário neoliberal é um equivoco…

     

    Nos paises periféricos da Europa, também, não será diferente, caso não mude o receituário neoliberal.

     

    Há de se encontrar no Brasil, um candidato que tenha coragem e visão do real problema com as contas publicas,pois, até agora só apresentam receituário neoliberal.

     

    Muitas contas ditas”despesas” geram Receitas para os Estados, ou seja, deve-se mudar a termo para investimento…

     

     

     

  16. Que programa

    Que programa hipócrita…

    Como vai fechar a conta de juro? As despesas com juros explodem, e o plano apresentado irá reduzir, abruptamente, as Receitas… As agencias de riscos liquidarão os papéis com suas avaliações… 

    O défice será enorme,pois, quanto mais cortes de despesas, constitucionalmente, previstas,isto é, mais queda acentuada com as Receitas.

    A conta não fecha,isto é, é obvio que temos despesas para serem cortadas…

    O receituário neoliberal é falho, pois, a aritmética nos revela que o produto do superávite  não depende só da despesa, ou seja, para o Estado a variável Receita é mais importante do que a despesa, a Receita é ,infinitivamente, maior que as despesas que eles sempre destacam…

    A despesa com juro é o problema em definitivo,pois, consome metade do orçamento e não controla a inflação, bem como não gera Receita…

    A divida pública e seus juros são os verdadeiros vilões da perenidade do Estado Constituído,isto é, caso as taxas de juros permaneçam elevadas, ou seja: a divida pública será maior que o PIB!

     

    Quanto mais tempo se demora de resolver o problema, mais difícil será de resolvê-lo,pois, maior o estoque da dívida, maior será a quantidade monetária paga em forma de juro!

     

    Chegará um momento que o gráfico de pizza(orçamento da união) será totalizado por juros e amortizações…

     

    A forma de arrecadação do Estado recai sobre o consumo e trabalho, portanto, o receituário neoliberal é um equivoco…

     

    Nos paises periféricos da Europa, também, não será diferente, caso não mude o receituário neoliberal.

     

    Há de se encontrar no Brasil, um candidato que tenha coragem e visão do real problema com as contas publicas,pois, até agora só apresentam receituário neoliberal.

     

    Muitas contas ditas”despesas” geram Receitas para os Estados, ou seja, deve-se mudar a termo para investimento…

     

     

     

  17. Mais músicas do Impitim

    Samba do Golpe doido

    Foi em São Paulo
    Onde nasceu um rapaz
    Que a Princesa Marcela
    Arresolveu se casá
    Mas Paulinho da Força
    Agiu como bedel
    E obrigou a princesa
    A se casar com Michel

    Lá iá lá iá lá ia
    O bode que deu vou te contar
    Lá iá lá iá lá iá
    O bode que deu vou te contar

    Michel Temer
    Que também é
    Silveira dos Reis
    Queria ser dono do mundo
    E agiu como vagabundo
    Em helicóptero de Minas
    Seguiu pra São Paulo
    E falou com a Fiesp
    A do pato cué, cué
    Aliou-se a Eduardo Cunha
    E acabou com chikungunya

    Da união deles dois
    Ficou resolvida a questão
    E foi proclamada a usurpação
    E foi proclamada a usurpação
    Assim se conta essa história
    Que é dos dois a maior glória
    O Senado virou refém
    E o STF se omitiu também

    O, ô , ô, ô, ô, ô
    O golpe tá chegando ou já passou

  18. Mais músicas do Impitim

    TESTAMENTO (Vinicius e Temer)

    Você que só ganha se “golpear”
    O que é que há, diz pra mim, o que é que há?
    Você vai ver um dia
    Em que fria você vai entrar

    Por cima o Cunha
    Embaixo a solidão
    É golpe, irmão! É golpe, irrnão!

    Falado
    Pois é, amigo, como se dizia antigamente, o buraco é mais embaixo… E você com todo o seu baú, vai ficar por lá na mais total solidão, pensando à beça que não levou nada do que juntou: só seu terno de manequim de funerária. Que fossa, hein, meu chapa, que fossa…

    Cantado
    Você que não para pra pensar
    Que o tempo é curto e não para de passar
    Você vai ver um dia,
    Que a lavajato também vai pegar!

    Quadrado o sol se pôr
    Quadrado o sol raiar
    E desligar, e desligar

    Falado
    Mas você, que esperança… Faixa presidencial, títulos, capital de giro, public relations (e tome lavajato!), protocolos, conchavos, caviar, champanhe (e tome lavajato!), o amor sem paixão, o corpo sem alma, o pensamento sem espírito (e tome lavajato!) e lá um belo dia, o enfarte; ou, pior ainda, o Juiz Moro.

    Cantado
    Você que só faz usufruir
    E tem mulher pra usar ou pra exibir (essa foi boa!)
    Você vai ver um dia
    Em que toca você foi bulir!

    A mulher foi feita
    Recatada e para o lar
    Cai nessa não, cai nessa não.

    Falado
    Você, por exemplo, está aí com a boneca do seu lado, linda e chiquérrima, crente que é o amo e senhor do material. É, amigo, mas ela anda longe, perdida num mundo lírico e confuso, cheio de canções, aventura e magia – assim como a mulher do Picciani. E você nem sequer toca a sua alma. É, as mulheres são muito estranhas, muito estranhas.

    Cantado
    Você que não gosta de eleição
    Pra não perder ou não sofrer uma traição (assim como você mesmo fez)
    Você vai ver um dia
    Como é frio dentro do caixão!

    Por cima o Cunha
    Embaixo a solidão
    É golpe, irmão! É golpe, irrnão!
     

  19. Quem avisa amigo é. Portanto,

    Quem avisa amigo é. Portanto, me sinto na obrigação de avisar os especuladores em que Michel Temer pretende se apoiar que eles serão os maiores prejudicados se apostarem no Brasil:

     

    Key warning to : who bet on will have BIG LOSSES in https://www.facebook.com/fabio.deoliveiraribeiro/videos/vb.100000415136357/1189293204427839/?type=2&theater&notif_t=video_processed&notif_id=1461172595795382

     

  20. De novo novamente

    O comentário abaixo foi postado ontem antes das 22 horas, até agora não chegou no blog. Deve ter ido de cágado. espero que desta vez o veiculo seja mais ágil, pois sem falsa modestia, acho a minha proposta intressante.

     

     

    Acabei de sugerir a um companheiro que atua junto ao planalto, a articulação de um Governo Paralelo, caso Dilma seja afastada, para denunciar ao mundo e aos brasileiros a usurpação do poder pela Canalha Golpista.
    O Governo Paralelo é uma tradição inglesa – Shadow Gabinet – criado pela oposição para acompanhar a gestão do governo eleito. No Brasil foi criado em 1989, após a derrota do Lula, nascendo aí a histórica Caravana da Cidadania, em que o Lula percorria o país apresentado as propostas de governo e que nos possibilitou criar musculatura para a vitória em 2002.
    Um Governo Paralelo chefiado por Dilma e Lula percorrendo o Brasil e o mundo para denunciar os golpistas dos dois poderes mais a mídia vai criar sérios embaraços aos usurpadores.
    Se eles pensam que vão encontrar aqui a leniência e covardia do Fernando Lugo quando deposto no Paraguai, se enganaram redondamente.

  21. Pior do que Dilma impossível.

    Pior do que Dilma impossível. Tudo que vier virá para melhorar. em tempo: A presidente, sob holofotes, disse ter cortado 11 mil cargos em comissão, mas não o fez, mentiu, ela apenas extinguiu os departamentos no papel, mas não demitiu essas pessoas, que continuam recebendo até hoje, mas sem local para trabalhar em, em casa. Essa é a justiça social do PT, queiram vocês assumir ou não. Meu imposto de renda está servindo para sustentar 11 mil pessoas em casa, com salários acima de 5000. Isso é PT. 

    1. Tente

      Terá nova chance em 2018 e, se possível, procurem algum candidato melhor para a oposição.

      Se ela está aí é porque, mesmo sem ser uma maravilha é bem melhor que aquele playboy.

    2. Não sei do que você está reclamando…

      Se você diz:  “ Meu imposto de renda está servindo para sustentar 11 mil pessoas em casa, com salários acima de 5000..“   Você deve estar ganhando uma fortuna….. 

  22. para a maioria, seria um

    para a maioria, seria um caos, uma catástrofe político-economica…

    o lead das matérias jornallísticas deveriam começar assim:

    o tirano temer…..

    (depois da dica do fábrio)

  23. Retrato do eventual governo Temer

    Prezado Nassif, prezados leitores.

    A foto abaixo sintetiza o que será o eventual governo Temer. Observem a expressão e o olhar do “vampiro”. Estudos, dissertações e teses podem ser feitos e ilustrados com ela, que numa imagem resume o caráter nefasto de um governo golpista.

     

    :

  24. quem paga o pato?
    Pensando em gerar mais empregos e apoiar as empresas para que investissem em tecnologia, o governo deu isenções fiscais para as empresas, ou seja, reduziu os impostos destas empresas para que gerassem empregos. Estas empresas não fizeram isto. Elas investiram no capital financeiro. Em 2015, quando chegou a hora de cobrar a conta deles, e acabar com os incentivos fiscais, por que o povo precisava mais, a verdade veio a tona. As empresas não tinham investido no que deveriam. E aí o PIB caiu. Mas o que fizeram as empresas? Foram as ruas com um Pato, financiado com imposto sindical patronal. E a campanha diz: Não quero pagar mais Impostos. E um monte de gente caiu nesta lorota. E outros se juntam a FIESP para tentar derrubar o Governo.

  25. Ou seja, não vai mudar nada o

    Ou seja, não vai mudar nada o tamanho gigantesco do Estado brasileiro. Vamos continuar pagando o pato, até que os impostos cheguem a 50%, 55%, 60% do PIB.

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