COSEMS representa contra Queiroga no CFM por “infrações éticas graves”

O Conselho de Secretários Municipais de Saúde de SP defende que o ministro atua de acordo com interesses políticos e ideológicos do governo federal

Ministro da Saúde Marcelo Queiroga
Foto: Agência Pública

O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS) pediu nesta quinta-feira (06), ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que seja aberto um processo ético-profissional contra Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde. 

O principal motivo do pedido é o descaso do ministro em relação à vacinação em crianças de 5 a 11 anos, já aprovada pela ANVISA no fim de 2021. Segundo o Conselho, as alegações de falta de segurança nas vacinas é falsa, tendo em vista o sucesso da aplicação nessa faixa etária em outros países. 

O documento cita a “descabida” audiência pública que aconteceu nesta semana sobre o assunto, que contou com membros do governo federal e de sociedades científicas.

“No mesmo sentido, inúmeras entidades médicas e de pesquisa em saúde se posicionaram muito claramente a favor da imediata aplicação da vacina, reforçando evidências de eficácia e da segurança de seu uso.”

O COSEMS critica a exigência de prescrição médica para a vacinação desta faixa etária, defendida pelo Ministério da Saúde. Segundo os médicos, essa exigência fere o exercício do livre direito das crianças, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. 

O documento ainda desaprova a atuação de Marcelo Queiroga como profissional da saúde. “Antes de ministro, o representado é médico, que, como todos nós, está submetido aos mesmos preceitos éticos, que devem ser assumidos e confirmados em seu juramento médico.” 

Redação

1 Comentário

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  1. CFM, bolsonarista até a última gota de sangue, vai dizer que o Queiroga está certo, e afirmar o direito dos pais de disporem da vida de seus filhos, vacinando quando quiserem e se quiserem.
    Eu não luto pra não ter pensamentos assim, mas quando eu penso nessa gente, o inferno mais dantesco é castigo pouco pra eles. Não dá pra ter misericórdia com quem não dá a mínima pra vida dos outros.

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