CPI da Pandemia irá acionar STF sobre crime de prevaricação cometido por Bolsonaro no caso da Covaxin

Segundo senador Randolfe, com o depoimento à CPI dos irmãos Miranda, há "todos os elementos" para indicar um "crime de prevaricação" por parte do líder do Executivo

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o colegiado deve enviar uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto crime prevaricação cometido por Jair Bolsonaro (sem partido) na compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin. 

Segundo Randolfe, com o depoimento à CPI dos irmãos Miranda, dupla que trouxe à tona o escândalo em torno da aquisição do imunizante, há “todos os elementos” para indicar um “crime de prevaricação” por parte de Bolsonaro. “A direção dessa CPI analisará a possibilidade de comunicar ao STF a ocorrência desse crime para as devidas observâncias do que está disposto no art. 86 da Constituição da República”, disse o vice-presidente da comissão. 

De acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-DF), Jair Bolsonaro não tomou nenhuma providência ao ser informado por ele, em março, sobre o escândalo de corrupção da Covaxin. Na ocasião, Bolsonaro ainda teria demonstrado que sabia que o esquema era “coisa do Ricardo Barros [(PP-PR)]”, líder do governo na Câmara. O mandatário ainda disse que se mexesse com o grupo do deputado, iria dar “merda” e prometeu que colocaria a Polícia Federal para investigar, mas nenhum inquérito foi aberto.

“Foram apresentados aqui todos os elementos de um crime cometido pelo presidente da República”, disse Randolfe. “O senhor presidente, através de representante de seu governo, dias depois, tenta intimidar as testemunhas que vão depor nesta CPI. Mais grave que tudo isso, ao ser comunicado do feito criminoso, relata ter suspeita de quem estaria operando e providência não é tomada. Estão dados todos os elementos de crime de prevaricação”, afirmou. 

A decisão de notificar oficialmente o Supremo ainda precisará ser aprovada antes pelo plenário da CPI.

Com informações do Estadão.

Redação

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