C.P.Snow e as classes de intelectuais que não se entendem

Por Alaor Chaves

Em 1959 C. P. Snow publicou o livro As duas Culturas, de grande impacto, e em conversas com amigos, Snow expôs suas ideias de maneira ainda mais clara. A intelectualidade havia se dividido em duas comunidades que não se falam e quando se falam não se entendem: a dos intelectuais literários (que referem a si mesmos como intelectuais, de maneira excludente) e a dos intelectuais científicos (que acham pedante o termo intelectual). Mino Carta ignora que no mundo inteiro a cada dia cresce o número e a importância dos cientistas e de outras categorias de importantes criadores não literários. Mais da metade dos grandes cientistas, médicos e engenheiros que a humanidade gerou estão vivos e ativos. A universidade infelizmente não tem eficiência em criar pessoas como Shakespeare, Mozart, Van Gogh, Guimarães Rosa (para citar um brasileiro), o que faz com que elas sejam cada vez mais raras em comparação às pessoas que a escola é capaz de formar. Em 1960 o Brasil tinha 200 pessoas com o título de doutor, hoje tem mais de 40 mil.

 
Luis Nassif

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