Jornal GGN – O Diário Oficial desta segunda-feira (31) registra a nomeação de Teresinha de Almeida Ramos Neves, ex-candidata a vereadora pelo PSC, para o Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves. Teresinha é contra o aborto em caso de estupro.
“Imaginem se todos que, a princípio, não têm condições financeiras para criar seus filhos optassem por matá-los, como se fazia antigamente… Ainda que o feto seja especial, resultado de estupro, a vida sobrepõe! Há vida desde a concepção, portanto, aborto é infanticídio!”, escreveu ela em um blog pessoal. A informação é do G1.
Quando a menina de 10 anos estuprada pelo tio no Espírito Santo precisou viajar a Recife para conseguir fazer o aborto amparado pela lei, Teresinha publicou uma foto no Instagram se dizendo em “luto” pela morte do feto de 22 semanas. “Eu já acompanhei um caso de uma menina de 10 anos, que sofreu abuso sexual e engravidou. Ela teve a bebê com tranquilidade, de maneira saudável e escolheu ficar com a bebê”, escreveu.
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Teresinha ocupava até desde maio passado o cargo deixado pela extremista de direita Sara Geromini, mais conhecida como Sara Winter: a coordenadoria-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade.
Na semana passada, o governo Bolsonaro – mais precisamente, o Ministério da Saúde – tomou outra decisão que afronta os direitos reprodutivos das mulheres. Publicou uma portaria (2282) que dificulta o aborto legal na rede pública, criando uma série de exigências e obstáculos ao procedimento.