As declarações do senador Marcos do Val (Podemos) constituem o elo que faltava para vincular definitivamente Jair Bolsonaro ao ato terrorista do dia 8 de Janeiro. A avaliação é do ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão.
Nesta sexta (2), Marcos do Val revelou à imprensa que participou de uma reunião clandestina com Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira, onde ouviu a proposta para grampear ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, com o intuito de encontrar algum motivo para anular as eleições de 2022.
Na entrevista à imprensa, do Val afirmou que se dirigiu até Bolsonaro achando que a reunião seria sobre os acampamentos bolsonaristas, pois segundo ele, àquela altura, o governo já tinha informações sobre “células” que planejavam ataques a Brasília.
Embora tenha se esforçado para isolar Bolsonaro do plano golpista de grampear Moraes, do Val admitiu que, ao final daquela reunião, Bolsonaro afirmou que esperaria uma resposta do senador, que ficou de pensar se aceitaria ser o agente a armar a arapuca.
Aragão ainda lembra que essa não é a primeira evidência de que Bolsonaro se envolveu em planos golpistas. “Uma minuta do golpe, encontrada da casa do ex-ministro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, já apontava para essa direção”, pontuou.
A minuta do golpe foi elaborada após a realização das eleições. O documento previa o “reestabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022”.
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