Embaixador nos EUA levou Brasil a não reconhecer vitória de Biden, diz jornal

Presidente Jair Bolsonaro só reconheceu resultado 38 dias após vitória do candidato democrata, em postagem nas redes sociais

Nestor Forster, embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

Jornal GGN – A vitória de Joe Biden só foi reconhecida pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro 38 dias após a disputa eleitoral nos Estados Unidos. E por influência do embaixador Nelson Forster.

Reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo afirma que o diplomata enviou a Brasília descrições elaboradas a partir de análises e fake news que questionavam a lisura da disputa vencida por Biden, uma rota contrária à adotada por observadores europeus e norte-americanos.

Ao todo, cinco telegramas foram enviados pelo embaixador entre os dias 05 e 12 de novembro, em um total de 22 páginas que destacavam comentários e expectativas de aliados de Trump, ignorando até mesmo as posições de corpos diplomáticos em Washington em torno de um discurso a favor do republicano enquanto o democrata era considerado vencedor.

Em linhas gerais, Forster enviava relatórios a Bolsonaro com aquilo que o presidente queria ouvir – Bolsonaro sempre mostrou sintonia com o discurso adotado por Donald Trump, e o diplomata enviava comentários ressaltando a desconfiança no processo eleitoral, e relatos que apostavam em virada de mesa nos tribunais após a confirmação da vitória de Biden.

 

Leia Também
Coronavírus: Fauci, infectologista nos EUA, aconselha Biden a tomar vacina rapidamente
O rompante democrático da Suprema Corte dos EUA, por Celly Cook Inatomi
Após vitória no colégio eleitoral, Biden elogia a democracia e critica Trump
Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Do texto: “..Forster (embaixador dos EUA) enviava relatórios a Bolsonaro com aquilo que o presidente queria ouvir”
    O que dizer de alguem que só aceita o que “quer ouvir”?
    Como escreveu Nelson Rodrigues: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade mas pela quantidade. Eles são muitos.
    Olhando o Brasil de hoje não há como refutar: Nelson Rodrigues estava certo.

  2. Nassif: nada de estranho na atitude de Cavalão. Anormal seria se ao contrário procedesse. Veja só. Se o Tupetudo do TioSan, administrador do Quintal onde moramos, espirrasse todos (eu disse: TODOS) no KuartelAlvorada pegavam pneumonia. Se entrasse numa banheira sem avisar quase todos corriam o risco de morrerem afogados. Sem falar da continência à Bandeira. Queria o quê? Os relatórios do Embaixador, mesmo recheados de Fake, dava o recado exato que os da farda adoravam ouvir. No pico das Agulhas chegavam a gravar, só prá ouvir repetidamente. Quando viram que a canoa fazia água botaram o VicêÍndio pra cantar uma toada tupiniquim. E Cavalão na dele, durão. Só agora tão sentindo que a vaca foi prô brejo é que saiu a mensagem. Ms dizem que o ServiçoSecreto, aquele que ditou relatório prô Bananinha, tá correndo pelos bastidores pra arrumar mutrete contra o novo mandatário gringo. Em Pindorama é assim, os caras não repartem o cabelo. Racham logo o quengo, desde que o patrão mande…

  3. Até mesmo o apóstolo Pedro negou Cristo 3 vezes com medo de desagradar os romanos.
    Augusto Aras, General Pazuello, Ricardo Salles, Nestor Forster e outros não querem desagradar o chefe. Eles são apóstolos.
    Medrosos, subservientes.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador