Intercept 2 – Dallagnol articulava com Luis Roberto Barroso

Deltan Dallagnol conversava com o Ministro Luis Roberto Barroso, para articular sua indicação como novo relator da Lava Jato, um dia após a morte de Teori Zavascki.

Foto José Cruz/Agência Brasil

Outro ponto relevante, na última reportagem do The Intercept, é a informação de que Deltan Dallagnol conversava com o Ministro Luis Roberto Barroso, para articular sua indicação como novo relator da Lava Jato, um dia após a morte de Teori Zavascki. E articulou, junto às milícias digitais, ataques aos demais Ministros do Supremo. Como mostra a preparação de um vídeo para constranger Alexandre de Moraes a não votar contra a prisão após 2ª instância.

A revelação desses diálogos comprova que o presidente do STF, Dias Toffoli, estava  certo quando propôs investigar os fake news e incluiu procuradores da Lava Jato nas investigações, depois que se soube que um deles, Diogo Castor, financiara cartazes de rua em favor da operação.

Alguns pontos chamam atenção.

O primeiro, de considerar Barroso melhor do que Luiz Edson Fachin, e acionar os movimentos de rua para apoiá-lo e de apoia-lo, apesar de considerar que Fachin “não seria ruim”. E a extraordinária desenvoltura com que articulavam ações com um Ministro do Supremo.

Em todo o processo, Barroso atuou sempre em favor da Lava Jato, mas procurando não sujar as mãos de sangue. A maneira de ajudar consistia em votar genericamente contra  questões que poderiam favorecer Lula.

O segundo, a extraordinária coincidência de Fachin ir para a 2ª turma e o algoritmo do Supremo escolhê-lo como relator. Em um sorteio honesto, a probabilidade de sair Fachin seria de 20%. Ou seja, a probabilidade de não sair Fachin seria de 80%. Mesmo assim, deu Fachin.

Leia mais:

Intercept 1: a Lava Jato coordenava as milícias digitais

Luis Nassif

14 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif,
    Agora resta saber até onde chegou esta canalhice togada, talvez o céu tenha sido o limite deste marginal dallagnol.
    Este cretino que conversava com deus, de acordo com os rígidos critérios da grande lavajato que iria purificar o país, já estaria vendo o sol nascer quadrado.Tratamentos excessivamente desiguais fazem parte do altíssimo padrão de injustiça social em qualquer sociedade. Por aqui, um fulano desempregado que rouba um litro de leite vai preso, crime inafiançável, situação desgraçada exclusiva prá “arrebentado”, já que que uma pessoa de bom nível jamais a enfrentará.

  2. Este é o tipo de “clamor das ruas” a que a alta corte se expôs nos últimos anos. Provável que este pessoal do lado negro do MPF deve ter montado os dossiês que assombram os juízes e podem ter passado cópias para os seus milicianos digitais pressionarem os ministros sempre que preciso. Tem de questionar o STF se continuarão defendendo causas ilegais e imorais a custa de chantagem da bandidagem miliciana lavajatista.

  3. Essa procuradora que foi ao roda viva tomoubumanlicao de direito do Reinaldo Azevedo. Ele não é o santo da minha devoção mas nesse dia eu vibrei só de ver a cara dessa cretina…

  4. Luis Roberto Barroso certa feita disse para a imprensa que éramos a esquerda sem moral. Esses ‘moralistas” da Lava Jato nunca tiveram escrúpulos para fazer o negócio deles que não passa de um projeto de poder e de país aos moldes do fascismo lavajateano.

  5. Fico a imaginar se fosse durante o governo Dilma e fosse descoberto que os procuradores usavam da assessoria do MPF para elaborar campanha publicitária do MST. É um ato criminoso usarem do aparelho estatal para realizar atividades privadas, sobretudo, quando ligadas a atividades que busquem violar o estado democrático de direito.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador