Jair Renan vira réu por lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica

Filho do ex-presidente e outros réus falsificaram receita de empresa para obter empréstimos; dinheiro foi usado para pagar fatura de cartão

Crédito: Alan Santos/PR

A Justiça do Distrito Federal aceitou uma denúncia do Ministério Público de  crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro cometidos por Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras cinco pessoas. 

A decisão da 5ª Vara Criminal determina que os réus têm 10 dias, contados a partir da última segunda-feira (25), para apresentar a defesa por escrito. 

De acordo com o MP, Jair Renan e os demais acusados forjaram uma declaração de faturamento da RB Eventos e Mídia, que pertence ao filho do ex-mandatário, a fim de dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$ 291 mil, entre 2022 e 2023.

O empréstimo não foi pago. Em fevereiro, a Justiça determinou o pagamento de R$ 360 mil ao banco. 

Renan e os demais acusados também falsificaram um atestado de que a empresa dele faturou R$ 4,6 milhões em um ano, configurando crime de falsidade ideológica. A partir do documento falso, o grupo abriu uma conta no banco para obter empréstimos. 

O MP indicou ainda indícios de que os acusados “ocultaram ou dissimularam a natureza, origem, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores de origem criminosa, proveniente, direta ou indiretamente, da prática de crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos e particulares”.

Em 8 de março de 2023, os réus fizeram um segundo empréstimo fraudulento de mais de R$ 250 mil, sob responsabilidade legal de Jair Renan. Deste montante, R$ 60 mil foram usados para o pagamento de uma fatura de cartão de crédito de R$ 60 mil da RB Eventos e Mídia. 

No mês seguinte, R$ 18.700 foram depositados na conta de uma empresa fantasma, de uma pessoa que também não existe. 

Defesa

De acordo com o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, o filho de Bolsonaro  “foi vítima de um golpe montado por pessoa, que apenas depois se soube ser conhecida pela polícia e pela Justiça”, sem citar nomes. 

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Camila Bezerra

Jornalista

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