Mauricio Macri se junta a Lula em defesa de moeda única para o Mercosul

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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O ex-presidente da Argentina e influente no governo Milei defendeu a moeda única durante evento da corretora XP, em São Paulo

Milei e Macri: novo governo argentino deverá ter o histrionismo do eleito e a influência total do ex-presidente. Foto: montagem/fotos da campanha de Milei e Instagram de Macri

Se na campanha eleitoral Javier Milei proferiu todos os tipos de ofensas contra o Mercosul e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora na Casa Rosada seu governo começa a se alinhar às propostas do mandatário brasileiro para o bloco. 

O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, figura de extrema influência no governo Milei, rejeitou nesta segunda-feira (11) a ideia de aplicar a dolarização no país, e defendeu uma moeda comum para os Estados que compõem o Mercosul.

“Temos que avançar na unificação monetária com o Brasil. A moeda única fortaleceria mais a Argentina inicialmente, mas ambos os países no longo prazo”, considerou o ex-presidente.

As declarações ocorreram durante palestra organizada em São Paulo pela XP, corretora de valores, e Macri pediu para que entendam “as vantagens simbólicas da dolarização”, mas ressaltou que o Equador, cujo sistema monetário é dolarizado desde 1999, “tem mais uma vez uma crise fiscal”, considerou.

Argentina: equilíbrio fiscal 

Para Macri, “o primeiro passo é restaurar o equilíbrio fiscal e sair das restrições cambiais que a Argentina tem”, indicou, acrescentando que isso ajudará a recuperar “a confiança e depois (o novo governo) decidirá se avança para a dolarização”.

Sobre o que foi proposto para os parceiros comerciais da região, Macri disse: “Se o Mercosul é sério, precisamos ter as mesmas regras e a mesma moeda, como a zona do euro. A unificação monetária comercial faz sentido, como o ajuste fiscal”.

Reiterando apoio a Milei, o ex-presidente disse que “temos uma oportunidade sem precedentes em 100 anos. Se esse homem (Milei) impor mudanças, veremos algo sem precedentes. O ‘show’ está prestes a começar”, afirmou, embora não tenha descartado “episódios de violência” devido às novas medidas econômicas.

Com informaçoes de Clarín e Pagina 12

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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