Se na campanha eleitoral Javier Milei proferiu todos os tipos de ofensas contra o Mercosul e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora na Casa Rosada seu governo começa a se alinhar às propostas do mandatário brasileiro para o bloco.
O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, figura de extrema influência no governo Milei, rejeitou nesta segunda-feira (11) a ideia de aplicar a dolarização no país, e defendeu uma moeda comum para os Estados que compõem o Mercosul.
“Temos que avançar na unificação monetária com o Brasil. A moeda única fortaleceria mais a Argentina inicialmente, mas ambos os países no longo prazo”, considerou o ex-presidente.
As declarações ocorreram durante palestra organizada em São Paulo pela XP, corretora de valores, e Macri pediu para que entendam “as vantagens simbólicas da dolarização”, mas ressaltou que o Equador, cujo sistema monetário é dolarizado desde 1999, “tem mais uma vez uma crise fiscal”, considerou.
Argentina: equilíbrio fiscal
Para Macri, “o primeiro passo é restaurar o equilíbrio fiscal e sair das restrições cambiais que a Argentina tem”, indicou, acrescentando que isso ajudará a recuperar “a confiança e depois (o novo governo) decidirá se avança para a dolarização”.
Sobre o que foi proposto para os parceiros comerciais da região, Macri disse: “Se o Mercosul é sério, precisamos ter as mesmas regras e a mesma moeda, como a zona do euro. A unificação monetária comercial faz sentido, como o ajuste fiscal”.
Reiterando apoio a Milei, o ex-presidente disse que “temos uma oportunidade sem precedentes em 100 anos. Se esse homem (Milei) impor mudanças, veremos algo sem precedentes. O ‘show’ está prestes a começar”, afirmou, embora não tenha descartado “episódios de violência” devido às novas medidas econômicas.
Com informaçoes de Clarín e Pagina 12
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