Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Monica de Bolle no teatro da recessão, por André Araújo

 
Monica de Bolle no teatro da recessão
 
por André Araújo
 
Monica de Bolle é uma das melhores economistas acadêmicas brasileiras, com capacidade de formulação de ideias claras e bem apresentadas. Não se confunde com “economistas de mercado” que apenas repetem bordões dos departamentos econômicos dos bancos, caso de 90% dos que se apresentam nas mídias brasileiras. Monica tem uma formação especial por uma escola que não tem paralelo do mundo acadêmico de economia, a London School of Economics, onde lecionaram Lord Keynes e Friedrich von Hayek, os dos pensadores com maior impacto na economia política do Século XX. A London School tem uma origem de esquerda, fundada por dois socialistas Sidney e Beatrice Webb em 1895, para se contrapor às escolas da aristocracia onde o aluno da classe média tinha pouca chance de entrar.
 
A “escola”  de economia no sentido ideológico tem grande importância na formação do economista, com uma clivagem bem específica. Os muito inteligentes pensam por si próprios, absorvem os conhecimentos mas têm capacidade de refletir sobre o que lhes é ensinado, enquanto os medíocres sofrem lavagem cerebral e se diplomam “cartilhados”, absorvem o que apreenderam e não mudam mais, porque não tem capacidade intelectual de reflexão e reciclagem de ideias, carregam o resto da vida a tábua dos mandamentos da “escola”. É o caso da esmagadora maioria dos economistas brasileiros que estudaram especialmente em universidades americanas, as maiores “lavadoras” de cérebros do planeta.

 
O grande farol do economista flexível é Lord Keynes, um clássico que mudava de acordo com as circunstâncias: ortodoxo antes da crise de 1929, heterodoxo na Grande Depressão e visionário na Conferência de Bretton Woods. Se Keynes tivesse tido um pensamento fixo, de cartilha, o mundo teria sofrido muito mais com a depressão de 1929 e com o caos econômico do pós-guerra.
 
Hoje Monica de Bolle trabalha em Washington, no Peterson Institute for International Economics, um dos mais prestigiosos “think tanks” de economia. Criado por Fred Bergsten, um dos mais próximos do círculo íntimo de Henry Kissinger, subscretário de Estado para assuntos econômicos, Bergsten é daquela elite internacionalista que fez a grandeza dos EUA na segunda metade do Século XX, uma elite antípoda da ignorância e grossura de Trump. O instituto é financiado pela Fundação Peterson, gestora de parte substancial da fortuna do ex-Secretário de Comércio dos EUA Peter Peterson, um grego que virou bilionário americano e dedicou metade de sua fortuna para causas de interesse público. A linha do Peterson Institute é pro-globalização mas com visão social. Não é uma linha puramente ideológica como o American Heritage, o American Enterprise e o Center for Strategic and International Studies, centros com uma visão mais principista sobre geopolítica e economia, componentes da direita dos “think tanks”. O Peterson é mais centrista e humanista, com uma angulação tanto para os EUA como para o mundo não americano.
 
Monica de Bolle tem um discurso doutrinário ortodoxo mas, coisa raríssima, traduziu uma obra nitidamente de esquerda, o grande livro de Thomas Pikety, O CAPITAL NO SÉCULO XXI, algo que ortodoxos puros teriam alergia a fazer. Mostra, assim, ecletismo e refinamento intelectual, coisa raríssima em economistas brasileiros do “mainstream” econômico, que funcionam em trilhos mentais rígidos incapazes de vestir outra roupa que não seja a da ortodoxia antiga, que circula em seu grupinho restrito PUC Rio + mercado, a mesma ortodoxia que já foi abandonada na maior parte do mundo civilizado e que será chutada agora nos EUA pelas ideias de Trump para relançar a economia americana no crescimento acelerado através de maciços investimentos em infra estrutura com dinheiro novo tirado do chapéu de Tio Sam.
 
Trump, como grande devedor, sempre foi um empreendedor imobiliário ultra alavancado, não está nem aí para a inflação se esta vier, inflação é um bálsamo para devedores mas jogar US$1 trilhão em infra estrutura não faz nem coceira no Tesouro americano, quem deve US$20 trilhões pode dever mais US$1 trilhão que com a economia crescendo mais se repõe pelo aumento da arrecadação.
 
Por tudo isso, a avaliação que Monica faz da economia brasileira atual é uma decepção. O receituário Meirelles-Goldfajn é claramente equivocado, o remédio de um ajuste estatístico é ainda mais falso e danoso, um verdadeiro engodo de sacrifícios inúteis e mal direcionados.
 
O ajuste fiscal como política única jamais irá vencer a recessão, falta o combustível dos estímulos monetários, empuxo essencial para tirar o Brasil da crise econômica.
 
O engodo pregado agora diariamente pelos que dizem que a “economia está melhorando” deveria ser desmascarado por economistas do calibre de Monica de Bolle, uma mensagem enganosa amplificada pela mídia engajada como âncora coadjuvante do modelo.
 
O uso de estímulos monetarios é tradicional, consolidado, faz parte do receituário econômico desde o fim da Primeira Guerra. Schacht usou na Alemanha dos anos 30, Roosevelt aconselhado por Keynes usou em abundância para vencer a Grande Depressão. Ttambém na recuperação econômica alemã dos anos 50, o “milagre econômico alemão”, liderado pelo Ministro Ludwig Erhard, não nasceu apenas do Plano Marshall, foram essenciais os estímulos monetários do crédito barato como alavanca para relançar a economia devastada pela guerra. No nosso caso, os grandes picos de crescimento econômico do Brasil dos anos 50, 60 e 70, quando se construiu o País moderno,  tiveram como combustível estímulos monetários. Porque viraram pecado quando o País está em depressão?
 
Ah, mas os estímulos monetários podem causar inflação. Ora, a deflação e o mega desemprego são coisa melhor que a inflação? Mas, atenção, com altíssima capacidade ociosa na indústria, com uma massa real de desempregados, que pode chegar ao dobro da estatística PNAD, não é só 12% porque esses são os que procuram emprego, mas passa de 20% se considerarmos todos os que não tem ocupação ou atividade econômica. Se considerarmos todos os desocupados, com essa reserva de mão de obra e de ociosidade não há espaço para a inflação se forem injetados na economia R$ 1 trilhão em 40 meses, sangue que foi tirado da mesma economia nos últimos dois anos, liquidez que sumiu e paralisa a atividade, uma injeção monetária puxa a economia para fora do abismo da recessão e, mesmo se houver, tudo indica que não haverá, alguma inflação, será um preço modesto a pagar. A inflação incomoda, o desemprego mata de fome porque um desempregado, mesmo em um ambiente de inflação zero, não sobrevive porque falta dinheiro para comprar qualquer coisa.
 
A análise dos “economistas de mercado” é de que não há outro caminho além da formula Meirelles, o que é uma falácia. Os doze milhões de desempregados, considerados apenas o que procuram empregos, não podem esperar o laboratório desse monetarismo mal digerido dar resultados, o que, pelos seus próprios operadores, vai levar muito tempo. Como dizia Keynes, a longo prazo todos estaremos mortos, recuperação para 2015 não serve para nada.
 
Um dos dinossauros mais representativos dessa cartilha velha, o ex-presidente do BC Afonso Celso Pastore, disse em recente programa da GLOBONEWS ( Diálogos com Mario Sergio Conti) que os 12 milhões de desempregados estão se virando com bicos mas tem uma grande vantagem, como a inflação está caindo a vida para eles está mais fácil. Pastore minimizou a tragédia social, disse que é assim mesmo, não tem outro jeito, mas temos a vantagem que a inflação está caindo e o juro também, assim os pobres endividados e desempregados estão gastando menos com juros porque estes estão caindo, segundo ele imagina, dado que o BC baixou a Selic. A alienação da realidade é impressionante, ele narra um mundo irreal que só existe na conclusão de sua teoria de “ajustologia”, basta o ajuste fiscal e tudo se arranja.
 
Mas Pastore disse mais, por causa da baixa inflação e da queda de juros os desempregados estão tendo uma sensação de bem estar e esperança, portanto estão se sentido melhor graças à recuperação da economia que virá e que ele percebe estar em curso. É uma torcida de que o “ajuste” vai dar certo, se é em 50 anos não importa porque o “rumo” está na direção correta, é a anti-economia em estado puro, reserva de mercado dos economistas trogloditas que sequer aceitam que a crise de 2008 provocou a revisão de um bom número de dogmas ortodoxos, monetaristas e neoliberais. Foi a crise que provou que só o Estado pode resgatar uma economia em contexto de crises profundas. A crise de 2008 só foi debelada por uma injeção de U$780 bilhões pelo Tesouro americano, no progrma TARP, quer dizer, a turma do “mercado resolve” foi resgatada do afogamento pelo Estado que eles sempre execraram, dizendo ” o Estado só atrapalha”.
 
Aqui no Brasil, os economistas jurássicos, superados pela própria evolução das crises, aqueles da era Pastore, não receberam essa informação que lá nos EUA se baixou a bola do monetarismo e da desregulamentação que pregava Fiedman. A crise de 2008 foi a crise do monetarismo e o fim do mito “o mercado resolve” como aqui hoje se pensa em relação à recessão, acreditando como Pastore que o programa de concessões vai reativar a economia sem dinheiro do Estado, um programa modestíssimo, de alto risco regulatório, complicado, nem em MIL ANOS responde a realidade à essa fantasia dos “economistas de mercado” velhos e novos, concessões e privatizações são modelos de gestão e não significam por si só crescimento, os empresários não querem investir muito, embora queiram ganhar muito.
 
Altas taxas de desemprego por muito tempo, segundo a lição da História, produzem cataclismas políticos. Na Itália de 1922 produziu o fascismo, na Alemanha de 1930 produziu o nazismo, nos Estados Unidos elegeu Roosevelt e fez nascer o New Deal. Por relação de causa e efeito, o desemprego está na raiz da Segunda Guerra Mundial.
 
Mas para os economistas “mainstream”, os quais De Bolle se alia, é tudo uma questão de tempo. Pastore acha que já no primeiro trimestre de 2017 começamos lentamente a sair da recessão, com base em que gatilho ele não disse, talvez porque imagine que da recessão se sai por ato de inspiração. Pastore disse também que com a queda do juro, sentida por todos, os desempregados já estão ficando animados, estão com melhor estado de espírito.
 
Disse também que não há importância com a quebra de empreiteiras porque no seu lugar virão estrangeiras e médias, apoiando assim a cruzada moralista, logo ele que foi Secretário da Fazenda do Governo Paulo Salim Maluf.
 
Monica é muito melhor do que esses pré-históricos por isso minha decepção que não tenha algo mais inovador a apresentar com sua facilidade de exposição. Não precisa seguir os poucos economistas heterodoxos do seu País, como Laura Carvalho e Antonio Correa de Lacerda, mas pode tirar outras inspirações da economia pelo grupo de Nova York ancorado no Institute for the New Economic Thinking, onde estão Joseph Stiglitz e Paul Krugman, ambos Prêmios Nobel de Economia. Há hoje, em todo o mundo, uma negação e revisão dos catecismos monetaristas no ciclo do chamado “austericídio” , quando o próprio FMI criticou o excesso de austeridade em relação à Grécia atual (no Relatório do FMI sobre a Grécia em 2016), esse mesmo Fundo onde Monica trabalhou como economista.
 
Mas a melhor lição vem do próprio papa do monetarismo do pós Guerra, Milton Friedman. Entre suas ideias está o bolsa-familia e a “doutrina do helicóptero”, circunstância em que fica mais barato jogar dinheiro de helicóptero para o povo recuperar poder de compra do que suportar os custos econômicos da recessão. A conta da recessão é muito maior do que o dinheiro jogado do alto. Uma variante anterior de Keynes é o de pagar para operários levarem pedra de um lado para o outro da estrada para se criar um poder de compra ativador da produção e da renda.
 
A atual economia brasileira poderia ser apresentada metaforicamente como uma casa longe de tudo onde os habitantes estão morrendo de sede mas no jardim tem um poço com um balde para puxar água boa, no entando os  sedentos não tiram água porque acham que pode baixar o nível do poço e faltar água no futuro, preferem morrer de desidratação do que diminuir o nível de água do poço. Esse é o Brasil de hoje, morrendo em cima de vastos recursos.
 
A recente decisão de liberar as contas do FGTS inativas foi propagada como tendo a possibilidade de adicionar 0,4% no PIB. Ora, como está se criando riqueza pelo saque de recursos que já estão na economia, esse dinheiro está aplicado em algum lugar, o saque vai criar crescimento de PIB? A riqueza embutida nas contas inativas do FGTS é gráfica, virtual.
 
Se é possivel criar crescimento do PIB apenas com saque de contas gráficas sem que isso crie inflação, quem propos esse medida nem sequer tocou no risco de inflação, porque não é possivel criar crescimento por investimento em infra estrutura através de criação de moeda pelo BC? Qual a diferença entre sacar contas do FGTS e usar dinheiro criado pelo BC em projetos de infra estrutura? Conceitualmente é a mesma coisa, é o mesmo processo que faz com que as finanças do Estado sejam completamente diferentes das finanças de uma casa, ao contrário do que disse o Ministro Meirelles em entrevista na TV, ao dizer que o Estado é como uma casa de família, algo que nem calouro de economia diz porque é um absurdo.
 
O Estado pode reativar a economia, uma familia não pode e o Estado ao reativar a economia recupera parte do dispendio por arrecadação nova proporcionada pela reativação da economia.
 
O ajuste fiscal é necessário MAS simultaneamente com estímulos monetários para tirar o País da recessão, PODE-SE FAZER AJUSTE COM CRESCIMENTO, é muito mais lógico, mais barato, menos sacrificado. O Brasil tem reservas de recursos naturais, capacidade ociosa na indústria, mão de obra disponível, não tem constrangimento externo, como e porque se paralisa o País para fazer um ajuste fiscal estatístico e pouco realista DENTRO de uma recessão, um ajuste cujo prazo proposto é de 20 anos e sem metas de crescimento?
 
Porque não fazer o AJUSTE COM CRESCIMENTO?
 
Monica De Bolle pode fazer um trabalho muito maior do que faz, se sair do quadrado ortodoxo que hoje é posto em dúvida até pelo FMI. Ciência econômica é para DIMINUIR SACRIFÍCIOS pela eficiência no uso de instrumentos da  política monetária. Se é para fazer imensos sacrifícios em tempo infinito, mesmo tendo recursos, o Brasil não precisa de economistas, seu Manuel da padaria faz melhor e mais barato.
 
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

67 Comentários

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  1. De Bolle
    Uma das colunistas que mais produz para o Instituto Millennium? A mesma que participou do roda viva a pouco tempo e que culpa Dilma por tudo o que ocorreu no Brasil em seu livro Como matar a borboleta azul? Que aliás tem o rosto dá presidenta na capa. Ah a economista que domina a legislação e dava pareceres no YouTube sobre crime de responsabilidade.

    Se for pra dar segunda chance a economista de think tank prefiro o pau torto Delfim ou Constantino.

      1. Constantino é um personagem

        Constantino é um personagem ótimo. Os textos dele são referência para se ensinar o que NAO É jornalismo rss  A maior obsessão dele é um dia demonstrar que o New Deal do Roosevelt foi a coisa mais maléfica que aconteceu na economia americanarss. E ele também tem um vídeo patético em que reclama que a VEJA apagou todos os artigos on line dele. Se eu o encontrasse agora, perguntaria a ele como está o processo contra a veja, pois isso é um caso claro de censura. E se ele dissesse que não processou a veja, diria que só os que têm hombridade processam a veja – como Nassif e Millor.

        Já Delfim é um perigo (rs). Um intelectual brilhante e com uma lábia que lembra a daquele tia falastrão que toda família tem, e que te pede um dinheirinho emprestado, você empresta e sabe que não vai ver nunca mais (rs). Adoro ouvir e ler o que ele pensa, mesmo que não concorde com nada. Seu maior erro foi se fazer de idiota ao achar que não havia tortura no Brasil porque assim o Médici lhe disse. Claro que ele sabia.   Pergunto a você André = se tivesse que escolher como o melhor economista, quem você escolheria entre esses 3 = Delfim, Roberto Campos ou Simonsen? 

  2. Esse texto so pode ser piada de mau gosto

    Essa mulher representa o neo liberalismo nu e cru, traduziu o livro do Pikety pq deve ter recebido mto bem para isso, mas defende sempre o contrario do q esta no livro.

    1. Mas esse é o ponto do artigo,

      Mas esse é o ponto do artigo, é a controversia entre a notoria inteligencia de Monica e seu atrelamento a

      um discurso velho, gasto e inutil do ajusticidio como solução para a crise brasileira, porque ela não denuncia essa farsa?

  3. A miopia do André Araújo em

    A miopia do André Araújo em relação a Monica de Bolle é a mesma do Afonso Celso Pastore em relação ao desempregado.

    Dizer, como Pastore, que o desempregado está com uma sensação de bem estar e esperança, equivale a dizer que Monica de Bolle tem discurso diferente em relação aos sardenbergs, mirians que infestam a mídia.

    Talvez seja um discurso melhor apresentado, mas o conteúdo é o mesmo.

    A propósito, estou desempregado desde março do ano passado, e a cada dia que passa, me sinto mais deprimido e sem esperança.

    O “bem estar” e “esperança” são aparências que mantenho, para não causar depressão em minha mulher, que está sustentando a casa.

  4. Talvez MÔnica concorde com o

    Talvez MÔnica concorde com o pensamento seu, André, mas e a coragem que ir contra a maré do que prega a Globo (os outros veículos de mídia são meros capangas, só servem pra fazer o serviço sujo) e assim se tornar um pária que verá as portas se fecharem, não tendo voz numa cbn e nem seus textos escritos no Estadão ? Os que estão dispostos a pagar esse preço são poucos – como o Nassif, por exemplo. Aliás, vou falar mais uma vez = entre os blogueiros não há nenhum hacker com a manha de pegar esses textos do André e colocar na página dum Celso Ming da vida? rss Cada vez que leio o texto do André, dá um desespero de saber que ele está preso num gueto. 

    Isso me lembrou uma vez uma história em que o Melchior disse pro Paulo Francis que não achava o Manuel Bandeira tudo aquilo que os outros achavam. E o Francis propôs ao Melchior que escrevesse então esse ponto de vista. E o Melchior recusou. Coragem é pra poucos. 

  5. A banca gosta de filmes de terror trash

    Penso que os perversos economistas da banca planejam, pelo desemprego brutal, reduzir a massa salarial ao limite mínimo da sobrevivência dos trabalhadores  ou que parte deles volte à pobreza extrema. Com o tempo, o custo próximo de zero da mão de obra levará  ao retorno gradual dos investimentos na produção, comércio e serviços. Vai levar muito tempo. Vai levar a muita miséria e sofrimento. Nesse processo, os perversos economistas da banca mantém os ganhos dos rentistas. Isso não é novidade, já vimos esse filme antes. 

  6. Não conheço cidadã, mais
    Não conheço cidadã, mais estadunidené que brasileira pelo visto, mas acredito que se o povo brasileiro acordasse do sono letárgico, muitos economistas correriam o risco de serem pendurados de cabeça pra baixo.

  7. Simples, André: Para entrar no Sistema Globo/Estadão é assim…

    André, chega uma Hora em que você “Dá, ou Desce”.

    Quer fazer parte do Mundo?

    Faça parte do Sistema Globo…

    PS: Será que o Beiçola já está Empregado???

  8. Miriam Leitão, a “nossa” comunista

    Não se engane, essa moça é neoliberal – Christine Lagarde dizendo que o capitalismo não está bom – e jamais vai defender algo que vá a favor dos interesses do nosso país.

    É a nova fantasia dos neoliberais para tentar tornar mais palatável o discurso que, se promete prosperidade geral, o faz dizendo que cada um pode – e deve – almejar ser centralizador. Aposta, enfim, numa sociedade de castas, em massas alienadas conduzidas por grandes (“dentre os quais você pode vir a ser um, se nos defender”, dizem os centralizadores).

    Alinhada com Rodrigo Constantino, talvez a mesma estatura, nada mais. É só procurar sobre ela por aí…

    1. O neoliberalismo foi a

      O neoliberalismo foi a doutrina de um ciclo que acabou, não há muita coisa mais a privatizar no mundo.

      O neoliberalismo foi sepultado pela crise de 2008, quando o socorro para todos não afundarem no abismo veio do Estado, aquele mesmo que os neoliberais tinham horror, foi o Tesouro americano que salvou Wall Street e com isso

      ninguem nos EUA fala mais em neoliberalismo, só os bocós do Brasil ainda citam essa expressão fora de moda

      como solução para alguma coisa.

      1. Demodê?

        Faz sentido. Os EUA são hábeis em estuprar o vocabulário. Chama, por exemplo, de guerra os ataques unilaterais que desferem contra um monte de países faz uns 150, 200 anos…

        Mas fiquei curioso. Qual é a palavra da moda – se é que existe – para o conjunto de ideias e práticas que impõem a desorganização política das pessoas, a instituição do medo e da cobiça em lugar da solidariedade? Bem… isso se a palavra “solidariedade” ainda constar do vocabulário estadunidense, né? E, já ia esquecendo, se é que existe algum vocabulário ou alguma coisa, nesse universo, que não precise de legitimação, do carimbo de “existência constatada” fora do que autorizam os EUA. Qual o nome da moda para neoliberalismo, André?

    1. Monica não é piada, ela é uma

      Monica não é piada, ela é uma excelente cabeça mas não se solta para o centro do picadeiro, todo economista

      de grande intelecto precisa ter sempre indagações, duvidar dos canones , procurar caminhos alternativos e menos custosos, o Brasil está paralisado por uma doutrina cega que no resta do mundo está posta em duvida, a austeridade como unica saida de uma crise economica, a inflação é uma saida mais barata, ruim tambem mas menos ruim que a depressão.

  9. “recuperação para 2015 não

    “recuperação para 2015 não serve para nada”.

    Acho que há um erro na digitação do número.

    Sobre a Monica de Bolle, basta de neoliberais. Precisamos de outro pensamento.

  10. os brioches do Pastore

    Mônica de Boelle: trata-se da economista mais celebrada atualmente pela mídia tradicional porque confere, em suas análises, críticas  contundentes para quaisquer tipos de modelo econômico que não o ortodoxo (ainda mais se vier pitada de marteladas incessantes ao governo Dilma – obsessão dela). Possui uma boa bagagem acadêmica, suficiente para conferir um certo lustre de erudição, característica que passa longe das mesas de operações de economistas de mercado. De Bolle é do mesmo trato de um Gustavo Franco ou de um Pedro Malan (economista): liberais-fiscalistas, mas sem deixar de dar valor a certa componentes da história econômica mundial e brasileira (concordemos ou não com as respectivas análises). 

    Sobre Pastore, é do mesmo nível de Teco Medina da CBN: não merece a menor relevância, a não ser o fato de fazer lembrar os brioches da dona Maria Antonieta: tá com fome, dê aos pobres só um pouquinho de juros baixos!). 

    1. O mais impressionante é a

      O mais impressionante é a falta de duvidas, os grndes pensadores da economia, mesmo Friedman, não vendiam certezas, Keynes então estava sempre procurando novos caminhos, nunca dormia sobre certezas, inventou uma moeda virtual, o BANCOR, muito antes do bitcoin, o BANCOR só não foi implantado porque o Secretario do Tesouro dos EUA Henry Dextler,

      cortou a ideia na raiz, não convinha aos EUA que queria manter o dolar como unica moeda reserva universal pelas proprias razões do interesse geopolitico e economico dos EUA.

      Tico e Teco, Schwarstsman, Pastore e toda a turma da Faria Lima tem certeza de que só eles estão certos com duas ou tres ideias fixas: juro alto, inflação no centro da meta e o resto que se dane.

       

      1. Só mesmo no Brasil um

        Só mesmo no Brasil um economista conhecido pelo apelido de Tico e Teco tem a sua disposição o maior sistema de mídia do país para propagar suas ‘ideias’. Ele não é apenas um economista fraco, mas suas opiniões sobre qualquer área são rasas, visão de pré-adolescente. Uma vez essa besta disse, antes da crise de 2015, que o BC deveria saltar rojões com o aumento do desemprego pra abaixar a inflação. Só um idiota que não consegue ver que atrás de uma estat´sitca de desemprego há um ser humano passando um dos piores dramas, que é não saber como será o amanhã.  Tico e Teco é até uma ofensa ao Tico e Teco da Disney. Essa duplinha tem um QI muito maior que nosso Tico e Teco economista. 

        1. PIor que a turma do Teco é o

          PIor que a turma do Teco é o ancora economico da Globonews, o Sardenberg, que replica ipsis literis os bordões da turma do mercado, sem acrescentar ou duvidar de coisa alguma, para ele economia é juros altos, inflação no centro da meta e

          o futuro a Deus pertence, não apresente conhecimentos sequer rudimentares de economia, de historia do pensamento economico, de historia da economia, é a medicriodade pilotando um microfone.

          Não considero nenhum deles comentaristas de economia, são apenas realejos de bordões dos departamentos de economia dos grandes bancos, comentam que o dolar subiu ou desceu sem nenhuma analise das razões ou sobre o que está por traz da desastrosa politica cambial do BC, que custa ao Pais varias vezes o amaldiçoado deficit fiscal federal.

          Nunca ouvi nenhum deles, Teco, Schuwartzman, Sardenberg , nem uma unica vez, falar algo sobre o munumental custo da politica de swaps cambias para derrubar o dolar, só em 2016 passou de R$218 bilhões em UM SEMESTRE, uma cifra espantosa que nenhum deles talvez saiba que exista.

  11. Este é um artigo provocativo

    Este é um artigo provocativo e para debater. Fico intrigado como Monica tem todas os apetrechos para ver alem da nuvem de bobagens que os economiostas amestrados dizem na midia brasileira e não obstante segue no trilho bitola estreita dessa turma, ela é muito mais inteligente do que esse pessoal e no entanto prefere cantar na letra gasta do ajuste.

    Seu livro da BORBOLETA AZUL diagnostica erros passados de politica economica mas o problema que vejo nela é sobre o futuro, está bem, os erros passados são esses mas a receita para conserta-los NÃO É ESSA do Meirelles-BC, porque

    Monica esconde sua inteligencia?

    1. “Monica esconde sua

      “Monica esconde sua inteligencia?”

      Talvez este seja o preço que ela se dispõe a pagar.

      Sei, é uma hipótese preconceituosa, mas tem lá suas evidências. Afinal, não é por acaso que a Globo e outros grandes veículos de mídia lhe dão todo esse espaço.

  12. Buscando por sinais

    O texto do Araújo, como sempre, é uma peça de lógica irrepreensível e muito bem articulado. 

    Se me permitem, reconhecendo a qualidade dos argumentos, mas recepcionando o controverso trazido pelos comentários, levanto uma possibilidade que pode ter influenciado no ponto do texto onde se situou a discordância.

    O aparente problema com a conclusão do Araújo, pode repousar no tradicional desvio da conclusão a que se chega quando as inferências partem de premissas erradas e no caso, uma suposta inclinação progressista da ortodoxa de Bolle.

    Mas, se isto é fato, a causa poderia estar na expectativa de que o mundo neoliberal, pelo menos na academia, reconheça que, quando aplicadas, suas teorias dão sistematicamente errado. Apesar de todas as provas empíricas, sucedendo-se há anos e em distintas economias atestando o erro, há um grande e robusto grupo de economistas, alguns competentes outros nem tanto, persistindo teimosamente em contradizer os fatos. Para quem se ampara, não somente em modelos hipotéticos de funcionamento da Economia, mas, também, confronta-os com os resultados de sua aplicação prática, com os fatos e dados reais numa relação de causa e efeito, é frustrante ao extremo. 

    Assim, dada a frustração, buscam-se sinais, por tênues que sejam, de uma mudança da visão conservadora migrando da crença para a ciência. Muitos desses economistas neoliberais articulam suas hipóteses – tenho dificuldade em reconhecê-las como teorias, pois, para tanto lhes faltam elementos – a serviço do “mercado”. São pagos por isso, por diversos meios. Porém, há muitos outros que são ideólogos radicais, dogmáticos que não aceitam o debate. Alguns são insensíveis aos danos que causam por interesse material, enquanto outros o são por total soberba e messianismo. O primeiro tem cura, mudará de ideia tão logo esta não lhe traga lucro. O outro irá morrer abraçado em exemplar de Capitalism and Freedom.

    Lamento, mas, ao menos por enquanto, buscar a luz da civilização nas trevas do capitalismo monetário, é um exercício fútil. Inclusive, a tão festejada mudança na visão do FMI não é nenhum evento radical alterando as políticas do fundo que se mantém exatamente as mesmas. O que houve foi a publicação, por economistas do Fundo ((JONATHAN, D. OSTRY; LOUGANI, P.; FURCERI, D. Neoliberalism: oversold? IMF – International Monetary Fund – Finance and development. USA, v. 53, n. 2, jun. 2016) onde se levantam dúvidas sobre a eficiência das políticas neoliberais aplicadas à recuperação de economias em crise. Foi uma ranhura na parede do dique, não um rompimento da estrutura que remanesce intacta.

    Destaco uma das recomendações expressas no artigo, onde diz: […] “agendas fixas não trazem bons resultados para todos os países em todas as vezes. Os legisladores e as instituições como o FMI que os aconselham precisam ser guiados, não pela fé, mas pela evidência daquilo que tem funcionado” […]

    A última frase é uma joia do óbvio. Todavia, é uma crítica contundente ao fundamentalismo econômico que, por exemplo, está sendo aplicado ao Brasil. Ainda assim, é um dos sinais indicando possível abalo na construção monolítica no fundamento do “saber e poder supremo do mercado”. É mais ou menos, como se um noviço gritasse no meio da missa – Deus não é onisciente, nem onipotente! Causa comoção, mas não muda nada. Mas, é um sinal, o que todos e o Araújo buscam.

    Melhor que nada.

  13. O André peca num ponto: ele

    O André peca num ponto: ele acha que a crise brasileira é a mesma da Europa e dos EUA, Japão, etc.

    A crise brasileira é diferente desses países.

    Eles já são ricos, e nós, pobres.

    Não dá para usar os mesmos remédios para levantar um país rico da recessão e usá-los no Brasil de hoje cujas causas da crise são muito diferentes.

    Parece demodé falar que primeiro precisa colocar a casa em ordem, e por colocar em ordem não significa acabar com a inflação a golpes de juros. Tem de controlar os gastos, acabar com os despedícios, eliminar as mordomias, pautar a administração sob a egide da eficiência, dá para se fazer muito apenas mudando o processo e a mentalidade.

    Os anos petistas foram de um desperdício incrível de tempo e dinheiro.

    Fabricou-se muito carros, mas não se resolveu o transporte público; vendeu-se muita geladeira, televisão e celulares, equipo-se as casas mas não resolveu o problema de moradia; viajou-se muito de avião, mas a saúde pública está em frangalhos; tivemos copa do mundo e olimpíadas, mas o ensino de 1º e 2º grau está uma porcaria.

    O que sobrou hoje, dos anos Lula? Carros envelhecendo, tvs e celulares indo pro lixo, fotos de viagens e estádios elefantes brancos padrão Fifa.

    E o pior. Uma dívida brutal.

    Um miserável desperdício de tempo e dinheiro. E agora com a população envelhecendo sem que tenha conseguido enriquecer tanto individualmente como coletivamente.

    Precisamos por o país nos trilhos após essa década petista.

    Temer está fazendo isso.

    Espera-se do próximo presidente que ele, com a casa arrumada, se dedique a fazer 25 anos em 5.

     

     

    1. Concordo com os mega erros

      Concordo com os mega erros das gestões petistas MAS um Pais não é uma casa de familia, a economia macro não é arrumada como gavetas numa cozinha, cada coisa de uma vez,  é preciso procurar eficiencia no que ja existe mas ao mesmo tempo empurrar crescimento porque  tudo fica mais facil e rapido quando o Pais e a arrecadação cresce.

      A India está investindo US$1 trilhão em infra estrutura em quatro anos, a India é uma bagunça maior que o Brasil, mas não para de investir para não para de crescer a 7,8 ou 9% ao ano.

      Não se faz AJUSTE com a economia paralisada e um mega desemprego, esse é o maior erro de todos.

    2. O maior crime!!!

      É desqualificar o governo do PT. Foi o governo mais nacionalista que já existiu. Investimento em infraestrutura para todos. A dívida ficou para todos, com os anos se paga. O maior erro foi subir os juros Selic. Pra mim foi o sinal para o golpe de estado. Se a Dilma não tivesse aumentado a Selic hoje teríamos uma taxa de juros baixa em todos os níveis, o dinheiro não seria tão caro e os capitalistas seriam obrigados a lucrar em cima da produtividade do trabalhador e não dos juros dos empréstimos bancários.

      O Brasil continua a ser o maior mercado consumidor do mundo mas adormecido.

      1. Um dos erros do governo Dilma

        Um dos erros do governo Dilma foi deixar o BC controlado pelo mercado financeiro, foi a politica monetaria restritiva e a politica cambial de manter o Real artificialmente valorizado através de swaps cambiais, ( que em 2015  gerou um prejuizo de R$207 bilhões) , foi essa politica que gerou a recessão e NÃO o deficit do orçamento federal.

        O Brasil conviveu com deficits no orçamento federal de 1945 a 1980 e nesse periodo teve a maior taxa de crescimento

        acumulado do mundo. Deficit orçamentario provoca inflação mas não recessão, o que provoca recessão é politica monetaria restritiva (juros altos) e super valorização da moeda.

    3. Trem nos trilhos com rodas quebradas

      Engraçado, o trem do temer vai seguindo os trilhos botando cargas com bilhões de Reais para o judicário, para o funcionalismo público de salários elevados, para aumento de cargos comissionados, aumento de custos com terceirizados, doações de 120 bilhões de Reais para as teles, manutenção de taxas elevadas de juros, moeda valorizando com redução de exportação, Assim o trem quebra suas rodas e não sai de brusque nem chega a brusque.

    4. Piada isso???
      Quer dizer que
      Piada isso???
      Quer dizer que as pessoas não podem ter carro, telefone ou andar de avião? É tudo culpa do pobre?? Nunca dos ricos ou das zeites??? Ou desses que estudam nas melhores faculdades de graça? Por esse ângulo torto a culpa do assassinato é do morto, por antes estar vivo, tenha dó simpatia…..

      1. Esse é o típico discurso

        Esse é o típico discurso pobrista que levou o país à falência.

        As pessoas tem o direito de comprar carros, iPhones e viajar.

        As pessoas também tem direito à saúde, educação, transporte público, segurança etc.

        E o Brasil o que fez? O que fez o governo nos últimos anos?

        Ao invéz de construir hospitais, preferiu torrar dinheiro em arenas e estádios olímpicos.

        Ao invez de metro, linhas de trem, preferiu dar incentivos fiscais e redução de impostos para comprar carros, e segurar o preço da gasolina e quebrar a Petrobrás.

        Ao invez de dar um ensino de qualidade preferiu dar descontos de impostos para fabricantes de celulares, tablets, moveis, linha branca.

        O Brasil de hoje é o resultado das escolhas dos governos anteriores.

        Torramos centenas de bilhões de dólares com coisas superfluas e hoje falta tudo que é essencial.

        O brasileiro tem direito a comprar carro, celulares e a viajar.

        Mas o governo não pode priorizar esses gastos  superfluose não fazer os investimentos necessários em saude, educação, transporte público e segurança.

        1. O diagnostico sobre os erros

          O diagnostico sobre os erros reais do passado não resolve a crise atual. O diagnostico pode estar certo, é o que Monica fez em seu livro da BORBOLETA AZUL mas isso não traz por si só uma politica para o futuro. Roosevelt ao combater a Grande Depressão nem citou Hoover e nem fez diagnostico do que levou à crise de 1929, ele mapeou o que deveria ser feito para frente, para sair da paralisia e do semprego causado pela Depressão, que beirava os 25%, politica para o futuro.

          O fato do diagnostico sobre os anos Dilma estar certo não significa que a atual politica de saida da recessão pelo ajuste está certa, está completamente equivocada, não se sai da recessão pelo ajuste fiscal e nada mais, é preciso fazer o

          ajuste MAS ao mesmo tempo criar expansão monetaria com grandes investimentos publicos, AO MESMO TEMPO.

          1. Ocorre que hoje estamos tão

            Ocorre que hoje estamos tão fudidos e desacreditados que simplesmente não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo.

            Imagina se a Dilma, no começo do ano passado, resolvesse começar a vender parte dos dólares das reservas para investir em infra-estrutura?

            Ou se resolvesse remonetizar a economia imprimindo dinheiro?

            Na vida não adianta uma pessoa errada tentar fazer a coisa certa porque não vai funcionar.

            Você sabe. Se não fosse o impeachment estaríamos muito pior hoje. Nada que ela fizesse iria funcionar.

            E hoje?

            Temer está fazendo as coisas certas.

            A sua crítica é que ele poderia estar fazendo mais é válida. Mas não dá para fazer mais hoje sem perder a credibilidade que o Brasil reconquistou.

            Eu entendo sua pressa, mas o apressado come cru.

            Fosse FHC o presidente, hoje, ele teria a credibilidade para fazer o que vc deseja, poruqe ele conqistou essa credibilidade no seu governo anterior.

          2. Meu caro, vender reservas

            Meu caro, vender reservas para fazer obras só poderia ser no mercado cambial brasileiro, jogaria o dolar no chão e se obtariam Reais que sairiam da liquidez interna. Nunca foi uma solução mesmo porque as RESERVAS INTERNACIONAIS não são da União. são do Banco Central, que tem como contrapartido seu passivo em depositos compulsorios do sistema bancario, essas reservas tecnicamente não podem ser usadas pelo Tesouro para financiar obras publicas, a União é um ente financeiro, o Banco Central é outro ente, cada um tem sua contabilidade propria e não se misturam.

            E por outro lado essas reservas são até pequenas para o PASSIVO CAMBIAL do Brasil, considerando os investimentos estrangeiros registrados no BC (US$800 bilhões) e o capital de giro essencial ao comercio exterior.

          3. Ocorre que você não sabe de o

            Ocorre que você não sabe de o que esta falando ma acha de ter a receita certa como todos os amadores. Bem expressa o grau do conhecimento médio  dominante e o êxito.

  14. Talvez o que vivemos hoje no
    Talvez o que vivemos hoje no Brasil mereça um neologismo: fenixismo.

    Depois que tudo tiver virado cinzas, a fadinha da confiança vai dar o ar de sua graça.

  15. A Monica foi conquistada,

    A Monica foi conquistada, convencida, dominada, comprada ou algo parecido, de forma direta ou indireta, já que ela rabalha em Washington, no Peterson Institute for International Economics, um dos mais prestigiosos “think tanks” de economia. Está explicado, não é coincidência…

  16. Ela tem mesmo um discurso

    Ela tem mesmo um discurso articulado e sofisticado, mas nos fim das contas, o epílogo é o mesmo de todos os economistas dos departamentos de economia dos grandes bancos e das grandes corretoras, cujo receituário se limita a meia dúzia de medidas ortodoxas que, qual receita de bolo, nos levará ao paraiso capitalista.

    O pior é que seu discurso rigidamente neoliberal replica as teses que se constituiram no pano de fundo ideológico para a arregimentação de todo o processo que resultou na deposição da presidente Dilma Roussef, o que nos faz pensar que sempre que o país estiver numa crise econômica de grandes proporções resultante de um conjunto de fatores endógenos e exógenos, complexos e não facilmente identificáveis como agora ocorre, teremos novamente os argumentos dos poderosos grupos de interesse para a interrupção da democracia.

    Claro que não é o caso, sabendo-se que o discurso que deu sustentação ao impeachment foi absolutamente casuístico, teve como objetivo oportunista a derrubada de um governo democraticamente eleito, mas de esquerda, no entanto, a crise econômica caiu como uma luva para a  construção de um enredo de justificação fundado basicamente no ataque permanente aos “erros’ da presidente Dilma, nos argumentos da “incompetência” dos governos do PT, muita ideologia e pouca consistência, tanto que eles estão no poder, estão aplicando suas receitas e o país continua em profunda recessão.

     

    Cadê a recuperação econômica dos ortodoxos, cadê o crescimento econômico? o que eles no deram foi um orçamento congelado por vinte anos e uma proposta de reforma da previdência que nem os europeus fizeram nos seus países, desmonte do estado, das políticas industriais e de fomento por meio da Petrobrás, do BNDES e dos bancos oficiais, aumento do desemprego, além de muita promessa de recuperação que provavelmente jamais veremos diante do quadro que ai está.

     

  17. Políticas econômicas para o Brasil devem distinguir das dos EUA

    Andre Araujo,

    Bom post. Você traz aquele viés que é também de Luis Nassif de dar por certo que a política anterior do governo da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff estava errada e eu creio que essa crítica não é feita de modo bem fundamentado.

    Do meu ponto de vista deveria haver uma comparação da economia brasileira com a russa desde 2008. E então verificar como o PIB dos dois países evoluíram ao longo do período. Só depois de avaliar o que houve de diferente nas duas economias e o que houve de igual se poderia dizer que um ou outro governo adotaram políticas equivocadas ou corretas.

    Evidente não bastaria dizer que a política foi equivocada ou correta. Seria necessário mostrar com argumentos lógicos os motivos que definem as políticas adotadas como equivocadas ou acertadas. O principal seria avaliar por que sendo uma economia governada por Vladimir Putin e outra governada pela ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff, as duas economias apresentaram queda do PIB semelhante em 2015.

    Mencionei essa semelhança da queda do PIB nas duas economia em meu comentário enviado sexta-feira, 03/0/2017 às 13:19, para Luis Nassif, junto ao post “Xadrez para entender a crise do setor elétrico” de quinta-feira, 02/02/2017 às 07:02 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-para-entender-a-crise-do-setor-eletrico

    Enfim em quase todos posts seus há essa crítica ligeira que partindo de pessoa com a sua formação ganha grau de autoridade, mas que está longe de realmente esclarecer o que aconteceu na economia brasileira nos últimos anos.

    Eu disse bom post não só pelo tanto de conhecimento que você repassa no texto, mas principalmente pelo puxão de orelha que você dá na declaração de Afonso Celso Pastore. E eu considero que a sua crítica ainda foi pequena. Um dia essa defesa da inflação baixa em nome dos desempregados vai ser tipificada como crime hediondo. A inflação baixa só pode ser defendida por três grupos de pessoas e a justificativa para esses três grupos defenderem uma inflação mais baixa decorre do fato de que eles ganham com a inflação baixa. 

    Os três grupos é composto pelos políticos porque precisam atender a demanda da população por uma inflação mais baixa para ganhar mais votos, pelo emprestador de dinheiro, pois quanto menor a inflação maior o ganho dele e pelos que têm emprego garantido assim como pelos que têm dificuldades para reivindicar aumento de salário. O terceiro caso, isto é, os que têm dificuldade para reivindicar aumento de salário mediante greve é o caso de Affonso Celso Pastore. Não se imagina, Affonso Celso Pastore participando de piquetes reivindicando aumentos salariais. Inflação baixa é algo bom para ele e ele deveria ter a coragem de defender a inflação baixa em nome dele e não em nome dos desempregados.

    Critico muito a frase inventada por intelectuais e que é repetida como um slogan político e que foi idealizada para justificar a defesa da inflação baixa, sendo essa situação de defesa comuflada exemplicficada pelo comportamento de Affonso Celso Pastore. A frase é “a inflação é o pior imposto porque atinge os mais pobres”. Esta frase é falsa e foi inventada por intelectuais, pois o povo a quem ela visa alcançar não a entende. É uma frase que poderia ser dita de uma forma de fácil compreensão para o povo como Lula a expressou em frente a um estabelecimento das Casas Bahia que estava sendo inaugurada quando ele disse: “A inflação, essa desgraça!”

    Quando um intelectual diz “a inflação é o pior imposto porque atinge os mais pobres” se não diz por má-fé, ele está se auto enganando, evitando uma dor de consciência por defender algo que é bom para ele – a inflação baixa – em nome do pobre. Na verdade o intelectual pertence aquele grupo com dificuldade de reivindicar aumento salarial e portanto, para ele o ideal seria que a inflação fosse baixa.

    E por fim lembro que eu tenho uma crítica ao seu texto. Retirando as qualidades dele, isto é, as muitas informações que ele repassa, a crítica ao posicionamento de Affonso Celso Pastore e outros aspectos semelhantes, um resumo dele seria que nele você procurar fazer a crítica ao uso das mesmas ideias para situações diferentes. Pois bem, a minha crítica a você é você propor as mesmas ideias para situações diferentes.

    Primeiro uma ligeira digressão. Você diz:

    “Hoje Monica de Bolle trabalha em Washington, no Peterson Institute for International Economics, um dos mais prestigiosos “think tanks” de economia. Criado por Fred Bergsten, um dos mais próximos do círculo íntimo de Henry Kissinger, subscretário de Estado para assuntos econômicos, Bergsten é daquela elite internacionalista que fez a grandeza dos EUA na segunda metade do Século XX, uma elite antípoda da ignorância e grossura de Trump.”

    Até ai eu concordo com você. Sem dúvida que Donald Trump é ignorante e grosso e a frase foi transcrita para mostrar que concordo com você nessa sua afirmação, mas transcrevi também para enfatizar que isso que você diz não é relevante. Então, destaco a frase para dizer que a única relevância da frase é permitir mostrar que ela é irrelevante ou se for relevante é para mostrar que tanto Donald Trump, com ignorância e grossura, pode adotar medidas corretas, como a elite, com o conhecimento e a finura que é peculiar à elite americana e, portanto, antípoda de Donald Trump, pode adotar medidas equivocadas.

    O que eu chamo de propor as mesmas ideias para situações diferentes é o que você diz nos dois parágrafos transcritos a seguir:

    “Trump, como grande devedor, sempre foi um empreendedor imobiliário ultra alavancado, não está nem aí para a inflação se esta vier, inflação é um bálsamo para devedores mas jogar US$1 trilhão em infra estrutura não faz nem coceira no Tesouro americano, quem deve US$20 trilhões pode dever mais US$1 trilhão que com a economia crescendo mais se repõe pelo aumento da arrecadação.

    Por tudo isso, a avaliação que Monica faz da economia brasileira atual é uma decepção. O receituário Meirelles-Goldfajn é claramente equivocado, o remédio de um ajuste estatístico é ainda mais falso e danoso, um verdadeiro engodo de sacrifícios inúteis e mal direcionados.”

    A ideia de Donald Trump está equivocada para o momento atual americano na medida em que a economia está com um nível de desemprego baixíssimo e qualquer estímulo suplementar vai levar a uma necessidade de aumento do juro que vai ter reflexo em todo mundo em desenvolvimento. Fatalmente a economia brasileira será atingida com mais uma onda de desvalorização da moeda.

    Agora tentar adotar a mesma política de Donald Trump no Brasil com base no fato de que a economia brasileira apresenta um índice de desemprego elevado. Ocorre que não só de imediato o pais ainda tem problemas de Balanço de Pagamentos, precisando talvez de mais desvalorização da moeda, como também há a possibilidade de o país enfrentar uma corrida contra as moedas de periferia à medida que a política de redução dos impostos e aumento de gastos de Donald Trump aumentar a tendência de elevação da inflação e levar o Banco Central Americano a aumentar a taxa de juros.

    Na verdade é preciso entender com mais cuidado a situação atual do Brasil. O Brasil precisa ter uma moeda mais competitiva para recuperar o setor industrial. A ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff era garantia da desvalorização da moeda. Só que a própria indústria paulista liderou o golpe contra a ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff. Agora o Brasil está diante dessa realidade. É preciso que Donald Trump faça a política equivocada lá nos Estados Unidos forçando o Fed a antecipar a elevação do juro para que a moeda brasileira desvalorize e a indústria brasileira possa ser recuperar não só pela exportação como também pela substituição das exportações.

    Adotar a política de Donald Trump aqui no Brasil não seria ruim pois com o alto índice de desemprego uma política assim não vai elevar a inflação, que por si só não é ruim. Sem inflação também não haveria valorização da moeda. Então, em princípio, adotar a política de Donald Trump no Brasil não seria equivocado. Só que se vier uma crise cambial em decorrência de corrida para o dólar diante de aumento do juro americano, o Brasil estaria em situação pior para mudar a política econômica o que levaria a nova e maior crise no Balanço dos Pagamentos.

    Além disso não se pode esquecer que o Teto de Gastos é apenas um golpe contra o Congresso Nacional. O déficit público em 2016 será um dos mais altos do Brasil nos últimos anos. Não só pela queda da receita como também porque o governo vem tentando resolver o problema dos restos a pagar. Os gastos públicos de 2017 na previsão orçamentária teve uma elevação dos gastos superior ao da inflação. Nada indica que a receita em 2017 será maior do que a de 2016. Assim não será por falta de estímulo do déficit público que a economia em 2017 deixará de crescer.

    E assim, o que ficou definido é que fora os dez porcentos do Congresso Nacional, que só pode ser acrescido pela inflação, a parte do orçamento do Executivo, antes motivo de todo o manuseio do Congresso Nacional que podia aumentar a receita à vontade para justificar aumento de despesa, agora não pode sofrer aumento uma vez que há o teto dos gastos.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 04/02/2017 (Em Pedra Azul)

    1. Meu caro Clever, agradeço seu

      Meu caro Clever, agradeço seu bem articulado comentario,  como sempre  pesquisado e minucioso.  Na minha visão a politica economica do governo Dilma sequer existiu, não era uma politica com começo meio e fim e sim uma serie de improvisações de curto prazo que não se articulavam, não havia uma estrategia clara combinada entre politica monetaria, cambial e de desenvolvimento a longo prazo, era antes de tudo uma politica de sobrevivencia no Poder.

       

  18. André e De Bolle: um caso de paixão

    Só a paixão explica essa devoção do André pelas so-called análises da sra. De Bolle – paixão já demonstrada em outros artigos aqui. 

    O discurso dela não difere substancialmente em nada do neolibelês mais caricato, mistificador e ideológico (no pior sentido da palavra) que predomina nas análises econômicas made in Globo. Talvez ela engane um pouco melhor. 

    O seu argumento para qualificá-la como algo além de uma “economista de mercado” não se sustenta: o fato de ter estudado na LSE não é garantia de absolutamente nada. Quase todos os principais economistas do país estudaram em grandes escolas. Desde quando, meu caro André, isto é elemento para reforçar uma argumentação?

    Leio seus artigos, gosto de muitos deles, e esperava mais do que uma simples louvação caipira ao fato de que ela é “dotôra” formada “nus istrangêru” – sobretudo quando quase todos os colegas dela, inclusive aqueles com visão totalmente diferente, são “dotôres” formados também lá fora. 

    Quando à tradução do livro do Piketty, ela foi devidamente inquirida sobre a aparente contradição entre o que ela, Monica, pensava e o que o Piketty afirmava. Saiu-se com a desculpa esfarrapada de que precisávams parar de ler os livros com viés ideológico, que o livro não é “de esquerda”, bla, bla, bla. As mesmas banalidades de sempre. 

    Por isso, ninguém pode se surpreender com a avaliação que ela faz da economia brasileira.

    E nem vou entrar em outro tema, que são as previsões que essa cidadã faz. Consegue a proeza de não acertar nenhuma. 

    Mônica é, como todos os seus colegas de turminha, rasa, mistificadora e limitadíssima em seu horizonte de estudos.  Sua compreensão de temas correlatos ao da economia – sociologia, ciência política, história, direito público – beira o zero. Nenhum bom economista, do tipo que o André admira, pode-se furtar a buscar formação neles. E pior, ela gosta de se meter a falar destes assuntos, passando vergonha com muita frequência. E, como é comum em pessoas assim, fica irritadíssima quando sua ignorância é posta a nu.

    Comparando a outro neolib, Gustavo Franco, pelo menos este tem um bom conhecimento de história econômica, geral e de ciências sociais. 

    Desculpe, André, mas as paixões pessoais devem ficar fora de análises como a que você empreendeu. 

    Se quer uma economista mulher, um pouco mais jovem, vá de Laura Carvalho.

    1. Meu caro, Monica nãi trabalha

      Meu caro, Monica nãi trabalha para banco, ela trabalha em um instituto de pesquisas, não a considero

      “economista de mercado” que são aqueles que vivem pendurados no sistema financeiro. O instituto Peterson

      é mais liberal que os outros fortes na area de Washinton, o Heirtage, o Enterprise e o CSIS, os quais conhecço bem, fiz cursos no CIS e participei do Americas Program deles, foram muito ativos na tabulação das eleições brasileiras de Collor a FHC, um trabalho primoroso que foi conduzido pelo William Perry.

      Eu discordo frontalmente de parte da visão de projeto economico da Monica, não discordo de analises como as da borboleta azul, uma metafora para indicar problemas de politica economica mas a partir de uma nalise historica interessante ela não tira conclusões aplicaveis a atual crise economica brasileira, esse é o tema do artigo.

      Quando a Laura Carvalho, acho otima, corajosa, tenho a maior admiração por ela, aliás a citei no artigo.

      1. Prezado André, 
        Não disse que

        Prezado André, 

        Não disse que ela trabalha para banco. E o Peterson Institute é um dos carros chefes do discurso neoliberal globalista.Pode não ser tão grossero quanto o Heritage Foundation, que é um amontoado de reacionários, mas não é muito melhor, não. 90% do que se produz ali é discurso mistificador em favor do livre-mercado sem amarras, atendendo aos interesses de quem sustenta o instituto. 

        No caso da Monica, repito: não entendo esta admiração por quem tem tantas falhas de formação em temas fundamentais para um bom economista, que vive cometendo gafes e vive sendo alvo da gozação de diversos especialistas por se meter a falar do que ignora completamente. 

        Eu, pelo menos, prefiro gente mais qualificada para admirar e, se discordo, para achar que tem condição de melhorar. 

        Enfatizo, mais uma vez, que gosto dos seus artigos, inclusive pelas polêmicas que lança, mas a personalidade em tela não vejo salvação. 

        Mas é do jogo. E sigo acompanhando-o, não raro com entusiasmo. 

        1. Meu caro, eu deixei muito

          Meu caro, eu deixei muito claro no artigo minha completa discordancia com o receituario de Monica para o Brasil daqui para frente MAS o que eu admiro nela é o nivel intelectual que está a anos luz da media dos economistas-de-vitrine que a midia brasileira expõe, meros ventriloquos de “lição de casa” sem nenhum ideia mais elaborada.

          O que eu deixo claro no artigo e lamento é que a partir desse nivel intelectual Monica não consiga sair da forma do fundamentalismo que está sendo revisado no mundo inteiro. Como é possivel uma economista do seu calibre defender um ajuste fiscal a frio, alem disse imperfeito, porque ao mesmo tempo que se pede austeridade se aumenta OITO categorias de alto funcionalismo com BONUS DE PRODUTIVIDADE extensivo aos aposentados? 

          Que ajuste é esse do ponto de vista ético?  Nos planos de austeridade da Inglaterra até a Monarquia participava.

          Acho inadmissivel um economista do nivel de Monica não dizer nada sobre a completa falta de estimulos monetarios para investimento publico nem que for imprimindo dinheiro,  porque o desemprego é mal maior do que qualquer inflação cujo RISCO é suportavel se for para dar sobrevivencia a essas familias que atinge extamente a periferia das grandes cidades

          que poderão explodir em violencia social se esse desemprego continuar por anos, que é que os Pastores vaticinam com alegria. Desemprego altissimo por muito tempo é cancer, inflação é gripe, se cura com relativa facilidade.

  19. O tão comentado (até
    O tão comentado (até recentemente) “bônus demográfico” já começou a ir pelo ralo com essa recessão prolongada, aplaudida como “dever de casa” pelos “arroz de festa” da Globonews.

    Depois que o último trem dessa ímpar oportunidade de enriquecer o país tiver partido definitivamente da estação, n

  20. O tão comentado (até
    O tão comentado (até recentemente) “bônus demográfico” está indo pelo ralo com essa recessão prolongada, que é aplaudida como “dever de casa” pelos economistas “arroz de festa” da Globonews.

    Depois que o último trem de oportunidade de enriquecimento do país tiver partido definitivamente da estação, não adiantará propor reformas do tipo “aposentadoria aos 90 anos”.

  21. Araújo, ao que me consta,

    Araújo, ao que me consta, Keynes jamais lecionou na LSE. Parece-me  – posso estar enganado, não pesquisei – que toda a sua carreira acadêmica foi em Cambridge

    1. Ele não foi do quadro fixo

      Ele não foi do quadro fixo como foi Hayek de 1931 a 1950 mas fez “lectures” e debates lá.

      Abaixo uma revisita do celebre debate Hayek x Keynes em um Seminario especial da London School of Economics.

      A ligação de Keynes com Cambridge é historica porque seu pai foi o Secretario da Universidade e sua mãe foi professora lá.

       

      https://www.youtube.com/watch?v=PLBOKq4On7k

      1. Prezado Andre,
        Concordo em

        Prezado Andre,

        Concordo em parte com o seu provocativo e lisonjeiro  artigo a respeito da Monica Bollore, e è verdade que num pais de cegos quem tem algum graus num olho só   pode brilhar ou ser rainha. Faz alguns meses que tenho lido um comentário dela desde que mudou se  para os EUA e tive a impressão que a influencia dos pragmáticos americanos a levaram a ser menos dogmática e professorinha e mais ciente de o que é a economia ou para melhor dizer o capitalismo. Achei uma grande melhoria se comparada com a atitude dos inúteis testos que escreveu para a velha  Galanto Consultoria . Mas tenho duvidas que possa ir alem disso.  Apesar de  não conhecer  quase nada da mais nova Laura Carvalho me parece que tenha tentado de ser um pouco mais original e científica e pode merecer uma citação.

        Quanto a Globo, são uma piada, não só partido de oposição mas partido de promoção da máxima ignorância and mischaracterization. 

        1. Agradeço o comentario,, sou

          Agradeço o comentario,, sou grande admirador da Laura Carvalho, ela é uma excelente economista da escola que mais admiro nos EUA, a New School of Social Research, de Nova York, a escola mais anti-amainstream do centro do capitalismo,

          a Laura é ainda muito jovem (32 anos) e é da novissima geração dos bons economistas brasileiros não amestrados pelo mercado.

  22. É a ~captura cultural~, estúpido!

    Caro André,

    Perdão, mas vc foi condescendente. Tanto com a de Bolle como com o PIIE. “De centro”??

    Tive contato com vários economistas com passagem pelo PIIE, que tem um intenso intercâmbio acadêmico com o meu Instituto aqui na Suíça. Nenhum poderia ser caracterizado como “de centro”.

    Muito mais “de centro” seria o Konrad Adenauer Stiftung… e, no entanto, vemos o que a Merkel faz aqui pelas Europas… ¬¬

    Trecho do post “Por que riem: a blindagem criminal do PSDB. Será sempre assim? Não!” (2/12/16):

    (…)
     

    Modalidades de captura do regulador pelo regulado

    A respeito do tema escrevi em outubro:

    ../Desktop/captura/captura_000011%20copy.jpg../Desktop/captura/captura_000012%20copy.jpg

    (…)

    ../Desktop/captura/captura_000014%20copy.jpg../Desktop/captura/captura_000015%20copy.jpg

    *

    Pois onde está o nosso exemplo de captura cultural, Mônica de Bolle, hoje?

    Google:

    Google:

     

    ../Desktop/Screen%20Shot%202016-12-02%20at%2000.30.59.png

    Wikipedia:

    ../Desktop/Screen%20Shot%202016-12-02%20at%2000.35.00.png

    Eles por eles mesmos:

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    Tags para a Monica de Bolle:

    #CapturaCultural
    #SíndromeDeEstocolmo

    Aliás, a fé dela é tamanha que remove (?) até montanhas (de ignorância).

    Opera milagre: transforma economista em jurista!

    “O que é crime fiscal”, por Monica de Bolle

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xnQy8q1fl6A%5D

     

     

      

    1. Agradeço o substancioso

      Agradeço o substancioso comentario, quando falo de CENTRO é dentro do espectro americano, em comparação como Heritage e o American Enterprise, o PIIE é mais equilibrado do que esses dois mausoleus da Direita em Washington.

      Pelo que sei Trump não tem admiradores no PIIE mas tem grande torcida no Heritage e no Entrprise.

  23. Monica

    Só compareceu às aulas dos discipulos (da seita maldita) de Von Hayek &  Mises na LSE.

    Seus comentários são monotonicos.

     

    PS: o Captcha é um lixo!

  24. André (autor do texto), você
    André (autor do texto), você acompanha a Mônica no Facebook e em suas colunas, podcasts? Me parece que não (embora você a conheça muito mais que eu, pelo início do texto), porque ela é uma das poucas que critica a visão otimista de que o que o governo Temer está fazendo é o suficiente pro país sair da recessão. Cheguei a esse texto tardiamente, mas posso afirmar que essa crítica a ela foi injusta, à luz do que ela vem escrevendo há um tempo. Não sei se ela concorda em expandir a base monetária (acho que você é exceção, dados os motivos da nossa atual crise), mas ela não concordar com isso não quer dizer que ela, Otaviano Canuto ou qualquer outro esteja preso ao quadrado ortodoxo.

  25. Eu li com atenção o livro do Piketty. Ele faz uma ressalva na introdução de que é da geração que viu cair o muro de Berlim. Apesar do título, que poderia até soar presunçoso, não é um livro de esquerda mas sim de estatísticas econômicas que chega a uma conclusão (a princípio) esquerdista: se não cobrar mais impostos dos ricos haverá um cataclismo. A solução de cobrar um pequeno imposto sobre o patrimônio dos ricos é a melhor alternativa para manter o atual status quo. É manter o status quo deve ser considerado uma visão de direita. Assim pra mim , a conclusão de Piketty é neutra.

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