No primeiro anúncio de Levy, bom senso e realismo

Ao anunciar uma meta de superávit de 1,2% para 2015, o futuro Ministro da Fazenda Joaquim Levy mostra bom senso e realismo.

Confirma-se que ele e Nelson Barbosa perseguirão o ajuste gradual das contas, ainda que para alcançar esses 1,2% vá se exigir um bom aperto em 2015.

Mas pelo menos afastou a miragem do superávit de 2% ou 3%, fruto do autoengano do governo Dilma nos dois últimos anos.

Da Agência Brasil

Meta de superávit primário em 2015 será 1,2% do PIB, diz Joaquim Levy

A meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – corresponderá a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB – soma das riquezas produzidas no país) no próximo ano. O anúncio foi feito há pouco pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e permite a redução do endividamento do governo no médio e no longo prazos. Segundo o novo ministro, em 2016 e 2017, o setor público se comprometerá com uma meta de esforço fiscal de pelo menos 2% do PIB.

Segundo o novo ministro, o superávit primário de ao menos 2% é necessário para assegurar a continuidade da redução da dívida líquida do setor público em relação ao PIB. Levy, no entanto, reconheceu que é impossível alcançar esse nível de esforço fiscal no próximo ano.

“Em 2015, a melhora do superávit primário alcançada não deve permitir chegar ao valor de 2% do PIB. Deve-se trabalhar com meta de 1,2%, na forma das estatísticas do Banco Central. Para 2016 e 2017, a meta não será menor que 2% do PIB”, explicou.

O futuro ministro comprometeu-se a ser transparente na divulgação dos dados das contas públicas. Segundo ele, o acesso pleno às informações facilita a tomada de riscos pelas famílias, pelos consumidores e pelos empresários, principalmente nas decisões de investimento.

“Alcançar essas metas [de superávit primário] é fundamental para ampliar confiança na economia brasileira. Isso permite ao país consolidar o crescimento econômico e melhorar as conquistas sociais realizadas ao longo dos últimos 20 anos”, explicou.

Por causa da queda da arrecadação e do aumento dos gastos, o governo anunciou que a meta de superávit primário, no próximo ano, corresponderá a R$ 10,1 bilhões, em vez da meta original de R$ 80,7 bilhões. A redução do esforço fiscal ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, no Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação dos atuais ministros, que permanecem em seus cargos até que os novos indicados formem suas equipes. Além de Levy, Nelson Barbosa, que assume o Planejamento, e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central (LINK 2), também conversaram com a imprensa.

Editor: Marcos Chagas

 

Luis Nassif

20 Comentários

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  1. Pois é, Nassif, isso vai dar

    Pois é, Nassif, isso vai dar R$ 70 bilhões de superávit o ano que vem.

    Quero ver como vão fazer para não colocar a economia na recessão!

  2. É bom lembrar que as receitas

    É bom lembrar que as receitas de 2014 contaram com Refis.

    Sem refis e sem 4G, vai ser um arrocho enorme nas contas públicas.

    Recessão, fique a vontade, seja bem-vinda!

  3. Metas reais ou utópicas?

    Acho que foi em entrevista pro Nassif que a Presidenta disse uma Vez, – Meta boa é aquela que vc persegue e não alcança. Pq se vc alcança a meta, é sinal que ela era pequena e você poderia fazer mais.

     

    Acho que ela aprende agora no segundo mandato que Meta boa é aquela que a gente supera!

     

    Se você prometer um doce pequeno e entregar um grande, a criança fica mais feliz do que se você prometer um pacote de balas e chegar só com uma. 

     

     

     

  4. A prova dos nove de Dilma

    A prova dos nove de Dilma será dar apoio a Levy no momento de maior turbulência desse momento de ajuste – como Lula teve quando no início do seu primeiro mandato. É a hora de ver se Dilma consegue desempenhar o papel de estadista. 

  5. o superavit, embora

    o superavit, embora superavit, de 1,2 por cento, acalma os críticos de levy

    temerosos de que houvesse um arrocho tipo choque economico….

    mas como swerá gradual, fica mais claro que não

    haverá nem recessão nem corte dos programas sociais.

    afinal, levy já fez parte deste projeto e foi um dos que o tornou factível e vitorioso;

    agora o psdb continuará com o mesmo papo furado dos derrotados ,

    como ocorreu depois de 2003 com palocci

    no ministério da fazenda com os seus ajustes

    consideradoa arrochantes até pelo próprio pt.

    agora quero ver alguns dizerem que dilma é autocrática,concentracionista e outra balelas mais….

    maior diálogo do que este com o mercado, impossível.

    1. É preciso entender a realidade que existe e não a que queremos

       

      Altamiro Souza (quinta-feira, 27/11/2014 às 19:27),

      Fim de ano e há muitas tarefas para executar e a gente acaba perdendo-se. Enviei um comentário para você junto ao seu comentário de quarta-feira, 26/11/2014 às 12:17, lá no post “Caçadores de renda, por Antonio Delfim Netto” de quarta-feira, 26/11/2014 às 07:52 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/cacadores-de-renda-por-antonio-delfim-netto

      Dada a qualidade dos seus ótimos comentários, o comentário que eu lá fizera crítico a você ficou parecendo ensinar Padre Nosso a vigário. No entanto eu insisti lá no meu comentário e volta a falar disso aqui porque vi lá no seu comentário dois entendimentos da esquerda e que a meu ver a esquerda são equivocados. Um é o entendimento técnico sobre o voto distrital e outro é o entendimento político da democracia representativa que para a esquerda é conduzida em cada caso concreto pela supremacia do interesse nacional. Ora o interesse nacional, o bem comum, são idéias abstratas que podem ser entendidos de modo semelhante ao que se chama de conceito jurídico indeterminado e, portanto, não se apresentam de modo concreto na discussão de cada composição de interesses conflitantes que é a tarefa básica de um parlamento.

      Bem, não tive tempo lá e nem tenho aqui para discorrer sobre a sua proposta de representantes que sejam estadistas e que Alexandre Weber – Santos -SP, mais parcimonioso, em comentário enviado quinta-feira, 27/11/2014 às 1144, junto ao meu chamou de representantes do povo com mais qualidade. Também não tive tempo lá nem tenho aqui para discorrer sobre todos os meandros do voto distrital, mas é importante saber que voto distrital embora associado no mundo todo com o voto majoritário, não é sinônimo de voto majoritário e uma vez eu vi o José Afonso de Souza que é constitucionalista defendendo o mesmo modelo que eu defendo que é o voto distrital puro e proporcional puro.

      Chamo de voto distrital puro e proporcional puro para que não se confunda com o voto distrital majoritário e o voto distrital misto. É voto distrital puro porque não é voto geral, isto é não é um voto que pode ser dado a qualquer candidato em todo estado no caso da eleição de deputados estaduais e de deputados federais ou em todo o município no caso da eleição para vereador. E é voto proporcional puro porque não será voto majoritário. E vale observar que o voto proporcional é previsto na constituição e para adotar o voto majoritário é preciso contar com o apoio de 2/3 do Congresso. Para se adotar o voto distrital puro e proporcional puro basta que a lei eleitoral assim o preveja. Há várias questões associadas com este modelo que eu defendo há mais de vinte anos. Haverá distritos para vereadores nas eleições municipais (Em todos os municípios ou apenas nos municípios com mais de 200 mil eleitores ou mais)?

      E remeto agora para o post “A mudança de rota na política econômica com as possíveis nomeações” de segunda-feira, 24/11/2014 às 12:59, aqui no blog de Luis Nassif, com apresentação pelo Jornal GGN e a transcrição da reportagem de Claudia Safatle, Andrea Jubé e Leandra Peres para o jornal Valor Econômico e intitulada “Missão de Levy e Barbosa será viabilizar política fiscal em 2015”. O post “A mudança de rota na política econômica com as possíveis nomeações” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-mudanca-de-rota-na-politica-economica-com-as-possiveis-nomeacoes

      Lá no post, acompanhando a luta da comentarista Anarquista Lúcida para que houvesse mais coerência nas análises sobre a mudança da equipe econômica, eu fiz um elogio a ela, em comentário que eu enviei terça-feira, 25/11/2014 às 08:50, criticando ao mesmo tempo as opiniões que estavam aparecendo a rodo para fazer críticas que muitas vezes beiravam a infantilidade. É claro que não era só o comentário da Anarquista Lucida que me parecia mais equilibrado. O tempo é que não permitiu também mencionar o seu comentário enviado segunda-feira, 24/11/2014 às 13:14, lá no post “A mudança de rota na política econômica com as possíveis nomeações”, como exemplo de quem não tinha pressa para julgar nem a nova equipe econômica nem a presidenta Dilma Rousseff.

      Aliás a falta de tempo fez com que eu cometesse alguns erros de redação que pensei em corrigir depois e pior, a falta de tempo transformou o meu elogio aos comentários de Anarquista Lúcida, em que eu fazia referência às críticas infantis que assoberbavam o blog, dando a impressão de que eu considerava infantil as críticas de Celso Orrico com que a Anarquista Lúcida debatera. Embora o meu elogio à Anarquista Lúcida significasse crítica ao Celso Orrico, não era este o caso. Discordo dos comentários dele, mas não os acho infantis.

      Infantil para mim é a gangorra que Luis Nassif fez sobre a equipe econômica nos dois posts de imediato após a indicação do Joaquim Levy e o Nelson Barbosa. É o que se observa quando se contrapõe o post “As boas e más notícias sobre os novos Ministros” de sábado, 22/11/2014 às 08:58, de autoria dele e o post “Se Levy tocar, Dilma dança” de domingo, 23/11/2014 às 11:03, também de autoria de Luis Nassif.

      O endereço do post “As boas e más notícias sobre os novos Ministros” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-boas-e-mas-noticias-sobre-os-novos-ministros

      E o endereço do post “Se Levy tocar, Dilma dança” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/se-levy-tocar-dilma-danca

      Mencionei os dois posts como exemplos de análises infantis porque no post Luis Nassif, depois de elogiar a escolha da nova equipe econômica faz a seguinte crítica a Dilma Rousseff:

      “A má notícia é que Dilma convidou-os, sem conferir, antecipadamente, se aceitariam o arranjo proposto: Levy na Fazenda, Barbosa no Planejamento”.

      E ai, como em sequência houve manifestações da ala mais a esquerda contrária a escolha de Joaquim Levy, no post “Se Levy tocar, Dilma dança”, Luis Nassif, para não perder a oportunidade, aproveitou a onda, mas agora com mais tempo, em vez de surfar, colocou mais tábuas nos argumentos dele para fazer um barco mais robusto e não afundar, mas ainda assim lançou lá a seguinte afirmação sem pé nem cabeça sobre o início do primeiro governo de Dilma Rousseff:

      “Quando assumiu, pretendeu dar um choque na inflação. Derrubou a atividade econômica.”

      Ainda bem que o Diogo Costa enviou um comentário segunda-feira, 24/11/2014 às 10:36, mostrando o absurdo da afirmação de Luis Nassif.

      E em seguida ele direciona as críticas a uma possível primazia de Joaquim Levy na condução da política econômica. De certo modo faz a crítica que se observa na mídia que tenta pautar o governo e ai vai publicando notícias contraditórias. Na quinta-feira, 20/11/2014, saiu lá na primeira página do jornal Valor Econômico em letras garrafais: “Dilma convida Trabuco para assumir a pasta da Fazenda”. A matéria era de Claudia Safatle e pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.ihu.unisinos.br/noticias/537663-dilma-convida-trabuco-para-assumir-a-pasta-da-fazenda

      Dois dias depois a Claudia Safatle, agora com a ajuda de Andrea Jubé e Leandra Peres, assinam a matéria “Ajuste fiscal é a prioridade imediata de Levy e Barbosa” que sai publicada no Valor Econômico na primeira página. E do lado há mais uma matéria com viés crítico a presidenta Dilma Rousseff. Agora assinada por Angela Bittencourt e Vanessa Adachi, e saindo também na primeira página do Valor Econômico de sábado, domingo e segunda-feira, 22, 23 e 24/11/2014, há a matéria “No Tesouro, desavenças com Dilma”.

      A matéria “Ajuste fiscal é a prioridade imediata de Levy e Barbosa” pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/politica/3790222/ajuste-fiscal-e-prioridade-imediata-de-levy-e-barbosa

      E a matéria “No Tesouro, desavenças com Dilma” pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/politica/3790220/no-tesouro-desavencas-com-dilma

      Infelizmente as duas matérias só podem ser lidas na íntegra por assinantes do jornal Valor Econômico. Mas há opções em links não permanentes se se fizer a pesquisa na Internet. O que é importante é perceber como tudo é feito para mostrar uma presidenta Dilma Rousseff sem alternativa a não ser entregar a condução da política econômica ao mercado. E tudo é feito sem considerar pelo menos as informações mais relevantes sobre determinado tema. E eu lembro ter lido não sei onde um texto que falava da ida de Joaquim Levy no Palácio da Alvorada conversar com a presidenta Dilma Rousseff sendo uma visita com certa frequência tendo inclusive presenteado a presidenta com livros sobre economia. Quer dizer, não nego a desavença, mas a ideia do mercado impor o nome da equipe econômica à presidenta Dilma Rousseff é de uma pobreza de análise sem tamanho.

      E ainda no jornal Valor Econômico de sábado, domingo e segunda-feira, 22, 23 e 24/11/2014, há um texto maior de Claudia Safatle, Andrea Jubé e Leandra Perez intitulado “Missão de Levy e Barbosa será viabilizar política fiscal em 2015” e que é a matéria que o Jornal GGN utilizou como referência no post “A mudança de rota na política econômica com as possíveis nomeações” já mencionado acima.

      Deixei todas essas indicações não só porque mostra a mídia escorregando entre uma informação ou outra querendo adivinhar o futuro sem nem mesmo conhecer o passado como também porque essas matérias trazem com um espírito crítico à presidenta Dilma Rousseff e são utilizados nos blogs críticos a Dilma Rousseff como se a Dilma Rousseff tivesse feito um estelionato eleitoral. E a avaliação que se tem de fazer deste tipo de análises é que por maior que seja a formação dos seus autores são análises que beiram a birra infantil, de quem não tem conhecimento nem do passado nem do presente e, portanto, muito menos do futuro.

      Aliás, essas críticas são tão ruins que eu nem vou negar que de certo modo eu me comporto nas minhas respostas ou réplicas ou meramente críticas utilizando as mesmas armas. É com esse espírito armado contra essas pirraças desarrazoadas que eu vejo a frase “Mas pelo menos afastou a miragem do superávit de 2% ou 3%, fruto do autoengano do governo Dilma nos dois últimos anos”. Trata-se de frase em que Luis Nassif faz a introdução desta matéria da Agência Brasil “Meta de superávit primário em 2015 será 1,2% do PIB, diz Joaquim Levy” reproduzida aqui neste post “No primeiro anúncio de Levy, bom senso e realismo” de quinta-feira, 27/11/2014 às 17:24.

      A frase dita hoje esquecendo-se o passado não parece desarrazoada. Só que uma frase assim representa esquecer que 2013 era para ser um ano de crescimento de receita. Era para ser na perspectiva do governo porque havia indícios de retomada da economia. E que para 2014, embora fossem previsíveis tormentas na área cambial em decorrência de possíveis ajustes no QE 3 e na taxa de juros americanas, o Brasil iria entrar com crescimento econômico suficiente para administrar a necessidade de juros mais altos para atrair dólar e para não deixar a inflação se elevar muito. Tudo isso deu certo até o fim do primeiro semestre de 2013, sendo que a informação sobre o PIB no segundo trimestre de 2013 só saiu publicado em setembro de 2013 e mostrava a economia já de vento em popa. Era ali que se faziam as projeções para 2014. Se de repente tudo mudou, deveria ser motivo de estudo e não de frases de quem parece não saber sobre o que está falando.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 28/11/2014

      1. Uma correção, um upgrade em informação e mais um link sobre Levy

         

        Altamiro Souza (quinta-feira, 27/11/2014 às 19:27),

        Aproveito para fazer uma correção e indicar uma referência imprecisa que eu havia feito em meu comentário anterior de sexta-feira, 28/11/2014 às 14:13, e deixar uma indicação de post mais recente que trata da nomeação de Joaquim Levy e de Nelson Barbosa.

        A correção diz respeito a seguinte frase no meu comentário anterior:

        “No entanto eu insisti lá no meu comentário e volta a falar disso aqui porque vi lá no seu comentário dois entendimentos da esquerda e que a meu ver a esquerda são equivocados”.

        A correção é só para tirar a expressão “a esquerda” que ficou meio que perdida na frase, a menos que eu tivesse tido a intenção de me situar como alguém de esquerda caso em que a frase deveria ser:

        “No entanto eu insisti lá no meu comentário e volta a falar disso aqui porque vi lá no seu comentário dois entendimentos da esquerda e que a meu ver, numa visão que eu tomo como sendo de esquerda, são equivocados”.

        A referência imprecisa que eu menciono como tendo cometida em meu comentário anterior ocorreu quase ao fim do comentário (No quinto parágrafo antes do fim) quando eu digo:

        “E eu lembro ter lido não sei onde um texto que falava da ida de Joaquim Levy no Palácio da Alvorada conversar com a presidenta Dilma Rousseff sendo uma visita com certa frequência tendo inclusive presenteado a presidenta com livros sobre economia.”

        Procurei bastante por este texto e só hoje quando estava jogando jornais velhos fora vi uma reportagem na Folha de São Paulo de quinta-feira, 27/11/2014, na seção “mercados1”, que trazia a notícia que eu havia lido. Trata-se de matéria de Natuza Nery e Valdo Cruz, intitulada “Escolha final no Tesouro será da presidente” em que há a seguinte passagem, intitulada “DIVERGÊNCIAS”. Diz-se lá na reportagem:

        “Ambos divergiram durante o governo Lula, ela como ministra e ele como secretário do Tesouro, mais de uma vez. O que poucos sabem, porém, é que Levy manteve contato próximo com Dilma de 2010 para cá.

        Quando visitava Brasília para tratar de interesses do governo do Rio, do qual foi secretário de Fazenda, Levy algumas vezes era recebido por Dilma. Nessas ocasiões, sempre trazia presentes, em geral livros de economia de autores estrangeiros.

        Essas reuniões são hoje descritas por auxiliares para mostrar que a escolha do novo ministro da Fazenda não é artificial como supõe o PT”.

        A reportagem “Escolha final no Tesouro será da presidente” pode ser vista no seguinte endereço:

        http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/11/1553948-escolha-final-no-tesouro-sera-de-dilma.shtml

        E a indicação que eu queria fazer refere-se ao post “Os desafios da política econômica de Dilma” de segunda-feira, 01/12/2014 às 06:47, aqui no blog de Luis Nassif e que traz uma análise de Luis Nassif mais comedida sobre a ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda à semelhança do que já ocorrera neste post “No primeiro anúncio de Levy, bom senso e realismo”. O endereço do post “Os desafios da política econômica de Dilma” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/os-desafios-da-politica-economica-de-dilma

        Eu disse que Luis Nassif foi mais comedido no post “Os desafios da política econômica de Dilma” comparativamente aos posts mais antigos dele, onde ela fazia acusações de incompetência para a equipe econômica sem, entretanto, apresentar prova ou demonstrar tecnicamente a acusação, porque a única referência mais crítica a atual equipe econômica foi no seguinte trecho:

        “No primeiro governo, Dilma tentou trazer a Selic para níveis civilizados. Mas não contava com operadores de fôlego para a empreitada”.

        Trata-se de crítica que dada a realidade brasileira é muito difícil uma equipe econômica não ficar sujeita a ela. Assim, como o mote das críticas de Luis Nassif é a taxa de juros, ele ficará em uma sinuca de bico nesses dois próximos anos porque a menos que a economia americana não se recupere haverá subida de juros americanos e com isso fuga de capital dos países de periferia para os Estados Unidos e para enfrentar essa fuga de capital o governo brasileiro precisará manter o juro em um patamar mais elevado.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 02/12/2014

  6. buenos,
    para tirar o

    buenos,

    para tirar o lulopetismo do atoleiro abissal dos números cabalísticos de “criativos”, o modelo bíblico ideal de governança político-econômica seria um Davi o bem-aventurado, pero si, um Levy e sua tribo dos levitas do mercado capital pode ajudar Dilma mais PT na travessia do deserto dos deslumbrados, ao obrigar, de régua em punho, Dilma a teimosa a fazer com aplicação draconiana a lição de casa de ferreiro espeto de pau… e nunca mais na vida político-administrativa, inspirada no realismo socialista estalinista, querer porque querer colher os rabanetes pelas folhas. 

    1. jcPompeu, comeu um calango e emburreceu.

      Buenos, Buenas e baboseiras, aí está o mané derrotado, que queria fazer do Brasil uma imensa Colômbia dando pitacos num site onde a maioria é de gente honesta, sincera e interessada no Brasil, não essa gente colonizada, pretensiosa, analfabeta, estúpida que usa uns vocábulos ingleses para substituir palavras consagradas da língua portuguesa. Parece até que o sistema CONFEA (reunião dos CREA’s) está contaminado. Vi um cartão de “designer de interiores” com o número de registro no Conselho. “Desenhista”  não é o bastante? Nem precisa traduzir…

  7. Reduzindo a Selic para

    Reduzindo a Selic para 8%a.a., o governo consegue o superávit de 1,2%. Os gastos com os juros devem ser reduzidos rapidamente.

  8. O governo deixou de arrecadar

    O governo deixou de arrecadar R$ 84 bi com desonerações em 2014. Referido ao PIB de 2013, isto corresponde a quase 2% do PIB. Chamam a isso de política anticíclica, que deu certo, diga-se de passagem.

    Não houve autoengano nenhum, houve ajuste tático para cumprir a estratégia de manter empregos. Orçamento não é camisa de força.

    “Ajuste”, “aperto” e que tais têm de começar pela redução da sonegação que é de quase 10% do PIB, e da qual ninguém fala. Aperto, sim, nos sonegadores, afinal, foram eles que perderam as eleições. Em seguida, diminuição gradual das desonerações. 

    Parece que baixou o espírito do “aperto”, de novo, na moçada, e quando baixa esse “caboclo”, quem se ferra são os desafortunados. Essa historieta já foi ouvida muitas vezes, e ninguém de bom senso cai mais nela.

    1. Nem toda desoneração

      Nem toda desoneração significa empregos. Uma que passou da hora de cortar é a das montadoras. Um governo que gasta menos do que arrecada não necessariamente é um governo de esquerda ou de direita, É uma questão de bom senso.

  9. A dúvida

    Nassif, você declarou seu voto em Dilma contrapondo um projeto desenvolvimentista a um projeto financista.

    Afinal, o Levy é um desenvolvimentista ?

  10. Entenderam ?

    “…e melhorar as conquistas sociais realizadas ao longo dos últimos 20 anos.”

    Ele falou 20 ( vinte ) anos. Copiaram ? Entenderam ? Ou querem que faça um desenho ?

  11. uma no cravo, outra na ferradura

    as previsões, as tentativas de orientação, textos e comentários criticos ou laudatórios, tanto antes quanto depois, economistas , “economistas”, e governos nesse grande e problematico país. uma no cravo, outra na ferradura. E assim se vai levando.

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