Nova presidente do TST considera que reforma trabalhista foi “tímida”

Em entrevista, Maria Cristina Peduzzi diz que legislação trabalhista precisa de mais atualizações

Jornal GGN – A retirada de diversos direitos trabalhistas parece não ter sido suficiente: para a nova presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Maria Cristina Peduzzi, as mudanças realizadas até o momento foram “tímidas” e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) precisam de mais atualizações.

As declarações foram feitas em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo. Maria Cristina diz que não pode dizer que existe uniformidade entre juízes, desembargadores e ministros a respeito da reforma trabalhista, uma vez que “há ainda muita controvérsia a respeito de alguns tópicos porque não houve tempo de o TST uniformizar divergências”.

Contudo, ela diz que seu entendimento pessoal é de que o juiz não pode não reclamar, mas declarar uma inconstitucionalidade incidental nos autos. “O STF é o último a dizer sobre a matéria constitucional, que provoca efeito imediato, como no caso da contribuição sindical, que era obrigatória e a lei da reforma excluiu. O STF imediatamente instado disse: “É constitucional”. Isso promove segurança jurídica”, diz.

Maria Cristina admite uma precarização das relações de trabalho com as mudanças, mas tenta justificar o quadro com uma “Quarta Revolução Industrial” e que atualmente existem modos de produção impensáveis à época da criação da CLT – e que, na visão da ministra, ainda precisa de muita atualização. “A considerar a revolução tecnológica, a reforma foi tímida”.

Redação

12 Comentários

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  1. Gostaria de saber o que ela pensa sobre uma reforma do judiciário.
    Um algoritmo bem vagabundo conseguiria ler melhor a constituição do que qualquer de doutores que interpretam o que não sabem nem ler.

  2. Ótimo. Que ela e seus pares, para satisfazer as demandas, trabalhem sábados e domingos, só tenham um mês de férias, nenhum recesso e salários mais penduricalhos limitados no total (já enorme) ao que diz a lei. E se limitem a falar, exclusivamente, nos autos.

  3. Tímida é a força do caráter da excelsa ministra.
    Impensável é um ministro de tribunal do trabalho ser contra os direitos trabalhistas.
    Ao menos por uma questão de sobrevivência de sua ocupação a digna magistrada deveria repensar os seus conceitos..

  4. O governo Bozo já cogitou extinguir o Ministério do Trabalho. Aqui em Sampa já fecharam mais de 50% das agências de atendimento do MT, e os juízes “patronais” (com tendência de favorecer o patrão) ameaçam o trabalhador com a possibilidade de ter de pagar ao patrão.
    Agora, com essa presidente submissa à ideologia bozoloide, as portas para o abuso estão abertas.
    O MT vai acabar, mas a “Justiça” Trabalhista não.
    Se é para acontecer isso, então é melhor extinguir tudo.
    Pra quê manter tribunais e magistrados com salários poupudos, cheios de regalias e penduricalhos, que nada decidirão a favor dos trabalhadores?

  5. Com salarios do judiciario atingindo 1.000.000 (TJ-PE) é mole falar em “quarta revolução industrial”. Dificil é viver com 1000 por mes, aí nem precisa ficar sabado ou domingo em casa pois vai consumir a farinha com mandioca dos filhos.
    Nao sabe o que diz. E este parece ser o defaut de nossas autoridades maiores neste país infame.

  6. Já perceberam que todo mundo que quer sair bem na fita da mídia golpista sempre fala em reformas e,quando elas foram feitas,que foram tímidas? E que nunca dizem o que é está tal reforma?
    Essa gente é monocórdica.
    Eu gostaria de ajudá-los. Se foi tímida ,cara presidenta,o que a senhora sugere?
    Vamos lá, não se acanhe.

  7. Cara de pau.
    O Brasil não completou nem a 2a revolução industrial e ela fala na 4a.
    Precisamos sim de uma reforma no judiciário para extinguir os marajá.

  8. Uma coisa que eu queria ver era esse pessoal togado e do ar condicionado passar um mês na função de um cortador de cana ou de um servente pedreiro carregando lata de cimento, recebendo salário mínimo e sem ter direito nenhum com essa legislaçao “atualizada”… só um mês pra entender na real o que é a relação capital x trabalho…

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