Nova primeira ministra finlandesa quer avançar nas políticas trabalhistas

“Acredito que as pessoas merecem passar mais tempo com as suas famílias, entes queridos, hobbies e outros aspetos da vida, como a cultura”, afirma Sanna Marin

do Jornal Económico 

Trabalhar quatro dias por semana, seis horas diárias. Nova primeira ministra finlandesa quer avançar com medida

por  

A nova primeira-ministra da Finlândia pretende introduzir um horário de trabalho flexível no país, que passará por quatro dias de trabalho durante seis horas, segundo conta o “Daily Mail” esta segunda-feira, 6 de janeiro.

Sanna Marin de 34 anos é a segunda chefe de Governo mais jovem do mundo, refere que esta medida permitirá aos trabalhadores passarem mais tempo com as suas famílias. “Acredito que as pessoas merecem passar mais tempo com suas famílias, entes queridos, hobbies e outros aspectos da vida, como a cultura”.

Antes de se tornar primeira ministra, Sanna Marin ocupou o cargo de ministra dos Transportes da Finlândia. Enquanto esteve no cargo, Marin defendeu semanas de trabalho mais curtas para melhorar o relacionamento e a produtividade dos funcionários.

Atualmente, na Finlândia, é normal trabalhar oito horas por dia, cinco dias por semana. A proposta foi imediatamente recebida com entusiasmo pelo ministro da Educação, Li Andersson, líder da Aliança de Esquerda.

“É importante permitir que os cidadãos finlandeses trabalhem menos. Não se trata de governar com um estilo feminino, mas de oferecer ajuda e manter as promessas aos eleitores”, salientou Sanna Marin.

Esta medida já é utilizada na Suécia desde 2015, com os resultados a mostrarem que os funcionários são mais felizes, mais ricos e mais produtivos. Sanna Marin foi eleita no país nórdico em dezembro, numa coligação de centro-esquerda com outros quatro partidos, todos chefiados por mulheres, três das quais com menos de 35 anos.

O conselho do Partido Social Democrata da Finlândia votou 32 contra 29 a favor de Sanna Marin, em detrimento da rival Antti Lindtman, para assumir o posto mais alto do governo da antiga Antti Rinne.

Em novembro, a Microsoft no Japão tomou uma iniciativa ousada numa tentativa de melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, introduzindo um fim de semana de três dias para os seus funcionários. Os resultados mostraram que a produtividade aumentou em 39,9%.

Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Eu acharia ótimo trabalhar 4 dias na semana, 6 horas por dia. Ou pelo menos, por questão de justiça, gratidão ou algo que o valha, esse regime de trabalho deveria ser aplicado a quem já atingiu os requisitos para aposentar, mas optou por permanecer em exercício.

  2. Isto acabaria com o desemprego, teriam que contratar mais para trabalhar outros dias, faria a economia funcionar. Isso aqui não tem jeito, é um atraso eterno apoiado pela própria população que elege isso que estamos vendo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador