O contexto que sufoca o governo Bolsonaro

Presidente se encontra acuado em meio ao caos em Manaus, sucessivas mentiras e o fim da era Trump nos Estados Unidos, e isso se reflete nas redes sociais

Jornal GGN – Jair Bolsonaro contou com apoiadores ruidosos para conquistar a Presidência da República, e os militantes bolsonaristas recheiam as redes sociais com xingamentos, intrigas e fake news desde 2018, mas desde a última semana as críticas a Bolsonaro ganharam grande destaque, enquanto o engajamento em torno da defesa do presidente ficou abaixo da média.

Em sua coluna no portal UOL, o jornalista Chico Alves explica que essa mudança de quadro é decorrente de uma série de fatores, como a situação de Manaus, onde pacientes de covid-19 morreram por asfixia devido a falta de oxigênio; a aprovação da CoronaVac, antes criticada por Bolsonaro; a rapidez com que o governo de São Paulo aplicou a primeira dose da vacina e a confirmação de medicamentos como cloroquina e ivermectina não são eficazes contra o coronavírus.

Tanto o presidente como seus apoiadores tentaram desacreditar a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, tanto que muitos militantes chamaram o imunizante de “vacina”, mas a pressão pela imunização aumentou confirme a pandemia avançava, junto com as campanhas de vacinação em outros países. E a aprovação dos imunizantes fabricados no Brasil, além da vacinação feita pelo governador de São Paulo, João Doria, agiram com o golpe de misericórdia contra tal narrativa.

Por conta disso, as citações sobre o impeachment de Bolsonaro bateram recorde nas redes sociais, e permaneceram bem acima da média verificada antes – no último dia 15, foram efetuadas cerca de 120 mil menções ao impeachment do presidente no Twitter.

A desorientação dos bolsonaristas também foi vista no YouTube, principalmente após a eleição de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, no mês de novembro – os apoiadores abandonaram a narrativa de fraude eleitoral já no período, enquanto Bolsonaro esticou a argumentação até dezembro.

 

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Redação

3 Comentários

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  1. Não é possível ficar apenas criticando o miliciano doido varrido, afinal, ele não chegou ao trono per si, pelo seu talento político que sequer existe, chegou lá para cumprir um roteiro e mais nada. Há poucos dias o boçal arremessou aquela pérola de frase, “eu fiz a minha parte…”, ou seja, ele tem plena consciência de que não passa de um empregadinho bem comportado, que faz a sua parte.
    Daí a permanente tentativa para dar um golpe de Estado, o que lhe devolveria alguma independência, sairia desta camisa de força. Só que as forças responsáveis por sua ascensão não não respiram da mesma estupidez.
    O desinformado de todo, o ” eu não sei nada de economia”, o “acabou, porra” já parece estar entregue à própria sorte, só espera-se que venha a existir o tal do efeito-comparação com o impedimento fake das pedaladas, de triste memória já que o resultado de lá prá cá é dramático, por exemplo, de o país saiu da 6ª posição para a 13ª economia do mundo em apenas 4 anos, um show macabro.

    1. Alfredo: sempre disse pro Nassif que Cavalão é rabo-de-cobra. O bando vive protegido por baionetas fincadas à volta e o cano de fuzil pelas frestas. Ou se corta a cabeça da Hidra-de-Lerna ou Pindorama será sempre um Quintal, no CondominioLatinoAmericano, vigiado pelos VerdeSauvas e conduzido pela EliteEscrota.

  2. Já afirmei peremptoriamente que se apertar,ele se borra todinho e sozinho.Nem Hélio Negão troca as fraldas.
    Vai entregar a cabeça do criminoso de guerra( a pandemia é o que?),Pazzuello para tentar escapar da guilhotina.
    Para o acima assinado é pouco.Aguerdemos pois.

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