produtos
.
Filmado em 1956, produzido e dirigido por Henri-Georges Clouzot, o cinegrafista foi Claude Renoir, com música de Georges Auric, o filme não é uma peça biográfica, aborda o processo criativo do pintor. O documentário foi premiado em Cannes no mesmo ano.
São pintadas cerca de duas dezenas de telas sobre vidro transparente – mas sem aparecer o artista – que mostram a evolução da pintura; telas que levam horas para concluir dão a impressão de serem pintadas em minutos, o pintor se mostra fatigado em certos momentos. Picasso, o diretor e o cinegrafista aparecem em algumas cenas curtas. A maioria das telas foram destruídas, não se tem certeza que alguma possa ter sobrevivido, de modo que o registro histórico ficou apenas na película.
O público carioca tem oportunidade de ver esse filme em telão e legendado, até setembro. A exibição acontece na exposição Picasso e a Modernidade Espanhola – Obras da Coleção do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, que acontece no CCBB Rio de Janeiro, na Rua Primeiro de Março. Dependendo da movimentação que acontece na sala de exibição da fita, o som, a trilha sonora de Georges Auric pode ficar um pouco prejudicada; quando fui tinha na sala crianças de idade pequena e um pouco ruidosas. Abaixo vocês podem conferir o filme, sem legendas, no original em francês.
“Le mystère Picasso” – Primeira parte
“Le mystère Picasso” – Segunda parte
Faça login para comentar Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Tesouro Nacional da França
No ano de 1984 o governo francês declarou esse fantástico documentário “Tesouro Nacional”, exatamente porque as telas pintadas foram destruídas, de acordo com o contrato assinado.
Parece que o único outro filme que também recebeu essa honraria foi “O Processo”, dirigido por Orson Welles, que usou a Gare d’Orsay como cenário (ela foi fechada logo depois e sua transformação em museu é muito posterior).