Os 15% de Eduardo Campos

Eduardo Campos alcança 15% novo
sab, 12/10/2013 – 16:15
 
http://blogdokennedy.com.br/datafolha-nao-recomenda-euforia-ao-pt/
 
Datafolha não recomenda euforia ao PT
Se não faltasse um ano para a eleição, o PT e a presidente Dilma Rousseff poderiam mandar abrir o champanhe. Mas há uma campanha no meio do caminho.
Os resultados da pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, a primeira após a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB, são os esperados para este momento. Dilma aparece como favorita, com chance de se reeleger no primeiro turno.
No entanto, outra pesquisa do Datafolha merece mais atenção da presidente e de seus estrategistas. A recuperação da popularidade perdeu força. O governo Dilma tem hoje 38% de índice ótimo/bom. Para 42%, sua gestão é regular. E 19% julgam a administração petista ruim ou péssima.
Há dois meses, 36% consideravam o governo ótimo/bom. O índice regular era de 42%. E a taxa de ruim/péssimo, 22%. Em março, o governo Dilma teve seu pico de popularidade: ótimo/bom (65%), regular (27%) e ruim/péssimo (7%).
Se os dados de avaliação de governo se estabilizarem no atual patamar, cresce a possibilidade de segundo turno na disputa presidencial. Em todas as suas campanhas pelo Palácio do Planalto, o PT teve de enfrentar uma segunda etapa. Dilma terá de recuperar popularidade de forma mais significativa para aumentar a chance de vencer no primeiro turno.
Já a pesquisa Datafolha de intenção de voto é influenciada pela maior taxa de conhecimento de Dilma em relação aos opositores e também pela maior exposição da presidente no noticiário.
Resumindo: a pesquisa sobre a eleição é boa para Dilma, mas o levantamento que afere a popularidade do governo não recomenda euforia ao PT e à presidente.
*
Voltando à pesquisa Datafolha de intenção de voto presidencial, no cenário A, Dilma marcou 42%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve 21%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 15%. Os votos nulos, em branco ou nenhum candidato somaram 16%. Não souberam quem escolher 7%.
Por ora, esse cenário, sem Marina, é o mais provável.
Se a ex-senadora entra no jogo, os números ficam assim: Dilma (39%), Marina (29%) e Aécio (17%). Votos em brancos, nulos ou em nenhum postulante caem para 10%. E 5% continuam sem saber quem escolher. Esse cenário é menos provável, mas não pode ser descartado. Vai depender da performance de Campos nos próximos meses. Ele tem tempo e uma cabo eleitoral que parece disposta a brigar pela causa.
Diante da alta taxa de rejeição, a substituição de Aécio pelo ex-governador José Serra é possibilidade para lá de remota. Serra seria barrado por 36% dos pesquisados. Dilma, tão conhecida quanto, por 27%.
As taxas de rejeição de Aécio e Campos precisam ser cotejadas com o índice de conhecimento menor em relação a Dilma e Marina. O eleitor tende a rejeitar quem conhece bem, mas também quem desconhece. Aécio teve 24% de rejeição. Campos, 25%. São taxas baixas, que podem crescer ou subir ao longo da campanha. Muito conhecida, Marina teve rejeição mínima, de 17%, o que faz dela um nome competitivo e que poderá assombrar Campos.
Numa leitura geral, Dilma alcançou o resultado esperado: favorita, com possibilidade de vencer no primeiro turno. Nas simulações de eventual segunda fase, derrotaria todos os adversários.
A presidente tem vantagens. É amplamente conhecida do eleitorado. Está no centro do noticiário todos os dias. Com agenda positiva de eventos, faz viagens regionais nas quais dá entrevistas a veículos de comunicação em que aparece bem na foto. O “Mais Médicos” foi um gol a favor dos mais pobres.
Hoje, a sucessão presidencial está fora do radar da maioria das pessoas. Por isso, a taxa de conhecimento e a exposição natural no noticiário são fatores que vitaminam o desempenho da presidente nas pesquisas. São benefícios que os opositores não possuem.
Em junho, os partidos farão as convenções para oficializar as candidaturas. A partir de julho, a campanha começará a esquentar. E acontecerá mesmo em agosto e setembro, quando o eleitor ficará ligado. Então, o PSB terá decidido entre Campos e Marina. E teremos o cenário definido e o ambiente real da disputa.
Luis Nassif

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