Para cientista político, avaliação de Dilma não surpreende

Do Estadão
 
 
Análise: Fragilmente Favorecida
 
Carlos Melo
 
A avaliação de ruim/péssimo do governo de Dilma Rousseff é ligeiramente superior à de FHC e Lula em igual período de seus primeiros mandatos – 27%, ante 20% do tucano em 1998 e 22% do petista, em 2006. É verdade que os “ex” tinham mais jogo de cintura para superar adversidades, mas ainda assim a mais recente sondagem do Ibope não deveria surpreender nem precocemente retirar a presidente da condição de favorita para a próxima eleição.
 
A avaliação de ruim/péssimo do governo de Dilma Rousseff é ligeiramente superior à de FHC e Lula em igual período de seus primeiros mandatos – 27%, ante 20% do tucano em 1998 e 22% do petista, em 2006. É verdade que os “ex” tinham mais jogo de cintura para superar adversidades, mas ainda assim a mais recente sondagem do Ibope não deveria surpreender nem precocemente retirar a presidente da condição de favorita para a próxima eleição.
 
Esse quadro não se desenhou de uma hora para outra: a reversão de expectativas em relação ao governo se dá desde meados do ano passado. O Datafolha de 6 e 7 de junho já demonstrava curvas de expectativa descendentes em relação à inflação e ao poder de compra dos entrevistados. Analistas só olhavam para a popularidade e não compreendiam as manifestações de junho nem o efeito de tais expectativas ao longo do tempo. Atribuíram tudo à rua desorganizada, sem pauta ou foco – que em pouco tempo fez com que o clima arrefecesse, retomando a crença de que a eleição seria um passeio e Dilma, franca favorita.
 
Naturalmente, a presidente detém importantes instrumentos de campanha – reeleição favorece, centralidade no noticiário, máquina, tempo de TV, grandes partidos, marqueteiro experiente e o maior cabo eleitoral da história, Lula. Além disso, a oposição não capitaliza o descontentamento, tem muitos problemas e pouco tempo, e não conta com trunfo capaz de rivalizar com Lula.
 
Mas há tempos o governo patina, sem cumprir o desafio da continuidade ao virtuoso processo dos 16 anos anteriores a 2011. Abriu-se um flanco num setor sensível, que é a percepção do eleitor em relação ao seu bem-estar. A percepção latente de piora é lenta até se consolidar e dar saltos na direção do pessimismo explícito, como parece ser o momento. Os números já diziam, e hoje reafirmam, que o favoritismo de Dilma é frágil.
 
Sua condição é precária, pois seu diagnóstico da política, da economia e da sociedade se mostrou inconsistente, comprometendo o desempenho. Escolhas erradas e má condução de processo não tardam a cobrar seu preço. Um governo não se faz só de gerentes, mas de políticos visionários. Trocar o longo pelo curto prazo é um problema, quando o futuro chega. Simples assim. Nada disso é novo; Dilma é apenas fragilmente favorita – ainda assim favorita, por enquanto.
 
* CIENTISTA POLÍTICO E PROFESSOR DO INSPER
Redação

10 Comentários

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  1. Oportunista da Hora ou Fotógrafo de Quedas

    Basta uma queda em um momento qualquer para os coveiros de plantão QUEREREM eternizar o momento e sair espalhando cópias da foto. 

    Se for Subida, não terão teorias. Ou talvez a “ignorância” do povo “comprado” por Bolsas-Familia…

    Não conseguem sequer raciocinar decentemente.

    Só torcer.

  2. Esses que rejeitam a dilma e

    Esses que rejeitam a dilma e rejeiitavam o lula são predominantemente os que votam na oposição. No bolo tem também os que manifestam intençãqo de votar em branco, nulo, ou se abster. Sem contar que ainda tem daqueles que mesmo achando o governo ruim manifestam intenção de votar na situação simplesmente porque acham que as alternativas são piores. Nenhuma novidade.

    A enfase dada na queda de aprovação serve – como toda campanha – pra pegar os indecisos.

    É aí que não sei se vai colar.

    Indeciso vai atrás de perspectiva. Rejeição, só se for muito, muito intensa para motivar um voto útil contra. E mesmo assim a alternativa tem que ser razoável. Por isso é que meu palpite é que a boçalidade da oposição só vai aumentar. Vão ficar nessa de cpi, manifestação de copa, etc.

    Propostas a oposição já demonstrou que não é capaz dde formular. Estão há 12 anos na oposição e nada. Nem sobre corte de gastos – a obsessão deles – são capazes de propor algo consistente. E, convenhamos, não vai ser em eleição que se vai falar em cortar tal ou qual gasto. Todo político sabe que falar em cortar significa perder o voto de alguém. Pro mercado financeiro não é necessário explicitar corte nenhum, basta garantir a ração de despesas com juros que tá tudo certo.

    O máximo que alcançam é aquela visão de que vão cortar gastos com “a companheirada”, com o “aparelhamento” e outras baboseiras ideológicas, que, mais uma vez, só atinge os prosélitos..

    Enfim, a campanha vai ser de mais radicalização de preconceitos e ódio.

  3. Eleição 2014

    Nassif,

    O cientista político ( o termo tão vago, que acredito existir um sem número de cientistas políticos soltos pelas ruas) entende que DRousseff está frágil – OK , é uma opinião, mas esqueceu de dizer qual dos dois netos herdeiros ficou mais forte.

    Me admira a parcialidade deste professor, e coitados daqueles que aprendem  (??) com ele. 

  4. Parei de ler aqui!

    É verdade que os “ex” tinham mais jogo de cintura para superar adversidades!????.,,,,,,,O que seria de FHC sem a imprensa PIG? Como um boçal como FHC jusdtificaria a PRIVATARIA TUCANA, a COMPRA de VOTOS descarada na REELEIÇÃO, o escândalo do SIVAM, a P36 que explodiu e naufragou com 11 funcionários da Petrobras, os derramamantos mosntros de petróleo na baia do RJ e no Paraná, o APAGÃO eletrico 2001 2002 e finalmente o REAL II e a máxi desvalorização do Real sem a proteção umbilical do PIG? Qual seria o índice de aprovação do Lula ou da Dilma, se eles tivesse este manto protetor da mídia que FHC sempre teve?

  5. Por que dar atençao a esse tipo de “cientista”?

    Outro dia mesmo tivemos aqui um tópico sobre o concluio dos institutos de pesquisa para ajudar a “cavar” a queda da Dilma. E é claro que os planos para isso incluem esse tipo de entrevistas com os “especialistas” da mídia. Vamos alimentar isso? OK, se for para mostrar o jogo deles. 

    Lembrando também a questao da pesquisa dada como posterior a outra, e que dava popularidade menor para Dilma, quando era anterior, e mostraria apenas, SE mostrasse algo  (a meu ver essas pesquisas nao mostram nada, apenas pretendem mostrar), que a popularidade dela havia crescido. O jogo está cada vez mais duro.  

  6. Presidente favorecida? Oposição não capitaliza?

    “Naturalmente, a presidente detém importantes instrumentos de campanha – reeleição favorece, centralidade no noticiário, máquina, tempo de TV, grandes partidos, marqueteiro experiente e o maior cabo eleitoral da história, Lula. Além disso, a oposição não capitaliza o descontentamento, tem muitos problemas e pouco tempo, e não conta com trunfo capaz de rivalizar com Lula.”

     

    Onde é que vive, esse “scientista político”?

  7. Tenho uma opinião formada

    Tenho uma opinião formada sobre “cientistas políticos”, principalmente os que pululam na mídia, não são nem uma coisa nem outra, suas opiniões e previsões dificilmente se confirmam e estão umbilicalmente ligadas a plateia que querem atingir, isso esta muito longe de ser ciência e talvez até seja politica mas de nível rasteiro, ta mais para astrologia.

  8. Ver “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro”

     

    Luis Nassif,

    Você não está se apresentando em alguns posts em que você simplesmente transcreve um texto qualquer, uma reportagem ou artigo de responsabilidade de outro. Neste post “Para cientista político, avaliação de Dilma não surpreende” de domingo, 30/03/2014 às 12:00, com a transcrição do artigo “Análise: Fragilmente Favorecida” de Carlos Melo, cientista político e professor do INSPER e publicado no Estadão, você não dá as caras. Não custava nada fazer um introito crítico, com uma ou duas considerações para a gente situar melhor não só o artigo como o autor dele como também você.

    Eu já havia lido a chamada do texto sem dar muita importância, nem mesmo atentando para o autor. Acabei não lendo todo o artigo. Depois cheguei ao post “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro” de domingo, 30/03/2014 às 17:58, saído aqui no seu blog e de autoria de Wagner Iglecias. Lá há a informação de que Carlos Melo havia feito um artigo no Estadão intitulado “Análise: Fragilmente favorita”. Bem, o endereço do post “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-mito-dos-16-anos-de-ouro-do-capitalismo-brasileiro

    Não li com bons olhos o texto de Wagner Iglecias e enviei na segunda-feira, 31/03/2014 às 02:04, um comentário bastante crítico às considerações dele. Precisava, entretanto, ter lido antes este artigo “Análise: Fragilmente Favorecida” de Carlos Melo. Serviria para mais bem contextualiar a análise de Wagner Iglecias. Não que eu fosse tratar o Wagner Iglecias de modo mais condescendente, até porque eu considero que era preciso ser mais incisivo nas críticas ao artigo de Carlos Melo. Mas eu entendo que a fragilidade da crítica de Wagner Iglecias é um pouco fruto da dificuldade de se reagir de modo duro a um artigo despretensioso com duas afirmações insubsistentes, mas não muito transparentes ou explícitas.

    Eu até concordava com o artigo nos três primeiros parágrafos. Só que os dóis últimos parágrafos são escrito de modo mais partidário em que se não precisa ater aos fatos. No primeiro parágrafo o autor fala que o governo da presidenta Dilma Rousseff “patina, sem cumprir o desafio da continuidade ao virtuoso processo dos 16 anos anteriores a 2011”.

    No início do quinto e último parágrafo, a respeito do governo da presidenta Dilma Rousseff, Celso Melo diz:

    “Sua condição é precária, pois seu diagnóstico da política, da economia e da sociedade se mostrou inconsistente, comprometendo o desempenho”.

    Não há o que contestar na afirmação de Celso Melo. Trata-se de afirmação retórica amparada no suporte inquestionável da subjetividade. Dito de modo contrário não haveria como negar de modo científico a afirmação. Só para contrapor ao que Celso Melo diz reproduzo a frase no seu sentido inverso a respeito do governo da presidenta Dilma Rousseff, ou da própria candidatura dela à reeleição. Fazendo então as modificações necessárias a frase ficaria:

    “Sua condição é sólida, pois seu diagnóstico da política, da economia e da sociedade se mostrou consistente, favorecendo o desempenho”.

    E em relação à inclusão dos oitos anos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no virtuoso processo ao qual o governo da presidenta Dilma Rousseff não deu continuidade, segundo o autor, eu reproduzo a crítica que fiz a Wagner Iglecias lá no post “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro” por o considerar um tanto condescendente com o período de governo de Fernando Henrique Cardoso. Disse eu lá:

    “Primeiro você vem com a expressão “em termos de”. Deixa essa expressão para nós, os leigos.

    Depois ainda que você dê o destaque para a inflação como principal elemento para avaliar o governo de Fernando Henrique Cardoso, o governo de Lula e o governo de Dilma Rousseff, você compara implicitamente, por exemplo, o crescimento do governo de FHC com o de José Sarney, esquecendo que nos cinco anos de José Sarney, o Brasil cresceu mais do que nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. E não me será surpresa se se anualizar a inflação pelo IGP para os três últimos meses do ano do governo de Itamar Franco com o de FHC constatar-se que a inflação foi maior no final do governo de Fernando Henrique Cardoso”.

    É claro que esta é uma crítica mais leve que eu faço ao governo de Fernando Henrique Cardoso ao ver que já não vale mais à pena chutar quem tem pouco para oferecer.

    Neste sentido reproduzo um comentário meu que enviei quarta-feira, 17/06/2009 às 18:29, para você junto a um velho post seu intitulado “As denúncias contra Sarney” de quarta-feira, 17/06/2009 às 15:59, e que originalmente fora publicado no seguinte endereço:

    http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/17/as-denuncias-contra-sarney

    Havia outros comentários meus lá no post “As denúncias contra Sarney” que tanto caberiam ser mencionados aqui como também no post “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro”. Aliás há um comentário meu enviado quinta-feira, 18/06/2009 às 18:39, que está lá no post “As denúncias contra Sarney” por engano uma vez devesse ir para o post “A linha dura iraniana já perdeu (Mesmo que Ahmadinejad continue predidente)” de quinta-feira, 06/06/2009, no antigo blog de Pedro Dória. Infelizmente o post “As denúncias contra Sarney” não está mais disponível. Assim fica a seguir a transcrição do meu comentário de quarta-feira, 17/06/2009 às 15:59. Disse eu lá (Com pequenos acertos na redação quando achar necessário. Deixei as correções em negrito):

    – – – – – – – – – – – – – – – –

    Luis Nassif,

    Penso no último parágrafo do seu post. Concordo quando você diz:

    “E considero esse jogo de denúncias seletivas uma ampla manipulação. Usa-se a denúncia como ferramenta política apenas, jamais como instrumento de aprimoramento político”.

    Sim, é exatamente isso que eu penso.

    Como eu transcrevi, entretanto, o parágrafo está incompleto. A ele carece o preâmbulo que você deu a ele. Transcrevo então a parte em falta.

    “Por tudo isso, considero Sarney o maior representante do que de mais atrasado existe na política nacional”.

    Não, eu não considero Sarney o maior representante do que de mais atrasado existe na política nacional. Principalmente se eu tomo atrasado por um termo que eu posso definir a minha maneira. E nem o consideraria o maior representante do que de mais atrasado existe na política nacional, ainda que eu tome o termo atrasado como um termo definido a partir dos exemplos no seu texto que poderiam indicar atraso.

    Atrasado para mim é o lema da Democracia Cristã alemã, na campanha recente para o parlamento, segundo eu li hoje no artigo do José Luis Fiori intitulado “Entre Berlim e o Vaticano” e publicado hoje, 17/06/2009 no Valor Econômico. Diziam os democratas alemães:

    “Por Deus, e contra a Turquia”.

    Por Deus, isso é que é atraso. E tenho certeza que José Sarney jamais difundiria lema semelhante em uma campanha política. Para que ele fosse o que de mais atrasado a política nacional possuísse era necessário que a política brasileira estivesse muitos passos à frente da política alemã. Sou ufanista, mas nem tanto.

    Bem, talvez você tenha retirado o significado do termo atrasado dos fatos que você conta:

    1) A venda da Cemar – Centrais Elétricas do Maranhão – para fundos de investimentos aliados a Fernando Sarney;

    2) O estourou do caso Gautama, com evidente ligação da empreiteira com a família Sarney

    3) A notícia que o esquema Sarney em São Luis espalhou quando começou o processo de cassação do Lago, de que você estava sendo financiado pelas verbas da Secretaria de Comunicação do Jackson Lago;

    4) a edição pelo consultor geral Saulo Ramos de um segundo decreto do Cruzado para permitir a sobrevida da indústria das liquidações extrajudiciais e das concordatas;

    5) As estripulias do Edemar Cid Ferreira, protegido de Sarney;

    e 6) As concessões distribuídas a Mathias Machline, Abril, Objetivo.

    Não dá para eu analisar cada um desses casos, até porque muitos ainda estão sendo discutidos na justiça e não sabe o que a justiça vai dizer. Pelo alto, entretanto, dá para se dizer que: 1) a CEMAR foi vendida mediante licitação em condições de concorrência; 2) a GAUTAMA paga pelos pecados de outrem, pois tudo que ela precisava era de pessoas competentes gerindo os gastos públicos, para que os créditos dela não virassem precatórios e por isso fazia questão que os governantes colocassem na Secretaria de Fazendas gerentes responsáveis ou então fazia projetos para prefeituras que não tinham condições de os fazer com a condição de ter a preferência na execução do projeto; 3) Espalhar boatos contra o adversário é prática de quem está na última cadeira da retaguarda ou na primeira da vanguarda; 4) A sobrevida da indústria das liquidações sempre vai contar com ilustres representantes de bancas de advocacia prontos a apresentar argumentos jurídicos da mais moderna doutrina alemã que a justifiquem; 5) A expressão estripulia mais remete à modernidade que ao atraso; 6) Não vou fazer a defesa das concessões porque para ser justo deveria mencionar todas elas e bem sei que elas acontecem aos milhares em todos os governos e o espaço e o tempo aqui não é infinito.

    Enfim não penso que pelos exemplos dados se possa colocar o José Sarney como representante do que há de mais atrasado na política nacional.

    E mais ainda quando se sabe que há fatos mais graves. Não foi José Sarney quem fez o Plano Cruzado. O Plano Cruzado foi imposto a ele depois que também por pressão defenestrou o Francisco Dornelles do Ministério da Fazenda. Quem como FHC que antes da edição do Plano Cruzado dava entrevista no Jornal do Brasil dizendo que o governo José Sarney não tinha rumo e logo depois da edição sai dizendo que não era bem aquilo que ele queria dizer, ou como José Serra que deu entrevista na Veja de 19/06/1986 dizendo que o Cruzado já vingou é que deveriam ser acusados de o que mais atrasado existe na política brasileira.

    Quem faz um Plano para se eleger presidente, quem defende a emenda da reeleição, quem vende a Vale (e vende praticamente sem concorrência, porque são poucos os que têm dinheiro para comprar a Vale, embora o crime verdadeiro seja vender a Vale), quem deixa a dívida pública subir assustadoramente (Isso o José Sarney não fez), quem deixa ocorrer o apagão, esses sim são o que de mais atrasado existe na política nacional.

    – – – – – – – – – – – – – – – –

    Naquela época, enfim, eu gostava de fazer uma crítica mais dura ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, ele é acadêmico e eu sei reconhecer o valor dele.

    Bem, vou ainda deixar lá no post “O mito dos 16 anos de ouro do capitalismo brasileiro” um link para este post “Para cientista político, avaliação de Dilma não surpreende”. E no fundo há que se considera que sendo Wagner Iglecias e Carlos Melo colegas como professores, a crítica de Wagner Iglecias até que foi suficiente.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 01/04/2014

    1. Ver o post “Dilma está ficando barata no momento certo”

       

      Luis Nassif,

      Você publicou uma espécie de contraponto a artigos como este de Carlos Melo. No post “Dilma está ficando barata no momento certo” de terça-feira, 01/04/2014 às 08:02, você mostra exatamente como as análises da perspectiva eleitoral do governo da presidenta Dilma Rousseff pecam pela incompreensão da dinâmica eleitoral em direção à data da eleição. Deixo então o link para o post “Dilma está ficando barata no momento certo”. Ele pode ser encontrado no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-esta-ficando-barata-no-momento-certo

      Eu concordo com o que você diz lá no post “Dilma está ficando barata no momento certo” e até já havia defendido esta idéia antes. Idéia que fica mais evidente à medida que se observa situações semelhantes vividas por tanto por Fernando Henrique Cardoso como por Lula em nos anos de eleições.

      Lembro aqui que ao transcrever um comentário meu que eu havia enviado para você junto ao post “As denúncias contra Sarney”, eu quis enfatizar em primeiro lugar o quanto de ruim que foi para o Brasil o governo de Fernando Henrique Cardoso. É claro que o governo dele fez um grande trabalho de transformação do Brasil, mas quando se sabe que a dívida pública total elevada e a dívida pública de curto prazo elevada são duas heranças do governo de Fernando Henrique Cardoso e que estas duas heranças impedem que o governo possa mudar substancialmente a política econômica deve-se ser mais crítico àquele período.

      Além de, em meu comentário, eu fazer referência às fraquezas do governo de Fernando Henrique Cardoso em desacordo, portanto, a como ao governo dele se refere o Carlos Melo no artigo dele “Análise: Fragilmente Favorecida”, eu trouxe esta referência ao post “As denúncias contra Sarney” porque o post serve também, e mais ainda caso façamos consultas em outros blogs e em outros jornais da época, para mostrar como as denúncias surgem ao longo do caminho e não levam a lugar nenhum. Na época das denúncias elas produzem algum efeito nas pesquisas, mas sem que este efeito seja duradouro. Na época José Sarney era visto como o fim do mundo e associar-se com ele só servia para reduzir a popularidade. Atualmente José Sarney é figurinha que entra em qualquer recinto de qualquer partido ou de qualquer jornal.

      E aproveito para deixar três outros links. O primeiro para o artigo “Entre Berlim e o Vaticano” de José Luis Fiori e publicado quarta-feira, 17/06/2009, no Valor Econômico. O endereço do artigo “Entre Berlim e o Vaticano” no site de Carta Maior onde também foi publicado é:

      http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Entre-Berlim-e-o-Vaticano/6/27409

      Não havia o link para o artigo no comentário que eu transcrevi. A observar que o artigo lá no site de Carta Maior está datado de terça-feira, 16/02/2013, com a informação complementar de que ele fora publicado originalmente em junho de 2009.

      O segundo link é para o post “O contra-ataque do governo na CPI da Petrobras” de sexta-feira, 28/03/2014 às 15:17, aqui no seu blog e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-contra-ataque-do-governo-na-cpi-da-petrobras

      Fiz dois comentários junto ao post “O contra-ataque do governo na CPI da Petrobras”. Um foi enviado sexta-feira, 28/03/2014 às 18:57, para junto do comentário de Arthur Araujo enviado sexta-feira, 28/03/2014 às 17:37 e que se encontra na quarta página do post. E enviei outro, segunda-feira, 31/03/2014 às 14:27, para junto do comentário de Eduardo Pereira da Silva enviado segunda-feira, 31/03/2014 às 12:55 e que se encontra na primeira página do post. Nos dois, eu rebatia a idéia de que a presidenta Dilma Rousseff devesse patrocinar uma CPI da Petrobras de múltiplos propósitos não só porque uma CPI assim não é benéfica para trazer esclarecimentos como também porque a perspectiva é bastante favorável à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Quem precisa de confusão agora são os partidos contrários ao governo. A confusão é tática permitida na arena política, mas ela só é apropriada para quem precisa dela.

      E o terceiro link é para a apresentação do ministro Guido Mantega na Aula Magna da Escola de Economia de SP da FGV em 28/03/2014. A apresentação do ministro Guido Mantega pode ser baixada em pdf no seguinte endereço:

      http://www.fazenda.gov.br/clientes/portalmf/portalmf/area-destaques/apresentacao-do-ministro-guido-mantega-na-aula-magna/at_download/arquivo

      Com o título de “Perspectivas da Economia Brasileira”, a apresentação do ministro Guido Mantega mostra que as perspectivas para a economia brasileira são as melhores possíveis e que o governo deve utilizar bastante este trunfo durante a campanha eleitoral.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 02/04/2014

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