A matéria de hoje do UOL-Intercept, revela as operações clandestinas entre a Lava Jato e o Ministério Público suíço, para levantar informações passando ao largo dos procedimentos da cooperação internacional.
As mensagens revelam que Dallagnol se esforçou para criar canais clandestinos de troca de informações com autoridades estrangeiras de países como Suíça e Mônaco. O ex-procurador suíço Stefan Lenz —que atuou até outubro de 2016 como o principal responsável pelas investigações sobre corrupção na Petrobras na Suíça— foi seu principal colaborador nessa empreitada. O principal objetivo de ambos era fisgar a Odebrecht, maior empreiteira brasileira.
Já mostramos várias vezes que os interesses que passaram a unir procuradores de vários países, em torno da indústria do compliance e da assessoria às empresas contra ações do próprio Ministério Público.
Stefan Lenz é um desses empreendedores jurídicos.
Conforme reportagem de 22 de maio de 2019, o Procurador Geral da Suiça Michael Lauber foi acusado de cumplicidade com os colegas brasileiros da Operação Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal NZZ e repercutida pelo Suwissinfo.
As acusações são de ter participado de reuniões informais e não documentadas relacionadas à Lava Jato.
Rolf Schuler, advogado de Zurique que representa um réu da Lava Jato, afirmou que Lauber, junto com outros membros do MP suíço, participou de reuniões não documentadas na Suiça e no Brasil com o objetivo de iniciar um processo de lavagem de dinheiro. Mas não apresentou provas de tal reunião.
Um pouco antes, Lauber foi acusado de irregularidades, também por reuniões sigilosas no caso FIFA. A corregedoria do MP suíço abriu uma investigação disciplinar para apurar essas reuniões entre Lauber e o presidente da FIFA, Gianni Infantino. Lauber admitiu as reuniões e alegou que visavam ajudar no avanço das investigações.
Em relação à Petrobras, argumentou que as investigações não poderiam ser tocadas de modo eficiente sem as conversas informais.
Com as denúncias, Lauber corre o risco de não ser reconduzido ao cargo.
O procurador que virou advogado
Antes desse episódio, as suspeitas de reuniões informais com a Lava Jato provocaram a demissão do procurador suíço Stefan Lenz. O procurador abriu um escritório de advocacia, está oferecendo serviços a clientes brasileiros, e há rumores de que tendo como parceiro brasileiro parente de personagem influente na Lava Jato.
Em 2017, recém demitido, Lenz recebeu uma proposta de trabalho de Rodrigo Janot, PGR brasileiro da época.
No site do escritório, ao lado de páginas em que repete o mesmo discurso anticorrupção de seus colegas da Lava Jato, Lenz oferece seus serviços para os suspeitos de corrupção.
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Estava justamente pensando nisso… É preciso ligar os fatos. Nada é isolado, tudo faz parte do complô.
vale a pena seguir, porque, ao que tudo indica, todos passaram por aí com treinamentos por lá e tudo mais………………………….
melhor que fluxo de dinheiro é fluxo de informações quentíssimas, as que permitem saber hoje o que será destruído pela lava jato amanhã
Esse procurador suíço causou um estrago enorme na credibilidade daquele país.
Eu,por exemplo, quando ganhar na Mega-Sena, não vou colocar nenhum centavo em um país de fofoqueiros.
È a Lava Jato exportando um modus operandi.
Não sei por que tudo isso me lembra o BTG Pactual…
assim como Temer nos portos e a destruição da natureza para o agronegócio
Mesmo sabendo que aqui no GGn só tem cobra criada, não vejo sentido em só se investir no Brasil com o conhecimento dos suíços…
pelo pouco que conheço da área, eles sempre foram o cofre, nunca a fonte
Novo ditado: “O CRIME COMPENSA”.
uma farsa esse ex-procurador e agora
defensor dos que acusava…
não precisa de conhecimeno jurídico e sim ser
parceiro dos lavajateiros acusadores, ser amigo deles…
janot, o especialista em tentativas de homicidio,
parece que é amigo dele.
os farsantes invasores se aliaram aos
entreguistas, que facilidade.
Lui Nassif,
Parece que a palavra revela foi alterada para revela na frase: “A matéria de hoje do UOL-Intercept, releva as operações clandestinas . . . “. O sentido muda então deveria ser corrigido a menos que se queira realmente dizer releva.
E também não faz sentido a vírgula após Intercept. Se o hífen em UOL-Intercept fosse de um isto é, aí se aceitaria a vírgula. O que poderia também ocorrer é colocar uma vírgula após o hoje.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 27/09/2019