Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Protestos: um ano depois, por Aldo Fornazieri

Não é mera coincidência que um ano após os protestos que sacudiram o Brasil uma pesquisa do Datafolha mostre uma queda nas intenções de voto dos três principais candidatos à presidência da República – Dilma, Aécio Neves e Eduardo Campos. Provavelmente é um fato inédito, ao menos desde a primeira eleição da redemocratização em 1989, que todos os principais candidatos caiam na intenção de votos na corrida presidencial. A rejeição aos candidatos é igualmente alta. Não bastasse isto, a soma dos 13% que não sabem em quem votar com os 17% dos que não pretendem votar em ninguém, indica que, praticamente, um terço do eleitorado se sente desamparado com o atual quadro de candidaturas.

O pano de fundo desse pessimismo, porém, é muito mais grave: hoje se formou um consenso entre analistas acerca do fato de que existe uma profunda crise de representação política e de legitimidade das instituições. A crise só não é mais grave porque não surgiu uma força política nacional, catalisadora do descontentamento e unificadora dos protestos multifacetados e dos novos movimentos sociais. De qualquer forma, por um lado, o quadro político-conjuntural revela o desencanto com o governo Dilma e a decepção com a penúria de propostas e projetos que expressam as candidaturas de Aécio e de Campos. Por outro, o cenário é de continuidade da crise de capacidade dos governantes de produzir resultados satisfatórios no enfrentamento dos conhecidos problemas da população.

A crise de capacidade de governança, desvelada em junho de 2013, só se agravou de lá para cá. Os protestos desinflacionaram as boas avaliações que os governantes – prefeitos, governadores e presidência da República – gozavam pela força da inércia. Hoje é difícil encontrar um governante com uma avaliação de bom e ótimo superior a 50%. Das promessas governamentais que brotaram dos protestos de junho do ano passado, poucas foram concretizadas. A rigor, a mobilidade urbana, estopim das manifestações, em alguns sentidos, até se agravou. Ao menos os paulistanos e os moradores da região metropolitana de São Paulo vivem semanas caóticas por conta das greves de motoristas de ônibus e do metrô e das recorrentes falhas nos trens e nas composições metroviárias – fruto da má gestão, quando não da corrupção.

Anomia e Desagregação Social

Na área da segurança pública, o quadro é o de uma guerra social ou guerra natural. Mais de 50 mil mortos por ano se somam a um crescimento, em todo o país, dos índices de assaltos e furtos. O narcotráfico tornou o crack uma epidemia nacional. As polícias se revelam tão ineficientes quanto violentas: apenas 2% dos homicídios são esclarecidos. As operações de guerra contra as populações pobres no Rio de Janeiro, levadas a efeito pelo mal chamado programa de Unidades de Política Pacificadora, revelaram qual é o verdadeiro objetivo do governo estadual: controlar as pessoas pobres pela força e pela violência. O índice de realização do judiciário também é pífio. Os tumultos urbanos, como as queimas de ônibus, bloqueios de ruas, avenidas e estradas se multiplicaram.

A contraface perversa das vicissitudes enfrentadas pela população é como as coisas do poder aparecem aos olhos dos cidadãos: corrupção, ineficiências, descalabros na Petrobrás, descaso com a crise da água em São Paulo, superfaturamento em obras do metrô e reforma de vagões, aditamentos absurdos em quase todas as obras públicas, postergação de entrega de obras, má qualidade dos serviços, favorecimento dos grandes grupos econômicos e do setor financeiro, agravamento da crise ambiental muitas vezes provocado pelos próprios governos etc.

O encontro da corrupção e da incompetência governamentais com os problemas crônicos persistentes enfrentados pela população agrava a anomia social, entendida como a desagregação do convívio e o colapso das normas sociais vinculatórias e integradoras da sociedade, orientadas para atingir metas e fins comuns. Assim, na medida em que a sociedade deixa de ter direção, sentido e valores unificantes, que deveriam ser fornecidos pela direção política, pelas organizações da sociedade civil e pela própria prática social, crescem também as condutas desviantes e anormais que, de modo geral, aprofundam a violência e as formas ilegais para atingir os objetivos particulares. O mau exemplo ou a falta dele da parte dos governantes e a impunidade aumentam a permissividade social. A crise dos partidos e a crise de liderança fazem parte deste contexto de agravamento do vácuo de sentido social e político do país.

Necessidade de Direção Política

A presente crise representa um desafio não só para os partidos e para os governantes, mas também para os movimentos sociais e para as instituições da sociedade civil. O que salta aos olhos, na história do Brasil, é a fraqueza endêmica da sociedade precariamente organizada, fator que debilita a cidadania participativa. A rigor, do capital ao trabalho, dos privilégios dos ricos às esperanças dos pobres, tudo gira em torno do Estado. Sem um fortalecimento autônomo da organização social e da cidadania não se conseguirá forçar o Estado e os políticos a cumprirem com as suas obrigações.

O balanço de um ano dos protestos de junho mostra que algumas conquistas foram importantes, a exemplo da redução das tarifas em algumas capitais, da derrubada da PEC 37 etc. De lá para cá, multiplicaram-se também as manifestações de rua, as greves e o surgimento de novos movimentos sociais. O MTST tornou-se um dos principais movimentos do país, com significativo grau de autonomia em face dos partidos e dos governos. Mas o que não evoluiu foi a capacidade de os novos movimentos articularem uma plataforma política e uma frente unificantes, visando politizar a sociedade e buscar uma saída programática para a crise.

Lutar por reivindicações particulares e por demandas pontuais é importante. Mas não propor uma saída política e programática para a crise representa aceitar que os setores hegemônicos da política brasileira rearticulem, no tempo, o seu domínio e busquem novos processos de relegitimação do pacto excludente da cidadania e de manutenção da desigualdade. O surgimento de um pacto progressista, modernizador e igualitário depende da continuidade da ira social contra o atual sistema político expressa nas ruas, do aprofundamento da organização autônoma da sociedade civil, do fortalecimento do poder constituinte do povo e da construção da unidade dos movimentos transformadores em torno de um programa que expresse os objetivos desse pacto e um novo rumo para o Brasil.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política. 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

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  1. Se colocarmos essa análise do

    Se colocarmos essa análise do prof. Fornazieri para tentar entender os movimentos de ruas pelo mundo ela se encaixará como luva.

    Por servir para quase todos os países não se pode definir como um problema de A, B ou C. Trata – se de uma deficiência do modelo, e que serve para explicar as manifestações de descontentamento em países considerados democráticos, países periféricos, capitalistas ou comunistas; uma cultura globalizada.

    Muitos estudiosos já tinham se manifestado sobre as consequências de um modelo que contrai, que concentra riquezas, que separa e divide o indivíduo, que coloca governos submissos às grandes corporações que formam oligopólios e atuam contra o interesse da população como um todo.

    A resultado não poderia ser outro e povo foi às ruas pelo mundo para reivindicar o seu espaço.

    Neste sentido, no Brasil,  o PT leva grande vantagem por ser um partido que conhece esses segmentos por ter sido, diferentemente dos outros, formado na base, com os intelectuais, trabalhadores e demais setores organizados.

    É tão clara essa afirmativa que foi exatamente o PT que tomou essa iniciativa de atender às manifestações com Dilma e o seu Decreto nº 8.243/2014 que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), para inserir na vida da sociedade os “conselhos” formados por integrantes dos movimentos organizados de todos os setores que poderão opinar sobre os rumos do país, das suas cidades e dos seus estados.

    Enquanto isso, os partidos de oposição com a venda nos olhos não percebem que é exatamente isso que as populações do mundo estão exigindo.

    Essa situação na disputa sobre o Decreto nº 8.243/2014 estabelece de forma clara de que lado estão os nossos partidos políticos. É mais um exemplo que está se juntando às reações contrárias ao bolsa família, à política de cotas, e outras iniciativas de inclusão da população nos direitos e no debate politico.

    As oposições ao negarem a importância desses movimentos e a inciciativa do governo federal se afastam cada vez mais dos votos. Elas se mostram incapazes de apresentar qualquer coisa que possa ser chamada de “novo” já que o novo é exatamente inserir a população na riqueza econômica e politica do país, situações que causam calafrios nos grupos que defendem e apoiam as candidaturas de Eduardo Campos e Aécio Neves.

    Mais uma vez o PT parte na frente.

  2. Para comparar, precisamos de

    Para comparar, precisamos de informações do percentual de abstenções e votos brancos e nulos em 2010.

    Será que mudou muito?

    1. Miséria acadêmica ou, o ilusionista Fornazieri

      Eleição presidencial de 2010:

       

      -Total de votos válidos, primeiro turno: 74,8% do número de inscritos;

      -Total de votos válidos, segundo turno: 73,2% do número de inscritos.

       

      O número atual, visto que a eleição ainda nem sequer começou, é absolutamente normal.

      1. Equívoco

        Diogo, postei acima o resultado das presidenciais 2010. Traz também as pesquisas. As 4 pesquisas realizadas em maio/3 de junho variam entre 15% e 20,6%, dos não sabem em quem + nenhum. Não sei se tem sentido a média aritmérica das 4 pesquisas, que seria de 17,9%, muitíssimo menos que os 30%. Claro que, como v. frisa, não se trata de números definitivos. À medida que outubro for chegando eles devem se alterar, como ocorreu em 2010.

    2. Boa pergunta

      Aqui a resposta. Em 2010, 1º turno, foram 5,51% de votos nulos e 3,13% de votos em branco, logo 8,64% inválidos.

      No segundo turno, foi menor: nulos 4,40% e brancos 2,30%.

      O não comparecimento ficou no nível de sempre, em torno de 20%. Mais precisamente: 18,12% no 1º t. e 21,50% no 2º.

      Números incomparavelmente maiores que os dados atuais das pesquisas.

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_no_Brasil_em_2010

      1. Pois é. Estes movimentos de

        Pois é. Estes movimentos de junho, tão endeusados pelo Nassif, não são exatamente tão revolucionários.

        Obrigado a você e ao Diogo pelas respostas.

  3. Estado Brasileiro

    Os problemas brasileiros são de tal monta que chega a desanimar.

    A sociedade brasileira foi fundamentada em cima de solo extremamente frágil, como consequência dos interesses desviados, daqueles que sempre detiveram o poder nas mais diversas áreas da administração, de cima a baixo, vigorou o interesse de grupos que existiram unicamente para espoliar as forças produtivas da nação. Jamais existiu um projeto politico de longa envergadura objetivando a formação de uma sociedade justa e igualitária. 

    Todo projeto politico sempre focou nos interesses de grupos e da elite que domina, desde as capitanias hereditárias, o povo sempre foi considerado uma massa de manobra unicamente para dar sustentação para que estas forças permaneçam no poder. A crueldade para com este povo se juntou com uma indiferença criminosa diante da qual o direito de uma minima cidadania inexistiu e sempre lhe foi negada.

    O trabalho necessário para se alterar este estado de coisa é tanto que sinceramente esperar qualquer mudança estrutural de curto prazo soa como utopia inatingível.

    Por esta razão que repetimos, somente não aconteceu um golpe de estado no Brasil, por pura falta de interessado.

  4. suspeito que protestos sacudiram folhas outonais e não os ramos

    Da Folha

    Nuno Ramos: Suspeito que estamos…

     Há tempos venho tentando responder ao convite para escrever nesta página três. O jornal me propôs vários temas, mas nunca me senti preparado para dar conta de nenhum. Então resolvi escrever sobre o que não sei, mas suspeito.

     Suspeito que o tema primordial e decisivo da sociedade brasileira sempre tenha sido, e seja ainda, a violência. A vida no Brasil nunca valeu muito. Hoje vale ainda menos. Giramos em torno disso como um animal preso ao poste. Suspeito que o sentimento de agoridade que nos caracteriza faça fronteira com essa violência. Suspeito que precisaríamos, como contraponto, de maior lentidão e inércia.

     Perto da violência, suspeito que tudo saia do lugar. Noções como alto e baixo, direito e esquerdo, bem e mal, certo e errado se confundem. Por estar em toda parte, suspeito que esse tema aproxime-se, entre nós, do impensável, e que traga em seu DNA, como esses vírus de mutações constantes e velozes, alguma coisa metamórfica que sempre se transfigura e escapa.

     Suspeito no entanto que haja um vínculo estreito entre violência e burrice urbana. Além de morar em São Paulo, andei recentemente por Salvador, São Luís, Manaus, Natal – suspeito que sejam, todas elas, cidades apodrecendo sob o sol. Quarteirões tombados tombando, de um lado; prédios totalmente desconectados da cidade (além de feios), sem cota nem propósito urbano, de outro. Suspeito que entre o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a especulação imobiliária uma curiosa aliança esteja aos poucos se fazendo – ruínas orgulhosas copulando com despautérios azulejados de 30 andares.

     Suspeito que cada detalhe desses grandes centros urbanos esteja em situação igualmente trágica. Suspeito, por exemplo, que quase todas as praias em cidades desse porte tenham ficado estreitas, comprimidas contra um muro de arrimo. Como não podemos mais transportar o paredão dos egoístas (a expressão é de Le Corbusier) cem ou 200 metros no sentido da montanha, suspeito que será preciso aterrar o mar para termos novamente praias em escala decente. Suspeito que muitas vezes as piadas que fazemos com os portugueses se apliquem a nós.

     Suspeito que a indústria cultural brasileira seja também ela violenta. Assisti a Luciano Huck “modernizando” a ximbica de um espectador. Vi esse espectador chorar, depois mover os braços como se quisesse abraçar os joelhos do apresentador. Suspeito que isso seja cruel. Suspeito que isso seja cretino.

     Suspeito que o tropicalismo tenha naturalizado nossa indústria cultural até um ponto sem retorno, e que o ciclo de conquistas democráticas provenientes dessa operação tenha já se encerrado há décadas. Suspeito que perceber o tiquinho de crueldade que haveria em atirar bacalhau nas pessoas não faça mal nenhum ao país; surpreender um ríspido sargento no modo como Ivete Sangalo dança e canta também não. Suspeito que acessar algo de ridículo no “Jornal Nacional” – a falsa intimidade da dupla, seu balé de rostos virando para a câmera, a ruga na sobrancelha de William Bonner, como um aluno estudioso se preparando para começar uma prova, a gostosíssima Patrícia Poeta descrevendo, e ainda mais com esse nome, a chegada de um tsunami ou terremoto de nove graus na escala Richter – seja uma conquista nacional relevante. Suspeito, no entanto, que nessa área caminhemos para uma verdadeira hagiografia, unilateral e coletiva (daí o esforço, essencialmente religioso, de controlar biografias).

     Suspeito que a falência do caríssimo estado brasileiro esteja maquiada por uma espécie de chantagem inconsciente – com uma distribuição de renda como a nossa, sem ele seria ainda pior. Suspeito que esse raciocínio seja imobilista e refém de si mesmo, e que tenhamos perdido completamente qualquer medida de eficiência que permita cobrar o Estado como um prestador de serviços (com a morte galopante da Política, suspeito que seja nisso que ele venha se transformando).

     Suspeito que a enorme migração do imaginário político para o econômico nos países desenvolvidos tenha ocorrido após uma razoável distribuição de renda via imposto e conquistas sindicais. A tirania da vida econômica sobre a política, entre nós, se deu num quadro social ainda trágico, que solicitaria muito da política. Suspeito que nossa falta de agudeza e imaginação políticas sejam, por isso, eticamente imperdoáveis. Suspeito que imaginação política no Brasil seria a capacidade de transformar o aumento de renda, a partir do Deus-PIB, em aumento de direitos, a partir do Deus-cidadania.

     Tenho 54 anos e suspeito que os únicos projetos nacionais com Pê razoavelmente grande que acompanhei sejam o Plano Real e o Bolsa Família. Suspeito que não estejam tão distantes do imaginário desenvolvimentista, árido e autoritário, dos anos 70 e que afinal isso seja pouco para toda uma geração – e se suspeito que estou sendo injusto com um grupo enorme de pequenos projetos que poderia chamar de redemocratização, que me permitem inclusive escrever isto aqui num grande jornal, suspeito também que isso não passe de obrigação cívica.

     Por sinal, suspeito que tenhamos perdido completamente a medida dessa obrigação, e que toda a cultura brasileira venha enfrentando fortes problemas de escala. O que é o máximo? O que é o mínimo? De onde o horror não passa? Dessa vez chega? Qual o limite? Mesmo em casos extremos (conectar um pescoço humano a um poste com uma trava de bicicleta, por exemplo), suspeito que nossa medida continue vaga, elástica.

    Suspeito que o termo dívida interna, de memória econômica, descreva bem o país – devemos aos deserdados, aos desocupados, aos desmantelados, aos desabitados, aos destrambelhados e aos desmemoriados. Devemos renda, saúde, educação, claro, mas também avencas, bueiros, ruas, parques, chicletes, remédios tarja preta; devemos água potável, brinquedos, lanternas, poços artesianos; devemos livros, trufas, CDs, lentes de contato, filmes de arte, óculos escuros, museus, proteína, alface. Devemos aos pobres, aos índios, aos pretos e aos pardos, mas também aos albinos, aos esquizofrênicos, aos insones, aos priápicos, aos tiozinhos de padaria, aos mitômanos e aos sexualmente indecisos. Devemos demais aos cães atropelados, prensados contra o “guard-rail”. Devemos aos palhaços de bufê infantil e aos papais noéis de shopping. Suspeito que nossa dívida interna seja impossível de descrever.

     Suspeito que deus não exista – ou não tenha paciência para nenhum dos assuntos de que lembrei aqui.

     Suspeito que a risada, o pôr do sol, o hino à alegria e o acorde maior estejam sendo de alguma forma privatizados. Suspeito que Paulo Coelho, o padre Marcelo Rossi e o bispo Edir Macedo sejam três faces de uma mesma e última privatização – a do infinito. Suspeito que estatizar essas coisas seja ainda pior.

     Suspeito que a Portuguesa vai falir, acabar. Suspeito que Galvão Bueno não vai se aposentar nesta Copa, nem na próxima.

     Suspeito que estamos fodidos.

    NUNO RAMOS, 54, é artista plástico e escritor

  5. Sou mais o Kotscho do que Aldo…

    Sou muito mais essa análise do Kotscho do que a do Aldo. O negrito no texto é de minha autoria.

    Balaio do Kotscho – http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2014/06/07/copa-e-pretexto-tudo-e-politica-e-objetivo-e-eleicao/

     

    Publicado em 07/06/14 às 15h08

    Copa é pretexto, tudo é política e objetivo é eleição

    28 Comentários

    2k8msgow46 9gbf119t42 file Copa é pretexto, tudo é política e objetivo é eleição

    Engana-se quem pensar que as greves selvagens, os protestos violentos e a baderna em geral vão parar depois da Copa. Toda a questão é política e o principal objetivo é impedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff. De um ano para cá, desde as tais “jornadas de junho”, interesses variados se uniram para mostrar que a situação fugiu do controle nas ruas e nos fundamentos econômicos, provocando o caos nas grandes cidades, criando um clima de medo e revolta na população.

    Se você repete todo dia que tudo vai mal e, depois, vai fazer uma pesquisa perguntando como estão as coisas, claro que a maioria vai dizer que as coisas vão mal. Se você só mostra problemas no governo federal e omite ou minimiza os desmandos na administração estadual, a maioria vai dizer que a presidente vai mal e o governador está muito bem.

    Desta vez, o Partido da Mídia está muito mais organizado do que nas eleições anteriores, preparou-se para o tudo ou nada, unido como nunca no Instituto Millenium, e já começa a colher os frutos, como mostram as últimas pesquisas que ela própria promove.

    São as tais profecias que se auto realizam e não deveriam surpreender ninguém os últimos números divulgados pelo Datafolha, mostrando a queda de Dilma em direção ao piso de popularidade de junho do ano passado, no auge das manifestações, enquanto os índices do governador Geraldo Alckmin se mantém impávidos rumo à reeleição. A culpa de tudo, como se lê no noticiário e ouve nas ruas, é do governo federal.

    Claro que nada disso teria o mesmo resultado negativo para a situação e positivo para a oposição se a economia estivesse indo bem. Aí juntou a fome com a vontade de comer: deixando todos os flancos abertos na economia, sem mostrar nenhuma capacidade de reação, o governo Dilma é como aqueles times que recuam para garantir o resultado e pedem para tomar um gol. Acabam tomando.

    Não é que a mídia tenha recuperado seu velho poder, mas parece óbvio que agora as condições concretas lhe são muito mais favoráveis para acabar com a hegemonia petista. Os gastos desnecessários ou superfaturados com a organização da Copa serviram apenas de pretexto para as turmas do passe livre, dos sem-teto revolucionários ou dos chantagistas sindicais, que agora resolveram reivindicar tudo de uma vez, colocando o governo contra a parede.

    Depende, é claro, de qual governo estamos falando. Se a greve é dos motoristas que abandonam os ônibus atravessados no meio das ruas, um problema municipal, a Polícia Militar fica só assistindo, sem importunar ninguém. Mas se a greve é dos metroviários, um problema estadual, a mesma polícia tem ordens para baixar o cacete e acabar com os piquetes nas estações.

    Este é o jogo e só não vê quem não quer ou tem algum interesse no resultado.

     

  6. Fico imaginando, com a

    Fico imaginando, com a possível vitória de DIlma o que essas pessoas irão inventar

    no primeiro semestre do segundo mandato? A ideia de criar um clima Venezuelano

    não vai colar junto a população.O que se vê na mídia não se lê no povo, Millenium

    PSDB entendem mais des estatisticas que de gente.Não concordo que eles estejam

    levando vantagem, pelo contrário, estão apanhando e feio nas redes sociais.Treino é

    treino  e eleição é eleição a militância quer ver a copa..depois a conversa muda.

  7. Aldo Fornazieri, como o movimento de junho/13, é insipiente

     

    Luis Nassif,

    Eu reclamo muito dos seus posts pelas suas idealizações utópicas a respeito do Estado, do capitalismo e da politica que me soam bastantes ultrapassadas, mas comparados com os textos de Aldo Fornazieri, vejo que você é até moderno.

    O que mais me admira nos textos de Aldo Fornazieri é que ele é acadêmico. De certo modo, concordo com o título que Diogo Costa deu ao comentário dele enviado hoje, segunda-feira, 09/06/2014 às 11:50, e que reproduzo a seguir: “Miséria acadêmica ou, o ilusionista Fornazieri”.

    Já enviei há mais tempo uma crítica mostrando a minha decepção com o entendimento que acadêmicos como Aldo Fornazieri fazem da atividade política no Brasil. Foi neste sentido crítico que eu enviei segunda-feira, 10/03/2014 às 19:07, para você um comentário junto ao post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 10/03/2014 às 08:18, aqui no seu blog com um texto dele. O endereço do post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” é:

    http://www.ggnnoticias.com.br/noticia/clientelismo-e-corrupcao-do-sistema-politico-por-aldo-fornazieri

    Em meu comentário lá no post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” eu dei destaque a esta visão idealizadora que muitos componentes da academia têm da atividade política. E salientei também como esta visão, em meu entendimento equivocada, tenta entender o Brasil como um caso particular.

    Em relação a este texto de Aldo Fornazieri que resultou neste post “Protestos: um ano depois, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 09/06/2014 às 10:06, ele me parece continuar com as idealizações dele e também em ver o caso brasileiro como um caso particular. Neste post, além dos equívocos da idealização, parece-me que ele incorre nos excesso de afirmações corriqueiras sem base estatísticas nenhuma ou que manifestam uma incapacidade de ver a realidade que há muito é perceptível.

    No comentário de Diogo Costa enviado hoje, segunda-feira, 09/06/2014 às 11:50, já se percebe que Aldo Fornazieri exagera na avaliação da rejeição da atividade política pelo eleitor. Rejeição que existe, que é antiga e que é mundial e ele apresenta como sendo recente e específica do Brasil.

    Depois há a frase que transcrevo a seguir:

    “A crise só não é mais grave porque não surgiu uma força política nacional, catalisadora do descontentamento e unificadora dos protestos multifacetados e dos novos movimentos sociais”.

    Só um neófito em política não percebeu que há muito tempo, o PT e o PSDB armaram a política brasileira para impedir que um aventureiro alcançasse o cetro presidencial. O mundo inteiro tem mecanismos semelhantes. A Rússia com Putin, os Estados Unidos com dois partidos fortes, a Europa com o parlamentarismo, etc.

    Mais à frente as frases sem comprovação fática continuam a aparecer. Seja a frase seguinte:

    “Ao menos os paulistanos e os moradores da região metropolitana de São Paulo vivem semanas caóticas por conta das greves de motoristas de ônibus e do metrô e das recorrentes falhas nos trens e nas composições metroviárias – fruto da má gestão, quando não da corrupção”.

    De que lei científica, o cientista político e professor da Escola de Sociologia e Política, obteve o nexo causal que assegura que as greves de motoristas e as falhas nos trens são “fruto da má gestão, quando não da corrupção”?

    Para falar da anomia e desagregação social, Aldo Fornazieri diz logo de início o seguinte:

    “Na área da segurança pública, o quadro é o de uma guerra social ou guerra natural. Mais de 50 mil mortos por ano se somam a um crescimento, em todo o país, dos índices de assaltos e furtos”.

    Ora, quem acompanhar os índices de homicídio vai verificar que a taxa de homicídio por 100 mil habitantes cresceu durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, decresceu com a recuperação econômica do governo de Lula e voltou a crescer com o baixo crescimento econômico do governo de Dilma Rousseff. Enfim, a anomia e desagregação social que, segundo Aldo Fornazieri, estaria surgindo no Brasil é, na verdade, algo antigo. E ele precisaria ainda comparar com outros países para saber onde mais a anomia acontece e qual é a força dele comparativamente com outros países.

    Outra frase questionável dele é a que se segue:

    “As operações de guerra contra as populações pobres no Rio de Janeiro, levadas a efeito pelo mal chamado programa de Unidades de Política Pacificadora, revelaram qual é o verdadeiro objetivo do governo estadual: controlar as pessoas pobres pela força e pela violência”.

    Dizer que o nome Unidades de Política Pacificadora receberam um nome ruim é questão de opinião que eu sem a formação dele não a vou desmerecer, mas afirmar que “o verdadeiro objetivo do governo estadual seria “controlar as pessoas pobres pela força e pela violência”, me parece mais uma teoria conspiratória sem muita fundamentação. Eu gosto de teorias conspiratórias e, embora não acredite nelas, procuro mais bem as fundamentar.

    Uma frase que demonstra um desconhecimento da realidade orçamentária e política do Brasil e de certo modo do mundo na medida que tanto o nosso sistema político como o nosso sistema econômico é semelhante ao que existe nos países mais modernos é a que se segue:

    “O balanço de um ano dos protestos de junho mostra que algumas conquistas foram importantes, a exemplo da redução das tarifas em algumas capitais, da derrubada da PEC 37 etc”.

    A redução das tarifas reduziu os ganhos das prefeituras e, portanto, reduziu recursos que poderiam ser aplicados em saúde e educação. Além disso trouxe benefícios mais para os empregadores que tinham que pagar vale transporte para os seus empregados.

    E a PEC 37 que não contava com o meu apoio, tinha muitos defensores que era gente do bem e muitos críticos que eram gente do mal.

    E o texto sobre o MTST um misto de utopia e fantasia é mais adequado para pessoas de conhecimento incipiente e insipiente. Ao mesmo tempo que combate os partidos políticos, ele quer que o MTST e outros movimentos se articulem e adquirem a consistência de um partido político consolidando uma plataforma política e uma frente unificantes. Não que pensar assim seja utópico. Utópico e fantasioso é pensar que este partido político terá relevância nos próximos cinquenta anos.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 09/06/2014

    1. Clever, não sei se o Nassif vai publicar meu comentário .

      Mas permita-me dizer que invejo sua forma de escrever. Eu não tenho o dom da escrita.. lamento não saber escrever bem.. foi sempre um defeito meu, sem desculpas. eu deveria ter me preparado melhor …

      parabéns pelo texto.

      Acho que, batendo nos mesmos pontos, nossos comentários convergem, mas eu creio que fui um pouco mais fundo e mostrei o delírio de Aldo com alguns exemplos embasados..

      O que me assusta é que um farsante como Aldo tenha admiradores…

      grande abraço.

  8. “O surgimento de um pacto

    “O surgimento de um pacto progressista, modernizador e igualitário depende da continuidade da ira social contra o atual sistema político expressa nas ruas, do aprofundamento da organização autônoma da sociedade civil, do fortalecimento do poder constituinte do povo e da construção da unidade dos movimentos transformadores em torno de um programa que expresse os objetivos desse pacto e um novo rumo para o Brasil.”

    Estão ensinando a comunicabilidade primária do Nilismo, para acabar com a dinâmica social e o governo.

    O bem, o novo, surge subitamente e declara o mérito de sua unidade.

    Sem governo, o novo pode oferecer uma só ideia de poder, correspondente a criação social dos bancos, para a propriedade privada ser justificada em todos os setores da economia: o anarco-capitalismo pela reflexão consubstancial.

    A unidade nas forças do universo é ali consubstancial com sua pluralidade,

     

    1. O povo, a sociedade, está

      O povo, a sociedade, está igual a um elefante que, quando não está sendo puxado por uma cordinha, estaria amarrado a um mero bambú.

      Por que? porque tem força, mas não tem poder. Mas não tem poder porque não tem consciência de sua força.

      Ou seja, o povo perece por não ter conhecimento de que não precisa do capital externo e do banqueiro, que o puxe com a cordinha como se não tivesse força dentro dele para usar como quiser.

      Nós temos uma diferença em relação ao elefante, a de vivemos em sociedade. Esta sociedade organizada, consciente, se pactua com o Estado.

      Mas o Estado não tem nem a força nem a consciência (poder da força), por estar alienado ao sistema fora; o capitalismo (a incomunicabilidade absoluta da sociedade com a sua consciência – o Estado). 

      Agora, ao invés de o sistema capitalista acabar o Estado elefante, o Estado precisa ter a consciência (poder) de como se organiza as forças da sociedade sem o dinheiro parasita em que está amarrado.

      O dinheiro pode consubstanciar-se da unidade nas forças do universo (e ali > o valor do trabalho) ser correspondente à consciência com sua pluralidade..

  9. O povo fala pelas urnas , não pela boca de alguns “intérpretes”

      É essa urna que querem tirar do povo, depois de tanto sacrifício pela reabilitação de instituições democráticas tem gente querendo tocar fogo nelas com um discurso sem base na realidade, o governo federal é avaliado como ótimo, bom, ou regular por cerca da 70% da população, só isso já acaba com esse besteirol apocalíptico, o que querem fazer por aqui é uma revolução ucraniana, tailandesa ou egípcia, que instalou ditaduras militares fingindo pedir democracia, é o que estão tentando fazer na Venezuela nesse exato momento e o que já falhou por aqui, o povo já entendeu a armadilha tanto que não vemos mais a mesma histeria nas ruas.

       Se o sistema democrático atual fosse inútil  não teríamos tirado milhões da pobreza, formado uma nova classe média, colocado milhões em universidades, não teríiamos sido o terceiro pais que mais evoluiu no PISA, não é possível existir tanta cegueira nesse país a ponto de não se ver tantos avanços, inclusive na área de segurança, onde foram implantadas UPPs, a nova obsessão dos antigovernistas o índice de assassinatos diminuiu em um terço,  discurso sem pé nem cabeça chega a igualar governos de orientações opostas como tucanos e petistas, enquanto falta água em são paulo o governo petista leva água que o nordeste nunca teve, e ainda é colocado no mesmo balaio tucano, é o cúmulo da injustiça, pra terminar a confusão mental desse trololó catastrofista cita movimentos totalmente atrelados ao poder político e partidário como o MTST cujos dirigentes tem laços familiares com dirigentes de partidos e até governos de ultra direita, sindicalistas metidos nas greves são membros de partidos como PSDB, PSTU, e PSOL.  A fachada apolítica e apartidária de pretensos revolucionários só engana quem for muito ingênuo.

  10. Farsante! Eu não entendo o prestígio que possui esse cidadão!

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    pseudo-intelectual…

     

    É totalmente malicioso…. tanta bobagem!! Nem sei por onde começo… Vamos tentar alguns esboços.

     

    Por baixo dos panos, nesse discurso cheio de “boas intenções”, o que faz é levar adiante a mesma estratégia pigal de espalhar o “tá tudo uma merda”!!

     

    Ele confunde, propositalmente, causas e efeitos. Faz sempre esse discurso abstrato.. cheio de linhas gerais e citações avulsas. Não faz análise profunda.. Um típico embromador profissional.

     

    UPPs não são maravilhas, mas uma tentativa de acabar com o clima que inviabilizava a cidade do Rio e que foi gerado pela famigerada guerra às drogas. Nós aqui do Leme temos boas relações com as comunidades do morro, e não há um morador que não apoie a UPP… Aliás, a maioria aponta uma mudança fundamental. Ora, por que teríamos policiamento nas vias principais e não nos guetos (onde a pop mais pobre estava completamente refém do grupos que controlavam o tráfico)?

     

    Antes das UPPs, sim, era verdadeira guerra aos pobres (não recordo o Sr Aldo escrever sobre isso). A polícia chegava e atirava em todo mundo, depois se retirava com alguns cadáveres… Aqui e ali podem haver desvios.. É obvio, ninguém precisa ostentar um titulo de professor como Fornazieri para perceber que polícia despreparada é um problema e que isso não se resolve no curto prazo. Upp foi uma solução transiente, emergencial. Malícia pura nesses comentários dele…. e Ele continua

     

    Os tumultos urbanos, como as queimas de ônibus, bloqueios de ruas, avenidas e estradas se multiplicaram.

     

    Ah é? Antes não tinha? Sr Aldo, o Rio foi literalmente fechado pelo tráfico por duas ou três vezes antes das UPPs. Nos governos que antecederam as UPPs a cidade parou em alguns eventos promovidos por facções armadas ligadas ao tráfico e o efeito foi muito maior do que o das greves do setor de trasporte. E engraçado o sr citar o Rio e não fazer destaque àquele episódio sórdido de matança desenfreado que aconteceu em SP no governo do Cláudio Lembo. Seletivo o senhor Aldo, não?

     

    Palhaçada das jornadas de junho 2013. O idiota sustenta que havia uma inércia (???). Vejamos:

     

    Os protestos desinflacionaram as boas avaliações que os governantes – prefeitos, governadores e presidência da República – gozavam pela força da inércia.

     

    Vamos tentar entender rsrs O Sr Aldo sustenta que a boa avaliação era devido à Inércia(???) e que os protestos desinflacionaram esses valores!! Alguém pode levar isso à sério?? Inércia, Nassif? O bom desempenho do país frente à crise de 2008 e as políticas de distribuição de renda aos mais pobres, as obras de infra-estrutura que estão em andamento foram todas paralizadas e o povo vivia de inércia de otimismo até junho 2013? Ah pelo amor de Deus, Nassif.. E voce abre postagem pra isso?????????????????????????????

     

    Ai vem um paragrafo puramente diletante:

     

    O encontro da corrupção e da incompetência governamentais com os problemas crônicos persistentes enfrentados pela população agrava a anomia social, entendida como a desagregação do convívio e o colapso das normas sociais vinculatórias e integradoras da sociedade, orientadas para atingir metas e fins comuns. Assim, na medida em que a sociedade deixa de ter direção, sentido e valores unificantes, que deveriam ser fornecidos pela direção política, pelas organizações da sociedade civil e pela própria prática social, crescem também as condutas desviantes e anormais que, de modo geral, aprofundam a violência e as formas ilegais para atingir os objetivos particulares. O mau exemplo ou a falta dele da parte dos governantes e a impunidade aumentam a permissividade social. A crise dos partidos e a crise de liderança fazem parte deste contexto de agravamento do vácuo de sentido social e político do país.

     

    Observem que não há exemplo concreto.. é puro falatório manjado, blá-blá-blá que se resume ao famoso “hiato” do estado, ausência de lideres e outras pataquadas travestidas de discurso intelectual… Sempre a mesma tentativa de fazer o discurso vazio se cobrir de alguns verbetes das ciência social… Asqueroso….. aiai… até quando aguentaremos isso, Nassif?

     

    A idiotice de Aldo continua:

     

    O balanço de um ano dos protestos de junho mostra que algumas conquistas foram importantes, a exemplo da redução das tarifas em algumas capitais, da derrubada da PEC 37 etc

     

    Isso foi importante, Sr Aldo???.. 20 centavos e a PEC que ninguém da rua sabia o que era!!!!!! Meu Deus, Nassif!!! Quanto aos valores das passagens, já subiram todos e ninguém voltou lá pra protestar pelos vinte centavos! A PEC 37 foi imposta aos “livre manifestantes” pelo PIG!!!! Não houve ganho algum.

     

    E então são esses os ganhos que o cientista Aldo Fornazieri encontrou!!!! Só esses dois?? Sim, porque logo abaixo ele não cita outro ganho e ainda diz que os movimentos não conseguem mais nada! É isso que diz, com palavras um pouco mais escolhidas…

     

    Todo esse discurso não passa da velha ladainha de que estamos descontentes com a política.. Não há nenhuma grande novidade.. Isso vem de muito longe… Meu bisavô, no inicio do século passado, já era do “cansei”… A representatividade sempre foi problemática em qualquer estágio da república.. e isso não é nenhuma novidade… Isso é estrutural, sr Aldo.

     

    Mas o italianito continua avançando furioso:

     

    Não bastasse isto, a soma dos 13% que não sabem em quem votar com os 17% dos que não pretendem votar em ninguém, indica que, praticamente, um terço do eleitorado se sente desamparado com o atual quadro de candidaturas. Atual mesmo, Sr Aldo? rsrs

     

    Vamos viajar um pouquinho no tempo. Obtive aqui uma preciosa ajuda do blog do safado do César Maia (A análise dele me parece muito mais realista e sensata do que a do “cientista político” aqui tão prestigiado. Aldo sofre de escrevismo.. Uma doença moderna..) Vejamos, os dados

     

    5. Olhando os números das eleições presidenciais em primeiro turno e separando em abstenção (a) e brancos+nulos (bn) e no final agregando o “não-voto” (NV), temos:

     

    1989: a- 11,74%, bn- 5,7%, NV- 17,44% //

     

    1994: a- 17,7%, bn- 15,4%, NV- 33,1% //

     

     

    1998: a- 21,49%, bn- 18,7%, NV- 40,19% //

     

    2002: a- 18%, bn- 10,36%, NV- 28,36% //

     

    2006: a- 16,75%, bn- 8,42% , NV- 25,17% //

     

    2010: a- 18,12%, bn- 8,64%, NV- 26,76%.

     

    Os senhores podem observar que o maior número de não-votos foi justamente na re-eleição do FHC, atingindo um índice absurdo de 40%. O senhor Aldo não se lembra disso? Será que o desinteresse do eleitorado é por descontentamento ou por contentamento, sr Aldo??????

     

    E Nassif, medite sobre isso, vale a pena prestigiar tanto assim um farsante? Por que o senhor Aldo fala em (e eu grifei acima) “desamparados com o ATUAL quadro de candidaturas” (sic)? SIC mesmo!!!

     

    Acima, os senhores podem observar que o quadro não mudou. Noves fora a eleição do Collor, onde o PIG investiu no que tira agora dos brasileiros na Copa de 2014, o quadro de “desamparo” é o mesmo !!!!! É literalmente o mesmo, sr Aldo!! Então, de onde o Sr tirou essa “crise da representatividade ATUAL”?

     

    Se há mesmo essa crise, meu caro Nassif, ela não é atual !! É estrutural! Vale observar que, com toda a mobilização pró Collor de 89, um pano de fundo de “descontentes” atingindo 17% é bastante significativo para a primeira eleição direta após 20 e tantos anos sem escolha direta e ditadura.. Podemos então pensar que 20% de não-votantes é uma boa média pano de fundo de nossa democracia. E não seria algo influenciado por conjunturas atuais, meus queridos.. mas um dado estrutural de nossa democracia representativa.

     

    Meu caro Nassif, o blog publica essas coisas etéreas que vêm do PIG?!!!

     

    Vejamos o que diz o safado do Maia sobre isso:

     

    6. O NV foi maior em 1998: um ponto fora da curva. Nesse ano a taxa de inflação era de 1,6%, portanto muito baixa, a taxa de desemprego de 7,6%, havia crescido e atingiu o topo –desde 1991-, e o crescimento do PIB foi de 0,13%. FHC foi reeleito num quadro de crise internacional aguda, usando flexibilização fiscal e cambial que trouxeram suas consequenciais em 1999 e depois. E com um PIB ínfimo. A comunicação básica da campanha foi sobre os riscos de Lula vencer.

     

    Creio que isso pulveriza toda a farsa de Fornazieri. Seria, pelos parâmetros fornazierianos, impossível pensarmos num 98 problemático. Como os senhores observam, Tínhamos inflação baixa, paridade, e o PIG bonzinho com o governo FHC. E foi ai o maior número dos ditos não-votos! Justamente quando aparentemente havia maior contentamento com as candidaturas. Isso é a pura verdade, dado que FHC foi re-eleito em primeiro turno! E o Sr Aldo não falou em crise de representatividade nem do descontentamento com as candidaturas, nessa época…..

     

    Mas vamos esquecer, de agora em diante os pseudo-intelectuais e terminamos com a análise de César Maia, o terrível.

     

    7. Esse quadro agudo de crise, que se desdobrou no segundo governo FHC e nas eleições de 2002, mas aumentou muito o “não-voto”, que cresceu para 40%. Supõe-se que esse “não-voto” foi maior no eleitorado popular, já que era aí a base maior de Lula. Se isso é verdade, um hipotético crescimento do “não-voto” em 2014, poderá seguir o mesmo caminho, o que afetaria principalmente Dilma. Agregue-se agora –com as redes sociais- a possibilidade de crescimento do “não-voto- induzido como campanha antipolítica. Nesse caso afetaria os extremos.

     

    Acho que o picareta ex alcaide acerta.. Só Dilma tem a perder com o discurso apolítico e de que há uma crise de representatividade, maliciosamente dita ATUAL. O PIG vai investir na INDUÇÃO (como faz fornazieri nas entrelinhas) do não-voto. Uma vez que é a única forma de fazer as candidaturas pífias de direita (direita essa que não vai deixar de votar na direita) terem competitividade.. Competitividade que é Induzida pela propaganda da desmobilização e dos protestos “apoliticos”

     

  11. É… fessor, a gente tá

    É… fessor, a gente tá sabendo… todos os países não alinhados aos interesses dos EEUU estão com essa “crise de representatividade” de 1%, amplificada pela mídia interplanetária… A gente sabe que vao continuar, afinal é uma “tendência”… não se preocupe não; estamos vendo o resto do mundo… Parece que o pessoal gosta mesmo é de uma ditadura pesada, né?

  12. Não faça marola

    A situação ta surreal…

    Ta cheio de gente com a peneira na mão tentando tapar o sol escaldante de 40 graus.

    Vejam qtas peneiras.

    UPPs não são maravilhas, mas uma tentativa de acabar com o clima que inviabilizava a cidade do Rio

     

    Parece que o pessoal gosta mesmo é de uma ditadura pesada, né?

     

    o governo federal é avaliado como ótimo, bom, ou regular por cerca da 70% da população, só isso já acaba com esse besteirol apocalíptico, o que querem fazer por aqui é uma revolução ucraniana, tailandesa ou egípcia, que instalou ditaduras militares fingindo pedir democracia, é o que estão tentando fazer na Venezuela nesse exato momento e o que já falhou por aqui, o povo já entendeu a armadilha tanto que não vemos mais a mesma histeria nas ruas

     

    Luis Nassif,

    Eu reclamo muito dos seus posts pelas suas idealizações utópicas a respeito do Estado, do capitalismo e da politica que me soam bastantes ultrapassadas, mas comparados com os textos de Aldo Fornazieri, vejo que você é até moderno.

     

    Neste post, além dos equívocos da idealização, parece-me que ele incorre nos excesso de afirmações corriqueiras sem base estatísticas nenhuma ou que manifestam uma incapacidade de ver a realidade que há muito é perceptível.

     

    Só um neófito em política não percebeu que há muito tempo, o PT e o PSDB armaram a política brasileira para impedir que um aventureiro alcançasse o cetro presidencial. O mundo inteiro tem mecanismos semelhantes. A Rússia com Putin, os Estados Unidos com dois partidos fortes, a Europa com o parlamentarismo, etc.

     

     

    Hem??? Que que isto? Quem armou o que? No mundo e no Brasil? Ufanismo ou teoria da conspiração?  .Eita peneirada. E enquanto isto a nave vai e tudo continua na mesma  

     

    Uma frase que demonstra um desconhecimento da realidade orçamentária e política do Brasil e de certo modo do mundo na medida que tanto o nosso sistema político como o nosso sistema econômico é semelhante ao que existe nos países mais modernos é a que se segue:  

     

    Quem é que mostra desconhecimento da realidade orçamentaria e politica no Brasil?

    Bendita internet. Qdo não existia o contra-argumento o pensamento estava limitado nas conversas esporádicas e dispersas.  

     

    Inocente. Ta querendo enganar a quem?   

     

    A redução das tarifas reduziu os ganhos das prefeituras e, portanto, reduziu recursos que poderiam ser aplicados em saúde e educação.  

     

    Só se fosse com o auxilio da guilhotina. Se mesmo com a pressão das ruas as reformas  parecem altamente improvaveis de ocorrer, imagine sem elas. 

     

     O texto do Aldo reflete muito bem o anseio da população. E tem gente torcendo para a volta das guilhotinas.

     

    Depois não tem pra quem reclamar. 

     

    .A sociedade brasileira foi fundamentada em cima de solo extremamente frágil, como consequência dos interesses desviados, daqueles que sempre detiveram o poder nas mais diversas áreas da administração, de cima a baixo, vigorou o interesse de grupos que existiram unicamente para espoliar as forças produtivas da nação. Jamais existiu um projeto politico de longa envergadura objetivando a formação de uma sociedade justa e igualitária. 

     Todo projeto politico sempre focou nos interesses de grupos e da elite que domina, desde as capitanias hereditárias, o povo sempre foi considerado uma massa de manobra unicamente para dar sustentação para que estas forças permaneçam no poder. A crueldade para com este povo se juntou com uma indiferença criminosa diante da qual o direito de uma minima cidadania inexistiu e sempre lhe foi negada.

    1. é o programa argumentos zero

        O texto do Aldo, do qual eu discordo totalmente, pelo menos traz argumentos, mas agora agente se depara com o estilo Cumpadre Washington, que sabe tudo, mas guarda pra ele essa preciosa sabedoria e não diz nada além de  “sabe nada inocente” basta rotular comentários alheios sem trazer nada de concreto, são esses que querem mudar o Brasil ? eu só queria ver o que esse povo faria participando de um governo, nem saberiam o que fazer, atacam o único governo que funcionou satisfatoriamente por um bom tempo, mantendo se no poder segundo as regras democráticas, impressionante como todo mundo tem a solução pra todos os problemas mas só um grupo político conseguiu de fato melhorar as coisas, justamente o que querem derrubar, mas que o façam nas urnas se forem capazes pois pelo jeito é o movimento dos sem voto que domina essa campanha de desestabilização, não conseguem convencer o povo a votar neles e dizem falar pela população, e durma-se com um barulho desses.

      1. sabe de tudo sabichão

         …que sabe tudo, mas guarda pra ele essa preciosa sabedoria e não diz nada além de  “sabe nada inocente” basta rotular comentários alheios sem trazer nada de concreto,…

        O povão ta cansado de embromação. Os verdadeiros revolucionarios da atualidade se encontram dentre os cantores de rappy como Mano Brow, o PT deixou escapar a oportunidade, e os outros partidos não possuem a minima condição de representação dos anseios deste povo. Por este motivo a abstenção dos votos é altissima desde que a ditadura deixou de existir e o arremedo de democracia passou a vigorar.

    2. Eu pulverizei o argumento Andiano!

      Os números o desmentem: Olhe novamente

      5. Olhando os números das eleições presidenciais em primeiro turno e separando em abstenção (a) e brancos+nulos (bn) e no final agregando o “não-voto” (NV), temos:

       

      1989: a- 11,74%, bn- 5,7%, NV- 17,44% //

       

      1994: a- 17,7%, bn- 15,4%, NV- 33,1% //

       

       

      1998: a- 21,49%, bn- 18,7%, NV- 40,19% //

       

      2002: a- 18%, bn- 10,36%, NV- 28,36% //

       

      2006: a- 16,75%, bn- 8,42% , NV- 25,17% //

       

      2010: a- 18,12%, bn- 8,64%, NV- 26,76%.

       

      Os senhores podem observar que o maior número de não-votos foi justamente na re-eleição do FHC, atingindo um índice absurdo de 40%. O senhor Aldo não se lembra disso? Será que o desinteresse do eleitorado é por descontentamento ou por contentamento, sr Aldo?????? Noves fora a eleição do Collor, onde o PIG investiu no que tira agora dos brasileiros na Copa de 2014, o quadro de “desamparo” é o mesmo !!!!! É literalmente o mesmo, sr Aldo!! Então, de onde o Sr tirou essa “crise da representatividade ATUAL”?

       

      Se há mesmo essa crise, meu caro Nassif, ela não é atual !! É estrutural! Vale observar que, com toda a mobilização pró Collor de 89, um pano de fundo de “descontentes” atingindo 17% é bastante significativo para a primeira eleição direta após 20 e tantos anos sem escolha direta e ditadura.. Podemos então pensar que 20% de não-votantes é uma boa média pano de fundo de nossa democracia. E não seria algo influenciado por conjunturas atuais, meus queridos.. mas um dado estrutural de nossa democracia representativa.

      Conde, falastrão, taí os númeors. Aldo fornazieri é um embusteiro.

      1. Parece conversa de

        Parece conversa de doido…

        Desde que participo deste blog que venho batendo na tecla de que o buraco é mais em baixo, de que o problema do Brasil é estrutural. Ta tão arraigado na sociedade que até desanima.

         Todo projeto politico sempre focou nos interesses de grupos e da elite que domina, desde as capitanias hereditárias, o povo sempre foi considerado uma massa de manobra unicamente para dar sustentação para que estas forças permaneçam no poder. A crueldade para com este povo se juntou com uma indiferença criminosa diante da qual o direito de uma minima cidadania inexistiu e sempre lhe foi negada. Só pra lembrar.

        O povão não quer saber de subjetividade nem de analises sofisticadas ou de ideologias alienigenas, o povão quer saber como resolver dos problemas que o atinge no dia a dia.

        O texto do Ado Fornazieri retrata com perfeição esta insatisfação.

  13. Maldção de Reagan

    “A rigor, do capital ao trabalho, dos privilégios dos ricos às esperanças dos pobres, tudo gira em torno do Estado.”

    “A visão do governo sobre a economia poderia ser resumida em frases curtas: se a economia movimenta, taxe-a. Se ela continua se movimentando, regule-a. Se ela para de se mover, subsidie-a”

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