O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou num discurso nesta sexta-feira (3), em Moscou, que em face da corrupção endêmica na Ucrânia, armas, recebidas do Ocidente, são vendidas a partir do país ao Oriente Médio, incluindo aos talibãs.
Durante a reunião com membros da Câmara Cívica Russa, que se realizou na véspera do Dia da Unidade Nacional, o presidente russo divulgou informações de que armas ucranianas abastecem países e grupos terroristas do Oriente Médio.
“É claro que estão aparecendo, isso acontece porque são vendidos”, declarou Putin em referência ao lado ucraniano. “E eles os vendem aos talibãs, e de lá vão para qualquer outro lugar”, sublinhou o presidente russo.
Em meados do mês passado, Putin também indicou que a Rússia tem informações de que as armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia acabam nas mãos de grupos terroristas no Oriente Médio.
Sugestão veio dos EUA
O presidente comentou sugestões de uma congressista norte-americana de que as armas utilizadas pelo Hamas na sua incursão em Israel poderiam ter vindo da Ucrânia.
Em sua conta no X (anteriormente Twitter), Marjorie Taylor Greene, republicana pela Geórgia, questionou publicamente sobre as armas que vem sendo enviadas para a Ucrânia sem ferramentas de rastreio ou prestação de contas por parte do governo de Kiev, apontando para o mesmo problema já produzido pelos EUA no Afeganistão.
“Não duvido que haja fugas de armas da Ucrânia”, declarou Putin, embora mantenha dúvidas de que tal comércio seja organizado pela liderança do país, no caso o presidente Volodymyr Zelensky.
“O nível de corrupção na Ucrânia é conhecido, é muito elevado. E o mercado clandestino desenvolve-se de tal forma que há muitos interessados em comprar, e na Ucrânia há muitas pessoas que querem vender”, explicou.
Israel negou ajuda à Ucrânia
No último mês de junho, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descartou o fornecimento do sistema de defesa antimísseis Cúpula de Ferro à Ucrânia, reiterando a preocupação de Israel de que a tecnologia vital pudesse cair nas mãos do Irã.
Netanyahu foi questionado durante uma entrevista ao The Wall Street Journal no dia 29 de junho sobre o apoio de Israel à Ucrânia e sobre como ele precisava se equilibrar entre agradar seus parceiros ocidentais com a necessidade de Jerusalém de manter seus laços com Moscou.
Com informações das agências Sputnik e RT
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