Queda de Dilma em pesquisa eleitoral faz bolsa subir 0,89%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A divulgação de uma pesquisa eleitoral apontando queda nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff foi um fator de destaque do dia, a ponto de ajudar a bolsa de valores a se recuperar da recente onda de realização de lucros.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a terça-feira em alta de 0,89%, aos 51.838 pontos e um volume negociado de R$ 6,862 bilhões. Com isso, a bolsa acumula alta de 2,83% no mês e de 0,64% no ano.

O destaque do dia ficou com a publicação da pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostrou a presidente Dilma com 37% das intenções de voto, seguida pelo senador Aécio Neves (PSDB) com 21,6% e pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 11,8%.  Na pesquisa de fevereiro, Neves e Campos somavam 26,9% das intenções, ante 43,7% de Dilma.

A pesquisa foi a primeira que não mostrou a possibilidade de vitória de Dilma logo no primeiro turno e, segundo o levantamento, os números mostram a migração de votos da presidente para seus principais concorrentes. A divulgação dos dados ajudou o índice de negociação da bolsa a subir de forma consistente, a ponto de bater a marca de 52 mil pontos, muito por conta da variação das ações de estatais – os agentes interpretam tal divulgação como a chance de mudança do governo, ou que a administração atual mude suas políticas econômicas e de intervenção estatal no próximo mandato.

Os papéis do setor financeiro também foram destaque, muito por conta da divulgação dos resultados financeiros de Itaú Unibanco e Santander.

No câmbio, a cotação do dólar à vista no balcão subiu 0,22%, negociada a R$ 2,2320. De acordo com informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, o dia foi de bastante volatilidade. A divulgação da pesquisa CNT levou a moeda norte-americana a ficar abaixo de R$ 2,21, mas a queda acabou atraindo compradores, em especial os importadores. A rolagem de contratos de derivativos e a briga pela definição da PTAX também afetaram o ritmo do dia.

Para quarta-feira, a agenda de balanços destaca a publicação dos resultados trimestrais  da Vale, seguido por Porto Seguro e Paranapanema. Na agenda macroeconômica, os agentes acompanham o resultado nominal e primário a ser divulgado pelo Banco Central. No exterior, a agenda será um pouco mais puxada, com o PIB (Produto Interno Bruto) anualizado dos Estados Unidos e a decisão dos juros pelo Federal Reserve, além da variação de empregos do setor privado; vendas do varejo e taxa de desemprego na Alemanha; produção de veículos no Japão; e o índice antecedente e o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura na China.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sempre considerei que:A

    Sempre considerei que:

    A falta de apoio ao LULA, PELA MÍDIA UM BOM PRESSÁGIO, explico aos afoitos…

    Ter apoio da mídia significa atuar em regioes escuras, fora do alcançe da informação – não é bom ter um governo que tenha o apoio da mídia – certamente alguma maracutáia não será noticiada e você pagara a conta… FHC não quebrou o Brasil 3 vezes e ainda vendeu um monte de coisa e multiplicou a dívida interna e externa?

    Agora sabemos que o 1% da população NÃO QUER A DILMA!

    OUTRA BOA NOTÍCIA…

    É sinal que apesar de tudo que acontece, ela protege os outros 99% (Não têm dinheiro assim, mas cada um vale um voto) dos 1% que se não tiver freio DERRUBAM O BRASIL…

  2. Uma inverdade repetida mil vezes aparenta ser uma verdade.

    A relação da bolsa de valores com as pesquisas eleitorais é quase patética, entretanto, a maioria das notícias tornou essa maluquice uma verdade.

    É quase o mesmo que usar uma mesma cueca para ver seu time vencedor.

  3. Lá vem o GGN insuflando

    Lá vem o GGN insuflando midiatites…

    Matéria sem notícia… mas o lead foi cavocado (Dilma cai, bolsa sobe) e deu a manchete.

    Perguntas de um leigo leitor:

    – a bolsa subiu ou caiu nos dias de publicações das últimas pesquisas?

    – a bolsa vinha subindo ou descendo nas últimas semanas?

    – quem foram os agentes de mercado consultados e quais os parãmetros foram usados para se afirmar que a pesquisa (esta ou qualquer outra) afeta ânimo nos negócios ou valores dos papéis.

    Parabéns GGN, assim vai muito bem, para ser mais do mesmo.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador