Setor de serviços fecha agosto em alta de 2,9%, diz IBGE

Segmento tem terceiro crescimento consecutivo, mas dados apurados não foram suficientes para reverter perdas vistas entre fevereiro e maio

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O volume de serviços encerrou agosto em alta de 2,9% na comparação com o registrado em julho e chegou ao seu terceiro mês consecutivo de avanço, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Contudo, a variação não foi suficiente para recuperar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio. No acumulado em 2020, a queda é de 9%. Em 12 meses, o recuo é de 5,3%. Já a análise ante 2019 recuou 10%, chegando assim à sua sexta taxa negativa consecutiva.

Quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE impulsionaram o resultado entre os meses de julho e agosto, com destaque para serviços prestados às famílias, que cresceu 33,3%, impulsionados pelos restaurantes e hotéis. A alta dessa atividade foi a maior da série histórica, embora esteja distante do patamar de fevereiro (-41,9%).

Outro destaque veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (3,9%). Embora o setor acumule um ganho de 18,8% nos últimos quatro meses, o resultado não foi suficiente para recuperar as perdas de março e abril (-25,2%).

Os demais avanços do setor vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (1%) e outros serviços (0,8%). O único resultado negativo ficou com os serviços de informação e comunicação (-1,4%), mas essa desaceleração foi apontada como um dado de acomodação, uma vez que o segmento é bastante dinâmico e acumula saldo positivo, crescendo 6,3% entre junho e julho.

“Apesar de três altas seguidas, o setor de serviços ainda está 9,8% abaixo do patamar de fevereiro (-1,1%)”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, lembrando que a queda registrada em fevereiro não tem relação com a pandemia. “Esse recuo foi conjuntural e refletia, à época, uma acomodação do setor frente ao maior dinamismo apresentado no fim do ano passado. Portanto, os serviços acumularam na pandemia, entre março e maio, perda de 18,9%”, explica.

 

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Redação

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