Taxa de juros no crédito volta a subir em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As famílias e empresas pagaram taxas de juros mais elevadas ao obter empréstimos bancários em junho: de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a média praticada nas contratações com recursos livres (em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.) chegou a 58,6% ao ano (alta de 1,3 ponto percentual no mês), ao passo que a média dos juros subiu 0,7 ponto percentual no mês e 4,1 pontos percentuais em doze meses, para 35,5% ao ano.

A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as contratações com recursos livres e direcionados, atingiu 27,6% ao ano em junho, aumento de 0,5 ponto percentual no mês e de 3,7 pontos percentuais em doze meses. Durante o primeiro semestre do ano, o custo médio cresceu 3,9 pontos percentuais, ante 1,5 ponto no mesmo período do ano anterior. No crédito livre, a taxa situou-se em 43,5% ao ano (+1 ponto percentual no mês e +6,7 pontos em doze meses), enquanto no crédito direcionado alcançou 9,3% ao ano (+0,1 ponto e +1,5 ponto, respectivamente).

Os destaques apurados nas linhas por recursos livres ficaram com os aumentos apurados no cheque especial (+9,3 pontos percentuais) e cartão de crédito rotativo (+11,5 pontos percentuais). A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC para as pessoas físicas é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 11,5 pontos percentuais para 372% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,3 pontos percentuais para 118,2% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 241,3% ao ano em junho, com alta de 9,3 pontos percentuais, em relação a maio. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) permaneceu em 27,3% ao ano.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas subiu 0,1 ponto percentual para 9,5% ao ano. No caso das famílias, houve alta de 0,2 ponto percentual, com taxa em 9,2% ao ano. A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 0,7% para empresas e subiu 0,3 ponto percentual para 1,7%, no caso das pessoas físicas.

Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros alcançou 19,2% ao ano, variações de 0,4 ponto percentual no mês e 2,9 pontos em doze meses. No crédito livre, o indicador avançou 0,6 ponto percentual no mês, para 27,5% ao ano, destacando-se elevações em capital de giro (+0,9 ponto percentual) e conta garantida (+0,6 ponto). Nas operações com recursos direcionados, a taxa fechou o mês em 9,5% ao ano (+0,1 ponto), com maior avanço nos financiamentos imobiliários (+0,5 ponto).

A inadimplência das operações de crédito do sistema financeiro, referente a atrasos superiores a noventa dias, correspondeu a 2,9% da carteira, registrando redução de 0,1 ponto percentual no mês e estabilidade em doze meses.

No crédito às famílias, o indicador recuou para 3,7% (-0,1 ponto no mês), enquanto nas operações com empresas situou-se em 2,3%, mesmo patamar de maio. No segmento livre, a inadimplência permaneceu estável em 4,7%, ao passo que, no crédito direcionado, decresceu 0,1 ponto percentual no mês, para 1,1%.

O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados situou-se em 17,8 pontos percentuais, após aumentos de 0,4 ponto no mês e 2,3 pontos em doze meses. Os indicadores relativos aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas situaram-se em 25,4 pontos percentuais e 9,8 pontos, respectivamente. No crédito livre, o spread aumentou 0,9 ponto percentual, alcançando 30,7 pontos, enquanto no crédito direcionado, recuou 0,1 ponto, situando-se em 3 pontos percentuais.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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