Temer reconhece que Bolsonaro é criminoso e vai perder para Lula, diz Paulo Teixeira

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Quando oferece indulto, Temer reconhece que Bolsonaro é um criminoso que vai perder e responder pelos muitos crimes que cometeu."

Michel Temer propor um acordo de paz em que Lula, se eleito presidente em 2022, anistiará os crimes de Jair Bolsonaro, teve impacto zero no núcleo petista. Para o deputado federal Paulo Teixeira (PT), a única coisa que Temer conseguiu com a declaração foi reconhecer publicamente que Lula sairá vencedor das eleições e Bolsonaro, derrotado, terá um encontro com a Justiça.

“Quando oferece indulto, ele reconhece que Bolsonaro é um criminoso que vai perder e responder pelos muitos crimes que cometeu. Não acho que contribua essa discussão proposta pelo Temer. Não dá para passar uma borracha nesse passado tão tenebroso que resultou em 680 mil mortes [na pandemia de Covid]”, disse Paulo Teixeira em entrevista ao jornalista Luis Nassif, na noite de quarta (22), na TVGGN.

Para o parlamentar, além de responder pelos crimes no mandato, Bolsonaro terá de prestar contas sobre os 51 imóveis que sua família comprou com dinheiro vivo. Segundo investigação do UOL, a família movimentou R$ 26 milhões, em valores atuais, só em dinheiro em espécie. A quantidade de imóveis em nome dos Bolsonaro chega a 107. “Bolsonaro não tem como comprovar a origem desses imóveis se não por meios ilícitos. Creio eu que tem vínculo com milícias”, comentou Teixeira.

Campanha de Lula

Teixeira comentou na entrevista sobre os apoios que Lula ganhou nas últimas semanas. Em campanha pelo voto útil, o ex-presidente teve uma aproximação com Henrique Meirelles durante encontro com ex-presidenciáveis.

Para Teixeira, é louvável que Lula tenha entrado nas eleições 2022 com um arco de alianças maior do que Jair Bolsonaro. Estando na cadeira de presidente, Bolsonaro tinha a caneta na mão para formar uma coligação muito maior, mas não conseguiu.

Mesmo com uma frente ampla, não houve “rebaixamento”, isto é, concessões por parte do PT no programa de governo.

“Lula tem 10 partidos políticos o apoiando, projeto de mudanças e coligação maior que a do presidente atual, sem ter os meios (cargos e poder) que o presidente tem. (…) Esse conjunto de ações foram feitas sem rebaixar o programa. Geraldo Alckmin é o vice, mas não houve um rebaixamento programático. Assim como o Meirelles ontem no rol de ex-presidentes também não representou uma mudança no propósito. Lula não deixou de falar o que vinha falando.”

Assista à entrevista:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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